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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

João 19 1-42 - ESTÁ CONSUMADO!

O Evangelho de João é o livro que foi escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 19, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 19
Aqui temos o dilema de Pilatos que diante do Senhor tem de tomar uma decisão. Existe uma decisão certa, mas ele não vai toma-la, antes tomará outra decisão e com isso encaminhará o Senhor para seu fim.
Era plano de Deus e sua vida estava para ser derramada em sacrifício pela vida dos homens que Deus preparou de antemão para serem salvos. Pilatos estava com medo, mas mesmo assim agirá dando desculpas de que suas mãos estão livres e limpas do sangue de Jesus.
Não aguentando as pressões dos judeus e das circunstâncias acaba cedendo e entregando Jesus para a crucificação sem nele achar qualquer crime. Um absurdo! Ele tinha autoridade para tirar Jesus dali porque tinha recebido essa autoridade de Deus e o Senhor reconheceu isso, mas mesmo assim, contra o bom-senso e a sua consciência, condenou o inocente.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O MINISTÉRIO ALCANÇA O CLÍMAX (18.1-20.31) - continuação.
Como já dissemos, a morte e a ressurreição de Jesus foram acontecimentos extraordinários e comprovaram que ele é o Messias e o Filho de Deus.
Dos versos primeiro ao último do capítulo 20, veremos esse ministério alcançando o seu clímax.
Os quatro Evangelhos relatam os principais acontecimentos da prisão, do julgamento, da crucificação e da ressurreição de Jesus. 
Essa 4ª parte foi dividida em três seções principais: A. A prisão e julgamento de Jesus (18.1-19.16) – concluiremos agora; B. A crucificação, a morte e o sepultamento de Jesus (19.17-42) – veremos agora; e, C. A ressurreição e os aparecimentos de Jesus (20.1-31).
A. A prisão e julgamento de Jesus (18.1-19.16) - continuação.
Essa seção é constituída de três subseções principais: a. A prisão de Jesus (18.1-18) – já vimos; b. O julgamento perante Anás (18.19-27) – já vimos; e c. O julgamento perante Pilatos (18.28-19.16) – concluiremos agora.
c. O julgamento perante Pilatos (1 8.28-19.16) - continuação.
Nós vimos que o Evangelho de João apresenta um relato do julgamento de Jesus diante das autoridades romanas em três fases distintas:
(1)   Perante Pilatos (18.28-38).
(2)   Perante Herodes (Lc 23.5-12).
(3)   Novamente perante Pilatos (18.39-19.16).
João relata apenas a primeira e a terceira fase, mas o faz de modo bem mais detalhado que os outros Evangelhos.
Em seguida, de Caifás os judeus levaram Jesus para o Pretório - residência oficial do governador romano, Pôncio Pilatos – vs. 18.28. Eles o levaram lá para não se contaminarem, principalmente por causa da Páscoa.
O capítulo 19 começa com Pilatos mandando açoitar Jesus, como se isso fosse resolver todas as coisas. Uma das maiores autoridades constituídas, ali, entre os homens cometendo um erro brutal ao dar início à execução da maior autoridade não somente da terra, mas do mundo inteiro.
O açoite romano era extremamente doloroso, pois era executado com um chicote de couro com ganchos de metal que rasgavam a pele. É possível que Pilatos esperasse comover os acusadores de Jesus ao permitir que testemunhassem esse castigo brutal.
Os soldados demonstraram um prazer sádico em atormentar Jesus e escarnecer dele como o rei dos judeus. Eles até teceram uma coroa de espinhos e a puseram na sua cabeça. Vestiram-no com uma capa de púrpura, e, chegando-se a ele, diziam: "Salve, rei dos judeus! " E batiam-lhe no rosto.
Com isso esperava Pilatos estar já agradando aos que queriam aquele homem morto, mas era ledo engano. Pilatos não via nele os crimes de que o acusavam – vs. 2-4.
Zombando, ao ver Jesus todos desfigurado, sangrando, ferido e sujo, usando a coroa de espinhos e a capa de púrpura, disse para eles que ali estava o homem deles, todo humilhado, ou seja, um coitado.
