quinta-feira, 1 de maio de 2014
quinta-feira, maio 01, 2014
Jamais Desista
II Samuel 1:1-27 - DAVI LAMENTA MORTE DE SAUL E DE JÔNATAS
Mapa de leitura
(objetivo de situar o leitor na leitura bíblica):
O relato bíblico nem
aponta que alguém o tenha ferido, mas que Saul se matou. Logo, estava ali,
provavelmente, mentindo e contando uma espécie de vantagem para melhorar o seu
prêmio. O fato era que ele estava mesmo tanto com a coroa como com o bracelete
real.
· Parte
III: - Saul e Davi: a ascensão de Davi e a queda de Saul – 16:1 a II Sm
1:27
· C.
A inocência de Davi e a culpa de Saul – 22:6 a II Sm 1-27
· 3.
A inocência de Davi e a culpa de Saul para com os filisteus – 27:1 a II Sm 1:27
Chegamos, finalmente,
ao final desta última subparte “3. A inocência de Davi e a culpa de Saul para
com os filisteus – 27:1 a II Sm 1:27” que foi dividida, como já dissemos, em 5
seções: 1. Davi engana os filisteus – 27:1 a 28 – já vista. 2. Saul peca por
temer aos filisteus – 28:3–25 – já vista. 3. Davi é temido e vitoriosos – 29:1
a 30:31 – já vimos. 4. Saul e seus filhos morrem na batalha contra os filisteus
– 31:1-13 – já vimos. 5. Davi reage inocentemente à morte de Saul – II Sm
1:1-27 - veremos agora neste capítulo.
5. Davi reage inocentemente à morte de Saul – II Sm 1:1-27.
Já era o terceiro dia
depois que Davi chegou a Ziclague de volta, depois de derrotar os amalequitas
que o tinham roubado. Saul já estava morto e uma nova fase estaria para dar
inicio à jornada de Davi nesta terra.
Ele tinha distribuído
os despojos e dado muitos presentes aos anciãos de Judá e a muitas outras
pessoas. Ele sabia do terrível encontro dos filisteus com os filhos de Israel e
aguardava as notícias do fronte.
Chega para lhe dar
notícias, justamente um amalequita, por duas vezes no texto ele se identifica
dizendo-se amalequita. Foram esses amalequitas os mesmos que já deram tanto
trabalho ao povo de Deus, desde que vieram à existência. E foi o único povo que
Deus disse a seu respeito: “Hei de riscar
totalmente a memória de Amaleque de debaixo dos céus... Porquanto o Senhor
jurou, haverá guerra do Senhor contra Amaleque de geração em geração.”
(Êxodo 17:14, 16).
De onde vieram os
Amalequitas?[1]
A
primeira referência que encontramos em relação a eles é em Gênesis 36:12:
“E
Timna era concubina de Elifaz, filho de Esaú, e teve de Elifaz a Amaleque.
estes são os filhos de Ada, mulher de Esaú.”
Vê-se,
por esta referência, a origem daquele povo: netos daquele a quem Deus
aborrecera: Esaú. Filhos de uma concubina.
Amaleque
é citado nos cânticos proféticos de Balaão (Números 24:20). e de Débora e
Baraque (Juizes 5:14).
Em
um dos salmos de Asafe, o 83, Amaleque é citado entre 17 povos inimigos de
Deus.
Agora
perguntamos: sempre sobraram Amalequitas? Será que o mandamento e a vontade de
Deus jamais foram cumpridos? Por acaso escaparam sempre aqueles horríveis
inimigos de Deus?
Não!
No
livro de I Crônicas vemos um relato breve de que a vontade de Deus foi
cumprida, quase 200 anos depois do que Ele ordenara. Eis o desfecho da triste
história do povo Amalequita:
“Também
deles, dos filhos de Simeão, quinhentos homens foram às montanhas de Seir. E a
Pelaias, e a Nearias, e a Refaias, e a Uziel, filhos de Isi, levaram por
cabeças. E FERIRAM O RESTANTE DOS QUE ESCAPARAM DOS AMALEQUITAS.” (I Crônicas 4:42,43).
Ele tinha dito que
tinha escapado do arraial de Israel e estaria ali para dar notícias a Davi,
entregar-lhe a coroa e receber recompensas. Realmente seu interesse não estava
em nada que não fosse uma boa recompensa, no entanto se deu muito mal.
