domingo, 7 de dezembro de 2014
domingo, dezembro 07, 2014
Jamais Desista
Isaías 10:1-34 - PODE O MACHADO E O SERROTE SE ORGULHAREM?
Estamos no capítulo 10/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “A”. A época corresponde ao período entre
740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo
os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
A. A resposta de Isaías ao julgamento assírio – 7:1 a 12:6.
Como já dissemos, Isaías revelou o
envolvimento de Deus nos acontecimentos em torno da coalizão sírio-israelita
contra a Assíria. Ele advertiu quanto ao severo julgamento contra Israel e Judá
por meio da agressão assíria, mas também assegurou os seus ouvintes a respeito
da restauração final.
Nós tínhamos dividido essa parte “A”, em
três outras partes. 1. O julgamento assírio e os filhos de Isaías – 7:1 a 8:18
– já vista. 2. O julgamento assírio e
Israel – 8:19 a 10:4 – concluiremos agora.
3. O julgamento assírio e Judá – 10:5 a 12:6 – veremos e concluiremos agora.
2. O julgamento assírio e Israel – 8:19 a 10:4 – continuação,
Como dissemos acima, tendo deixado claro
que os assírios destruiriam Israel totalmente, Isaías falou ao Reino do Norte
sobre como reagir ao julgamento que estava por vir contra ele.
O profeta conclamou os seus habitantes:
·
A
consultarem a Deus – 8:19-22 – já vista.
·
A
colocarem a esperança na família de Davi – 9:1-7 – já vimos.
·
A
abandonarem a sua orgulhosa autoconfiança – 9:8 – 10:4 – concluiremos agora, como já falado acima.
O clamor de Isaías para que abandonassem a sua orgulhosa autoconfiança
– 9:8 – 10:4.
O primeiro verso começa com um “Ai”, a qual
se trata de uma terrível ameaça destinada contra os que decretam leis injustas,
de opressão, justamente para se beneficiarem dessa situação terrível de negarem
direito e justiça aos pobres, às viúvas e aos órfãos.
Por que alguém negaria esse direito a esses,
a não ser que tivessem objetivos escusos de se beneficiar de alguma forma dessa
miséria?
O profeta estava proferindo esses aís
contra o Reino do Norte porque já antevira a sua terrível devastação nas mãos
dos assírios. O colapso das estruturas da sociedade israelita (47:11; Pv 1:27; 3:25)
era notório e o juízo iminente.
A palavra não era de salvação, mas de juízo
e já às portas de sua ocorrência – vs 4 - e de nada adiantaria quererem fazer
algo, porque haveriam de ser exilados ou mortos pelos assírios (Jr: 39:6-7).
Apesar disso tudo, ainda assim, houve o endurecimento
da parte dos que estavam errados
3. O julgamento assírio e Judá – 10:5 a 12:6
Após explicar que o ataque assírio ao Reino
do Norte terminaria em derrota total e em exílio, não restando qualquer
esperança de salvação, o profeta volta-se ao contrastante resultado do ataque
assírio contra Judá.
Esses capítulos dividem-se em quatro partes
principais: a. Um ai contra a Assíria (10.5-19); b. O retorno do remanescente
de Judá (10.20-34); c. A esperança de Judá na casa de Davi (11.116); e, d. O
resultante louvor a Deus em Sião (12.1-6).
a. Um ai contra a Assíria (10.5-19);
No verso 5, no início da profecia contra a
Assíria, outro “Ai” do profeta contra aquela que estaria sendo usada por Deus
para o juízo do povo de Deus.
O profeta declara um juízo sobre a Assíria
por ter ela excedido o seu papel como instrumento do juízo de Deus e, nele, por
terem excedido os seus limites e abusado do privilégio.
A Assíria estava enaltecida com suas
conquistas e se considerava absoluta entre as nações. Seu objetivo era destruir
e desarraigar nações, povos e reinos – vs. 7. As cidades que os assírios
destruíram são apresentadas numa sequência geográfica, partindo do Eufrates na
direção de Judá:
·
Carquemis
(717 a.C.), Calno (veja Calné em Am 6.2 - 738 a.C.), Arpade (740 a.C.), Hamate
(738 e 720 a.C.), Damasco (732 a.C.) e Samaria (722 a.C.) e ainda 36:19; 37:12-13.
A Assíria gabava-se de sua autonomia (Dn 4:30;
Lc 12:18-19). Segundo os valores de sua religião idólatra, os assírios
imaginavam Jerusalém e Samaria como cidades fracas porque possuíam relativamente
menos ídolos.
No verso 11 sua arrogância a levou a
proclamar que como fizera com Samaria e seus ídolos, igualmente faria a
Jerusalém e seus ídolos. Achavam eles que tudo seria fácil por causa dos poucos
ídolos e das fracas proteções de seus deuses. O mundo era governado por deuses
que defendiam as nações e a conquista das nações era uma conquista de mais
poder para eles, assim imaginavam.
O profeta abordou a arrogância dos assírios
em atacar Jerusalém como haviam feito com Samaria e grande número de outras
cidades.