Era esse um modo natural de Pilatos apresentar o acusado, mas, ao mesmo tempo, uma declaração providencialmente apropriada: ali estava, de fato, aquele que reúne em si tudo o que a humanidade poderia e deveria ser. Ele é o último Adão, o cabeça de uma nova humanidade remida (1Co 15.45).
Ao vê-lo assim, não resistiram e pediram que fosse crucificado. Eram eles os principais sacerdotes e os guardas. O ódio dos principais sacerdotes era tanto que eles acabaram se transformando nos líderes de uma turba.
Pilatos, finalmente, desistiu e disse para eles que o tomassem e eles mesmos o crucificassem. Pilatos se irritou de tal modo que não considerou que os judeus não tinham permissão de realizar uma crucificação, ou então simplesmente ofereceu essa resposta sarcástica ao pedido dos judeus.
Ele insistiu que não achava nele crime algum. Pela terceira vez, Pilatos proclamou a inocência de Jesus (18.38; 19.4,6); essa narrativa corresponde ao relato de Lucas (Lc 23.4,14,22).
Os judeus insistiam com ele que Jesus tinha de morrer, pois se declarou Filho de Deus, o que na verdade era mesmo. A declaração se refere ao crime de blasfêmia do qual os judeus acusaram Jesus (Lv 24.16).
Diante disso, Pilatos ficou ainda mais atemorizado. Talvez a mensagem de sua esposa (Mt 27.19) tenha abalado Pilatos; nesse momento, Jesus foi retratado como uma figura sobrenatural. 
O temor em seu coração não o fez agir em favor do Filho de Deus e Pilatos estava mesmo assustado com o que estava permitindo que tivesse sequência. Perguntou para Jesus de onde ele era afinal, mas Jesus não lhe deu resposta.
Fica evidente aqui e ao longo de todo julgamento que Jesus não estava tentando se libertar. Sua recusa em resistir à prisão e ao julgamento fazia parte do seu sacrifício voluntário.
Pilatos não gostou desse silêncio de Jesus e o provocou dizendo que tinha sobre ele autoridade para poder soltá-lo, ou não. Jesus lhe responde que nenhuma autoridade terias sobre ele, se o seu Pai não lhe tivesse dado.
Jesus reconhecia o plano soberano de Deus que inclina até mesmo a perversidade de seus acusadores e a covardia de Pilatos. Pedro (At 2.23) e a igreja primitiva (At 4.28) também deram testemunho desse fato.
Diante disso, Pilatos fez de tudo para soltá-lo, mas seus esforços não eram firmes, pois ele também estava cedendo às pressões contrárias que sofria naqueles momentos. Os judeus apelaram dizendo que se ele o livrasse, não estaria sendo ele amigo de César – vs. 12.
Uma declaração extraordinária vinda de judeus do século 1. O povo judeu havia sido sujeitado à autoridade de uma sucessão de impérios durante quase seis séculos e em várias ocasiões havia lutado contra os gregos e romanos para obter sua independência (como voltariam a fazer no final do século 1). No entanto, em termos comparativos, seu ódio contra Jesus os torna "amigos de César".
Ouvindo isso, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se na cadeira de juiz.
Estava chegando a parasceve pascal - para os judeus, o dia de preparação do sábado ou para uma festa que coincidia com o sábado. Acredita-se, em geral, que se trata de uma referência ao dia de preparação para a comemoração da Páscoa (ou seja, quinta--feira).
Nesse caso, o Evangelho de João mostra Jesus sendo crucificado no mesmo dia em que os cordeiros pascais eram sacrificados (13.1-17.26), mas essa ideia parece conflitante com o registro dos Evangelhos sinóticos, de acordo com os quais a crucificação de Jesus aconteceu na sexta-feira.
É provável, porém, que a referência aqui seja ao dia de preparação para o sábado da Semana de Páscoa (ou seja, sexta-feira, pois o termo grego para -dia de preparação se refere, em geral, à sexta-feira antes do sábado semanal).
Eis aqui o vosso rei, dizia Pilatos sentado naquela cadeira de juiz. Até o último instante, Pilatos se referiu a Jesus como "rei dos judeus". É possível que essa designação representasse um esforço final de sua parte de comover os judeus; se era essa a sua intenção, não foi bem-sucedida.
