sexta-feira, 24 de julho de 2015
sexta-feira, julho 24, 2015
Jamais Desista
Zacarias 7 1-14 - NÃO ADIANTA ADORAR QUANDO SE É DESOBEDIENTE.
I. AS PROFECIAS COM APLICAÇÃO IMEDIATA (1.1 -8.23) – continuação.
Como já dissemos, desde o primeiro versículo
até o capítulo oito, estamos vendo as profecias que foram entregues aos
primeiros a retomarem do exílio, enquanto lutavam com o desafio de reconstruir
o templo.
Assim, foi dividida essa parte em cinco
seções: A. Título (1.1) – já vimos;
B. Mensagem Inicial (1.2-6) – já vimos;
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – estamos
vendo; D. A coroação de Josué (6.9-15) –
já vimos; e, E. A transformação de Jerusalém (7.1-8.23) – veremos agora.
E. A transformação de Jerusalém (7.1-8.23).
Encerradas as oito visões noturnas que
Zacarias recebeu a respeito do que Deus faria com relação às dificuldades que
os que retornaram enfrentariam, veremos, doravante, até 8.23, a transformação
de Jerusalém.
Esses capítulos tratam da situação de
pecaminosidade de Jerusalém em contraste com o futuro da cidade. Dois tópicos
ganham destaque: a exposição da contínua hipocrisia (7.1-14) e as bênçãos do
futuro (8.1-23) e formarão nossa divisão proposta, seguindo a BEG: 1. A contínua
hipocrisia de Jerusalém (7.1-14) e 2. As futuras bênçãos de Jerusalém (8.1-23).
1. A contínua hipocrisia de Jerusalém (7.1-14).
Na primeira parte veremos a contínua
hipocrisia de Jerusalém. Zacarias confrontou de maneira direta a pecaminosidade
dos que retornaram do exílio. Esse capítulo trata da pergunta feita pelos que
retornaram quanto à necessidade de jejuar, já que a restauração havia começado.
A preocupação deles com essa questão,
enquanto as injustiças continuavam na Terra Prometida, era demonstrar que ainda
viviam da mesma maneira hipócrita que havia levado as gerações anteriores para
o exílio.
A palavra do Senhor veio ao seu profeta no
quarto ano do reinado do rei Dario, no quarto dia do nono mês, o mês de
quisleu, isto é, em 7 de dezembro de 518 a.C.; ou seja, pouco mais do que dois
anos após as visões nos caps. 1-6.
Foi na época em que o povo de Betel enviou
Sarezer e Régen-Meleque, com seus homens para suplicarem ao Senhor. Essa delegação
chegou de Betel para inquirir (talvez orgulhosa de sua piedade) se deveria
continuar a jejuar como uma maneira de prantear a destruição do templo (586
a.C.) no quinto mês (2Rs 25.8-15).
O jejum deles era praticado no quinto e no
sétimo mês e eles achavam que com isso estariam agradando a Deus e
conquistando, ou adquirindo direitos, junto à divindade, obrigando-a, em
contrapartida, a executar o que desejavam.
Conforme nos recorda a BEG, para ser bem
exato, haviam se passado sessenta e oito anos desde a destruição do templo, mas
Deus estava falando em números redondos (Dn 9.2) ao dizer dos setenta anos. Nesse
tempo ocorreu também o jejum que pranteou o assassinato de Gedalias, governador
de Judá, ordenado pelos babilônios (2Rs 25.25).
A pergunta de Deus atingiu o coração deles
no ponto exato da questão, ou seja, seria para Deus ou para eles mesmos que
estiveram jejuando?
A resposta do Senhor por intermédio de
Zacarias apontou para a hipocrisia do jejum: eles haviam jejuado por causa
deles mesmos (talvez por acharem que, jejuando, ganhariam mérito diante de Deus
ou pareceriam piedosos diante das outras pessoas). O mesmo era verdade quanto
às festas de Israel que guardavam.
Deus explica por sua palavra a razão do
fracasso deles. Seus antepassados haviam ido para o exílio porque não
estabeleceram a justiça na leria Prometida. Os que de lá retornaram não
aceitaram essa realidade e continuaram as más obras de seus antepassados.
Deus estava pedindo a eles que executassem
juízo verdadeiro. Zacarias chamou o povo para fazer o que seus pais não haviam
feito. O juízo verdadeiro significaria aplicar a Palavra de Deus aos problemas
pessoais e sociais, confrontando a comunidade restaurada; ou seja, libertar o
oprimido e punir os opressores.
Por toda a Bíblia, a visão do pleno
livramento do povo de Deus e da salvação inclui o estabelecimento da justiça na
terra (p. ex., Is 9.7; 42.4; Ap 6.10).
