domingo, 19 de outubro de 2014
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Jamais Desista
II Crônicas 30:1-27 - EZEQUIAS CELEBRA A PÁSCOA E A ALEGRIA REINA NO REINO UNIFICADO
Nós
nos encontramos na última parte (Judá e Israel reunificados) de quatro no total
pela qual dividimos I e II Crônicas.
I.
As genealogias do povo de Deus – 1:1 a 9:34 – já vista.
II.
O reino unido – 9:35 a II Cr 9:31 – já vista.
III.
O reino dividido – 10:1 a 28:27 – já vista.
IV.
O reino unificado – 29:1 a 36:23 – estamos em estudo.
Repetimos
a informação que doravante, tudo agora seria em conjunto e não mais
provenientes de duas regiões com dois poderes. As experiências de bênçãos e
provações, exílio e livramento, seriam agora experiências conjuntas de um povo
reunificado, em torno de um só templo.
Esta
última parte IV de I e de II de Crônicas
será, didaticamente, dividida em seis partes.
A.
O reinado de Ezequias – 29:1 a 32:33 – estamos vendo.
B.
O reinado de Manassés – 3:1-20.
C.
O reinado de Amon – 33:21-25.
D.
O reinado de Josias – 34:1 a 35:27.
E.
Os últimos anos – 36:1-14.
F.
Dificuldades, exílio e esperança – 36:15-23.
A. O reinado de
Ezequias – 29:1 a 32:33 - continuação.
O
cronista, como já vimos, dedica mais atenção a Ezequias do que a qualquer outro
rei, com exceção de Davi e Salomão. Ele incorpora o material de II Re
18.1-20.21, ao qual também nos valeremos, porém se desvia mais do que de
costume do comentário de Reis, especialmente em seu relato extenso das reformas
do templo realizadas por Ezequias e da celebração da Páscoa (29:3-31:1).
O
capítulo 30, que agora estamos estudando, por exemplo, é todo ele dedicado à
narração da celebração da Páscoa por Ezequias e a sua preocupação é a unificação
de Israel nessa Páscoa. Já o narrador de Reis enfatiza a Páscoa no reinado de Josias
(II Re 23:21-23; II Cr 35.1-19) e não trata desse acontecimento.
Em
Reis é dito que no décimo oitavo ano de seu reinado, Josias celebrou a páscoa
que conforme relato bíblico jamais houve uma semelhante desde o início das
celebrações das páscoas em Juízes. No entanto, temos essa narrada aqui em
Crônicas.
O
cronista exalta essa celebração porque Ezequias conseguiu reunir o povo de
Israel e de Judá para adorar no templo. Esse acontecimento era extremamente relevante
para a reunificação do povo de Deus no tempo do cronista.
A
passagem pode ser dividida em três partes:
1.
Os
preparativos (vs 1-12).
2.
As
comemorações (vs 13-22)
3.
As
celebrações prolongadas (vs 23-31:1).
1.
Os preparativos (vs 1-12).
Ezequias,
seguindo o exemplo de Davi, teve conselhos com seus príncipes e com toda a
congregação em Jerusalém para celebração da páscoa, no segundo mês.
Normalmente,
a Festa dos Pães Asmos e a Páscoa deviam ser observadas no primeiro mês (Êx 12:2,6;
Dt 16:1-8; cf. II Cr 35:1). No entanto, era aberta urna exceção para aqueles
que estavam viajando ou se encontravam temporariamente "impuros" (Nm
9:9-13). Ezequias aplica essa exceção à nação como um todo (v. 3), por entender
que toda ela estava assim dessa forma “impura”.
A
Páscoa era, originalmente, uma festa celebrada com a família (Ex 12). Na
legislação mosaica, era ordenada como urna peregrinação anual para a nação (Nm
28.16-25). A Páscoa havia sido observada em grande escala, depois da primeira
no Egito e da segunda, com Josué, em Canaã, pela última vez na época de Salomão
(v. 26).
Por
todo o Israel e Judá partiram os correios, por ordem de Ezequias que enviou uma
carta idêntica aos dois reinos. Essa sua carta contrastava claramente com o
discurso de Abias ao povo do Reino do Norte (13.3-12). Na época de Ezequias, os
dois reinos precisavam de arrependimento e renovação. Ezequias era a pessoa
certa que trabalhava com todo zelo, cautela e prudência para que a união do
povo não fosse quebrada.
