INSCREVA-SE!

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Daniel 1:1-21 - DANIEL RESOLVEU FIRMEMENTE NÃO SE CONTAMINAR.

Sobre o livro de Daniel
Em nosso pequeno e humilde trabalho, estaremos agora entrando, no quinto livro (Daniel), dos últimos 17 livros da Bíblia (AT) que, justamente são os livros proféticos. 

A fonte principal de nossas pesquisas, pela qual seguiremos sua divisão proposta, com ligeiras alterações/adaptações, é a Bíblia de Estudo de Genebra – BEG.
Autor:
Daniel (9.2; 10.2). Não entraremos no mérito de discussões relativas à autoria do livro de Daniel. Partiremos, portanto, desse pressuposto de ser a autoria do livro do próprio Daniel.
Propósito:
Uma das principais razões para a composição do livro de Daniel foi preparar o povo de Deus para o período de Antíoco Epífanes, e fornecer encorajamento para os que viveriam durante aquele período de perseguição.
O livro também olha para além do período de Antíoco Epífanes, para a vinda de Cristo. É Cristo quem destruirá todos os reinos humanos e estabelecerá o seu reino eterno de justiça e paz. Todos esses acontecimentos estão na perspectiva das profecias de Daniel.
O livro tem constituído um grande alento para o povo de Deus em tempos de perseguição e continua a inspirar aqueles que sofrem perseguições em nossos dias.
Concordamos com a BEG que nos diz que seria seu propósito dar aos exilados e aos primeiros dentre eles que voltaram para a Terra Prometida a certeza de que Deus estava no controle da História e que o seu profeta, Daniel, havia falado a verdade a respeito dos prolongados sofrimentos antes do estágio final do reino de Deus.
Data:
Imediatamente após 539 a.C.
Verdades Fundamentais (conforme a BEG):
• Daniel e seus amigos foram fiéis a Deus durante o tempo que passaram no exílio. • Podia-se confiar no fato de que Daniel era verdadeiro em suas palavras porque ele nunca fez concessões aos seus captores. • Deus tem o controle absoluto de toda a História. • O exílio prolongou-se por todo o período em que quatro reinos governaram o povo de Deus por causa de seu contínuo pecado. • No futuro, sofrimentos continuariam a sobrevir a Israel, mas o Ungido, o Cristo viria e traria salvação.
Contextualização:
Daniel viveu cerca de duzentos a trezentos anos antes dos acontecimentos descritos pelas suas profecias. Ele é contemporâneo a Jeremias, Ezequiel e xxx. Jerusalém estava destruída, o templo em ruínas, o povo estava no exílio, governantes iníquos pareciam ser triunfantes e a esperança do povo parecia ter se desvanecido com a nação.
Características do livro:
·         Há seis narrativas históricas que aparecem nos caps. 1-6. Aquela constante do capítulo 2, também é profética. O foco das narrativas:
ü São narrativas independentes que foram unidas conforme um propósito específico não histórico (a ênfase não era um registro histórico dos eventos) nem biográfico de Daniel.
ü As histórias enfatizam mais o modo como a absoluta soberania de Deus opera nos acontecimentos de todas as nações (2.47; 3.17-18; 4.28-37; 5.18-31; 6.25-28). À época, Jerusalém estava destruída, o templo em ruínas, o povo estava no exílio, governantes iníquos pareciam ser triunfantes, mas Deus permanecia supremo.
ü De acordo com a sua vontade soberana, ele interviria entre os reinos deste mundo para estabelecer o reino universal que duraria para sempre.
ü Essas narrativas apresentavam Daniel e seus amigos como proeminentes na terra de seus dominadores não porque houvessem transigido com respeito à sua lealdade a Deus, mas porque foram exaltados pela bênção de Deus derramada sobre eles. De certa forma, esse tema é central porque acaba conferindo credibilidade às profecias de Daniel, especialmente àquelas relacionadas com o prolongado sofrimento de Israel.
·         quatro visões, praticamente proféticas, nos caps. 7-12.
ü As visões (caps. 7-12) contêm previsões de tempos no futuro durante os quais as verdades apresentadas nas narrativas se provariam ser de particular importância para o povo de Deus.
ü Impressiona-nos a riqueza de detalhes a respeito de eventos futuros, principalmente relacionadas aos detalhes de Dn 11.2 a 12.3. Para quem crê no caráter sobrenatural da profecia e das práticas ocasionais de outros profetas (p ex., 1Rs 13 2; Is 44.28; 45.1), isso não se constitui em problema.
