Para nos situarmos na leitura e não perdemos
nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos.
Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que estamos no primeiro capítulo “I”,
na primeira parte “A”, na segunda seção “2”, estamos no capítulo 5:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM
(1.1-24.27).
A. A primeira série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (1.1-7.27).
1. Visão e vocação (1.1-3.27) – já vimos;
2. Os atos simbólicos (4.1-5.4) – concluiremos agora;
Como já dissemos, até ao verso 5.4,
estaremos vendo os atos simbólicos. Assim, esses atos simbólicos, portanto,
serão igualmente divididos em quatro partes: a. O tijolo de Barro (4.1-3) – já vimos; b. Deitar-se sobre o seu lado
(4.4-8) – já vimos; c. Alimento
racionado cozido sobre excremento (4.9-17) – já vimos; e, d. Cabelos queimados (5.1-4) – veremos agora.
d. Cabelos queimados (5.1-4).
Seguindo, como sempre, as orientações
explícitas de Deus, Ezequiel apanhou uma espada afiadíssima e como navalha de
barbeiro a usou juntando os cabelos de sua cabeça e barba que havia cortado e os
dividiu em três partes, pesados em uma balança:
·Um
terço ele queimou.
·Um
terço picou como restolho.
·Um
terço ele espalhou ao vento, atando alguns fios que haviam restado às abas da
sua túnica.
Mesmo alguns poucos desses fios que
restaram foram, depois, queimados. Esses atos retratavam a severidade com que
Deus logo julgaria Jerusalém.
Deus proibira os homens israelitas de se
barbear ou cortar porções de sua barba (Lv 19.27). Essa lei havia sido
reiterada para os sacerdotes (Lv 21.5), e Ezequiel era um sacerdote (1.1).
Cortar a barba poderia ser motivo de grande vergonha pessoal (2Sm 10.4-5; 1Cr
19.5; Is 7.20; 50.6) ou um sinal de luto e lamentação (Ez 9.3; Is 15.2; Jr
7.29; 41.5; 48.37).
3. Discursos relacionados às profecias de julgamentos (5.5-7.27).
O Senhor concedeu a Ezequiel as palavras
para falar sobre a destruição de Jerusalém que se aproximava.
Essa seção consiste de três oráculos de
julgamento: o primeiro (5.5-17) está intimamente relacionado aos atos
simbólicos precedentes e os outros focalizados na idolatria (6.1 -14; 7.1-27). Assim,
também dividimos essa parte em três seções: a. Profecias explicativas de
julgamento (5:5-17) – veremos agora; b.
A primeira profecia de julgamento contra a idolatria (6:1-14); e. c. A segunda
profecia de Julgamento contra a idolatria (7:1-27)
a. Profecias explicativas de julgamento (5: 5-17).
Dos versos 5 ao 17, terminando este
capítulo, veremos a primeira seção que tratará de oráculos explicativos de
julgamento. O primeiro oráculo estava estreitamente relacionado aos atos
simbólicos que o haviam precedido (cf. vs. I -4 e vs. 10-13).
Deus começa a falar de Jerusalém e que a
pôs no meio das nações. A frase é amplamente responsável pela noção de que Jerusalém
era "o umbigo da terra" (cf. 38.12, ‘meio da terra’). Cartógrafos
antigos e medievais com frequência centralizavam seus mapas ao redor da
localização de Jerusalém.
No entanto, mais dos que as outras nações
ao seu redor, Jerusalém agiu perversamente e se rebelou contra o seu Deus e
Senhor e não andou conforme os seus estatutos, juízos, leis e ordenanças, pelo
contrário, os desprezou.
Em consequência, por se mostrarem ainda
pior que as outras nações, o Senhor, seria e estaria contra ela para executar
nela os seus juízos severos aos olhos de todas as outras nações.
O juízo seria tão severo que eles perderiam
qualquer noção de civilização a ponto de se perderem em canibalismo com pais
comendo seus próprios filhos e filhos comendo seus próprios pais.
O canibalismo era uma consequência frequente
de um cerco demorado; Moisés havia advertido que essa atrocidade ocorreria se a
nação deixasse de obedecer (Dt 28.53-57; 2Rs 6.26-29; Lm 2.20).
Sobre eles seriam executados juízos
terríveis e dos que restassem, eles seriam espalhados a todos os ventos.
A partir do verso 10 ao 13, ele retoma os
versos iniciais das terças partes e as aplica aqui.
Ezequiel interpretou o simbolismo dos vs.
1-4:
·Os
cabelos queimados no fogo representavam o povo que morreria de peste e fome
durante o cerco.
·Os
picados com a espada eram aqueles que morreriam em batalha fora dos muros de
Jerusalém.
·Os
cabelos dispersos ao vento representavam o povo que iria para o exílio.
É intrigante que Ezequiel não tenha
elaborado qualquer conjectura sobre o significado dos poucos cabelos retidos
nas dobras de sua túnica; mas eles simbolizavam os sobreviventes que
permaneceriam em Jerusalém (Jr 40.7-12).
No verso 11, o Senhor chega a jurar por si
mesmo, não havendo alguém maior pelo qual fazer esse juramento, de que assim
como profanaram o seu santuário com todas as coisas detestáveis de suas
práticas abomináveis, também ele os diminuiria e não os perdoaria, nem deles
teria piedade.
