sábado, 3 de outubro de 2015
sábado, outubro 03, 2015
Jamais Desista
Lucas 16.1-31 - CÉU E INFERNO.
Como já dissemos o evangelho de Lucas foi
escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado
visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua
importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a
igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas
as nações. Estamos no capítulo 16, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27)
- continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19,
veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho
de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo
mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções
individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a
capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte
conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração
(11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os
espíritos maus (11.14-26) – já vimos;
D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – já
vimos; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – já vimos; F O reino de Deus (13.18-14.24) – concluiremos agora; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35); H. Três
parábolas sobre os perdidos (15.1-32) –
já vista; I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10) – começaremos a ver agora; J. Os dez leprosos (17.11-19); K. A vinda
do reino (17.20-37); L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças
(18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P.
Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado
Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 16.
Um dia desses em meu trabalho eu conversava
com um amado irmão sobre o fato de ser fiel nas pequenas e nas grandes coisas.
De nada adianta pretendermos ser fiéis
somente quando formos elevados a um cargo alto. A prova de nossa fidelidade é
agora mesmo. Se estando embaixo, não formos fiéis, quando estivermos lá em cima,
não seremos mesmo fiéis.
É no pouco que somos provados no muito. A
fidelidade deve estar impregnada em nós pelo Santo Espírito Santo de Deus desde
o dia em que ouvimos a sua voz até o dia em que deixaremos este tabernáculo
provisório. Seja primeiramente fiel no pouco que Deus mesmo o provará no muito.
Quanto a termos mais senhores do que o
normal, isto é uma verdade em nossas vidas. Deus é soberano e exclusivo e não
partilha seu reino com ninguém. Não podemos servir a Deus e ao mesmo tempo o
dinheiro, o mundo e qualquer outro desejo concorrente querendo um espaço em
nossos corações.
É triste a história do homem rico e de
Lázaro, mas é interessante que há um jeito de se evitar ir para o inferno, mas
isto somente enquanto se tem a vida, no entanto, os homens, como loucos,
desprezam a salvação que Deus envia.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10).
Até o versículo dez do próximo capítulo,
Lucas apresenta uma série de declarações que Jesus fez sobre prioridades,
riqueza, poder, serviço e humildade. Jesus adverte seus ouvintes judeus que as
bênçãos de Deus não são dadas automaticamente.
Continua o contador de histórias a contar
as suas histórias e por meio delas nos ensinar as coisas do reino de Deus e de
sua justiça. O mordomo era o encarregado de gerenciar o patrimônio, liberando o
dono de se envolver com a maioria dos detalhes. Uma vez que esse homem não era
supervisionado atentamente, era fácil se tornar desonesto ou preguiçoso.
O fato, nessa história era que o mordomo
tinha sido acusado de não ser fiel perante o seu senhor. E o seu senhor foi
tomar satisfações com ele pedindo-lhe que lhe prestasse as contas.
O mordomo se viu em apuros e logo achou um
jeito de, se fosse mandado embora, pelo menos teria onde e o que comer. Começou
ele a chamar um a um dos devedores de seu senhor e negociava as dívidas deles
com cada um amenizando destarte sua condição de devedor.
Conceder uma redução significativa ao
débito do devedor faria com que este o convidasse para a sua casa (vs. 4), ao
menos por algum tempo. No caso do verso 6, por exemplo, a redução proposta foi
de 50%, quantidade essa de azeite que equivaleria à produção de cerca de cento
e cinquenta oliveiras, uma soma considerável.
Ele vai assim repetindo o processo. Aqui –
vs. 7, a quantidade de trigo parece ser equivalente à produção de uma área com
cerca de 400.000 m2. A redução proposta foi de 20%.
Como as notas de débito originais haviam
sido destruídas, o dono ficou numa posição embaraçosa, pois seria muito difícil
reclamar a quantia original. O elogio quanto à astúcia do administrador foi um
reconhecimento do fato de que este foi mais esperto do que o proprietário.
O que Jesus quis dizer aqui é que, muitas
vezes, as pessoas do mundo fazem uso dos recursos que têm à disposição com
muito mais eficiência do que os filhos da luz — ainda que o objetivo delas seja
bem diferente.