No verso 16, temos finalmente a sua anuência entregando Jesus para ser crucificado e ai, os soldados se encarregaram de Jesus.
Posteriormente, Pilatos ordenou que esse título fosse escrito e colocado no alto da cruz (vs. 19), talvez como maneira de insultar os judeus em retaliação por o haverem pressionado a executar Jesus.
Eles o retrucavam dizendo que não tinham rei, senão César! Vinda dos judeus, essa proclamação representava uma traição a Deus. Definitivamente, os judeus rejeitaram a Jesus e o rejeitam até ao dia de hoje, século XXI, e continuarão a rejeitá-lo até reconhecerem que o messias que estão aguardando é falso, sendo o próprio filho do diabo.
B. A crucificação, a morte e o sepultamento de Jesus (19.17-42).
Veremos dos versos 17 ao 42, a crucificação, a morte e o sepultamento de Jesus. João registra vários detalhes desses acontecimentos para mostrar a importância deles e para que os seguidores de Jesus nunca se esquecessem do que seu Mestre havia feito por eles na cruz.
Jesus agora tinha a cruz para carregar. Foi o que ele recebeu dos homens: uma cruz para nela ser crucificado. As cruzes tinham várias formas. O fato de uma inscrição ter sido colocada sobre a cabeça de Jesus (Mt 27.37) dá certa credibilidade à forma em que ela é normalmente retratada.
Simão Cireneu foi forçado a carregar a cruz de Jesus, talvez devido à fraqueza de Jesus depois do açoitamento brutal. Apesar do que afirma a tradição, as Escrituras não falam que Jesus caiu três vezes sob o peso da cruz. Ele estava indo para um lugar chamado Caveira, que em aramaico era Gólgota.
Ao chegar em seu destino, o crucificaram.
A crucificação era um modo de execução extremamente doloroso, que envolvia grande sofrimento por causa dos pregos nas mãos e nos pés, da tensão dos músculos e tendões em todo o corpo, da grande dificuldade de respirar, das dores de cabeça intensas, febre alta e muita sede. Também envolvia a vergonha de ser exposto nu aos olhos do público.
Jesus foi crucificado ao lado de dois ladrões. Dois criminosos que mereciam a pena de morte (Lc 23.4), foram crucificados juntamente com Jesus, um detalhe que cumpriu as profecias (Is 53.12; Lc 22.37) e deu a Jesus a oportunidade de mostrar o seu poder salvador ao resgatar um homem que estava à beira da morte eterna.
Pilatos então mandou preparar uma placa e pregá-la na cruz, com a seguinte inscrição: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS – vs. 19.
Os quatro Evangelhos registram a inscrição de Pilatos com pequenas variações que devem, talvez, ser atribuídas ao fato de terem sido escritas em três línguas, aramaico, latim e grego.
A forma apresentada por João - "Jesus Nazareno" - possui um tom semita. Era costume colocar junto ao criminoso uma inscrição declarando o motivo da condenação. O mais importante, e mais irônico, é que essas palavras reconheciam Jesus oficialmente como Rei.
Houve protestos com relação ao que fora escrito. Os principais sacerdotes diziam que a inscrição era uma ofensa à sua nação. É possível que fosse justamente essa a intenção de Pilatos, pois ele se recusou a mudar as suas palavras. Depois de ceder na questão principal, ele se mostrou inflexível quanto a esse detalhe. Pilatos respondeu: "O que escrevi, escrevi" – vs. 22.
Tendo sido crucificado, apanharam as vestes de Jesus. Uma túnica tecida sem costura não era uma vestimenta incomum na antiguidade. O registro desse detalhe é importante, não pelo valor da túnica, mas por deixar clara a humilhação profunda de Jesus: ao oferecer-se como sacrifício, absolutamente tudo lhe foi tirado. Esse fato também cumpre a profecia de SI 22.18.
A lista apresentada no vs. 25 pode ser entendida de modo mais apropriado como unia referência a quatro mulheres. Se considerarmos que a irmã da mãe de Jesus é Maria, mulher de Clopas, obviamente chegaremos à conclusão que as duas irmãs se chamavam Maria.