No
preparativo da carta, Ezequias se lembrou da oração de dedicação do templo (6:36-39)
e conclamou o povo a se voltar para o Senhor que se voltaria para eles. Diz a
Palavra de Deus que Deus abençoou o propósito de Ezequias e deu um só coração
para que o povo cumprisse o mandado do rei e dos príncipes, segundo a Palavra
do Senhor – vs 12.
A
presença de pessoas do Reino do Norte na
Páscoa celebrada por Ezequias foi extremamente importante.
2. As
comemorações (vs 13-22)
A
celebração foi um sucesso e momentos de grande alegria e gozo diante do povo e
diante do Senhor que com eles cooperou, apesar deles.
Houve,
no entanto, um ato de negligência pois que alguns dos indivíduos (uma multidão
do povo, muitos de Efraim, de Manassés, de Issacar e de Zebulom – vs 18) estavam
ritualmente impuros (não se tinham purificado, conforme a lei) e participaram
da festa (comeram da páscoa) e isso fez com que uma doença surgisse entre os
participantes, mas Ezequias intercedeu a Deus que curou o povo. Essa oração
eficaz de Ezequias possibilitou a reunificação nacional desejada por ele.
3. As
celebrações prolongadas (vs 23-31:1).
A
alegria foi tão tremenda que concordaram todos que a festa continuaria por mais
sete dias. Ezequias seguindo o exemplo de Davi de sustentar o templo com seus
próprios recursos apresentou à congregação milhares de novilhos e ovelhas.
A
alegria estava presente em toda a nação reunificada e todos tinham em comum ao
Senhor e ao seu rei.
II
Cr 30:1 Depois disto Ezequias enviou mensageiros por todo o Israel e Judá,
e escreveu também cartas a
Efraim e a Manassés para que viessem
à casa do SENHOR
em Jerusalém, para celebrarem a páscoa
ao SENHOR Deus de Israel.
II Cr 30:2 Porque o rei tivera
conselho com os seus príncipes,
e com toda a
congregação em Jerusalém, para celebrarem a
páscoa
no segundo mês.
II Cr 30:3 Porquanto não a
puderam celebrar no tempo próprio,
porque não se
tinham santificado sacerdotes em número
suficiente,
e o povo não se tinha ajuntado
em
Jerusalém.
II Cr 30:4 E isto pareceu bem
aos olhos do rei,
e de toda a
congregação.
II Cr 30:5 E ordenaram que se
fizesse passar pregão por todo o Israel,
desde Berseba até
Dã, para que viessem a celebrar a páscoa
ao
SENHOR Deus de Israel, em Jerusalém;
porque muitos não
a tinham celebrado como estava escrito.
II Cr 30:6 Foram, pois, os
correios com as cartas, do rei
e dos seus
príncipes, por todo o Israel e Judá,
segundo
o mandado do rei, dizendo:
Filhos de Israel,
convertei-vos ao SENHOR Deus de Abraão,
de
Isaque e de Israel; para que ele se volte para o
restante
de vós que escapou
da
mão dos reis da Assíria.
II Cr 30:7 E não
sejais como vossos pais e como vossos
irmãos,
que transgrediram contra o SENHOR Deus
de
seus pais, pelo que os entregou à
desolação
como vedes.
II Cr 30:8 Não
endureçais agora a vossa cerviz,
como
vossos pais; dai a mão ao SENHOR,
e vinde ao seu
santuário que ele santificou para sempre,
e
servi ao SENHOR vosso Deus, para que o ardor da
sua
ira se desvie de vós.
II Cr 30:9
Porque, em vos convertendo ao SENHOR,
vossos
irmãos e vossos filhos acharão misericórdia
perante
os que os levaram cativos, e tornarão a esta
terra;
porque o SENHOR vosso Deus
é
misericordioso e compassivo, e não desviará
de
vós o seu rosto, se vos converterdes a ele.
II Cr 30:10 E os correios foram
passando de cidade
em cidade, pela
terra de Efraim e Manassés até Zebulom;
porém
riram-se e zombaram deles.
