Estamos finalizando a décima primeira
parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação
apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 24.
XI. JULGAMENTO E ESPERANÇA NOS ÚLTIMOS DIAS DE JUDÁ (21.1-24.10) – continuação.
Como já dissemos, ainda que alguns negassem
a realidade, o julgamento de Judá seria inevitável. Esses capítulos estão
narrando o fim da dinastia davídica, deixando claro que a calamidade e o exílio
seriam o resultado do julgamento divino dos pecados dos reis, dos profetas e do
povo de Judá. O julgamento é enfatizado, mas o tema de esperança de restauração
futura também está presente.
Para melhor compreensão do assunto, também
foi dividida esta parte em três seções: A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8)
– já vista; B. Os falsos profetas
(23.9-40) – já vista; C. Uma
distinção e a esperança futura (24.1-10) –
concluiremos agora.
C. Uma distinção e a esperança futura (24.1-10).
Jeremias teve uma visão interessante sobre
a figueira e seus frutos e isso se sucedeu depois que Nabucodonosor, rei da
Babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoiaquim, rei de Judá e com
ele os príncipes de Judá, os carpinteiros, os ferreiros. A primeira grande
deportação ocorreu em 597 a.C. (2Rs 24.14-16).
A visão dos figos bons e ruins traz à memória
a seca que havia sido uma das consequências da desobediência de Judá (12.4;
14.1; cf. 8.13). Eles estão relacionados aos que resistiam de alguma forma ao
cativeiro.
Os "bons figos" são equiparados
aos exilados, aos quais, diz a palavra – vs. 5 – o Senhor os enviou. Seria por
meio daqueles que haviam sido levados para o exílio na Babilônia que ocorreria
a restauração do povo de Deus. O próprio Cristo era descendente desses que
voltaram do exílio babilônico.
Sobre esses estariam os olhos atentos do
Senhor para o bem deles e, com certeza, os faria voltar, obviamente que não
eles mesmos, mas os seus filhos, pois que tal cativeiro durou cerca de 70 anos.
Considerando o nascimento de Israel em 1948
ou 47, teremos os 70 anos de uma geração em 2017 ou 18. Muitos tem estabelecido
em seus cálculos que a volta de Jesus a este mundo não passará desta data.
O fato é que ninguém sabe ao certo, mas os
rumores mexem com nossa imaginação. Também devemos estar atentos às festas
judaicas uma vez que Cristo participou com a história de sua vida de todos os
momentos dela, como por exemplo a páscoa. Ele foi “imolado” no mesmo dia de
comemoração da páscoa.
Além de por os olhos neles e edificá-los e
plantá-los, o Senhor daria a eles um coração humilde e disposto a aprender e a
conhecer ao Senhor.
Os judaítas que estavam no exílio não eram
melhores nem mais propensos a crer do que os judaítas que haviam ficado para
trás. Em resposta à incapacidade do seu povo de manter o relacionamento de
aliança com ele, o próprio Senhor interviria, criando nos seus escolhidos uma
nova capacidade de conhecê-lo.
A fórmula da aliança “eles serão o meu
povo, e eu serei o seu Deus” (32.38; Lv 26.12) mostra que essa resposta
constitui nada menos que uma nova aliança. A teologia introduzida aqui é
desenvolvida em 31.31-34.
Já quanto aos figos ruins – vs. 8 - aqueles
que permaneceram na terra, pensaram que estariam protegidos da ira de Deus, mas
Jeremias afirma o contrário. Os que ficaram para trás seriam ainda mais
castigados.
O Senhor os faria um espetáculo horrendo e
uma ofensa para todo os reinos da terra. Deles faria um opróbrio e um
provérbio, um escárnio e uma maldição em todos os lugares por onde os haveria
de arrojar. Ou seja, seriam totalmente esquecidos e igualados àqueles que não
conhecem ao Senhor nem por ele se interessam, antes dele se afastam cada vez
mais.
Para tais, haveria a trilogia do terror do
Senhor: - a espada, a fome e a peste! Ela os consumiria, bem assim todos os
seus descendentes. Terrível coisa é negligenciar ao Senhor. Melhor é não conhecê-lo
e por isso ser condenado e sofrer as ações de sua escolha, do que conhecendo-o,
ignorá-lo ou buscar outros deuses.
Jr 24:1 Fez-me o Senhor ver,
e vi dois
cestos de figos, postos diante do templo do Senhor.
Sucedeu
isso depois que Nabucodonosor, rei de Babilônia,
levara
em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoiaquim,
rei
de Judá, e os príncipes de Judá, e os carpinteiros,
e
os ferreiros de Jerusalém,
e
os trouxera a Babilônia.
Jr 24:2 Um
cesto tinha figos muito bons, como os figos temporãos;
mas
o outro cesto tinha figos muito ruins,
que não se podiam comer, de ruins que eram.
Jr 24:3 E perguntou-me o Senhor:
Que vês tu,
Jeremias?
E
eu respondi:
Figos;
os figos bons, muito bons, e os ruins,
muito
ruins, que não se podem comer,
de
ruins que são.
Jr 24:4 Então veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Jr 24:5 Assim
diz o Senhor, o Deus de Israel:
Como
a estes bons figos, assim atentarei com favor
para
os exilados de Judá, os quais eu enviei
deste
lugar para a terra dos caldeus.
Jr 24:6 Porei
os meus olhos sobre eles, para seu bem,
e
os farei voltar a esta terra.
Edificá-los-ei,
e não os demolirei; e plantá-los-ei,
e
não os arrancarei.
Jr 24:7 E
dar-lhes-ei coração para que me conheçam,
que
eu sou o Senhor; e eles serão o meu povo,
e
eu serei o seu Deus; pois se voltarão para mim
de
todo o seu coração.
Jr 24:8 E
como os figos ruins, que não se podem comer,
de
ruins que são, certamente assim diz o Senhor:
Do
mesmo modo entregarei Zedequias, rei de Judá,
e
os seus príncipes, e o resto de Jerusalém,
que
ficou de resto nesta terra,
e
os que habitam na terra do Egito;
Jr
24:9 eu farei que sejam espetáculo horrendo,
uma
ofensa para todos os reinos da terra,
um
opróbrio e provérbio, um escárnio,
e
uma maldição em todos os lugares
para
onde os arrojarei.
Jr
24:10 E enviarei entre eles a espada, a fome e a peste,
até
que sejam consumidos de sobre a terra
que
lhes dei a eles e a seus pais.
Eles foram levados para o cativeiro,
sofrendo a primeira grande deportação em 597 a.C., conforme se ve em 2Rs
24.14-16. A primeira impressão dessa leitura é “o inimigo os levou para o
cativeiro”, mas ao lermos o vs. 5, somos obrigados a repensar tudo. O inimigo,
na verdade, não os levou, mas Deus foi quem os enviou ao cativeiro, pela
instrumentalidade dos babilônios.
Isso é muito importante de se destacar. O Senhor
jamais é surpreendido em qualquer coisa, mas é soberano sobre todas elas e é
ele quem dirige os destinos das nações e dos homens, de forma que eles poderia
imitar o apóstolo Paulo dizendo, eu, cativo do Senhor na Babilônia – Ef 3:1 –
ou como eu (guardada as devidas proporções), no século XXI, em 2015 – eu,
empregado de Cristo nos Correios.
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