Chegamos, finalmente,
ao final de I e II de Samuel! Estamos concluindo assim, a quinta e última parte
de nossa divisão proposta, seguindo a BEG, dos livros de I e II de Samuel. V.
CONCLUSÃO: A ESPERANÇA PERMANENTE NA CASA DE DAVI – 22:1 A 24:25.
Como já dissemos,
apesar de todos os problemas que advieram a Davi em decorrência de seus pecados
mais graves, a sua casa continuava a ser a esperança do povo de Deus para o
futuro.
O capítulo V, repito,
foi dividido, para melhor entendimento, em cinco subpartes. A. A intercessão de
Davi faz cessar uma fome – 21:1-14 – já vimos. B. As conquistas militares de
Davi – 21:15-22 – já vimos. C. O louvor e a confiança de Davi – 22:1-51 – já
vimos. D. A declaração de Davi quanto ao futuro - 23:1-7 – já vista. E. As
conquistas militares de Davi – 23:8-39 – já vista. F. A intercessão de Davi faz
cessar uma peste – 24:1-25 – veremos agora.
F. A intercessão de Davi faz cessar uma peste – 24:1-25
No capítulo anterior
tínhamos visto o belo e simples cântico de Davi falado pelo Espírito Santo,
como ele mesmo disse que falava. Nesse cântico, ele falou, entre outras coisas,
principalmente, do messias que viria de Davi.
Depois nesse mesmo
capítulo, vimos os grandes homens de Davi sendo citados como os seus valentes,
onde Joabe não aparece entre eles, apesar de ter sido um grande guerreiro de
Davi.
Neste capítulo, surge
um fato curioso cujo título atribuído pela BEG não diz muita coisa não, pois se
sua intercessão fez a peste cessar, ela somente começou por causa dele mesmo.
Este é um momento
oportuno para se meditar um pouco sobre a ira do Senhor. Não temos por hábito
pregarmos sobre ela, nem falamos dela, muito menos ensinamos nossas ovelhas a
respeito dela, no entanto se faz mister.
A ira de Deus é a expressão do seu justo juízo contra o
pecado e contra o pecador. “É uma manifestação da vingança divina contra os
violadores da sua palavra e para quem não há manifestação da sua misericórdia”,
a saber, os ímpios.
Pink define a ira de Deus da seguinte maneira:
A ira de Deus é uma perfeição divina tanto como a Sua
fidelidade, o Seu poder ou a Sua misericórdia. Só pode ser assim, pois não há
mácula alguma, nem o mais ligeiro defeito no caráter de Deus, porém, haveria,
se nEle não houvesse a Ira! A ira de Deus é a Sua eterna ojeriza por toda
injustiça. É o desprazer e a indignação da divina eqüidade contra o mal. É a
santidade de Deus posta em ação contra o pecado. É a causa motora daquela
sentença justa que Ele lavra sobre os malfeitores. Deus está irado contra o
pecado porque este é rebelião contra a Sua autoridade, um ultraje à Sua
soberania inviolável.
Vicent Cheung ressalta que a ira de Deus é a sua divina
cólera contra tudo que é contrário à santidade e à retidão; é seu intenso
aborrecimento para com o pecado e a impiedade.
Em suma, a Ira de Deus, nas palavras J.I.Packer, “é a sua
justiça reagindo contra a justiça”.[1]
No verso primeiro, é
dito que a ira do Senhor (ira santa e justa!) acendeu-se contra Israel e Davi
foi incitado a enumerar o povo. Este é um assunto delicado, mas que tentaremos
entender.
Quando Deus está
determinado a agir em juízo, o povo se corrompe ainda mais por causa do pecado
natural do povo e por causa da graça e misericórdia de Deus que são retiradas
para que assim eles ajam livremente, isto é, em pecado.
Nossa natureza é
maligna por causa do pecado original e o que nos impede de agirmos livremente é
o Senhor. Deus pretendeu punir o povo e a forma disso acontecer foi entregando
o povo a si mesmo. Quando estamos entregues nas nossas próprias mãos, agimos,
como eu costumo dizer, livremente.