Esses grupos das viúvas, órfãos,
estrangeiros e o pobre – vs. 10 -, eram totalmente explorados. Deus tinha um
amor especial por eles (Ex 22.21; Dt 10.18) e havia feito provisão para que
fossem cuidados (Dt 24.17-22).
Deus também pronunciou maldições sobre
aqueles que os oprimissem (Dt 27.19). Para uma consulta mais aprofundada ainda
temos referências às injustiças perpetradas a esses grupos no SI 94.6 e em Is
10.1-2.
Deus jamais tolerou injustiças ou maldades
e cada um intentava em seu coração o mal contra o seu próximo. O problema maior
em maltratar os outros não está nos atos exteriores, mas na atitude interior de
desprezo e desrespeito para com os outros (Mt 5.21-22).
Eles haviam endurecido os seus corações
para não ouvirem a Lei e as palavras do Senhor dos Exércitos que tinha
proferido pelo seu Espírito. Deus inspirou seus profetas a falarem suas
palavras. As Escrituras nos fornecem um recurso infalível para que entendamos
suas palavras inspiradas. O não atendimento delas ou seu desprezo leva Deus a
ficar irado e a agir em resposta.
O julgamento de Deus no exílio foi
proporcional à desobediência do povo. Deus tinha falado e eles desprezados, mas
agora eles clamavam e eram tratados da mesma maneira. Os profetas repetidamente
enfatizaram que os atos religiosos de adoração eram anulados pela desobediência
(p. ex., lSm 15.22; Is 1.15).
Zc 7:1
Aconteceu no ano quarto do rei Dario,
que a palavra do Senhor veio a Zacarias,
no dia quarto do nono mês, que é quisleu:
Zc 7:2 Ora, o povo de Betel tinha enviado Sarezer,
e Regem-Meleque, e os seus homens,
para suplicarem o favor do Senhor,
Zc 7:3 e para dizerem aos sacerdotes,
que estavam na casa do Senhor dos exércitos,
e aos profetas:
Chorarei eu no quinto mês, com jejum,
como o tenho feito por tantos anos?
Zc 7:4 Então
a palavra do Senhor dos exércitos veio a mim, dizendo:
Zc 7:5 Fala a todo o povo desta terra,
e aos sacerdotes, dizendo:
Quando jejuastes, e pranteastes,
no quinto e no sétimo mês,
durante estes setenta anos,
acaso foi mesmo para mim que jejuastes?
Zc 7:6 Ou quando comeis e quando bebeis,
não é para vós mesmos que comeis e bebeis?
Zc 7:7 Não eram estas as palavras que o Senhor
proferiu por intermédio dos profetas antigos,
quando Jerusalém estava habitada e próspera,
juntamente com as suas cidades ao redor dela,
e quando o Sul e a campina eram habitados?
Zc 7:8 E a
palavra do Senhor veio a Zacarias, dizendo:
Zc 7:9 Assim falou o Senhor dos exércitos:
Executai juízo verdadeiro,
mostrai bondade e compaixão
cada um para com o seu irmão;
Zc 7:10 e não oprimais a viúva,
nem o órfão, nem o estrangeiro,
nem o pobre;
e nenhum de vós intente no seu coração
o mal contra o seu irmão.
Zc 7:11 Eles, porém, não quiseram escutar,
e me deram o ombro rebelde,
e taparam os ouvidos,
para que não ouvissem.
Zc 7:12 Sim, fizeram duro como diamante o seu coração,
para não ouvirem a lei,
nem as palavras que o Senhor dos exércitos
enviara pelo seu Espírito
mediante os profetas antigos;
por isso veio a grande ira do Senhor dos exércitos.
Zc 7:13 Assim como eu clamei, e eles não ouviram,
assim também eles clamaram, e eu não ouvi,
diz o Senhor dos exércitos;
Zc 7:14 mas os espalhei com um turbilhão por entre
todas as nações,
que eles não conheceram.
Assim, pois, a terra foi assolada atrás deles,
de sorte que ninguém passava por ela,
nem voltava;
porquanto fizeram da terra desejada uma desolação.
O Senhor os tinha espalhado com um vendaval
entre nações que eles nem conheciam. A terra que deixaram para trás ficou tão
destruída que ninguém podia atravessá-la. Foi assim que transformaram a terra
aprazível em ruínas – vs. 14.
A desobediência de seus antepassados haja
provocado o julgamento de Deus. Zacarias queria que o povo compreendesse que a
desobediência continua resultaria em mais julgamento.
...
1 comentários:
Amém !
Muitos Louvam ao Senhor mas o coração em suas palavras está longe, é aí que vem as dores, e aí vamos aos pés do Senhor encontrar algum acalento, e normalmente encontremos, quando nos humilhamos e reconciliamos com Ele. A Vitória Virá.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.