Somente assim é que se cumpriria a sua ira
e seria satisfeito o seu furor e consolo – vs. 13 -, onde todos saberiam que
Deus é o Senhor e que em seu zelo falara e neles cumprira todo o seu furor.
Ez 5:1 E tu, ó filho do homem, toma uma
espada afiada;
como navalha
de barbeiro a usarás,
e
a farás passar pela tua cabeça e pela tua barba.
Então
tomarás uma balança e repartirás os cabelos.
Ez 5:2 A
terça parte, queimá-la-ás no fogo,
no meio da cidade,
quando
se cumprirem os dias do cerco;
tomarás outra
terça parte, e com uma espada
feri-la-ás
ao redor da cidade;
e
espalharás a outra terça parte ao vento;
e eu desembainharei
a espada atrás deles.
Ez 5:3 E
tomarás deles um pequeno número,
e
atá-los-ás nas bordas da tua capa.
Ez 5:4 E
ainda destes tomarás alguns e, lançando-os no meio do fogo,
os
queimarás no fogo; e dali sairá um fogo
contra
toda a casa de Israel.
Ez 5:5 Assim diz o Senhor Deus:
Esta é
Jerusalém;
coloquei-a
no meio das nações,
estando
os países ao seu redor;
Ez 5:6 ela,
porém, se rebelou perversamente contra os meus juízos,
mais
do que as nações,
e os meus
estatutos
mais
do que os países que estão ao redor dela;
porque
rejeitaram as minhas ordenanças,
e
não andaram nos meus preceitos.
Ez 5:7 Portanto assim diz o Senhor Deus:
Porque sois
mais turbulentos do que as nações
que
estão ao redor de vós,
e
não tendes andado nos meus estatutos,
nem
guardado os meus juízos,
e tendes
procedido segundo as ordenanças
das
nações que estão ao redor de vós;
Ez 5:8 por isso assim diz o Senhor Deus:
Eis que eu,
sim, eu, estou contra ti;
e
executarei juízos no meio de ti aos olhos das nações.
Ez 5:9 E por
causa de todas as tuas abominações
farei
sem ti o que nunca fiz,
e
coisas às quais nunca mais farei semelhantes.
Ez 5:10
portanto os pais comerão a seus filhos no meio de ti,
e
os filhos comerão a seus pais;
e
executarei em ti juízos,
e
todos os que restarem de ti,
espalhá-los-ei
a todos os ventos.
Ez 5:11
Portanto, tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus,
pois
que profanaste o meu santuário
com
todas as tuas coisas detestáveis,
e
com todas as tuas abominações,
também
eu te diminuirei;
e
não te perdoarei,
nem
terei piedade de ti.
Ez 5:12 uma
terça parte de ti morrerá da peste,
e
se consumirá de fome no meio de ti;
e outra terça
parte
cairá
à espada em redor de ti;
e a outra
terça parte,
espalha-la-ei
a todos os ventos,
e
desembainharei a espada atrás deles.
Ez 5:13 Assim
se cumprirá a minha ira,
e
satisfarei neles o meu furor,
e
me consolarei;
e
saberão que sou eu, o Senhor,
que
tenho falado no meu zelo,
quando
eu cumprir neles o meu furor.
Ez 5:14
Demais te farei uma desolação,
e
objeto de opróbrio entre as nações que estão em redor de ti,
à
vista de todos os que passarem.
Ez 5:15 E
isso será objeto de opróbrio e ludíbrio,
e
escarmento e espanto, às nações que estão em redor de ti,
quando
eu executar em ti juízos com ira,
e
com furor, e com furiosos castigos.
Eu,
o Senhor, o disse.
Ez 5:16
Quando eu enviar as malignas flechas da fome contra eles,
flechas
para a destruição,
as
quais eu mandarei para vos destruir;
e
aumentarei a fome sobre vós,
e
tirar-vos-ei o sustento do pão.
Ez 5:17 E
enviarei sobre vós a fome e feras,
que
te desfilharão;
e
a peste e o sangue passarão por ti;
e
trarei a espada sobre ti.
Eu,
o Senhor, o disse.
Dos versos de 14 ao 17, concluindo o
capítulo, o Senhor continua a falar da desolação de Jerusalém e não seria mesmo
pequena, mas muito terrível.
Uma desolação estaria sendo feito dela. Um objeto
de opróbrio entre as nações ao seu redor, sendo ela o centro, o ‘umbigo da
terra’, algo que não passaria despercebido e atrairia a atenção de todos.
Objeto de opróbrio e ludíbrio, escarmento e
espanto entre as nações vizinhas seria ela quando o Senhor sobre ela executasse
os seus juízos com ira, com furor e com furiosos castigos. Assim estava dizendo
o Senhor.
Sobre ela, Jerusalém, a cidade no centro do
mundo, estariam vindo – vs. 16 e 17:
·Flechas
malignas da fome para destruição.
·A
fome e com ela a agravação da situação com a retirada do pão.
·A
fome e feras que a desfilhariam.
·A
peste e o sangue que por eles passariam causando muita dor.
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1 comentários:
Excelente estudo :)
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