É a ilusão do
livre-arbítrio! Eu faço o que quero, na hora que quero, do jeito que quero. Eu
sinto muito dizer e afirmar que isso não é liberdade, antes escravidão! Somente
é livre aquele que em tudo pode se conter e não o que faz o que quer, pois
ninguém faz o que quer, antes o que sente e o
que seu corpo e mente pedem, isso não é ser livre.
Jesus disse que todos
os que cometem pecado, são escravos do pecado. Se somos pecadores, não somos
livres, nem temos livre-arbítrio, antes pecamos e achamos que estamos sendo
livres.
Quem assistiu o filme
do Robocop 2014, pode ver isso claramente quando o robô/homem foi de um
desempenho excepcional em teste contra forças inimigas. O homem que estava na
máquina, imaginava que era ale agindo, quando na verdade, não era ele, mas um
software que era acionado para comandar as suas ações sempre que a sua viseira
abaixava protegendo o seu rosto.
O mesmo se dá conosco,
acostumados com o pecado. Quando pecamos, achamos que estamos sendo livres, mas
nunca! Estamos apenas entregues a nós mesmos e assim, Davi foi entregue a si
mesmo.
Em I Cr 21:1, está
claro o texto de que foi Satanás quem o incitou a contar o povo e fazê-lo
pecar. Todos sabemos que Deus não leva ninguém a pecar, muito menos tenta
alguém, antes o prova, como diz Tiago em sua epístola – Tg 1:13.
Não há contradições aqui
na Bíblia, mas o que entendo disso é que Deus é soberano e que até o diabo
quando age para o mal, objetivando isso, está cumprindo os sábios planos de
Deus! Deus é soberano inclusive sobre o mal e seus agentes.
Davi pretendeu contar
o povo e contou. Ordenou a Joabe e este não gostou da ideia, mas a cumpriu.
Depois de tudo concluído quando trouxeram o resultado para Davi, este caiu na
realidade e se perguntou por que fizera aquilo e reconheceu que tinha pecado.
O contar o povo
fazendo um levantamento de censo não parece ter sido mau em si mesmo – Nm 1:1-2;
4:1-2; 26:1-4. A ofensa aqui, como no caso da exigência de Israel por um rei –
I Sm 8 -, deve ter sido na área da motivação.
Eu nunca entendi como
ruim o fato de Israel desejar ser uma monarquia, minha queixa contra o povo foi
o fato de eles quererem ser como as outras nações. Aqui, no caso do censo,
também o problema não estava no censo, mas na sua motivação, como falou a BEG.
Depois de pecar, o
mais fantástico, buscou a Deus e pediu perdão, mas o juízo já tinha sido
acionado, conforme Deus tinha pretendido, e o profeta enviado por Deus lhe deu
apenas três opções de juízo.
Tudo envolvendo o
número três e o sete. Três escolhas e em cada escolha, o número três, exceto na opção da primeira escolha que foi de sete anos. Ou sete anos, ou
três meses, ou três dias. E os elementos da escolha seriam três: a fome, a espada e
a peste. A fome mais lenta, a espada mais rápida e a peste super veloz, mas
altamente trágica.
Esses três elementos (fome, espada e peste) perseguiam o povo de Israel quando naturalmente ocorria o rompimento da aliança
– Lv 26:23-26; Dt 28:21-26; 32:24-25; I Re 8:37; II Cr 20:9; Is 51:19; Jr
14:12; Ex 6:11-12.
A escolha entre os
três elementos foi uma ação da misericórdia de Deus para com Davi, homem
segundo o coração de Deus, que pecava, sim, mas que se arrependia.
A escolha de Davi –
vs. 14 (três dias de peste) - reflete a sua personalidade. Ele escolheu a Deus e justificou sua
escolha já que seu Deus era rico em misericórdia e perdão. Ele deixou implícito
que as outras duas opções dependeriam dos homens e Davi não quis arriscar cair
nas mãos deles.
Davi aqui estava sendo
retratado como um pecador, mas não como qualquer pecador, mas como um que se
arrepende e que busca a Deus e intercede pelo povo a ponto de se oferecer em sacrifício.
Este realmente é um final interessante nessa história de Davi.
Então se tem início a
peste que de tão violenta vitimou a setenta mil pessoas e já ia o anjo
destruidor eliminar Jerusalém quando foi interrompido pelo próprio Senhor em
resposta `as orações intercessórias do rei Davi.
