Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um
escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual,
notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de
QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus;
ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos
crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os
crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus
papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo
de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das
obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a
dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender
a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 9/16, na parte IV.
Breve
síntese do capítulo 9.
Complicado este capítulo, não é mesmo? Inicia dizendo que preferiria ser
anátema por amor aos seus compatriotas... Ele fala da justiça e da verdade de
Deus que se torna evidente quando realçada pela mentira e pela injustiça. No
entanto, não é Deus nem injusto, nem falso.
Se a injustiça e a falsidade põem em relevo a verdade e a justiça, como
Deus pode ser considerado injusto ou falso? Os judeus que buscavam a justiça e
a verdade não conseguiram alcançá-la e os gentios que não a buscavam a
alcançaram. Como pode ser isso e como pode haver então a justiça e a verdade?
Paulo explica tão profundamente que não deixa dúvidas alguma, mas exige
de nós fé! A mesma fé que se tivessem os judeus buscado, teriam encontrado, mas
foram buscar as obras ou nas obras e ai tropeçaram na pedra de tropeço!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. OS PAPÉIS DOS JUDEUS E DOS GENTIOS NA HISTÓRIA (9.1 – 11.36).
Judeus e gentios têm
papéis distintos, mas interconectados na história da salvação. Tendo
demonstrado que judeus e gentios são igualmente pecadores (1.1-3.20), que podem
encontrar salvação do mesmo modo (3.21-8.39), o apóstolo Paulo voltou-se para
os distintos papéis deles no plano de Deus para a História.
Sua consideração sobre
esse tópico se divide em três partes principais: a descrição da eleição divina (9.1-29),
a incredulidade e fé de Israel (9.30-11.10), e exortações para judeus e gentios
(11.11-36). Elas, portanto, formarão, conforme a BEG, nossa proposta de divisão
em três partes: A. A soberana eleição de Deus (9.1-29); B. Incredulidade e fé
de Israel (9.30-11.10); e, C.
Advertências e encorajamentos para judeus e gentios (11.11-36).
A. A soberana eleição de Deus (9.1-29).
Paulo discutiu em grandes detalhes acerca
da posição equivalente que judeus e gentios desfrutam perante Deus. Nesse
ponto, ele fez uma pausa para se certificar de que suas perspectivas sobre
Israel haviam sido adequadamente compreendidas. Para isso, o apóstolo apelou
primeiro para o principio bíblico da eleição divina.
Veremos nos versos de 1 ao 5 que Paulo
explicou sua lealdade e preocupação para com seus compatriotas israelitas.
Em nenhum lugar as Escrituras definem o que
seja "consciência". Aqui e em 2.15; 13.5 Paulo falou dela como uma
autoconsciência moral informada pela revelação divina. Nessa passagem, ele fez
um juramento lícito para declarar a sua sinceridade.
Ele alega estar falando a verdade e apela
para a sua consciência a qual é confirmada pelo Espírito Santo de que ele mesmo
desejaria ser anátema, ou seja, amaldiçoado e separado de Cristo por amor de
seus irmãos, os de sua raça.
Embora ele fosse o apóstolo dos gentios,
Paulo fez ecoar os sentimentos de Moisés diante da incredulidade dos judeus (Ex
32.30-32). Eles eram seus parentes, e o apóstolo se angustiava por eles (vs.
2). Sua disposição em sofrer a maldição de Deus pela sua parentela era uma
declaração radical de seu amor e preocupação por ela. Obviamente uma figura de
linguagem para expressar o quanto ele desejava aquilo.
Paulo fez uma lista de oito aspectos nos
quais Israel foi abençoado por Deus (veja 3.1-2):
(1)A adoção. Dentre toda a humanidade, Deus
adotou Israel como seu filho (Dt 8). A adoção era tanto um grande privilégio,
pois ela abria a possibilidade de salvação, quanto uma grande responsabilidade,
pois era demonstrada por meio de provações.
(2)A glória. Embora Deus seja onipresente,
às vezes ele manifesta a sua presença de um modo especial e num lugar
específico. Israel recebeu o privilégio de estar próximo da presença muitas
vezes visível, especial e gloriosa de Deus:
üNo
Sinai (Ex 19.18-20).
üNo
tabernáculo (Ex 40.34-38; 2Sm 7.5-6).