A história do
amalequita pode até ter sido verdadeira caso Saul tenha fracassado em sua
tentativa de suicídio pelo que teve de pedir ajuda adicional ao amalequita.
No entanto, aquilo não
soou bem a Davi que vingou a morte de Saul pela vida do amalequita. Assim, ao
deixar de compartilhar da convicção de Davi quanto à posição sacrossanta do
“ungido do Senhor” – I Sm 24:6; 26:9 – ou se recusar a isso, o amalequita
assinou sua própria sentença de morte – vs 15, 16.
O contraste entre Saul
e Davi e Jônatas fica muito claro nos acontecimentos. Enquanto Jônatas entregou
e aceitou o desígnio de Deus na sua vida, simbolicamente entregando o reino a
Davi, quando ele entregou-lhe sua capa e armadura – I Sm 18:4 – um amalequita,
que tomou sua coroa e bracelete, entrega ou faz chegar as mãos de Davi,
simbolicamente também, o reino de Israel. Enquanto em Jônatas foi voluntário,
em Saul é forçado e violento.
Até na execução do
amalequita, embora cruel, indicava zelo de Davi pela vida do ungido de Deus.
A seguir, Davi lamenta
de forma convincente a morte de ambos, principalmente de Jônatas pelo qual
nutria uma profunda amizade. Era Davi sincero em seus sentimentos e devoção e
isso fazia a pessoa dele ser muito querida entre seus súditos.
Ele entoa um cântico
fúnebre, uma lamentação. Conforme a BEG, sua forma é diferente da forma dos
lamentos encontrados no livro dos Salmos. Sua estrutura é concêntrica; os vs
19, 25 fazem um paralelo entre si e encerram uma seção central que começa e
termina com uma nota semelhante, com o vs 20 referindo-se às “filhas dos
filisteus” e o vs. 24 dirigindo-se às “filhas de Israel”. As palavras finais de
Davi foram reservadas para seu amado amigo Jônatas – vs 26 -, após as quais o
lamentoso refrão dos vs. 19, 25 (como caíram os valentes) é entoado pela última
vez – vs. 27.
II
Sm 1:1 E sucedeu que, depois da morte de Saul,
voltando Davi da derrota dos
amalequitas, ficou dois dias em Ziclague;
II Sm 1:2 Ao terceiro dia um homem
veio do arraial de Saul,
com as vestes rotas e
com terra sobre a cabeça;
e, chegando
ele a Davi, se lançou no chão,
e
se inclinou.
II Sm 1:3 E Davi lhe disse:
Donde vens?
E ele lhe disse:
Escapei do arraial de
Israel.
II Sm 1:4 E disse-lhe Davi:
Como foi lá isso?
peço-te, dize-mo.
E ele lhe respondeu:
O povo fugiu da batalha,
e muitos do povo caíram,
e morreram;
assim como também Saul e Jônatas,
seu
filho, foram mortos.
II Sm 1:5 E disse Davi ao moço que
lhe trazia as novas:
Como sabes tu que Saul e
Jônatas, seu filho, foram mortos?
II Sm 1:6 Então disse o moço que lhe
dava a notícia:
Cheguei por acaso à
montanha de Gilboa, e eis que Saul
estava
encostado sobre a sua lança, e eis que os carros
e
a cavalaria apertavam-no.
II Sm 1:7 E, olhando ele
para trás de si, viu-me,
e chamou-me;
e eu disse: Eis-me aqui.
II Sm 1:8 E ele me
disse:
Quem és tu?
E eu lhe disse:
Sou
amalequita.
II Sm 1:9 Então ele me
disse:
Peço-te,
arremessa-te sobre mim, e mata-me,
porque
angústias me têm cercado,
pois toda a minha vida está ainda em
mim.
II Sm 1:10
Arremessei-me, pois, sobre ele, e o matei,
porque bem
sabia eu que não viveria depois da sua
queda,
e tomei a coroa que tinha na cabeça,
e
o bracelete que trazia no braço, e os trouxe
aqui
a meu senhor.
II Sm 1:11 Então apanhou Davi as
suas vestes, e as rasgou;
assim fizeram todos os
homens que estavam com ele.
II Sm 1:12 E prantearam, e choraram,
e jejuaram até à tarde
por Saul, e por Jônatas,
seu filho,
e pelo povo do SENHOR, e
pela casa de Israel,
porque tinham
caído à espada.
