quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
quarta-feira, fevereiro 04, 2015
Jamais Desista
Jeremias 3:1-25 - OS PECADOS E JULGAMENTOS DE JUDÁ PIORES QUE OS DE SUA IRMÃ.
Estamos concluindo a terceira parte, de
nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação
apresentada pela BEG.
III. PLEITO INICIAL CONTRA JUDÁ (2.1-3.5) - continuação.
Nós estamos vendo Jeremias relatar como
Deus declarou Judá culpada de graves violações.
Até 3:5, como temos dito, estamos vendo que
essas profecias são feitas no contexto do tribunal divino, do qual é feita a
convocação e as acusações. Como em muitos pleitos legais desse tipo, Deus
ressalta os pecados do povo, enfatizando a sua bondade para com ele. O profeta
emprega várias imagens sexuais vívidas a fim de chamar a atenção para o
envolvimento dos judaístas com rituais de fertilidade cananeus.
A metáfora da noiva (2.2) dá lugar, agora,
à imagem do divórcio. A lei por trás dessa pergunta encontra-se em Dt 24.1-4. A
natureza definitiva do divórcio - o ponto central da lei em questão - também
serve de base para o argumento desse versículo.
A resposta à sua pergunta é não mais
tornará ele a ela por causa da poluição daquela terra. Judá tinha se maculado
com muitos amantes, mas mesmo assim, o Senhor pedia a ela para tornar para ele.
Nos versos de 2 a 5, Deus acusa Judá de
infidelidade de todas as maneiras possíveis a fim de enfatizar a seriedade do fato
de seu povo ter-se afastado dele.
Até os tempos e as estações foram afetados,
mas a sua fronte era de uma prostituta sem vergonha. Judá se mostra insensível
e impenitente. Apesar disso invocam a Deus como seu Pai e amigo dizendo que
tinham sido guiados desde a mocidade. Eles não entendiam porque Deus retinha a
sua ira para com eles, nem porque continuamente estava indignado, no entanto,
embora sua oração pudesse ser correta, seus feitos abomináveis.
Deus zomba da hipocrisia dos judaístas que
lhe suplicam para suspender seu julgamento e, ao mesmo tempo, se entregam a
todo tipo de perversidade imaginável.
IV. OS PECADOS E JULGAMENTOS DE JUDÁ (3.6-6.30)
Nós já vimos os pecados repetidos de Judá
(2.1-3.5) que levaram aos julgamentos divinos e, agora, em consequência os
pecados que os levaram à invasão estrangeira (3.6-6.30).
O profeta apresenta duas séries de
acusações, seguidas de proclamações de derrota e exílio feitas no tempo de
Josias. Judá havia pecado mais gravemente do que o Reino do Norte, Israel
(3.6-4.4) e seria invadido (4.5-31). Jerusalém, uma cidade inteiramente
corrompida (5.1-13), sofreria derrota e exílio (5.14-19). Os pecados de Judá
são expostos (5.20-31) e o profeta anuncia que Deus enviará os seus habitantes
para o exílio (6.1-30).
Em função disso, nossa divisão dessa parte
IV, conforme BEG, ficará assim: A. Judá é pior do que Israel - 3.6-4.4 – veremos agora; B. O julgamento por meio
da invasão - 4.5-31; C. A cidade pecaminosa de Jerusalém - 5.1-13; D. O
julgamento por meio da destruição de Jerusalém - 5.14-19; E. Os pecados de Judá
- 5.20-31; F. O julgamento por meio do exílio – 6:1-30.
A. Judá é pior do que Israel - 3.6-4.4.
Veremos nessa seção que Judá é pior do que
Israel. Jeremias compara os habitantes de Judá com os de Israel. Apesar de
Israel ter ido para o exílio, Deus estava ainda mais descontente com Judá.
O profeta chama a atenção para a destruição
do Reino do Norte em 722 a.C. por causa da sua pecaminosidade. Israel tinha se
prostituido debaixo de toda árvore frondosa, mas a esperança era que se
voltaria ao Senhor, no entanto não se voltou e isso viu Judá que ela não se
voltou.
Dos versos de 8 a 11, Jeremias explica por
que se concentra no Reino do Norte: Judá não aprendeu com o exílio de Israel e,
na verdade, se tornou mais corrupta do que Israel. Era de se esperar que
aprendesse e se arrependesse, mas aconteceu o contrário.
Por causa de seu adultério, Israel foi
despedida, recebeu sua carta de divórcio, foi "mandada embora" - para
o exílio na Assíria em 722 a.C. Sua irmã, Judá, não temeu, mas foi e se
prostituiu também com os ídolos “adulterou com a pedra e com o pau” – vs. 9. Ela
até tentou, mas não se arrependeu de todo o seu coração, mas fingidamente – vs.
10. Foi ai que o Senhor disse que a pérfida Israel tinha se mostrado mais justa
do que a aleivosa de sua irmã – vs. 11.