E acontece algo
incrível, Deus permite a Davi ver o anjo que ali estava com a espada
desembainhada pronto para destruir. Davi temeu o anjo, mas ao mesmo tempo foi
de uma coragem excepcional ao se oferecer no lugar do povo. Isso agradou ao Senhor que teve misericórdias dele
e da nação de Israel.
Também outra razão
para o livro de Samuel se encerrar aqui, foi o fato de que o local escolhido
para sacrifício de apaziguamento da ira de Deus foi a eira de Araúna, local do
futuro templo de Israel – I Cr 22:1; ou seja, o monte Moriá, de acordo com II
Cr 3:1, também conforme Gn 22:2, local onde Abraão foi provado e ali iria
oferecer seu filho Isaque.!
Araúna – ou Ornã, o
jebuseu - quis ofertar a Davi a sua eira, mas Davi não a aceitou por que iria
oferecê-la ao Senhor e disse a ele que não ofereceria ao Senhor algo que nada
lhe custasse. Pagou o preço justo e pode oferecer seus sacrifícios, conforme
recebera de Gade, o profeta, a
orientação para assim proceder.
Davi levantou o altar
ao Senhor naquele lugar que ficou sendo o local onde mais tarde, seu filho
Salomão iria erguer o templo e que hoje está ocupada pela Mesquita de Omar, de
abóboda dourada, templo muçulmano, o mesmo lugar, também, onde Abraão foi
provado quando o Senhor pediu a ele que oferecesse Isaque, seu filho, em
sacrifício.
Os leitores deveriam
perceber – cf BEG -, nesses acontecimentos, a eficácia da intercessão dos
filhos de Davi, mesmo quando tiveram de lidar com as consequências de seus
próprios pecados. Davi e seus filhos conduziram a nação para tempos difíceis,
mas eles mesmos é que deveriam conduzi-los para tempos melhores.
Após levantar o altar
e oferecer ali sacrifícios por instruções de Gade, o profeta, Deus se tornou
favorável para com a terra, e a praga cessou de sobre Israel.
II
Sm 24:1 E a ira do SENHOR se tornou a acender contra Israel;
e incitou a Davi contra eles,
dizendo:
Vai, numera a Israel e a
Judá.
II Sm 24:2 Disse, pois, o rei a
Joabe, capitão do exército,
o qual tinha consigo:
Agora
percorre todas as tribos de Israel, desde Dã até
Berseba, e
numera o povo, para que eu saiba o
número
do povo.
II Sm 24:3 Então disse Joabe ao rei:
Ora, multiplique o
SENHOR teu Deus a este povo cem vezes
tanto quanto
agora é, e os olhos do rei meu senhor o
vejam;
mas, por que deseja o rei meu senhor
este
negócio?
II Sm 24:4 Porém a palavra do rei
prevaleceu contra Joabe,
e contra os capitães do
exército; Joabe, pois, saiu com os
capitães do
exército da presença do rei, para numerar
o
povo de Israel.
II Sm 24:5 E passaram o Jordão; e
acamparam-se em Aroer,
à direita da cidade que
está no meio do ribeiro de Gade, junto
a Jazer. II
Sm 24:6 E foram a Gileade, e à terra
baixa de
Hodsi; também foram até Dã-Jaã, e ao
redor
de Sidom.
II Sm 24:7 E foram à fortaleza de
Tiro, e a todas as cidades dos
heveus e dos cananeus; e
saíram para o lado do sul de Judá, a
Berseba. II
Sm 24:8 Assim percorreram toda a terra;
e ao cabo de nove meses
e vinte dias voltaram a Jerusalém.
II Sm 24:9 E Joabe deu ao rei a soma
do número do povo contado;
e havia em Israel
oitocentos mil homens de guerra, que
arrancavam da
espada; e os homens de Judá eram
quinhentos
mil homens.
II Sm 24:10 E pesou o coração de
Davi, depois de haver numerado
o povo; e disse Davi ao
SENHOR:
Muito pequei no que fiz;
porém agora ó SENHOR,
peço-te que perdoes a
iniqüidade do teu servo; porque tenho
procedido mui
loucamente.