ü Embora os judeus tivessem sido perseguidos durante o tempo de sua sujeição aos governos babilônios e persas, não houve nenhuma tentativa sistemática ou muito difundida de abolir a sua fé.
ü Isso não aconteceu até o período de Antíoco IV Epífanes, um governante do Império Selêucida entre 175-164 a.C. Ele tentou erradicar a religião judaica e forçar os judeus a aceitar as práticas religiosas gregas. Muitos judeus o seguiram, mas outros se recusaram e sofreram severa perseguição.
Cristo em Daniel.
Na época, a semente messiânica estava sendo preservada e guardada para ser manifesta algum tempo depois.
A BEG nos dia que a profunda atenção dada por Daniel à restauração de Israel após o exílio chama a atenção diretamente para Jesus. Como outros profetas do Antigo Testamento, Daniel predisse um futuro glorioso para o povo de Deus que o Novo Testamento apresenta como cumprido na primeira e na segunda vindas de Cristo assim como na totalidade da história da igreja.
ü Cristo cumpre as esperanças do profeta Daniel.
ü Jesus se identificou como o "Filho do Homem" (p. ex., Mt 9.6; 10.23; 12.8). No uso feito por Daniel desse termo, o "Filho do Homem" era o grande rei davídico exaltado por Deus que representava Deus na terra. Jesus, sendo o Messias, era o rei davídico definitivo; apenas ele cumpre as predições feitas em relação ao filho do homem nas visões de Daniel (7.13-14; a BEG recomenda nesse momento a leitura de seu artigo teológico "O reino de Deus", em Mt 4, para melhor compreensão).
ü No cap. 9, Daniel compreendeu que a previsão de Jeremias sobre os setenta anos de exílio do povo de Israel na Babilônia, seria estendida até "setenta semanas" de anos (9.24), ou cerca de quatrocentos e noventa anos. Em termos gerais, essa predição atinge um cumprimento inicial com a primeira vinda de Cristo.
ü O prolongamento do exílio corresponde à série de quatro impérios estrangeiros que oprimiram o povo de Deus (2.1-49) e ao aparecimento da "pedra que... se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra" (2.35), a qual Daniel mais tarde chamou de "um reino que não será jamais destruído" (2.44).
ü Esse grande reino não é outro senão o reino de Cristo que teve início na sua primeira vinda, continua hoje e alcançará a consumação na gloriosa volta de Cristo (a BEG propõe aqui a leitura de dois de seus excelentes artigos teológicos "O reino de Deus", em Mt 4 – já mencionado acima -, e "O plano das eras", em Hb 7). Para melhor compreensão e aperfeiçoamento de nossos estudos e reflexões, iremos reproduzi-los também, provavelmente junto com o capítulo 2 que faremos em seguida.
ü Outros acontecimentos mais específicos preditos por Daniel também aparecem em primeiro plano no Novo Testamento. Por exemplo, o próprio Jesus se refere à predição de Daniel sobre a "o abominável da desolação" (9.27; 11.31; 12.11), que originalmente se referia à profanação do templo pelo grego Antíoco IV Epífanes, como precursor da profanação causada pelo general romano Tito em 70 d.C. (Mt 24.15; Mc 13.14).
De um modo ou de outro, a maioria dos intérpretes cristãos associa intimamente essa tipologia com o anticristo, cujo espírito já está trabalhando no mundo (1Jo 2.18) e atingirá seu total desenvolvimento, talvez como uma pessoa real, perto do retorno de Cristo (2Ts 2.3).
Esboço do livro proposto pela BEG (estamos seguindo sua proposta integralmente):
I. AS NARRATIVAS (1.1 6.28)
A. A defesa de Daniel e seus amigos (1.1-21)
B. O primeiro sonho de Nabucodonosor (2.1 -49)
C. Livramento da fornalha (3.1-30)
D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37)
E. O julgamento de Belsazar (5.1-31)
F. Livramento da cova dos leões (6.1-28)
II AS VISÕES (7.1-12.13)
A. A visão dos quatro animais (7.1-28)
B. A visão de um carneiro e um bode (8.1-27)
C. A visão das setenta semanas (9.1-27)
D. A visão sobre o futuro do povo de Deus (10.1-12.13)
1. A mensagem do anjo para Daniel (10.1 11.1)
2. De Daniel até Antíoco IV Epífanes (11.2-20)
3. O governo de Antíoco IV Epífanes (11.21-12.3)
4. A mensagem final a Daniel (12.4-13)
Daniel 1:1-21 Segmentação e Reflexões
Iremos, doravante, estudar o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Começaremos vendo suas narrativas.
As histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Informamos que estaremos nos guiando e seguindo as divisões propostas pela Bíblia de Estudo de Genebra – BEG, principalmente seus riquíssimos comentários.