II Cr 30:11 Todavia alguns de
Aser, e de Manassés, e de Zebulom,
se humilharam, e
vieram a Jerusalém.
II Cr 30:12 E a mão de Deus
esteve com Judá,
dando-lhes um só
coração, para fazerem o mandado do rei
e
dos príncipes, conforme a palavra do SENHOR.
II Cr 30:13 E ajuntou-se em
Jerusalém muito povo,
para celebrar a
festa dos pães ázimos, no segundo mês;
uma
congregação mui grande.
II Cr 30:14 E levantaram-se, e
tiraram os altares
que havia em
Jerusalém; também tiraram todos
os
altares de incenso, e os lançaram
no
ribeiro de Cedrom.
II Cr 30:15 Então sacrificaram a
páscoa no dia décimo quarto
do segundo mês; e
os sacerdotes e levitas se envergonharam
e
se santificaram e trouxeram holocaustos
à
casa do SENHOR.
II Cr 30:16 E puseram-se no seu
posto, segundo o seu costume,
conforme a lei de
Moisés, o homem de Deus;
e
os sacerdotes espargiam o sangue,
tomando-o
da mão dos levitas.
II Cr 30:17 Porque havia muitos
na congregação
que não se tinham
santificado; pelo que os levitas tinham
o
encargo de matarem os cordeiros da páscoa
por
todo aquele que não estava limpo,
para
o santificarem ao SENHOR.
II Cr 30:18 Porque uma multidão
do povo, muitos de Efraim
e Manassés,
Issacar e Zebulom, não se tinham purificado,
e
contudo comeram a páscoa, não como está escrito;
porém
Ezequias orou por eles, dizendo:
O SENHOR, que é
bom, perdoa todo aquele
II Cr 30:19 Que tem preparado o
seu coração
para
buscar ao SENHOR Deus, o Deus de seus pais,
ainda
que não esteja purificado
segundo
a purificação do santuário.
II Cr 30:20 E ouviu o SENHOR a
Ezequias,
e sarou o povo.
II Cr 30:21 E os filhos de
Israel, que se acharam em Jerusalém,
celebraram a
festa dos pães ázimos sete dias
com
grande alegria; e os levitas e os sacerdotes
louvaram
ao SENHOR de dia em dia,
com
estrondosos instrumentos ao SENHOR.
II Cr 30:22 E Ezequias falou benignamente
a todos os levitas,
que tinham bom
entendimento no conhecimento do SENHOR;
e
comeram as ofertas da solenidade por sete dias,
oferecendo
ofertas pacíficas,
e
louvando ao SENHOR Deus de seus pais.
II Cr 30:23 E, tendo toda a
congregação conselho para celebrarem
outros sete dias,
celebraram ainda sete dias com alegria.
II Cr 30:24 Porque Ezequias, rei
de Judá, ofereceu à congregação
mil novilhos e
sete mil ovelhas; e os príncipes ofereceram à
congregação mil
novilhos e dez mil ovelhas; e os sacerdotes
se
santificaram em grande número.
II Cr 30:25 E alegraram-se, toda
a congregação de Judá,
e os sacerdotes,
e os levitas, toda a congregação de todos os
que
vieram de Israel, como também os estrangeiros
que
vieram da terra de Israel
e
os que habitavam em Judá.
II Cr 30:26 E houve grande
alegria em Jerusalém;
porque desde os
dias de Salomão, filho de Davi, rei de Israel,
tal
não houve em Jerusalém.
II Cr 30:27 Então os sacerdotes
e os levitas
se levantaram e
abençoaram o povo;
e
a sua voz foi ouvida;
porque a sua oração chegou até
à santa habitação de Deus,
até aos céus.
Percebe-se
nessa celebração espetacular, uma grande alegria em todo o povo e junto às
principais autoridades da nação de Israel. Por três vezes – vs 21, 23 e 26 –
vemos a palavra que se destaca neste capítulo “alegria”.
Diz
finalmente o texto bíblico - vs 27 - que os sacerdotes e os levitas se
levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida; porque a sua oração
chegou até à santa habitação de Deus, até aos céus.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.