Os discípulos de Jesus não devem usar os
bens materiais de que dispõem para alcançar objetivos egoístas, mas para
"fazer amigos" (provavelmente o objetivo aqui é dar esmolas aos
pobres).
A passagem – vs. 9 - não especifica
claramente quem é o sujeito dessa frase, mas as possibilidades variam entre o
pobre que foi ajudado nesta vida ou talvez o próprio Deus.
De qualquer modo, ela não está ensinando a
salvação por obras (15.29). Nesta vida, ajudar os outros com amor é um sinal do
discipulado genuíno e também da alegria em desfrutar da salvação, e não um
sistema meritório para obter a salvação.
A honestidade provém do caráter, e não da
quantidade de recursos à nossa disposição. Se você é infiel no pouco, não
espere o muito não para ser fiel, por que não o será mesmo. Até nas riquezas
injustas – vs. 11 – devemos ser fiéis; imagina, então, a verdadeira riqueza: os
tesouros celestes.
Nosso dinheiro é um presente que Deus nos
dá e não algo que nos pertence, pois não o levaremos conosco. A única coisa que
realmente nos pertence é a herança que receberemos no novo céu e na nova terra
(Mt 25.34; Ap 21.1-5).
Trabalhar como escravo numa casa exige
fidelidade ao senhor da casa. É impossível oferecer o serviço dedicado que é
requerido do escravo para mais de um senhor.
Jesus conclui a sua lição nos ensinado que
não seria possível agradar dois senhores: ele e o dinheiro! Eu penso assim que
como mordomos de Deus temos de administrar os seus bens, logo, todo dinheiro do
mundo – milhões ou bilhões – podem entrar em nossos bolsos, mas não podem
entrar em nossos corações.
Em seguida, passa Jesus a exaltar a Lei e
os Profetas - uma referência a todo o Antigo Testamento - que vigoraram até
João. Lucas estava indicando que o ministério de João Batista é o limiar da
maior transformação que já ocorreu na história da redenção (Mt 11.11). E até
aquele momento, todo homem deveria se esforçar por entrar nele.
Essa questão do esforço é uma declaração
muito difícil de traduzir e interpretar (cf. afirmação semelhante em Mt 11.12).
Alguns sugerem que Jesus estava descrevendo o zelo com o qual se deve buscar o
reino de Deus (13.24), e sendo assim, estava fazendo uma exortação a seus
seguidores. Contudo, outros sugerem que o termo grego biazetai, traduzido como "se esforça" deve ser entendido
no sentido negativo, ou seja, forças hostis que lutam contra o reino (veja a
nota sobre Mt 11.12).
A impressão que se tem é que com Jesus tudo
seria diferente e todo o passado ficaria para trás, mas não é isso o que ele
ensina, antes valoriza todo o Antigo Testamento.
Nada ficaria para trás, nem mesmo um til da
lei - um minúsculo sinal posto sobre algumas letras hebraicas para fazer
distinção destas em relação às outras; é a menor parte de uma letra. Toda a lei
procede de Deus e não devemos negligenciar nenhuma parte dela (Mt 5.18).
Jesus não estava abolindo nada, mas dando a
ela a sua rela interpretação, significado e sentido originais, pois ele, de
fato, era e é o autor dela para sempre.
Em seguida, vem uma abordagem de Jesus
sobre o divórcio – vs. 18. Os judeus podiam se divorciar de suas esposas com
facilidade, ao menor sinal de provocação, mas a visão que Jesus tinha do
casamento era diferente.
A prescrição da lei permitia o divórcio (Dt
24.1-4) como uma concessão, por causa do coração endurecido das pessoas (Mc
10.5). Jesus percebeu que alguns divórcios judaicos resultavam em adultério (Mt
5.31-32; 19.9).
Agora, Jesus lhes conta outra parábola de certo
homem rico e de outro muito pobre.
Às vezes também chamado de
"Dives", um termo latino para "rico". Tal homem se vestia
de púrpura e de linha finíssimo. Essas roupas caras caracterizavam as pessoas
ricas. A púrpura era usada para as roupas de cima, enquanto que o linho era
utilizado para as roupas de baixo.