Essa primeira parte do livro salienta tanto o absoluto controle de Deus sobre os reinos deste mundo como a sincera consagração a Deus de Daniel e seus amigos.
Daniel queria que os seus leitores compreendessem que, embora o povo de Deus seja, algumas vezes perseguido, reis e reinos se levantam e caem de acordo com o propósito de Deus.
Também ensinou que Deus abençoaria grandemente aqueles que prestassem atenção às suas palavras como um fiel intérprete de Deus.
A nossa divisão proposta para esta primeira parte, seguindo a BEG, é: A. A defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – veremos agora; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49); C. Livramento da fornalha (3.1-30); D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37); E. O julgamento de Belsazar (5.1-31); e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
A. A defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21).
O profeta estabelece o contexto de seu livro narrando a sua (e de seus amigos) história pessoal de cativeiro, treinamento, fidelidade e serviço ao rei Nabucodonosor.
No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, ou seja, em 605 a.C., o mesmo ano em que Nabucodonosor venceu uma coalizão assírio-egípcia em Carquemis e deu início à ascensão da Babilônia como um poder internacional.
Imediatamente após a vitória sobre Carquemis, Nabucodonosor avançou contra Jeoaquim (2Rs 24.1-2; 2Cr 36.5-7) e levou cativos Daniel e vários outros judeus.
Essa foi a primeira de três invasões de Judá por Nabucodonosor. A segunda aconteceu em 597 a.C. (2Rs 24.10-14) e a terceira em 587 a.C. (2Rs 25.1-24). Entre essas invasões temos um intervalo de 12 e 10 anos. Provavelmente, Daniel fora contemporâneo de todas elas, uma vez que viveu mais de 90 anos.
A aparente discrepância entre Dn 1.1 e Jr 25.1, onde Jeremias data o ataque de Nabucodonosor contra Jeoaquim durante o quarto ano de Jeoaquim e não no terceiro ano, pode ser explicada pelas diferenças do sistema cronológico usado pelos babilônios e pelos judeus.
Conforme nos ensina a BEG, no sistema babilônio, que aparentemente foi utilizado por Daniel, o primeiro ano de governo de um rei era visto como o "ano da ascensão" e o reinado, propriamente dito, era contado a partir do início do primeiro mês de nisã do ano seguinte.
Nabucodonosor, rei da Babilônia. Como príncipe herdeiro e comandante do exército, Nabucodonosor conduziu os babilônios à vitória em Carquemis em 605 a.C. Logo depois de sua vitória ele assumiu o trono da Babilônia após a morte de seu pai, Nabopolassar (626-605 a.C.). O reinado de Nabucodonosor (605-562 a.C.) estabelece o ambiente histórico para grande parte dos livros de Jeremias, Ezequiel e Daniel.
A derrota de Israel não pode ser explicada simplesmente pela análise das condições políticas e militares da época. Deus estava agindo soberanamente nos negócios das nações.
Ele usou os babilônios para julgar o seu próprio povo pela quebra das obrigações da aliança (2Rs 17.15,18-20; 21.12-15; 24.3-4). Em sua invasão, ele, aproveitando-se, fez uma pilhagem dos utensílios do templo para a casa do seu deus Marduque que era o deus principal do panteão babilônico (cf. Jr 5.20).
O rei da Babilônia ficou curioso com sua conquista e pediu a Aspenaz, chefe dos eunucos, que lhe trouxesse dos israelitas alguns jovens para ele ver. No entanto, ele não queria qualquer um deles, mas os que não tivessem defeitos e fossem dotados de sabedoria, inteligência e instrução, e que tivessem capacidade para assistirem no palácio do rei; e que lhes ensinasse as letras e a língua dos caldeus.
A literatura babilônia era escrita em caracteres cuneiformes e basicamente sobre tabletes de argila. Foram descobertos milhares desses tabletes. O estudo dessa literatura provavelmente fez com que Daniel e seus amigos tomassem conhecimento da visão de mundo politeísta dos babilônios, a qual destacava de modo proeminente a magia, a feitiçaria e a astrologia.
Até a porção diária da comida desses jovens foi determinada pelo rei antes de se apresentarem a ele. Eles deveriam seguir aquela dieta – porção diária das iguarias do rei - por três anos. Curiosamente, essa mesa real, posteriormente, foi dada a Joaquim que recebeu a mesma atenção durante o reinado do rei babilônio Evil-Merodaque (2Rs 25.27-30).