II
Sm 24:11 Levantando-se, pois, Davi pela manhã,
veio a palavra do SENHOR ao profeta
Gade, vidente de Davi,
dizendo:
II Sm 24:12 Vai, e dize a Davi:
Assim diz o SENHOR:
Três coisas
te ofereço; escolhe uma delas,
para
que ta faça.
II Sm 24:13 Foi, pois, Gade a Davi,
e fez-lho saber; e disse-lhe:
Queres que sete anos de
fome te venham à tua terra;
ou que por três meses
fujas de teus inimigos, e eles te persigam;
ou que por três dias
haja peste na tua terra?
Delibera
agora, e vê que resposta hei de dar ao que
me enviou.
II Sm 24:14 Então disse Davi a Gade:
Estou em grande
angústia; porém caiamos nas mãos do
SENHOR,
porque muitas são as suas misericórdias;
mas
nas mãos dos homens não caia eu.
II Sm 24:15 Então enviou o SENHOR a
peste a Israel,
desde a manhã até ao
tempo determinado; e desde Dã até
Berseba,
morreram setenta mil homens do povo.
II Sm 24:16 Estendendo, pois, o anjo
a sua mão sobre Jerusalém,
para a destruir, o
SENHOR se arrependeu daquele mal;
e disse ao
anjo que fazia a destruição entre o povo:
Basta,
agora retira a tua mão.
E o anjo do SENHOR estava junto à
eira de Araúna, o jebuseu.
II Sm 24:17 E, vendo Davi ao anjo
que feria o povo,
falou ao SENHOR,
dizendo:
Eis que eu
sou o que pequei, e eu que iniqüamente
procedi;
porém estas ovelhas que fizeram?
Seja, pois, a
tua mão contra mim, e contra a casa de
meu
pai.
II Sm 24:18 E Gade veio naquele
mesmo dia a Davi, e disse-lhe:
Sobe, levanta ao SENHOR
um altar na eira de Araúna,
o jebuseu. II
Sm 24:19 Davi subiu conforme à
palavra
de Gade, como o SENHOR
lhe
tinha ordenado.
II Sm 24:20 E olhou Araúna, e viu
que vinham para ele o rei
e os seus servos; saiu,
pois, Araúna e inclinou-se diante do rei
com o rosto
em terra.
II Sm 24:21 E disse Araúna:
Por que vem o rei meu
Senhor ao seu servo?
E disse Davi:
Para comprar de ti esta
eira, a fim de edificar nela um altar ao
SENHOR, para que este
castigo cesse de sobre o povo.
II Sm 24:22 Então disse Araúna a Davi:
Tome, e ofereça o rei
meu senhor o que bem parecer aos seus
olhos; eis aí
bois para o holocausto, e os trilhos, e o
aparelho
dos bois para a lenha.
II Sm 24:23 Tudo isto
deu Araúna ao rei;
disse mais
Araúna ao rei:
O
SENHOR teu Deus tome prazer em ti.
II Sm 24:24 Porém o rei disse a
Araúna:
Não, mas por preço justo
to comprarei, porque não oferecerei ao
SENHOR meu Deus
holocaustos que não me custem nada.
Assim Davi comprou a eira e os bois
por cinqüenta siclos de prata.
II Sm 24:25 E edificou ali Davi ao
SENHOR um altar,
e ofereceu holocaustos,
e ofertas pacíficas.
Assim o SENHOR se aplacou para com a
terra
e cessou aquele castigo
de sobre Israel.
A sequência da
narrativa continua, doravante, em I e II Reis e o contexto já está todo
preparado para a continuidade do reinado eterno de Davi, sendo que quem irá
subir ao trono agora será o seu filho Salomão que realizará muitos dos sonhos
que Davi quis, mas não pode fazê-lo.
Observação
sobre a estrela de Davi:
“O Escudo — ou Estrela — de Davi constante da
bandeira de Israel tem origem no Antigo Testamento (Gn 15.1. Sl 18.2, etc.).
Ele se assemelha a uma estrela de seis pontas porque foi criado a partir da
letra hebraica dalet, a qual possui formato de triângulo e aparece duas vezes
no nome do rei Davi (hb. David).”