E possível que o Clopas citado aqui seja o mesmo mencionado em Lc 24.18, e também o mesmo homem chamado Alfeu, pai dos apóstolos Tiago e Mateus (Mt 10.3; Mc 2.14; 3.18; Lc 6.15).
Convém observar a coragem dessas quatro mulheres. Algumas delas estavam presentes no sepultamento (Mt 27.61; Mc 15.47) e na ressurreição de Jesus (Mt. 28.1; Mc 16.1; Jo 20.1-18).
Jesus estava na cruz e viu abaixo dele sua mãe e o discípulo amado, João. Ele diz para ela e para ele. Mulher, eis ai teu filho; e ao discípulo, eis ai a sua mãe.
Jesus não realizou a sua obra na cruz na condição de filho de Maria, mas sim, de Mediador da nova aliança. No entanto, é admirável que num momento de dor física e angústia mental intensas, o Senhor tenha pensado nos outros, como indicam suas três primeiras declarações na cruz (Lc 23.34.43: Jo 19.26-27).
O cuidado terno de Jesus por sua mãe é demonstrado na provisão de um lar mais apropriado até do que aquele que ela teria com seus próprios filhos (Mt 13.55.56; Jo 7.5; 19.26-27).
 Passou-se um tempo e Jesus pode ver que tudo estava concluído, ou tudo já estava consumado. A quinta e a sexta declarações na cruz foram proferidas pouco antes da morte de Jesus.
A provação mais angustiante - o ato de tomar sobre si, de maneira substitutiva, a ira de Deus contra o pecado (Mt 27.46; Mc 15.34), que foi acompanhado de trevas - havia chegado ao fim.
Para que ainda a Escritura se cumprisse ele disse que tinha sede – vs. 28. É notável que numa situação de aflição extrema o Senhor se preocupe em cumprir as Escrituras. Na verdade, outras duas das sete declarações na cruz estão intimamente relacionadas com o Antigo Testamento (Mt 27, 46 é uma citação do SI 22.1 e Lc 23.46 cita o Sl 31.5; cf. Sl 69.21; 22.15).
Assim que provou, Jesus pode dizer que tudo estava consumado. Corresponde ao que João relatou no vs. 28. Para muitos, o sepultamento é o início da exaltação de Cristo, uma vez que ele foi poupado do procedimento romano habitual de deixar o corpo de um criminoso na cruz durante vários dias.
Deixar os corpos na cruz teria contaminado a terra (Dt 21.23). É interessante observar que os judeus se aliaram aos romanos para cometer um homicídio e depois fizeram questão de que se cumprisse uma lei cerimonial judaica, a preparação.
Esse excesso de dor – o quebrar das pernas - podia, por si mesmo, causar a morte. Certamente dificultava a respiração, uma vez que a pessoa não podia mais se apoiar nas pernas para respirar. No caso de Jesus nem foi necessário. Também isso aconteceu por causa das Escrituras que diziam que nenhum de seus ossos seriam quebrados.
Para certificar-se da morte de Jesus, o soldado abriu o lado de Jesus com uma lança. João coloca esse detalhe junto com a descrição dos preparativos para o sepultamento nos vs. 39-40, e também a designação específica do sepulcro no v. 41, a fim de eliminar qualquer dúvida de que Jesus não estivesse morto.
Tanto o ato de traspassar o seu lado quanto o fato de seus ossos não terem sido quebrados cumpriram as Escrituras do Antigo Testamento (vs. 36-37).
Sua morte sem ossos quebrados cumpriu as exigências rituais de Nm 9.12, também prefiguradas em SI 34.20. O trespassamento cumpriu Zc 12.10.
João inclui o detalhe de sair sangue e água do lado de Jesus como um depoimento tanto da realidade do corpo físico de Jesus quanto de sua morte. E possível que também indique uma ruptura do coração que ocorre somente em casos de agonia extrema.
Alguns comentaristas veem nesse fato um significado simbólico e associam-no a 1Jo 5.6-8:
Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade.
Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.
E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num. (1 João 5:6-8).