Deus queria que uma medida de julgamento
recaísse sobre Sião, mas ele cessaria muito aquém do desejo assírio de dominar
Jerusalém por completo. Em vez disso, Deus puniria o rei da Assíria
(Senaqueribe) por causa de sua "arrogância do coração" e pela
"desmedida altivez dos seus olhos".
Os assírios tolamente consideravam-se maiores
que qualquer nação ou mesmo que o Senhor de Jerusalém, mas na verdade eles não
eram nada mais do que seus instrumentos – vs 15.
A figura do machado e da serra ilustram bem
isso. Como pode o machado e a serra gabarem-se de terem feito o que fizeram? Poderiam
ter feito algo se não fosse a mão que os usou? Nem do machado, nem da serra é a
glória, mas do lenhador e serrador, esse sim, realizou grandes obras.
Na obra de Deus também não é diferente
quando Deus levanta ministérios e homens dentro dele para seu louvor e glória.
Aquilo que os homens consideravam ser de
grande honra significaria pouco diante do veemente julgamento de Deus. Esses
símbolos do orgulho assírio – florestas e campos férteis - desapareceriam
rapidamente como espinheiros e abrolhos no fogo (v. 17).
A destruição da Assíria garantia que, um
dia, um remanescente (um restante) dentre os judeus de Judá a quem os assírios
haviam expulsado durante os seus ataques, voltaria.
b. o retorno do remanescente de Judá (10.20-34);
Para repelir a coalizão sírio-israelita,
Judá havia confiado na Assíria, que mais tarde "os feriu" (veja 7:1-25).
Eles até tinham pago aos assírios uma grande quantidade de tesouros reais. No
futuro os remanescentes confiariam no Senhor (50:10), "em verdade"
(48.1; 42.3) ou "com fidelidade" (16.5), em lugar de dependerem da
Assíria e de recursos humanos (31:1).
Uma grande parte, como a areia do mar - uma
alusão à promessa de Deus a Abraão (Gn 22:17; I Re 4:20) - seria destruída, mas
os restantes, os remanescentes, se converterão – vs 21 e 22 – ao Deus forte.
O Senhor havia determinado abençoar o seu
povo depois do julgamento assírio e, por isso, encorajou-o a não temer. Os
assírios seriam vencidos (37:6; 41:10,13; 43:1,5; 44:2). Os próprios
instrumentos de "destruição" seriam destruídos.
No verso 26, o Senhor dos Exércitos lhes
apresenta um terrível flagelo contra os assírios e como incentivo e exortação à
confiança, são apresentados dois exemplos da história da redenção:
1.
A derrota
de Midiã (9.3-4, Orebe era o líder dos midianitas - Jz 7:25).
2.
A
vitória de Deus sobre o Egito junto ao mar Vermelho (Ex 14:26-28).
No verso 27, vemos que a promessa fala que
Judá seria liberta da dominação assíria do mesmo modo como um boi forte e gordo
quebra o seu próprio jugo.
Essa terrível marcha da Assíria rumo a Judá,
passando por 12 cidades, é retratada num movimento do norte para o sul:
·
Aiate,
Migrom, Micmás, Geba, Ramá, Gibeá, Galim, Laís, Malote, Madmena, Gebim e
finalmente Nobe, que podia ser vista de Sião (cf. 10.8-9).
Miquéias 1:10-16 traz um retrato semelhante
da invasão Síria a Judá, dessa vez vindo de sudoeste.
Nos versos 33 e 34, os assírios trariam
terror sobre Judá, mas Deus interviria. É ele quem cortará os ramos com violência
e derribará as árvores de grande porte e com o ferro cortará as brenhas das
florestas, sendo que o Líbano cairá pela mão de um poderoso, ou seja, nada se
compara à grandeza e à força do PODEROSO Deus.
e
dos escrivães que prescrevem opressão.
Is
10:2 Para desviarem os pobres do seu direito,
e
para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo;
para
despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!
Is
10:3 Mas que fareis vós no dia da visitação, e na desolação,
que
há de vir de longe?
A
quem recorrereis para obter socorro,
e
onde deixareis a vossa glória,
Is
10:4 Sem que cada um se abata entre os presos,
e
caia entre mortos? Com tudo isto a sua ira não cessou,
mas
ainda está estendida a sua mão.
Is
10:5 Ai da Assíria, a vara da minha ira,
porque
a minha indignação é como bordão nas suas mãos.
Is
10:6 Enviá-la-ei contra uma nação hipócrita,
e
contra o povo do meu furor lhe darei ordem,
para
que lhe roube a presa, e lhe tome o despojo,
e
o ponha para ser pisado aos pés, como a lama das ruas.
Is
10:7 Ainda que ele não cuide assim,
nem
o seu coração assim o imagine;
antes
no seu coração intenta destruir e desarraigar
não
poucas nações.
Is
10:8 Porque diz:
Não
são meus príncipes todos eles reis?
Is
10:9 Não é Calno como Carquemis?