Jeremias foi orientado a apregoar suas
palavras para a banda do norte. Para aqueles que já estavam exilados na
Assíria. Ele dizia: “Volta, ó pérfida Israel.” - o profeta usa palavras cheias
de ironia ao anunciar o favor de Deus para com as tribos do norte enquanto
declara o julgamento iminente de Judá. Ele se justifica ao pedir que ela se
volte dizendo-se ser compassivo - uma alusão ao amor pactual de Deus – e que
não manterá para sempre a sua ira, respondendo assim à pergunta de 3.5 (cf.
31.20; Êx 34:6-7).
Era, no entanto, necessário o
reconhecimento de seu pecado – vs. 13:
·
A
sua prostituição.
·
O
endurecimento de seu coração à voz do Senhor.
O apelo para os filhos pérfidos é para
voltar porque o Senhor é como esposo, como marido. O termo hebraico ba’al, que
normalmente significa "senhor", se refere, com frequência a
"marido", em contraste com as associações que surgem à mente à menção
do nome idêntico do infame falso deus (Os 2.16-17).
Era para voltar porque ele os tomaria de
uma cidade, de uma família e os levaria a Sião - o livro de Crônicas deixa
claro que havia representantes das tribos de Israel entre aqueles que voltaram
a Jerusalém em 539 a.C. (veja 1Cr 9.3). Deus oferece eleger e preservar um
remanescente das diferentes tribos, clãs e cidades da comunidade exilada (23.3;
Is 10.20-22; cf. Dt 7.6-11).
No vs. 15, ele fala que daria a eles,
apesar de tudo, pastores segundo o seu coração que os apascentaria com ciência e
inteligência.
Jeremias tinha em mente as bênçãos a serem
oferecidas nos dias de restauração depois do exílio que se cumprem de modo
definitivo na era messiânica do Novo Testamento.
A promessa feita a Abraão (Gn 15.5), em
cumprimento da bênção a Adão (Gn 1.26-28) se cumpriria quando o povo fosse
restaurado.
Os símbolos dos tempos anteriores à
restauração seriam substituídos pelas realidades que simbolizavam.
Naqueles dias ou naqueles tempos – vs. 17-18;
compare com as promessas em 31.31-33 – chamarão a Jerusalém o trono do Senhor. Não
se trata mais de uma referência à arca (Ex 25.22; 1 Sm 4.4). Antes, a própria
cidade de Jerusalém se torna a imagem do domínio do Senhor sobre toda a terra e
o centro de sua presença autoritativa (Zc 2.11). Na grande era da salvação
depois do exílio, a terra toda seria transformada na sala do trono de Deus.
E todas as nações se ajuntarão a ela,
Jerusalém, em nome do Senhor, e não mais andarão obstinadamente segundo o
propósito do seu coração maligno. Hoje ainda temos essa contradição em nós
mesmos de que querendo fazer o bem, fazemos o mal e o mal que tanto detestamos,
esse fazemos – Rm 7:15.
A tendência do homem é o pecado e a sua
vontade é cativa à sua carne, por isso que se endurece contra o Senhor, mas em
Cristo Jesus, o homem é liberto disso.
Deus continuou a expressar a sinceridade do
seu desejo de ver o seu povo se arrepender para que ele possa abençoá-los e
lamentou que escolheram se apartar dele aleivosamente, como a mulher se aparta
perfidamente do se marido.
Agora ele lhes fala e lhes ordena que
voltem para que sejam curados de suas infidelidades. Um convite paralelo ao de
Os 14.4. Se os israelitas se arrependessem, Deus curaria o seu povo. A confiança
nos outeiros e nas orgias não seria de nenhum proveito, mas só no Senhor
estaria a salvação de Israel.
Se
um homem despedir sua mulher,
e
ela se desligar dele, e se ajuntar a outro homem,
porventura
tornará ele mais para ela?
Não
se poluiria de todo aquela terra?
Ora,
tu te maculaste com muitos amantes;
mas
ainda assim, torna para mim, diz o Senhor.
Jr
3:2 Levanta os teus olhos aos altos escalvados, e vê:
onde
é o lugar em que não te prostituíste?
Nos
caminhos te assentavas, esperando-os,
como
o árabe no deserto.
Manchaste
a terra com as tuas devassidões
e
com a tua malícia.
Jr
3:3 Pelo que foram retidas as chuvas copiosas,
e
não houve chuva tardia;
contudo
tens a fronte de uma prostituta,
e
não queres ter vergonha.
Jr
3:4 Não me invocaste há pouco, dizendo:
Pai
meu, tu és o guia da minha mocidade;
Jr
3:5 Reterá ele para sempre a sua ira?
ou
indignar-se-á continuamente?
Eis
que assim tens dito;
porém
tens feito todo o mal que pudeste.