Foi depois dessas coisas que aparece José de Arrematei-a, um simpatizante secreto de Jesus, mencionado nos quatro Evangelhos como relacionado ao sepultamento de Jesus. Não é citado em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Com a permissão de Pilatos, ele pode ter acesso ao corpo para poder prepará-lo para o sepultamento.
Também Nicodemos ajudou José na preparação do corpo. Nicodemos tinha levado cerca de trinta e quatro quilos de uma mistura de mirra e aloés. Nicodemos fora mencionado anteriormente duas vezes nesse Evangelho (3.1; 7.50).
Nicodemos providenciou uma grande quantidade de especiarias aromáticas para a unção do corpo de Jesus. As mulheres fiéis estavam presentes durante o sepultamento (Mt 27.61; Mc 15.47; Lc 23.55).
Tomando o corpo de Jesus, os dois o envolveram em faixas de linho, juntamente com as especiarias, de acordo com os costumes judaicos de sepultamento e o colocaram num jardim, onde havia um sepulcro novo, onde ninguém jamais fora colocado.
Num jardim, foi criado o primeiro homem à imagem e à semelhança de Deus.
Num jardim, foi ressuscitado o segundo homem, o segundo Adão que é o resgate do primeiro.
Era esse o Dia da Preparação para os judeus e visto que o sepulcro ficava perto, colocaram Jesus ali. A obra de salvação do homem estava quase completa.
Jo 19:1 Então, por isso, Pilatos
tomou a Jesus
e mandou açoitá-lo.
Jo 19:2 Os soldados,
tendo tecido uma coroa de espinhos,
puseram-lha na cabeça
e vestiram-no com um manto de púrpura.
Jo 19:3 Chegavam-se a ele e diziam:
Salve, rei dos judeus!
E davam-lhe bofetadas.
Jo 19:4 Outra vez saiu Pilatos e lhes disse:
Eis que eu vo-lo apresento,
para que saibais que eu não acho nele crime algum.
Jo 19:5 Saiu, pois, Jesus
trazendo a coroa de espinhos
e o manto de púrpura.
Disse-lhes Pilatos:
Eis o homem!
Jo 19:6 Ao verem-no,
os principais sacerdotes
e os seus guardas gritaram:
Crucifica-o! Crucifica-o!
Disse-lhes Pilatos:
Tomai-o vós outros
e crucificai-o;
porque eu não acho nele crime algum.
Jo 19:7 Responderam-lhe os judeus:
Temos uma lei,
e, de conformidade com a lei,
ele deve morrer,
porque a si mesmo se fez Filho de Deus.
Jo 19:8 Pilatos,
ouvindo tal declaração,
ainda mais atemorizado ficou,
Jo 19:9 e, tornando a entrar no pretório, perguntou a Jesus:
Donde és tu?
Mas Jesus não lhe deu resposta.
Jo 19:10 Então, Pilatos o advertiu:
Não me respondes?
Não sabes que tenho autoridade
para te soltar
e autoridade para te crucificar?
Jo 19:11 Respondeu Jesus:
Nenhuma autoridade terias sobre mim,
se de cima não te fosse dada;
por isso, quem me entregou a ti
maior pecado tem.
Jo 19:12 A partir deste momento,
Pilatos procurava soltá-lo,
mas os judeus clamavam:
Se soltas a este,
não és amigo de César!
Todo aquele que se faz rei
é contra César!
Jo 19:13 Ouvindo Pilatos estas palavras,
trouxe Jesus para fora
e sentou-se no tribunal,
no lugar chamado Pavimento, no hebraico Gabatá.
Jo 19:14 E era a parasceve pascal,
cerca da hora sexta;
e disse aos judeus:
Eis aqui o vosso rei.
Jo 19:15 Eles, porém, clamavam:
Fora! Fora!
Crucifica-o!
Disse-lhes Pilatos:
Hei de crucificar o vosso rei?
Responderam os principais sacerdotes:
Não temos rei,
senão César!
Jo 19:16 Então, Pilatos
o entregou para ser crucificado.
Jo 19:17 Tomaram eles, pois, a Jesus;
e ele próprio,
carregando a sua cruz,
saiu para o lugar chamado Calvário,
Gólgota em hebraico,
Jo 19:18 onde o crucificaram
e com ele outros dois,
um de cada lado,
e Jesus no meio.