Não
é Hamate como Arpade? E Samaria como Damasco?
Is
10:10 Como a minha mão alcançou os reinos dos ídolos,
cujas
imagens esculpidas eram melhores do que
as
de Jerusalém e do que as de Samaria,
Is
10:11 Porventura como fiz a Samaria e aos seus ídolos,
não
o faria igualmente a Jerusalém e aos seus ídolos?
Is
10:12 Por isso acontecerá que, havendo o Senhor acabado
toda
a sua obra no monte Sião e em Jerusalém,
então
castigarei o fruto da arrogante grandeza
do
coração do rei da Assíria
e
a pompa da altivez dos seus olhos.
Is
10:13 Porquanto disse:
Com
a força da minha mão o fiz, e com a minha sabedoria,
porque
sou prudente; e removi os limites dos povos,
e
roubei os seus tesouros,
e
como valente abati aos habitantes.
Is
10:14 E achou a minha mão as riquezas dos povos
como
a um ninho, e como se ajuntam os ovos abandonados,
assim
eu ajuntei a toda a terra,
e
não houve quem movesse a asa, ou abrisse a boca,
ou
murmurasse.
Is
10:15 Porventura gloriar-se-á o machado
contra
o que corta com ele,
ou
presumirá a serra
contra
o que puxa por ela,
como
se o bordão movesse aos que o levantam,
ou
a vara levantasse como não sendo pau?
Is
10:16 Por isso o Senhor, o SENHOR dos Exércitos,
fará
definhar os que entre eles são gordos,
e
debaixo da sua glória ateará um incêndio,
como
incêndio de fogo.
Is
10:17 Porque a Luz de Israel virá a ser como fogo
e
o seu Santo por labareda, que abrase e consuma os seus
espinheiros
e as suas sarças num só dia.
Is
10:18 Também consumirá a glória da sua floresta,
e
do seu campo fértil, desde a alma até à carne,
e
será como quando desmaia o porta-bandeira.
Is
10:19 E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco
em
número, que um menino poderá contá-las.
Is
10:20 E acontecerá naquele dia que os restantes de Israel,
e
os que tiverem escapado da casa de Jacó,
nunca
mais se estribarão sobre aquele que os feriu;
antes
estribar-se-ão verdadeiramente sobre o SENHOR,
o
Santo de Israel.
Is
10:21 Os restantes se converterão ao Deus forte,
sim,
os restantes de Jacó.
Is
10:22 Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como
a
areia do mar, só um remanescente dele se converterá;
uma
destruição está determinada,
transbordando
em justiça.
Is
10:23 Porque determinada já a destruição,
o
Senhor DEUS dos Exércitos a executará
no
meio de toda esta terra.
Is
10:24 Por isso assim diz o Senhor DEUS dos Exércitos:
Povo
meu, que habitas em Sião, não temas à Assíria,
quando
te ferir com a vara, e contra ti levantar o seu
bordão
à maneira dos egípcios.
Is
10:25 Porque daqui a bem pouco se cumprirá a minha indignação
e
a minha ira, para a consumir.
Is
10:26 Porque o SENHOR dos Exércitos suscitará contra ela
um
flagelo, como na matança de Midiã
junto
à rocha de Orebe;
e
a sua vara estará sobre o mar, e ele a levantará
como
sucedeu aos egípcios.
Is
10:27 E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada
do
teu ombro, e o seu jugo do teu pescoço;
e
o jugo será despedaçado por causa da unção.
Is
10:28 Já vem chegando a Aiate, já vai passando por Migrom,
e
em Micmás deixa a sua bagagem.
Is
10:29 Já passaram o desfiladeiro, já se alojam em Geba;
já
Ramá treme, e Gibeá de Saul vai fugindo.
Is
10:30 Clama alto com a tua voz, ó filha de Galim! Ouve, ó Laís!
O
tu pobre Anatote!
Is
10:31 Madmena já se foi; os moradores de Gebim
vão
fugindo em bandos.
Is
10:32 Ainda um dia parará em Nobe; acenará com a sua mão
contra
o monte da filha de Sião, o outeiro de Jerusalém.
Is
10:33 Mas eis que o Senhor, o SENHOR dos Exércitos,
cortará
os ramos com violência, e os de alta estatura
serão
cortados, e os altivos serão abatidos.
Is
10:34 E cortará com ferro a espessura da floresta,
e
o Líbano cairá à mão de um poderoso.
O machado, a serra, o destino das nações, o
juízo de Deus, tudo isso nos mostra um Deus que não está distante de seu povo
nem do destino das nações, mas presente e bem atuante.
Que Deus é soberano e governa tudo e todas
as coisas e tudo está dentro de seu absoluto controle, não temos a menor dúvida
e quanto mais nos aprofundamos nos estudos das Escrituras, isso vai se tornando
ainda mais claro. Outro fato, é que Deus respeita a liberdade de escolha de
cada um que agrega às suas tomadas de decisões os seus respectivos anexos: as terríveis
consequências!
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.