Como já falamos, estamos vendo que a segunda epístola aos
tessalonicenses foi escrita para complementar a sua carta anterior
(1Tessalonicenses), dando aos tessalonicenses instruções adicionais sobre a
vinda de Cristo e a importância de um viver diário responsável. Estamos vendo o
capítulo 3/3.
Breve
síntese do capítulo 3.
Paulo está finalizando a Segunda Epístola aos Tessalonicenses pedindo a
eles oração para que a Palavra do Senhor seja propagada como estava sendo
propagada entre eles. Também fez questão de pedir para que fossem livres de
homens perversos e maus, sabem porquê? Por que a fé não é de todos!
Ora, quem primeiro nos disse que a fé não é de todos foi o próprio
Senhor quando nos contou e nos ensinou a parábola do joio e do trigo. Não há
dúvida, enquanto estivermos aqui, conviveremos com o joio e ele nos dará certo
trabalho, mas não é para desanimarmos como ensinou um pai a seu filho querido
em 1 Crônicas 28:20.
I Crônicas 28:20Disse Davi a Salomão, seu filho:
·Sê forte e corajoso e faze a obra;
·não temas,
·nem te desanimes,
porque o SENHOR Deus, meu
Deus,
·há de ser contigo;
·não te deixará,
·nem te desamparará,
até que acabes todas as obras
para o serviço da Casa do SENHOR.
Davi, pai de Salomão, está a
ensinar a seu filho, como o Pai celeste ensinou a Josué lhe dizendo a mesma
coisa quando Josué teve o árduo trabalho de substituir a Moisés na condução do
povo de Deus.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes,
conforme ajuda da BEG:
III. INSTRUÇÕES (2.1-3.15) - continuação.
Como vimos, Paulo tratou de diversos
tópicos de importância para os tessalonicenses. O apóstolo os encorajou a
rejeitarem os falsos profetas que ensinavam que Cristo já havia voltado.
Estamos seguindo a divisão proposta,
conforme a BEG: A. O retorno de Cristo (2.1-17) – já vimos; B. Pedido de oração (3.1-5) – veremos agora; e, C. A importância do trabalho (3.6-15) – também veremos agora.
B.
Pedido de oração (3.1-5).
O encorajamento de Paulo aos tessalonicenses o
levou a pedir o encorajamento que vem da oração para ele mesmo e para os demais
pregadores do evangelho.
Em I Ts 5.25, encontraremos também um versículo no
qual Paulo pede orações. Durante os seus anos de ministério, o apóstolo Paulo
enfrentou constantes ameaças de perigos físicos.
Essa passagem (juntamente com Rm 15.30-31; 2Co 1.11;
Fp 1.19) deixa claro o quanto ele contava com as orações do povo de Deus para a
continuação do seu ministério e para a sua própria sobrevivência.
Três pedidos se destacam em seu pedido de oração:
(1)Que a palavra do Senhor se propague
rapidamente.
(2)Que o Senhor receba a hora merecida.
(3)Que sejam libertos dos homens
perversos e maus, pois a fé não é de todos.
Nota-se a preocupação com a palavra, com a glória
devida ao nome do Senhor e o cuidado com as perseguições.
Em contraste com a infidelidade dos homens
mencionados no versículo anterior está a inabalável fidelidade do Deus imutável
– vs. 3.
Sendo o Senhor fiel, ele tem certeza de que Deus os
fortalecerá e os guardará do Maligno. Também confiam no Senhor que eles fariam
e continuariam a fazer as coisas que eles tinham ordenado e que era para o bem
deles.
Os corações devem viajar para esses seguros
refúgios espirituais de meditação. Essa é uma viagem dirigida pelo Senhor. Por isso
que ele está a conduzir nossos corações ao amor de Deus e à perseverança de
Cristo Jesus.
C.
A importância do trabalho (3.6-15).
Do vs. 6 ao 15, veremos a importância do trabalho,
pois havia entre eles ociosos que viviam à custa dos outros irmãos. Paulo tomou
medidas firmes contra o persistente problema de andar desordenadamente e suas
consequências (vs. 10; cf. I Ts 4.11). Embora considerasse séria essa ofensa
deles, ainda assim ele tratou os ofensores como irmãos.
Um dos modos de compreender essa frase é que Paulo
deve ter tido em mente as instruções de nosso Senhor sobre a disciplina
eclesiástica registrada em Mt 18.15-17 (o apóstolo deu ordens semelhantes em
3.14-15; Rm 16.17; 1Co 5.9-13; 2Tm 3.1-5; Tt 3 10-11).
Alternativamente, a intenção de sua instrução pode
ter sido simplesmente evitar associação com essas pessoas durante o tempo em
que elas estivessem andando desordenadamente, a fim de impedir uma aparência de
tolerância ao pecado.
O apóstolo Paulo ensinou de modo coerente que aqueles
que trabalham para o evangelho são dignos de receber remuneração (1 Tm
5.17-18). Normalmente, o apóstolo aceitava ajuda financeira para o seu
ministério, mas quando ele temia que seus motivos fossem postos em dúvida ou quando,
como em Tessalônica, um exemplo forte precisava ser dado para aqueles que eram
avessos ao trabalho, ele renunciava ao seu direito e recusava qualquer
remuneração (veja 1Co 9.3-18).
Esse versículo 10 pode indicar que o problema de
andar desordenadamente havia começado a aparecer antes que Paulo e seus companheiros
tivessem deixado a cidade.
Ainda nessa ocasião eles sentiram que era
necessário estimular os desordenados a se ocuparem de maneira proveitosa.
