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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Zacarias 13 1-9 - JESUS A FONTE ABERTA DE ZACARIAS.

Estamos estudando, com a ajuda preciosa da BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto à Jerusalém ser o local, num futuro de médio prazo, para o reino de Deus.
Estamos na segunda parte, na seção “B”, no penúltimo, o décimo terceiro capítulo.
B. O segundo grupo de profecias (12.1-14.21) - continuação.
Como já falamos, estamos vendo o segundo grupo de profecias, sendo que no primeiro vimos detalhes da vinda de Deus, o Rei, em julgamento e neste segundo grupo de profecias, na segunda metade do livro, estamos vendo o julgamento de Deus contra as nações.
O ápice desse grupo é a salvação final de Jerusalém e a celebração da Festa dos Tabernáculos. Dividiremos, didaticamente, conforme a BEG, esta segunda seção “B” em seis partes: 1. A vitória sobre as nações (12.1-9) – já vimos; 2. O pranto sobre o passado (12.10-14) – já vimos; 3. A purificação da terra de Judá (13.1-6) – veremos agora; 4. O pastor ferido (13.7-9) – veremos agora; 5. A guerra contra Jerusalém (14.1-15); e, 6. A futura celebração (14.16-21).
3. A purificação da terra de Judá (13.1-6).
Até o verso seis, estaremos vendo a purificação da terra de Judá. O pranto em Jerusalém sobre os pecados passados purificaria a Terra Prometida de sua impureza.
Essa frase “Naquele dia” que inicia o capítulo 13, liga este capítulo ao pranto de 12.10-13. Seria, então naquele dia que uma fonte jorraria para os descendentes de Davi. Uma fonte para remover o pecado e a impureza. A metáfora de uma fonte indica a abundância do perdão. Conforme podemos ver em Jr 2.13, Deus chamou a si mesmo de "o manancial de águas vivas". Basicamente, encontramos a abundância de perdão em Jesus e em seu Espírito (Jo 7.37-39). 
Os versos de 2 a 6 mostram os efeitos da purificação (vs. 1) sendo deles, o maior resultado, a eliminação da idolatria e dos falsos profetas (vs. 2-3).
No verso dois, diz Deus que eliminaria de Israel os nomes dos ídolos para nunca mais serem lembrados e removeria da terra tanto os seus profetas enganosos com o respectivo espírito imundo.
A falsa profecia significava, dentre outras coisas, profetizar em nome de um deus falso ou falar presunçosamente em nome do Senhor (vs. 3; Dt 13.1-18; 18.21-22). Um falso profeta deveria morrer pela espada (Dt 13.15). O compromisso do povo de Deus, nesse momento, de pleno arrependimento e bênção seria tanto que os pais se alegrariam em Deus mais da que em seus filhos.
O segundo efeito da purificação (vs. 1) seria que os falsos profetas ficariam envergonhados ao admitir a sua fraude. Negariam ser profetas por medo do castigo.
Naquele dia eles se envergonhariam tanto de suas visões proféticas de mentira que nem mais se vestiriam de manto de pelos, tradicional símbolo de um profeta (1 Rs 1.8; Mt 3.4).
Quando João Batista, no Novo Testamento, surgiu, ele representou o último dos profetas do Antigo Testamento, antes do Messias e se vestiu como os antigos e comia mel silvestre e gafanhotos. “E João andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre” (Mt 3.4; Mc 1.6).
Como o último dos profetas do AT no NT, ele apontou para Cristo dizendo que ali estava o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (Jo 1.29), ou seja, estava ele encerrando o AT e com isso falando que doravante se deveria ouvir ao próprio Senhor.
Não que o Senhor iria anular ou se desfazer do AT, não, ele antes o ratificaria dando-lhe a correta interpretação, pois nem um “~”, nem um “j” seria eliminado da Lei, dos Profetas e dos Escritos. (Vejam Mt 5.17-20).
Também eles estariam cobertos de vergonha, continuando o verso 4 a 6, que ele diria explicitamente que não era profeta, mas homem do campo, desde a sua mocidade.
Se alguém ainda lhe perguntasse sobre as feridas que ele traria em seu corpo (em suas mãos – NVI), ele diria que essas feridas se deram na casa de seus amigos – vs. 6 -, ou seja, o profeta acusado explicaria que suas feridas haviam resultado da briga com um amigo.
Esta é uma provável referência às feridas autointligidas durante os cultos idólatras. Vários textos no Antigo Testamento sugerem que tais práticas eram comuns nos rituais pagãos de adoração (Lv 19.28; 21.5; Dt 14.1; 1Rs 18.28).
Embora essas sejam as explicações encontradas na BEG que nos ajudam a entender o contexto histórico, elas encontram aplicação na vida e obra do Messias que teve suas mãos feridas na casa de seus amigos, os judeus, que o traíram e o crucificaram.
4. O pastor ferido (13.7-9).