דָּוִ֔ד
Reparem
que
“O símbolo israelense nada tem a ver com
pirâmides maçônicas ou com a imagem de um ser demoníaco da Idade Média parecido
com um bode, em cuja cabeça há uma estrela de cinco pontas, e não seis.”
Com
essas três letras, de forma estilizada, podemos montar facilmente a estrela de Davi,
de seis pontas.
Repetindo
o que já disse antes em outros estudos/livros: estou satisfeito com o resultado
alcançado se bem que acho que ainda há muito a melhorar.
De
fato é muito bom terminarmos algo que começamos! Como é bom termos propósitos e
levarmos a sério nossa missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja
graça é maior do que a nossa vida! Como é bom saber que Deus nos fez promessas
incríveis e ele cumprirá todas elas! Como é bom saber que ele nos ama apesar de
nós!
Eu
já pensei em parar inúmeras vezes, principalmente ao tirar os olhos do Senhor
para colocá-los em alvos terrestres.
O
povo de Deus tinha sido conduzido magistralmente por seus líderes que Deus
levantou por sua pura graça, bondade, fidelidade e misericórdia à Terra
Prometida.
Chegaram
na terra, logo se esqueceram, nas gerações vindouras do Senhor e de seus
líderes e o resultado foi abandono das coisas do reino de Deus que eles tanto
precisavam para continuarem vencedores.
Deus
tinha prometido vitórias e bênçãos, mas falharam.
Em
consequência, viveram épocas de escravidão e servidão sob o domínio de diversos
povos e aprenderam seus costumes e trocaram seus filhos e filhas em casamentos
e se misturaram e não guardaram a aliança com seu Deus que os poderia fazer uma
nação exemplo nesta terra.
Ainda
assim, Deus preservou sua semente messiânica e ela chegou em paz até Boaz e
Rute e daí prosseguiu até alcançar a Davi sem que Satanás pudesse impedir.
Embora ele jamais desistiu de tentar liquidar com o descendente que iria
esmagar a sua cabeça.
Recapitulando,
Josué morreu e entraram na fase dos juízes, sendo Sansão, o décimo segundo juíz.
Depois, então vem Eli, uma espécie de 13º juiz, que com todos os seus defeitos
julgou a Israel por muitos anos, até ser substituído por Samuel que Ana teve em
resposta às suas orações agonizantes que fizeram esse Eli pensar que ela
estivesse embriagada.
Samuel
cresceu em meio ao caos da vida desrregrada de Eli e seus filhos, mas
conservou-se fiel e tornou-se também uma espécie de 14º juiz que julgou a
Israel por longo tempo e ainda ungiu como rei a Saul, inaugurando a monarquia
sonhada em Israel e, finalmente, a mandato de Deus, ungiu a Davi como rei de Israel.
Saul
reinou em Israel e se tornou um fracasso por 40 anos. Ele era amante de si
mesmo e desprezou a Deus e todas as coisas sagradas, dando valor aos homens e
às aparências.
Depois,
Davi reinou por iguais 40 anos e levou Israel a ser uma super potência na sua
época, mas cometeu um grave pecado. No entanto, se arrependeu e Deus o perdoou
e da sua união com Bate-Seba, gerou o descendente.
Ao
contrário do que aconteceu com Saul, Deus confirmou o seu reino para sempre,
isto é, apontou para o descendente, de suas entranhas, seu descendente segundo
os homens, o filho de Davi, cujo reino será eterno.
Não
há como não percebermos que do início ao fim, seja qual for o livro que estivermos
estudando da Bíblia, é Deus orientando, esclarecendo, falando, instruindo,
mostrando o quê, como, de que forma, quando, quanto, por quanto tempo. Percebe-se
assim o Deus imanente na história de Israel e que se utiliza de líderes por ele
escolhidos para realizarem as suas obras, no caso aqui, para levantar juízes e
libertadores a fim de reorientar o povo de Israel.
Há
tantas lições interessantes em toda as Escrituras! Cada vez que me dedico ao
estudo delas, cada vez mais me convenço que Deus tanto é onipotente, como
soberano. Como é incrível a sua linha mestre que nasce em Gênesis 3:15 e segue
toda a Bíblia até o último capítulo, em Apocalípse.
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