II Sm 1:13 Disse então Davi ao moço
que lhe trouxera a nova:
Donde és tu?
E disse ele:
Sou filho de um
estrangeiro, amalequita.
II Sm 1:14 E Davi lhe disse:
Como não temeste tu
estender a mão para matares ao ungido
do SENHOR? II
Sm 1:15 Então chamou Davi a
um
dos moços, e disse:
Chega,
e lança-te sobre ele.
E
ele o feriu, e morreu.
II Sm 1:16 Pois Davi lhe dissera:
O teu sangue seja sobre
a tua cabeça, porque a tua própria
boca
testificou contra ti, dizendo:
Eu
matei o ungido do SENHOR.
II Sm 1:17 E lamentou Davi a Saul e
a Jônatas, seu filho,
com esta lamentação II
Sm 1:18
(Dizendo ele que
ensinassem aos filhos
de Judá o uso
do arco.
Eis
que está escrito no livro de Jasher):
II
Sm 1:19 Ah, ornamento de Israel! Nos teus altos foi ferido,
como caíram os poderosos! II Sm 1:20
Não o noticieis em Gate,
não o publiqueis nas
ruas de Ascalom,
para que não
se alegrem as filhas dos filisteus,
para que não
saltem de contentamento as filhas
dos
incircuncisos.
II Sm 1:21 Vós, montes de Gilboa,
nem orvalho, nem chuva caia
sobre vós, nem haja
campos de ofertas alçadas,
pois aí
desprezivelmente foi arrojado
o
escudo dos poderosos, o escudo de Saul,
como
se não fora ungido com óleo.
II Sm 1:22 Do sangue dos feridos, da
gordura dos valentes,
nunca se retirou para
trás o arco de Jônatas,
nem voltou
vazia a espada de Saul.
II Sm 1:23 Saul e Jônatas, tão
amados e queridos na sua vida,
também na sua morte não
se separaram; eram mais ligeiros do
que as
águias, mais fortes do que os leões.
II Sm 1:24 Vós, filhas de Israel,
chorai por Saul,
que vos vestia de
escarlata em delícias,
que vos fazia trazer
ornamentos de ouro sobre as vossas vestes.
II Sm 1:25 Como caíram os poderosos,
no meio da peleja!
Jônatas nos teus altos
foi morto.
II Sm 1:26 Angustiado estou por ti,
meu irmão Jônatas;
quão amabilíssimo me
eras! Mais maravilhoso me era o teu
amor do que o
amor das mulheres.
II Sm 1:27 Como caíram os poderosos,
e pereceram as armas de guerra!
Finalmente, sobre a
declaração de Davi que seu amor por Jônatas excedia o amor de mulheres,
valho-me, novamente, dos comentários riquíssimos da BEG, sobre o assunto:
1.26 ultrapassando o
amor de mulheres. Não
há dúvida de que Davi desfrutou de mais alegrias ao lado de Jônatas do que ao
lado de Mical (irmã de Jônatas e esposa de Davi); porém„ a exaltação do amor de
Davi por Jônatas (cf. 1 Sm 18.3) não teve a intenção de sugerir que o amor
entre amigos seja inerentemente superior ao conjugal. Antes, parece que a
intenção foi de ressaltar a impressionante abnegação do amor de Jônatas por
Davi. Se Davi estivesse falando, de modo geral, sobre os diversos tipos de
amor, então a sua intenção poderia ter sido declarar que o amor que envolve
lealdade e compromisso, seja entre amigos ou cônjuges é, no final das contas,
muito mais profundo do que uma simples atração erótica entre homem e mulher. As
interpretações que sugerem um tom homossexual nas palavras de Davi não são
apoiadas pelo texto, nem admissíveis à luz de todo o contexto bíblico (Lv
18.22; 20.13).
Encerramos agora a
parte III e no próximo capítulo, entraremos na parte IV e V, encerrando assim
os livros de I e II Samuel.
1 comentários:
“Hei de riscar totalmente a memória de Amaleque de debaixo dos céus... Porquanto o Senhor jurou, haverá guerra do Senhor contra Amaleque de geração em geração.” (Êxodo 17:14, 16).
Apesar do mandamento dizer que é proibido assassinar, foi ordenado a Israel vingar os crimes de Amaleque em todas as gerações, assim também como nos EUA existe a pena de morte, e isso dá o inteiro direito dos americanos julgar crimes cometidos que exigem pena capital.
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Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.