üNo
templo (1 Rs 8.1-13; 2Cr 6).
(3)As alianças. Toda a humanidade estava
incluída no pacto/aliança de Deus com Adão (5.12-21) e em sua aliança com Noé
(Gn 6.17-18; 9.9ss.), mas o povo de Israel estava unido ao Senhor mediante
alianças nacionais com Abraão (Gn 15; 17), Moisés (Ex 20-24; 34) e Davi (2Sm 7;
SI 89; 132). A BEG recomenda conhecer o seu quadro “As principais alianças na
Bíblia”, em Gn 9.
(4)A legislação. A lei dada por intermédio de
Moisés era uma verdadeira bênção para Israel (Ex 19.1-5), e não uma maldição.
(5)O culto. O templo estava no centro do
culto de Israel a Deus. Os sacrifícios, as orações e os louvores eram
oferecidos nele (1Rs 8.29ss; 2Cr 6.19ss.).
(6)As promessas. A nação de Israel recebeu
muitas promessas, mas provavelmente Paulo tinha em mente aqui as que foram
dadas a Abraão (Gn 15; 17).
(7)Os patriarcas. Os patriarcas Abraão, Isaque e
Jacó, bem como José e seus irmãos, receberam muitas bênçãos de Deus que foram
transferidas como privilégios e responsabilidades para as gerações futuras.
(8)O Messias, o descendente: Cristo. Jesus não apenas nasceu para Israel, mas ele realizou o seu
ministério entre os judeus também.
As palavras de Paulo atribuem divindade a
Cristo de maneira direta, como aqui quando diz ser o Cristo, Deus acima de
tudo, bendito para sempre. Amém! Essa é a tradução mais natural do grego, mas
outra tradução é possível: "Cristo... Louvado para sempre seja Deus, que
está sobre todas as coisas!”.
Ele também diz para não pensarmos que a
palavra de Deus tenha falhado, ou seja, sua promessa e seu plano de ser o Deus
da descendência de Abraão (Gn 17.7-8). Na época do Antigo Testamento, a
descendência natural não garantia automaticamente a herança da promessa, pois
Deus havia escolhido aquele que a herdaria.
De um ponto de vista humano, cada filho era
contado como herdeiro, mas para receber a promessa cada um tinha que aceitar a
aliança com fé salvadora. Esse princípio está evidente nas famílias de Abraão e
Isaque. Isso fica muito claro quando ele diz que não são os filhos naturais os filhos
de Deus, mas os filhos da promessa. Esses, sim, são contados como descendência
de Abraão.
Paulo explica a escolha de Deus que nada
tinha a ver com obras ou presciência. Ainda não eram os gêmeos nascidos, nem
tinham praticado o bem ou o mal. O caso de Jacó e Esaú confirma de modo
conclusivo o argumento de Paulo sobre a eleição com três considerações.
(1)Eles
eram gémeos (isto é, tão próximos de uma semelhança natural quanto era
possível).
(2)O
propósito de Deus reverteu até mesmo a distinção natural que existia entre eles,
já que Esaú (o mais velho) teve que servir a seu irmão mais novo.
(3)Esse
propósito divino foi estabelecido antes do nascimento deles (e, portanto,
independentemente de suas ações).
A eleição não está baseada em ações, feitos
ou fé antevistos. Ao contrário, ela se baseia na graça soberana e
predestinadora de Deus.
Ele diz, no vs. 13, amei Jacó, porém me
aborreci de Esaú. Esse propósito distinto de Deus na eleição (vs. 11) é
confirmado mais profundamente pelas palavras de MI 1.2-3, que fala acerca do
amor de Deus pela nação de Israel e sua aversão pela de Edom.
Nela é explicado que o amor divino por
Israel estava arraigado na livre escolha de Deus que preferiu Jacó a Esaú.
Aqui essa palavra “aborreci” não pode ser
reduzida a "amou menos que", como o contexto de MI 1.3-4 deixa claro.
Ela carrega um sentido mais forte de rejeição, aversão e juízo definitivo.
Que diremos, pois? – vs. 14. Compare com
8.31. O apóstolo Paulo reconheceu que a sua declaração anterior não poderia
passar sem um comentário mais profundo.
Esse propósito distinto e soberano de Deus
não colocava em risco seu atributo com respeito à justiça perfeita? Essa ideia é
claramente inconcebível, como Paulo expressou com seu enfático "De modo
nenhum!" (veja também 6.2,15; 7.7).