Jr
3:6 Disse-me mais o Senhor nos dias do rei Josias:
Viste,
porventura, o que fez a apóstata Israel,
como
se foi a todo monte alto,
e
debaixo de toda árvore frondosa,
e
ali andou prostituindo-se?
Jr
3:7 E eu disse:
Depois
que ela tiver feito tudo isso, voltará para mim.
Mas
não voltou; e viu isso a sua aleivosa irmã Judá.
Jr
3:8 Sim viu que, por causa de tudo isso,
por
ter cometido adultério a pérfida Israel,
a
despedi, e lhe dei o seu libelo de divórcio,
que
a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu;
mas
se foi e também ela mesma se prostituiu.
Jr
3:9 E pela leviandade da sua prostituição contaminou a terra,
porque
adulterou com a pedra e com o pau.
Jr
3:10 Contudo, apesar de tudo isso a sua aleivosa irmã Judá
não
voltou para mim de todo o seu coração,
mas
fingidamente, diz o Senhor.
Jr
3:11 E o Senhor me disse:
A
pérfida Israel mostrou-se mais justa
do
que a aleivosa Judá.
Jr
3:12 Vai, pois, e apregoa estas palavras para a banda do norte,
e
diz: Volta, ó pérfida Israel, diz o Senhor.
Não
olharei em era para ti;
porque
misericordioso sou, diz o Senhor,
e
não conservarei para sempre a minha ira.
Jr
3:13 Somente reconhece a tua iniqüidade:
que
contra o Senhor teu Deus transgrediste,
e
estendeste os teus favores para os estranhos
debaixo
de toda árvore frondosa,
e
não deste ouvidos à minha voz, diz o Senhor.
Jr
3:14 Voltai, ó filhos pérfidos, diz o Senhor;
porque
eu sou como esposo para vós; e vos tomarei,
a
um de uma cidade, e a dois de uma família;
e
vos levarei a Sião;
Jr
3:15 e vos darei pastores segundo o meu coração,
os
quais vos apascentarão com ciência e com inteligência. Jr 3:16 E quando vos tiverdes
multiplicado e frutificado na terra,
naqueles
dias, diz o Senhor, nunca mais se dirá:
A
arca do pacto do Senhor;
nem
lhes virá ela ao pensamento;
nem
dela se lembrarão;
nem
a visitarão;
nem
se fará mais.
Jr
3:17 Naquele tempo chamarão a Jerusalém o trono do Senhor;
e
todas as nações se ajuntarão a ela, em nome do Senhor,
a
Jerusalém;
e
não mais andarão obstinadamente
segundo
o propósito do seu coração maligno.
Jr
3:18 Naqueles dias andará a casa de Judá com a casa de Israel;
e
virão juntas da terra do norte,
para
a terra que dei em herança a vossos pais.
Jr
3:19 Pensei como te poria entre os filhos,
e
te daria a terra desejável,
a
mais formosa herança das nações.
Também
pensei que me chamarias meu Pai,
e
que de mim não te desviarias.
Jr
3:20 Deveras, como a mulher se aparta aleivosamente
do
seu marido, assim aleivosamente te houveste comigo,
ó
casa de Israel, diz o Senhor.
Jr
3:21 Nos altos escalvados se ouve uma voz,
o
pranto e as súplicas dos filhos de Israel;
porque
perverteram o seu caminho,
e
se esqueceram do Senhor seu Deus.
Jr
3:22 Voltai, ó filhos infiéis, eu curarei a vossa infidelidade.
Responderam
eles:
Eis-nos
aqui, vimos a ti,
porque
tu és o Senhor nosso Deus.
Jr
3:23 Certamente em vão se confia nos outeiros
e
nas orgias nas montanhas;
deveras
no Senhor nosso Deus
está
a salvação de Israel.
Jr
3:24 A coisa vergonhosa, porém, devorou o trabalho de nossos pais
desde
a nossa mocidade os seus rebanhos e os seus gados
os
seus filhos e as suas filhas.
Jr
3:25 Deitemo-nos em nossa vergonha,
e
cubra-nos a nossa confusão,
porque
temos pecado contra o Senhor nosso Deus,
nós
e nossos pais, desde a nossa mocidade
até
o dia de hoje;
e
não demos ouvidos à voz do Senhor nosso Deus.
Tudo foi consumido pela coisa vergonhosa –
vs. 24 - que devorou rebanhos, gados, filhos e filhas. Uma antítese da bênção
(Dt 7.13). Era comum sacrificar crianças a deuses pagãos (Jr 7.31) que faziam
Judá se aprofundar cada vez mais no mais terrível pecado.
No vs. 25, ocorre um reconhecimento de sua
vergonha e o porquê de sua confusão. Judá tinha pecado contra o Senhor seu
Deus, desde a sua mocidade até aqueles dias sem dar ouvidos à voz do Senhor seu
Deus.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.