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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

II Crônicas 3:1-17 - COMEÇA A CONSTRUÇÃO O TEMPLO DE SALOMÃO NO DIA 02/02/04

Nossas reflexões se encontram aqui:
Parte II – O REINO UNIDO – 9:35 a II CR 9:31.
B. O reinado de Salomão – II Cr 1:1 a 9:31.
Até o capítulo 9, estaremos seguindo o quiasmo encontrado nos primeiros nove capítulos deste início de II Crônicas. Trata-se, como já falamos, de um quiasmo amplo (A B C D D' C' B' A’).
O padrão do reinado de Salomão é:
(A) A grande sabedoria e riqueza de Salomão (1:1-17) – já vista.
(B) Assistência internacional (2:1-18) – já vista.
(C) A construção e os móveis e utensílios do templo (3:1-5:1) - veremos agora.
(D) A dedicação do templo (5:2-7:10).
(D') A resposta divina à dedicação (7:11-22).
(C') A conclusão da construção do templo (8:1-16).
(B') O reconhecimento internacional (8:1-9:21).
(A') A grande sabedoria e riqueza (9:22-28).
O cronista encerra com um relato sucinto da morte de Salomão (9:29-31).
Esta parte “B”, que irá até o capítulo 9, terá também nove partes, como o quiasmo acima, ao qual estamos já seguindo.
(C) A construção e os móveis e utensílios do templo (3:1-5:1).
Neste capítulo veremos que Salomão como a edificação do templo – vs 1 ao 9, com paralelo em I Re 6:1-10; os dois querubins – vs 10 ao 14, com seu texto paralelo em I Re 6:23-28; e as duas colunas – vs 15 ao 17, com seu texto paralelo em I Re 7:15-22.
Irei me valer de meu texto, já produzido, com ligeiras adaptações dos textos paralelos de I Re 6 para II Cr 3.
Em I Re 6, foram dois capítulos dedicados à construção do belo projeto de Salomão – na verdade entregue por seu pai Davi - que teve a sua glória primeira a qual nunca mais até ao dia de hoje foi alcançada, depois de sua destruição que teremos oportunidade de ver mais adiante.
Era a construção do primeiro templo, daquele que Davi sonhou e pretendeu construir, mas que Deus não permitiu. Natã até tinha dado uma palavra para Davi num dia anterior que ele estaria livre para fazer o que estava em seu coração, mas Deus lhe apareceu e mandou entregar a ele seu recado de que ele não o faria, mas sim seu filho, seu descendente.
É praticamente simbólico que o seu descendente é que construiria o templo, assim como o Messias fora mesmo o templo, não edificado por mãos humanas, mas figurando do verdadeiro: “Hebreus 9:24 Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;”.
Davi tinha até os projetos em mente da construção do templo de Salomão e os passou para seu filho executar. Também lhe deu instruções e todos os detalhes necessários. Dessa forma ficou fácil para o homem mais sábio do mundo levar adiante aquele projeto gigante que duraria sete anos para ser concluído. Na verdade também era uma cópia da já cópia do Tabernáculo, mas dessa feita de tijolos e pedras.
Teve até data certa de início, para efeito de contagem, para quem gosta de números e de cálculos como eu gosto. Contando-se os anos a partir da saída do Egito, num sábado, 15 de Nissan - 15 de Nissan de 480 –, ou no ano 4 do reinado de Salomão, no mês Zive é que ele começou a sua obra. O texto de II Cr 3:2 nos dirá que foi no segundo dia, do segundo mês do ano quatro do reinado de Salomão.
Estamos – hoje é 22/09/2014[1] - no ano 5774 (começou este ano em 05-09-2013 e terminará em 24-09-2014), do ano judaico, contados desde Adão. De fato, a construção do templo começou exatamente em 15 de Nissan de 2668 + 480 que nos dá o ano judaico de 3148.
Foi o narrador bíblico que fez questão de nos permitir com exatidão sabermos que dia foi aquele que começaram a construção do templo que levou sete anos para ser concluído.
Isso demonstra como a construção do templo foi importante para a vida de Israel e como isso os mantinha em união. Não há como não nos lembrar do Messias, cuja presença traz a união em torno de sua pessoa.
Em seguida, são passadas em detalhes as dimensões do templo e de seus compartimentos, no total de 60x20x30 = 36000 m3. Também os números que aparecem nesse tempo são em côvados as dimensões de 5, 6, 7, 10, 20 e 30.
O templo era quase duas vezes maior que o modelo, que o tabernáculo – Ex 26:15-30; 36:20-34. E as suas semelhanças são peculiares. O Santo dos Santos era um cubo perfeito com dimensões próximas a 13m, cada lado, assim, seu volume em m3 era de 1597m3.
Era no Santo dos Santos que estava a arca da aliança e na arca que estavam as duas pedras ou tábuas da aliança – Dt 9:9 – que estruturavam o relacionamento divino-humano.
A arca era transportada com o povo desde que saíram do Sinai e se dirigiram à Terra Prometida – Ex 25:21; Dt 10:5; I Sm 4:11. 7:2; II Sm 7:6,7. E uma vez que o santuário era fixo, era natural que Salomão a colocasse ali em caráter permanente.
É dito que veio a palavra do Senhor a Salomão. Ele não recebia essas palavras por meio de profetas, mas parecia que Deus falava a ele como se ele fosse um profeta, diretamente, como ele falaria com o Messias, também diretamente – 3:5, 11-149:2-9; 11:11-13. Assim como também o Pai fala ao Filho no Novo Testamento.
A palavra que veio a ele, foi de que quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos meus estatutos, e fizeres os meus juízos, e guardares todos os meus mandamentos, andando neles, confirmarei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai; E habitarei no meio dos filhos de Israel, e não desampararei o meu povo de Israel.
Vamos analisá-la: a casa estava sendo aprovada, mas de nada valeria se ele e todo o povo não andasse nos seus estatutos e fizessem seus juízos e guardassem todos os mandamentos, andando neles. Se fizessem, sim, ele confirmaria sua palavra prometida a Davi e ainda habitaria no meio deles e jamais os desampararia.