Ele explicou a razão de ela ser inconcebível
ao citar duas passagens bíblicas (Ex 33.19; 9.16) nos versículos 15 e 17. Essas
passagens revelam que Deus é justo em mostrar misericórdia para com alguns
enquanto endurece o coração de outros.
Quando ele mostra misericórdia, a pessoa
não recebe uma recompensa merecida por seus próprios esforços; ao contrário,
Deus estende a sua graça soberana e gratuita para as pessoas que são moralmente
incapazes de qualquer esforço aceitável (1.18-3.20).
O Senhor não deve misericórdias a ninguém;
portanto, não há injustiças nenhuma quando ela não é mostrada. A outorga de
misericórdia é uma prerrogativa divina; ela repousa unicamente na boa vontade
de Deus.
Quando ele "endureceu" o coração
de Faraó (vs. 18), o entregou aos seus desejos já desenfreados e maus como um
ato de julgamento que resultou, por fim, na demonstração do poder divino na
destruição do exército de Faraó (Ex 14.17-18,23-28).
Quando Paulo diz que a Escritura disse a
Faraó, na verdade foi Deus quem falou a Faraó por intermédio de Moisés (Ex
9.16). Entretanto, aqui Paulo salientou que as palavras da Escritura e a voz e
a autoridade de Deus são um.
Portanto, Deus tem misericórdia de quem ele
quer, e endurece a quem ele quer. Só que ele não sou eu, nem é você ou mesmo o
homem ou anjos ou qualquer outra entidade, ele, simplesmente, é Deus! Quem endurece
é Deus. Entenda! Deus é quem endurece. E o que é Deus se não a justiça, a
verdade, o amor?
Paulo continua e essa pergunta é
espetacular: "Então, por que Deus ainda nos culpa? Pois, quem resiste à
sua vontade?" – vs. 19.
De que se queixa ele ainda? (ARA). Por meio
de qual critério de justiça pode Deus lançar naqueles que ele mesmo endureceu a
culpa pelos seus pecados? Se a rebelião deles se ajusta ao plano de Deus para
suas vidas, então por que ele os considera responsáveis por ela?
O apóstolo Paulo respondeu às perguntas do
versículo 19 afirmando ser uma falta de respeito por parte dos seres humanos questionarem
a justiça dos métodos de Deus. O oleiro tem todo o direito de fazer com o seu
barro como lhe apraz (Is 64.8). Tudo pertence ao "mesmo barro" (isto
é, a humanidade caída em Adão; cf. vs. 10-13; 5.12-14).
Todo pecado ativo perante Deus endurece as
pessoas ao pecarem (1.18-28).
O fato de Deus mostrar misericórdia a qualquer
um da massa adàmica e criar a partir dela vasos para honra é uma demonstração
de graça suprema; já o fato de outros se tornarem vasos para desonra (ignóbeis)
é um assunto que diz respeito à sua prerrogativa soberana e é em si mesmo uma
demonstração de sua perfeita justiça para com eles. (Seria oportuna a reflexão
sugerida pela BEG em seu excelente artigo teológico “Predestinação e
presciência”, em Rm 8).
Paulo não entrou em detalhes a respeito dessa
preparação para a ira – vs. 22-24. Entretanto, o uso da voz passiva no primeiro
caso aponta para alguma forma de ação divina - uma ideia reforçada pelo uso da
voz ativa no segundo.
O acréscimo das palavras "de
antemão" em conexão com os vasos de misericórdia pode estar voltado para
aquela misericórdia que tem origem na boa vontade de Deus desde a eternidade
(8.29-30), ao passo que a ira em questão está diretamente relacionada à
impiedade e injustiça existentes (cf. 1.18-32).
A distinção feita entre o eleito e o
réprobo não está baseada neles próprios (pois todos merecem a ira), mas
exclusivamente na vontade de Deus.
Todavia, dentro desse contexto, a ira
experimentada pelos objetos preparados para a destruição é a justa recompensa
pelo pecado.
Paulo retornou ao tema das relações de Deus
com judeus e gentios – vs. 24. Seu foco é que, como divino Oleiro, Deus é livre
para escolher não apenas os judeus, mas também os gentios. E nenhum ser humano
tem o direito de questionar os métodos divinos.