Jo 19:19 Pilatos escreveu
também um título
e o colocou no cimo da cruz;
o que estava escrito era:
JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS.
Jo 19:20 Muitos judeus leram este título,
porque o lugar em que Jesus fora crucificado
era perto da cidade;
e estava escrito em
hebraico, latim e grego.
Jo 19:21 Os principais sacerdotes diziam a Pilatos:
Não escrevas:
Rei dos judeus,
e sim que ele disse:
Sou o rei dos judeus.
Jo 19:22 Respondeu Pilatos:
O que escrevi escrevi.
Jo 19:23 Os soldados, pois,
quando crucificaram Jesus,
tomaram-lhe as vestes
e fizeram quatro partes,
para cada soldado uma parte;
e pegaram também a túnica.
A túnica, porém,
era sem costura,
toda tecida de alto a baixo.
Jo 19:24 Disseram, pois, uns aos outros:
Não a rasguemos,
mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá
- para se cumprir a Escritura:
Repartiram entre si as minhas vestes
e sobre a minha túnica lançaram sortes.
Assim, pois, o fizeram os soldados.
Jo 19:25 E junto à cruz estavam
a mãe de Jesus,
e a irmã dela,
e Maria,
mulher de Clopas,
e Maria Madalena.
Jo 19:26 Vendo Jesus sua mãe
e junto a ela o discípulo amado, disse:
Mulher, eis aí teu filho.
Jo 19:27 Depois, disse ao discípulo:
Eis aí tua mãe.
Dessa hora em diante,
o discípulo a tomou para casa.
Jo 19:28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado,
para se cumprir a Escritura, disse:
Tenho sede!
Jo 19:29 Estava ali um vaso cheio de vinagre.
Embeberam de vinagre uma esponja
e, fixando-a num caniço de hissopo,
lha chegaram à boca.
Jo 19:30 Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse:
Está consumado!
E, inclinando a cabeça,
rendeu o espírito.
Jo 19:31 Então, os judeus,
para que no sábado
não ficassem os corpos na cruz,
visto como era a preparação,
pois era grande o dia daquele sábado,
rogaram a Pilatos
que se lhes quebrassem as pernas,
e fossem tirados.
Jo 19:32 Os soldados
foram
e quebraram as pernas
ao primeiro
e ao outro que com ele tinham sido crucificados;
Jo 19:33 chegando-se, porém, a Jesus,
como vissem que já estava morto,
não lhe quebraram as pernas.
Jo 19:34 Mas um dos soldados lhe abriu o lado
com uma lança,
e logo saiu sangue e água.
Jo 19:35 Aquele que isto viu testificou,
sendo verdadeiro o seu testemunho;
e ele sabe que diz a verdade,
para que também vós creiais.
Jo 19:36 E isto aconteceu para se cumprir a Escritura:
Nenhum dos seus ossos será quebrado.
Jo 19:37 E outra vez diz a Escritura:
Eles verão aquele a quem traspassaram.
Jo 19:38 Depois disto, José de Arimatéia,
que era discípulo de Jesus,
ainda que ocultamente pelo receio que tinha dos judeus,
rogou a Pilatos lhe permitisse tirar o corpo de Jesus.
Pilatos lho permitiu.
Então, foi José de Arimatéia
e retirou o corpo de Jesus.
Jo 19:39 E também Nicodemos,
aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite,
foi, levando cerca de cem libras de um composto
de mirra e aloés.
Jo 19:40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus
e o envolveram em lençóis com os aromas,
como é de uso entre os judeus
na preparação para o sepulcro.
Jo 19:41 No lugar onde Jesus fora crucificado,
havia um jardim,
e neste, um sepulcro novo,
no qual ninguém tinha sido ainda posto.
Jo 19:42 Ali, pois, por causa
da preparação dos judeus
e por estar perto o túmulo,
depositaram o corpo de Jesus.
Jesus morreu! O inocente que não tinha pecado se fez pecado por nós. O justo morreu pelo injusto para fazer deste um justificado pelo seu sangue. Deus não nos fez justos em Cristo Jesus, antes, fomos justificados pelo Justo.
A Deus toda glória! 
p/ pr. Daniel Deusdete.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.