Era uma palavra de confirmação da aliança davídica, ratificada com o filho Salomão. Era mesmo uma boa palavra que tinha um “se”. Assim, a existência do templo não garantiria, de per si, a presença de Deus com Israel. A lealdade à aliança era o ponto central do relacionamento do povo com Deus.
Por dentro do templo, Salomão revestiu todo ele com ouro puro o que fez dele um lugar impressionante e ao mesmo tempo de valor econômico significativo. Em sua glória e beleza, era um símbolo do templo celestial de Deus – 8:36,39; Hb 9:11.
No texto do presente capítulo de Crônicas não há menção dessa fala de Deus com Salomão. Também o cronista aqui resume consideravelmente esse relato da construção.
Ele parece dedicar mais atenção aos detalhes da ornamentação  - vs 4 ao 9, mencionando as dimensões – vs 3 ao 4a, bem como as decorações da sala grande – 4b ao7, do Santo dos Santos – 8 a 14 e do pórtico – 15 ao 17.
II Cr 3:1 E começou Salomão a edificar a casa do SENHOR
                em Jerusalém, no monte Moriá, onde o SENHOR aparecera
                               a Davi seu pai, no lugar que Davi tinha preparado
                                               na eira de Ornã, o jebuseu.
                II Cr 3:2 E começou a edificar no segundo mês, no segundo dia,
                               no ano quarto do seu reinado.
                II Cr 3:3 E estes foram os fundamentos que Salomão pôs
                               para edificar a casa de Deus:
                o comprimento em côvados, segundo a primeira medida,
                               era de sessenta côvados, e a largura de vinte côvados.
                II Cr 3:4 E o pátio, que estava na frente,
                               tinha vinte côvados de comprimento,
                                               segundo a largura da casa, e a altura era
                                                               de cento e vinte; e por dentro o revestiu com
                                                                              ouro puro.
                II Cr 3:5 E a casa grande forrou com madeira de faia;
                               e então a revestiu com ouro fino; e fez sobre ela palmas
                                               e cadeias.
                II Cr 3:6 Também a casa adornou de pedras preciosas,
                               para ornamento; e o ouro era ouro de Parvaim.
                II Cr 3:7 Também na casa revestiu, com ouro, as traves, os umbrais,
                               as suas paredes e as suas portas;
                                               e lavrou querubins nas paredes.
                II Cr 3:8 Fez mais a casa do lugar santíssimo,
                               cujo comprimento, segundo a largura da casa,
                                               era de vinte côvados, e também
                                               a largura de vinte côvados; e revestiu-a de ouro fino,
                                                               do peso de seiscentos talentos.
                II Cr 3:9 O peso dos pregos era de cinqüenta siclos de ouro;
                               e as câmaras cobriu de ouro.
                II Cr 3:10 Também fez na casa do lugar santíssimo dois querubins de
                               obra móvel, e cobriu-os de ouro.
                II Cr 3:11 E, quanto às asas dos querubins, o seu comprimento
                               era de vinte côvados; a asa de um deles, de cinco côvados,
                                               e tocava na parede da casa; e a outra asa de cinco
                                               côvados, e tocava na asa do outro querubim.
                II Cr 3:12 Também a asa do outro querubim era de cinco côvados,
                               e tocava na parede da casa; era também a outra asa de cinco
                                               côvados, que tocava na asa do outro querubim.
                II Cr 3:13 E as asas destes querubins se estendiam vinte côvados;
                               e estavam postos em pé, e os seus rostos virados para a casa.
                II Cr 3:14 Também fez o véu de azul, púrpura, carmesim e linho fino;
                               e pôs sobre ele querubins;
                II Cr 3:15 Fez também, diante da casa, duas colunas de trinta e cinco
                               côvados de altura; e o capitel, que estava sobre cada uma,
                                               era de cinco côvados.
                II Cr 3:16 Também fez cadeias no oráculo, e as pôs sobre as cabeças
                               das colunas; fez também cem romãs,
                                               as quais pôs entre as cadeias.
                II Cr 3:17 E levantou as colunas diante do templo, uma à direita,
                               e outra à esquerda; e chamou
                                               o nome da que estava à direita Jaquim,
                                               e o nome da que estava à esquerda Boaz.
O local do templo de Salomão não aparece em I Reis. Ele é identificado com o monte onde Abraão foi provado – Gn 22:2,14 – e o lugar que Davi comprou de Araúna, o jebuseu, depois de realizar o censo – I Cr 21:1 a 22:1.
O cronista ressalta a importância do local por causa desses eventos especiais e liga a construção realizada por Salomão diretamente aos preparativos feitos por Davi.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br




[1] Data precisa do dia da postagem dessa reflexão no site www.jamaisdesista.com.br – confira!
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.