Paulo fez referência a Os 1.10; 2.23, que
são profecias acerca da restauração de Israel após o exílio – vs. 25 e 26. Sob
o juízo do exílio, Deus revogou o título "meu povo" dos israelitas
(distintivo que fazia parte da aliança), mas prometeu chamá-los novamente de
"meu povo" após o exílio.
O que Paulo está dizendo é que a eleição
dos gentios não é mais notável do que a dos judeus que foram condenados como
"Não-Meu-Povo".
Paulo se referiu a Is 1.9; 10.22-23 ao
tocar no assunto do remanescente que é deixado como descendência. Nesses
versículos, o profeta Isaías disse que somente alguns poucos israelitas
escapariam do juízo de Deus.
A ênfase do apóstolo era que Deus não havia
prometido salvação universal para todos os israelitas. Ele prometeu somente que
um remanescente seria salvo – 26 a 29. Esse princípio era muito importante para
a compreensão de Paulo sobre o plano de Deus para a história de judeus e
gentios.
B. Incredulidade e fé de Israel (9.30-11.10).
Desde o vs. 30 ao capítulo 11.10, estaremos
vendo a incredulidade e a fé de Israel. Depois de estabelecer a importância da
eleição divina no lugar da identidade étnica, o apóstolo Paulo tratou da
realidade da fé e da incredulidade de Israel.
Que diremos, pois? (Veja
o vs. 14. Trata-se da mesma pergunta) Tendo explicado a incredulidade dos
judeus em termos da soberania divina, Paulo agora a diagnostica como
consequência de um compromisso prioritário e fatal com um falso caminho de
justiça.
Ele viu a soberania
divina e a culpa da obstinação humana como os dois lados da realidade. Pela graça
e soberania de Deus, os gentios, que não buscavam a justiça divina, agora a
receberam mediante a fé em Cristo.
Mas Israel, como povo,
falhou em recebê-la porque a buscava por uma estrada em que ela não poderia ser
encontrada. Cristo foi para os judeus como uma pedra de tropeço (essa figura é
de Is 8.14; 28.16) na qual eles tropeçaram (vs. 32-33; 1Pe 2.8).
Os gentios, que não
buscavam justiça, a obtiveram, uma justiça que vem da fé; mas Israel, que
buscava uma lei que trouxesse justiça, não a alcançou.
Paulo continua: Por que
não? Porque não a buscaram pela fé, mas pelas obras. Eles tropeçaram na
"pedra de tropeço". Como está escrito: "Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair; e
aquele que nela confia jamais será envergonhado" - Rm 9:30-33.
Provavelmente, Paulo
tinha em vista de novo a lei mosaica. O erro que os judeus cometeram não estava
no objetivo, mas sim na maneira usada por eles para buscá-lo ("não
decorreu da fé, e sim como que das obras"; vs. 32).
Rm 9:1 Digo a verdade em Cristo,
não minto,
testemunhando
comigo,
no
Espírito Santo,
a
minha própria consciência:
Rm 9:2 tenho grande tristeza
e incessante dor no coração;
Rm 9:3 porque eu
mesmo desejaria ser anátema,
separado
de Cristo,
por
amor de meus irmãos,
meus
compatriotas,
segundo
a carne.
Rm
9:4 São israelitas.
Pertence-lhes
a adoção e
também a glória,
as
alianças,
a
legislação,
o
culto
e
as promessas;
Rm
9:5 deles são os patriarcas,
e
também deles descende o Cristo,
segundo
a carne,
o qual é sobre todos,
Deus bendito para todo o sempre. Amém!
Rm 9:6 E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado,
porque nem todos os
de Israel
são,
de fato, israelitas;
Rm 9:7 nem por
serem descendentes de Abraão
são
todos seus filhos;
mas: Em Isaque será
chamada a tua descendência.
Rm
9:8 Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser
considerados como descendência
os
filhos da promessa.
Rm 9:9 Porque a palavra da promessa é esta:
Por esse tempo,
virei, e Sara terá um filho.
Rm
9:10 E não ela somente, mas também Rebeca,
ao
conceber de um só, Isaque, nosso pai.
Rm
9:11 E ainda não eram os gêmeos nascidos,
nem tinham
praticado o bem ou o mal
(para
que o propósito de Deus,
quanto
à eleição, prevalecesse,
não
por obras,
mas
por aquele que chama),
Rm 9:12 já fora dito a ela:
O mais velho será
servo do mais moço.