Dos versos 7 ao 9, veremos o pastor das ovelhas sendo ferido à espada e o povo sendo disperso, provado, para dele somente ser aproveitado o remanescente fiel.
Após a reconstrução do templo, Zacarias passou a entender melhor o que tinha de acontecer para o povo de Deus obter a vitória prometida. O filho de Davi sofreria pela mão de Deus, e o povo escolhido passaria por um refinamento para que os fiéis fossem separados dos infiéis.
Esse pastor, homem, companheiro – vs. 8 - é o grande filho de Davi a quem os profetas continuaram aguardando. Ele seria ferido e as ovelhas, consequentemente, dispersas, mas o Senhor voltaria a sua atenção e a sua mão de proteção aos pequeninos para preservar os remanescentes, separando-os dos infiéis.
Como em Is 52.13-53.12, a figura real está ferida. É possível que Zacarias tivesse em mente a morte de Zorobabel, em quem tanta esperança havia sido depositada (caps. 1-8), bem como os sofrimentos que se seguiriam a Israel.
Essa figura representava também o Cristo. O Novo Testamento ensina que Jesus é o Pastor que cumpriu plenamente essa profecia e cuja morte fez distinção entre o fiel e o infiel de Israel (Mt 26.31-35; Mc 14.27-31; Lc 22.31-34).
»ZACARIAS [13]
Zc 13:1 Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi,
e para os habitantes de Jerusalém,
para remover o pecado e a impureza.
Zc 13:2 Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos,
cortarei da terra os nomes dos ídolos,
e deles não haverá mais memória;
e também farei sair da terra os profetas
e o espirito da impureza.
Zc 13:3 E se alguém ainda profetizar,
seu pai e sua mãe, que o geraram, lhe dirão:
Não viverás,
porque falas mentiras em o nome do Senhor;
e seu pai e sua mãe, que o geraram,
o traspassarão quando profetizar.
Zc 13:4 Naquele dia os profetas se sentirão envergonhados,
cada um da sua visão,
quando profetizarem;
nem mais se vestirão de manto de pêlos,
para enganarem,
Zc 13:5 mas dirão:
Não sou profeta,
sou lavrador da terra;
porque tenho sido escravo desde a minha mocidade.
Zc 13:6 E se alguém lhe disser:
Que feridas são essas entre as tuas mãos?
Dirá ele:
São as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos.
Zc 13:7 Ó espada, ergue-te contra o meu pastor,
e contra o varão que é o meu companheiro,
diz o Senhor dos exércitos;
fere ao pastor,
e espalhar-se-ão as ovelhas;
mas volverei a minha mão para os pequenos.
Zc 13:8 Em toda a terra, diz o Senhor,
as duas partes dela serão exterminadas,
e expirarão;
mas a terceira parte restará nela.
Zc 13:9 E farei passar esta terceira parte pelo fogo,
e a purificarei,
como se purifica a prata,
e a provarei,
como se prova o ouro.
Ela invocará o meu nome,
e eu a ouvirei;
direi:
É meu povo;
e ela dirá:
O Senhor é meu Deus.
Deus fala da proporção entre eles baseada na terça parte, sendo 2/3 ceifados e mortos e apenas 1/3 permanecendo. O julgamento separaria os verdadeiramente fiéis dos falsos. A distinção do julgamento de Deus entre o humilde e o soberbo (Sf 3.11-12), entre a ovelha verdadeira e a falsa (Ez 34.17-24), entre o joio e o trigo (Mt 13.24-30) é um tema profético comum.
A terça parte que sobrasse seria posta no fogo das provações e seria provado como se prova o ouro e se refina a prata, isto é, os verdadeiramente fiéis passariam pelo fogo não para os atormentar, mas para os purificar. Os que vencessem invocariam o nome do Senhor e Deus responderia dizendo que eles eram seu povo e ele o seu Deus. O remanescente que sobrevivesse ao julgamento seria o verdadeiro povo de Deus, que desfrutaria da bênção da renovação da aliança (8.8; Gn 17.7).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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3 comentários:

Zacarias 13:8 não seria uma decisão final do Senhor Deus, pela sua Oniciência?

Gostaria de saber se o que é relatado em Zacarias 13:8 não é uma decisão final do Senhor Deus, sobre o final dos tempos?

Graça e Paz '
Venho aqui dizer que a analogia de que o Profeta seria machucado pelos seus amigos mecheu comigo sabendo que as Bíblia foi escrito pelo Espirito Santo que escolheu homens santos para purificar e usa-los para escrever o que Deus já tinha preparado aos seus companheiros no capitulo treze quando Deus fala que seus amigos seriam machucados Ele o Espirito Santo está falando de seus profetas que seriam perseguidos, caluniados e mortos para servir a DEUS! Essa profecia Messiânica diz respeito a morte de Cristo morto para que Deus salvasse um monte de verme que a humanidade que vice da desgraça dos outros estou falando do ser humano como um todo a humnidade que desvia seus pés do caminho de CRISTO para viver segundo suas p´roprias vontades

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.