Sem trabalhar, as pessoas que andam
desordenadamente ficam ociosas e passam a se ocupar da vida alheia. O vs. 12 é
muito claro e a ordem de Paulo era no nome do Senhor Jesus Cristo que trabalhassem
tranquilamente e comessem o seu próprio pão.
Já a recomendação de fazer o bem sem nunca se
cansar disso era para todos e alcança todos.
No entanto, se alguém não fizesse caso dessas
palavras e desprezassem esse ensino, Paulo chega a dizer que nem com eles
deveríamos mais nos associar para que assim ficassem envergonhados e fossem
curados.
A atitude de despertar sentimento de vergonha não
tinha a intenção de punir, mas sim de provocar arrependimento e, por fim,
restauração da comunhão da igreja. Afinal, não são inimigos, antes precisavam
de correções.
IV.
BÊNÇÃO FINAL E ASSINATURA (3.16-18).
Paulo finalizou a carta com uma bênção e a assinou. Paulo concluiu com uma bênção e acrescentou uma mensagem
de próprio punho para validar a sua epístola.
Esse título “Senhor da paz” era particularmente
importante para os tessalonicenses, visto que eles enfrentavam perseguição.
Enquanto eles estivessem vivendo neste mundo, Jesus era a fonte de paz dentro
de seus corações (Fp 4.7; Cl 3.15).
Além disso, ele era a esperança deles para um mundo
futuro no qual a paz substituiria todas as tribulações, tanto as interiores
como as exteriores (Rm 14.17).
Embora o apóstolo Paulo tenha feito uso de amanuenses
para redigir suas epístolas, ele muitas vezes escrevia uma saudação final ou
uma bênção de próprio punho.
Ele chamou a atenção para essa prática como um
sinal adicional de autenticidade, para contra-atacar os falsificadores que já
tinham aparecido em Tessalônica ou que poderiam vir a aparecer ali no futuro
(veja também 1Co 16.21; GI 6.11; Cl 4.18; Fm 19).
Ao fazer isso, Paulo lembrou seus leitores de sua
autoridade apostólica, a qual nunca deveria ser contestada na igreja (veja 1Co
14.37).
II Ts 3:1 Finalmente, irmãos, orai por nós,
para
que a palavra do Senhor
se
propague
e
seja glorificada, como também está acontecendo entre vós;
II
Ts 3:2 e para que sejamos livres
dos homens
perversos e maus;
porque a fé não é de todos.
II Ts 3:3 Todavia, o Senhor é fiel;
ele
vos confirmará
e
guardará do Maligno.
II Ts 3:4 Nós também temos confiança em vós no
Senhor,
de
que não só estais praticando as coisas que vos ordenamos,
como
também continuareis a fazê-las.
II Ts 3:5 Ora, o Senhor conduza o vosso coração
ao
amor de Deus
e
à constância de Cristo.
II Ts 3:6 Nós vos ordenamos, irmãos,
em
nome do Senhor Jesus Cristo,
que
vos aparteis de todo irmão
que
ande desordenadamente
e
não segundo a tradição que de nós recebestes;
II Ts 3:7 pois vós mesmos estais cientes do modo
por que vos convém imitar-nos,
visto
que nunca nos portamos desordenadamente entre vós,
II
Ts 3:8 nem jamais comemos pão à custa de outrem;
pelo
contrário,
em
labor e fadiga,
de
noite e de dia,
trabalhamos,
a fim de não sermos pesados
a nenhum de
vós;
II Ts 3:9 não porque não tivéssemos esse direito,
mas
por termos em vista oferecer-vos exemplo em nós mesmos,
para
nos imitardes.
II Ts 3:10 Porque, quando ainda convosco,
vos
ordenamos isto:
se
alguém não quer trabalhar,
também
não coma.
II Ts 3:11 Pois, de fato, estamos informados de
que,
entre
vós, há pessoas
que
andam desordenadamente,
não
trabalhando; antes,
se
intrometem na vida alheia.
II Ts 3:12 A elas, porém, determinamos e exortamos,
no
Senhor Jesus Cristo,
que,
trabalhando tranqüilamente, comam o seu próprio pão.
II Ts 3:13 E vós, irmãos,
não
vos canseis de fazer o bem.
II Ts 3:14 Caso alguém não preste obediência à
nossa palavra
dada por esta epístola,
notai-o;
nem vos associeis com ele,
para que fique
envergonhado.
II Ts 3:15 Todavia, não o considereis por inimigo,
mas
adverti-o como irmão.
II Ts 3:16 Ora, o Senhor da paz,
ele
mesmo,
vos
dê continuamente a paz
em
todas as circunstâncias.
O Senhor seja com todos vós.
II Ts 3:17 A saudação é de próprio punho:
Paulo.
Este
é o sinal em cada epístola;
assim
é que eu assino.
II Ts 3:18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo
seja
com todos vós.
Também vemos ressaltado neste último capítulo que
Paulo estava chateado com os “vagabundos”, isso mesmo, com aqueles que não queriam
trabalhar. Os tais são apenas consumidores de recursos, mas nunca produtores.
São vírus destruidores que somente tem ventre e não coração, nem cérebro, nem
alma, contudo não são inimigos. Haja paciência!
Ele finaliza essa Segunda Epístola aos
Tessalonicenses falando da paz que está presente em todas as circunstâncias.
Realmente não temos paz pela ausência de problemas, mas temos a promessa de paz
em todas as circunstâncias. “O próprio
Senhor da paz lhes dê a paz em todo o tempo e de todas as formas.” – II Ts
3.16.
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1 comentários:
Muito bom o estudo,Deus vos abençõe!
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devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.