Rm 9:13 Como está escrito:
Amei Jacó,
porém
me aborreci de Esaú.
Rm 9:14 Que diremos, pois?
Há injustiça da
parte de Deus?
De
modo nenhum!
Rm 9:15 Pois ele diz a Moisés:
Terei misericórdia
de quem me aprouver ter misericórdia
e compadecer-me-ei
de quem me aprouver ter compaixão.
Rm 9:16 Assim, pois, não depende
de quem quer
ou de quem corre,
mas
de usar Deus a sua misericórdia.
Rm 9:17 Porque a Escritura diz a Faraó:
Para isto mesmo te
levantei,
para
mostrar em ti o meu poder
e
para que o meu nome seja anunciado por toda a terra.
Rm 9:18 Logo,
tem ele
misericórdia de quem quer
e também endurece a
quem lhe apraz.
Rm 9:19 Tu, porém, me dirás:
De que se queixa
ele ainda?
Pois
quem jamais resistiu à sua vontade?
Rm 9:20 Quem és tu, ó homem,
para discutires com
Deus?!
Porventura,
pode o objeto perguntar a quem o fez:
Por
que me fizeste assim?
Rm
9:21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa,
para
do mesmo barro fazer
um
vaso para honra
e
outro, para desonra?
Rm 9:22 Que diremos, pois,
se Deus, querendo
mostrar a sua ira
e
dar a conhecer o seu poder,
suportou
com muita longanimidade
os
vasos de ira,
preparados
para a perdição,
Rm
9:23 a fim de que também desse a conhecer
as
riquezas da sua glória
em
vasos de misericórdia,
que para glória preparou de antemão,
Rm 9:24 os quais
somos nós,
a
quem também chamou,
não
só dentre os judeus,
mas
também dentre os gentios?
Rm 9:25 Assim como também diz em Oséias:
Chamarei povo meu
ao
que não era meu povo;
e amada,
à
que não era amada;
Rm 9:26 e no lugar
em que se lhes disse:
Vós
não sois meu povo,
ali
mesmo serão chamados
filhos
do Deus vivo.
Rm 9:27 Mas, relativamente a Israel,
dele clama Isaías:
Ainda
que o número dos filhos de Israel
seja
como a areia do mar,
o
remanescente é que será salvo.
Rm 9:28 Porque o Senhor cumprirá a sua palavra sobre a terra,
cabalmente e em
breve;
Rm 9:29 como Isaías já disse:
Se o Senhor dos
Exércitos não nos tivesse deixado descendência,
ter-nos-íamos
tornado como Sodoma
e
semelhantes a Gomorra.
Rm 9:30 Que diremos, pois?
Que os gentios, que
não buscavam a justificação,
vieram
a alcançá-la,
todavia,
a que decorre da fé;
Rm 9:31 e Israel,
que buscava a lei de justiça,
não
chegou a atingir essa lei.
Rm 9:32 Por quê?
Porque não decorreu
da fé,
e
sim como que das obras.
Tropeçaram
na pedra de tropeço,
Rm 9:33 como está escrito:
Eis que ponho em
Sião uma pedra de tropeço
e rocha de
escândalo,
e aquele que nela
crê
não
será confundido.
A justiça que decorre da fé e não das obras! Afinal de contas quem tem
mais obras, quem anda na fé ou quem anda nas obras? Quem anda nas obras quer
ser recompensado pelo que faz, mas quem crê naquele que justifica produz mais
obras do que o que quer fazer, por que não é ele mesmo mas a graça de Deus na
vida dele.
... Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Colabore: faça sua oferta voluntária! Entre em contato conosco para isso: +55-61-995589682
Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
Não esqueça de citar a fonte quando for fazer citações, referências em seus posts, pregações e livros. Acompanhe-nos no YouTube e em nossas redes e mídias sociais. Ajude-nos com suas orações!
As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
USE O PODER DE DEUS...
-
Como usar o poder de Deus para tomar, e manter, a iniciativa na guerra
contra o mal
Wilbur N. Pickering, ThM PhD
Isaías 47.10: “*Confiaste na tua iniq...
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...
1 comentários:
Pedra de tropeço era maçonaria....
Postar um comentário
Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.