Dentre esses jovens selecionados pelo rei foram encontrados quatro que se destacaram Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Com relação aos seus nomes, todos eles contendo características hebraicas. Dois deles contêm o componente hebraico el, que significa "Deus" e os outros dois apresentam o componente ia, unia forma abreviada de "Javé" ("o SENHOR"). Daniel significa "Meu juiz é Deus"; Hananias "Javé é gracioso"; Misael, "Quem é como Deus?"; Azarias "Javé ajudou".
O chefe dos eunucos então tratou de mudar os nomes deles para Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. O significado desses nomes é controvertido. Sugestões para Beltessazar: "Bel [outro nome para Marduque, o deus principal da Babilônia], protege a sua vida" ou "Senhora, protege o rei”. Sadraque: "Estou com medo de Deus” ou "O comando de Aku (o deus lua dos sumérios)". Mesaque: "Sou de pouca valia" ou "Quem é como AL?" Abede-Nego: "Servo daquele que brilha”.
No entanto, Daniel resolveu não contaminar-se com essas iguarias do rei, ou com sua dieta. A razão para Daniel concluir que o alimento servido pelo rei o contaminaria e também aos seus amigos não é apresentada.
Talvez comê-lo envolvesse uma violação das leis dietéticas da legislação mosaica (Lv11. 1-47), que proibia comer carne de porco ou carne da qual o sangue não tivesse sido drenado (Lv 17.10-14). Talvez envolvesse também comer um alimento que houvesse sido oferecido aos ídolos babilónicos.
O fato era que Daniel e seus amigos tiveram atitude, oraram a Deus, apresentaram sua posição firme à autoridade e dela conseguiu consentimento à sua estratégia.
Tudo vinha de Deus! Ele fez com o coração do rei o mesmo que ele faz com seus ribeiros, ou seja, ele os inclina para onde quiser – Pv 21.1. Assim, achou graça Daniel e seus amigos diante de Aspenaz e Daniel pode apresentar seu plano de alimentação e uma proposta de observação de apenas dez dias.
Em apenas dez dias sua aparência era melhor; estavam eles mais robustos do que todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei. Deus abençoou Daniel e seus amigos pela obediência deles ao Senhor e pela recusa de transigir quanto à sua fé num ambiente gentio (Dt 5. Mt 4.4).
Em consequência, o despenseiro tirou as iguarias e o vinho que deveriam beber e substituiu pelos legumes.
Tudo vem de Deus que tem os seus propósitos em tudo. Foi com propósitos que Deus levantou Daniel e seus companheiros os fazendo mais sábios e inteligentes que todos na Babilônia. Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria. A bênção de Deus não se limitou ao bem-estar físico, mas incluiu um importante sucesso no desenvolvimento intelectual durante os três anos de sua instrução babilônica.
À partir dos relatos que se seguem no livro (caps. 2; 4-5), Daniel se distinguia de seus companheiros pela capacidade de interpretar sonhos e visões. Assim como José havia sido considerado como especial pela mesma razão na corte de Faraó (Gn 40.8: 41.16).
Vencido o tempo determinado pelo rei, ou seja, após os três anos mencionados no vs. 5, o chefe dos eunucos os apresentou diante do rei. Ele conversou com eles e os examinou achando-os muito superiores – dez vezes mais – que os magos e encantadores de seu reino.
Obviamente que os que se esforçam, estudam, se dedicam, trabalham e são focados são aqueles que se destacarão em qualquer lugar onde estiverem inseridos, no entanto, mesmo assim, tudo vem de Deus e, portanto toda a glória lhe pertence.
Eu gosto de fazer uma análise reversa das coisas. Por exemplo, vamos pegar o contexto deste capítulo que destaca 4 hebreus da tribo de Judá entre todos os jovens da Babilônia e dos exilados. Depois de intensos preparativos e estudos quem foram os que chegaram à frente com destaque? Justamente os quatro jovens hebreus.
Todos correram? Todos se esforçaram? Todos estudaram? Todos seguiram as recomendações de Asquenaz? Sim, todos, mas somente quatro se destacaram notavelmente.
De quem é a vitória então? Dos que correram? Sim, também, pois todos estavam na mesma condição, no entanto a graça de Deus fez um destaque especial na vida daqueles jovens hebreus.
O termo traduzido aqui como "mágicos" também é usado em Gn 41.8,24; Êx 7.11. O termo traduzido corno "encantadores" ocorre apenas aqui e em 2.2 e é algumas vezes traduzido como "feiticeiro" ou "adivinho". Daniel e seus amigos demonstraram uma percepção superior sobre as questões a respeito das quais foram interrogados.
Pensando mais profundamente, tudo vem do Senhor. A vitória, a inteligência, a saúde, a capacidade de interpretar sonhos e visões, a inclinação do coração do rei, a paz, a ausência dela. O que fazer então para sermos vitoriosos sempre? Ser sábio estando sempre do lado da correnteza do rio que o Senhor estiver controlando.
Dn 1:1 No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá,
veio Nabucodonosor, rei de Babilônia,
a Jerusalém, e a sitiou.
Dn 1:2 E o Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoiaquim,
rei de Judá, e uma parte dos vasos da casa de Deus;
e ele os levou para a terra de Sinar,
para a casa do seu deus;
e os pôs na casa do tesouro do seu deus.
Dn 1:3 Então disse o rei a Aspenaz,
chefe dos seus eunucos que trouxesse alguns
dos filhos de Israel,
dentre a linhagem real e dos nobres,
Dn 1:4 jovens em quem não houvesse defeito algum,
de bela aparência, dotados
de sabedoria, inteligência e instrução,
e que tivessem capacidade para assistirem no palácio do rei;
e que lhes ensinasse as letras e a língua dos caldeus.
Dn 1:5 E o rei lhes determinou a porção diária das iguarias do rei,
e do vinho que ele bebia, e que assim fossem alimentados
por três anos; para que no fim destes
pudessem estar diante do rei.
Dn 1:6 Ora, entre eles se achavam, dos filhos de Judá,
Daniel, Hananias, Misael e Azarias.
Dn 1:7 Mas o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes,
a saber: a Daniel, o de Beltessazar;
a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque;
e a Azarias, o de Abednego.
Dn 1:8 Daniel, porém, propôs no seu coração
não se contaminar com a porção das iguarias do rei,
nem com o vinho que ele bebia;
portanto pediu ao chefe dos eunucos
que lhe concedesse não se contaminar.
Dn 1:9 Ora, Deus fez com que Daniel
achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.
Dn 1:10 E disse o chefe dos eunucos a Daniel:
Tenho medo do meu senhor, o rei,
que determinou a vossa comida e a vossa bebida;
pois veria ele os vossos rostos
mais abatidos do que os dos outros jovens
da vossa idade?
Assim poríeis em perigo a minha cabeça para com o rei.
Dn 1:11 Então disse Daniel ao despenseiro
a quem o chefe dos eunucos havia posto sobre Daniel,
Hananias, Misael e Azarias:
Dn 1:12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias;
e que se nos dêem legumes a comer e água a beber.
Dn 1:13 Então se examine na tua presença o nosso semblante
e o dos jovens que comem das iguarias reais;
e conforme vires procederás para com os teus servos.
Dn 1:14 Assim ele lhes atendeu o pedido,
e os experimentou dez dias.
Dn 1:15 E, ao fim dos dez dias,
apareceram os seus semblantes melhores,
e eles estavam mais gordos do que todos os jovens
que comiam das iguarias reais.
Dn 1:16 Pelo que o despenseiro lhes tirou as iguarias
e o vinho que deviam beber, e lhes dava legumes.
Dn 1:17 Ora, quanto a estes quatro jovens,
Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência
em todas as letras e em toda a sabedoria;
e Daniel era entendido
em todas as visões e todos os sonhos.
Dn 1:18 E ao fim dos dias,
depois dos quais o rei tinha ordenado
que fossem apresentados,
o chefe dos eunucos os apresentou diante de Nabucodonosor.
Dn 1:19 Então o rei conversou com eles;
e entre todos eles não foram achados outros tais
como Daniel, Hananias, Misael e Azarias;
por isso ficaram assistindo diante do rei.
Dn 1:20 E em toda matéria de sabedoria e discernimento,
a respeito da qual lhes perguntou o rei,
este os achou dez vezes mais doutos
do que todos os magos e encantadores
que havia em todo o seu reino.
Dn 1:21 Assim Daniel continuou até o primeiro ano do rei Ciro.
O verso 21 dá a impressão que Daniel viveu somente até o primeiro ano do rei Ciro – vs. 21 -, no entanto, ele viveu muito mais. A Babilônia caiu diante de Ciro em 539 a.C., sessenta e seis anos após Daniel ter sido levado cativo para a Babilônia. Daniel viveu durante todo o período do cativeiro babilônico.
Ciro proclamou um decreto no primeiro ano do seu reinado permitindo aos israelitas retornarem do cativeiro e levarem consigo os utensílios do templo que haviam sido confiscados por Nabucodonosor (Ed 1.7-11). A afirmação não significa que Daniel tenha morrido no primeiro ano do reinado de Ciro (10.1), como teremos a oportunidade de vermos mais adiante.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


0 comentários:

Postar um comentário

Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.