Na história, o pobre se chamava Lázaro. O
único personagem nomeado nas parábolas de Jesus, e aqui é representado vivendo
na miséria, em extrema pobreza.
Ambos morreram, sendo o mendigo levado
pelos anjos ao seio de Abraão - a imagem é a de ser um hóspede de honra num
banquete (cf. Jo 13.23, onde no grego lê-se "no seio de Jesus") e também
morreu o rico, sendo sepultado.
O rico foi parar no inferno. Do grego hades, o lugar onde os mortos aguardam
julgamento, porém no Novo Testamento nunca é utilizado em relação aos salvos.
Aqui, representa claramente um lugar de tormento. É interessante observar que o
rico, estando no hades, podia ver
Lázaro e Abraão.
Até mesmo no hades – vs. 24 - o rico demonstra sua arrogância, presumindo que
Lázaro deveria ser enviado para servi-lo. Observe também que até mesmo apenas
uma gota de água poderia aliviar um pouco o seu sofri-mento, ilustrando com
isso o implacável tormento que os ímpio sofrem após a morte.
Quem dá as respostas ao “rico” é Abraão. Embora
Abraão fale em tom de ternura, isso não altera o fato: há uma barreira
separando os dois, e há também uma ordem de valores completamente diferente
daquela encontrada na terra.
O homem rico recebeu aquilo que imaginava
serem coisas boas; porém, em vez de escolher as coisas de Deus, acabou
preferindo os prazeres sensuais.
Pela primeira vez, estando no inferno, o
homem rico pensou em alguém além de si mesmo, embora o seu pensamento estivesse
focalizado na sua própria família. Ele continua presumindo que Lázaro deveria
servi-lo.
Abraão então diz para o rico que eles
tinham Moisés e os Profetas, os quais deveriam ser ouvidos para evitarem ir
para o inferno. Uma referência ao Antigo Testamento.
O rico presume que enviar Lázaro –
ressuscitando-o dos mortos - causaria algum efeito em seus familiares mais
forte do que as Escrituras; mas Jesus diz que a Escritura é muito mais eficaz
do que qualquer aparecimento desses poderia vir a ser. Então, ao comentar de um
morto ressuscitando, falava Jesus dele mesmo: tampouco acreditarão, ainda que
algum dos mortos ressuscite – vs. 31.
Havia um
homem rico que tinha um administrador;
e
este lhe foi denunciado como quem estava
a
defraudar os seus bens.
Lc 16:2
Então, mandando-o chamar, lhe disse:
Que
é isto que ouço a teu respeito?
Presta
contas da tua administração,
porque
já não podes mais continuar nela.
Lc 16:3 Disse
o administrador consigo mesmo:
Que
farei,
pois
o meu senhor me tira a administração?
Trabalhar na
terra
não
posso;
também de
mendigar
tenho
vergonha.
Lc 16:4 Eu
sei o que farei,
para
que, quando for demitido da administração,
me
recebam em suas casas.
Lc 16:5 Tendo
chamado cada um dos devedores
do
seu senhor, disse ao primeiro:
Quanto
deves ao meu patrão?
Lc 16:6
Respondeu ele:
Cem
cados de azeite.
Então, disse:
Toma
a tua conta,
assenta-te
depressa
e
escreve cinqüenta.
Lc
16:7 Depois, perguntou a outro:
Tu,
quanto deves?
Respondeu
ele:
Cem
coros de trigo.
Disse-lhe:
Toma
a tua conta
e
escreve oitenta.
Lc 16:8 E
elogiou o senhor
o
administrador infiel porque se houvera atiladamente,
porque
os filhos do mundo
são
mais hábeis na sua própria geração
do
que os filhos da luz.
Lc 16:9 E eu
vos recomendo:
das
riquezas de origem iníqua
fazei
amigos; para que,
quando
aquelas vos faltarem,
esses
amigos vos recebam
nos
tabernáculos eternos.
Lc 16:10 Quem
é fiel no pouco
também
é fiel no muito;
e quem é
injusto no pouco
também
é injusto no muito.
Lc 16:11 Se,
pois, não vos tornastes fiéis
na
aplicação das riquezas de origem injusta,
quem
vos confiará a verdadeira riqueza?
Lc 16:12 Se
não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio,
quem
vos dará o que é vosso?
Lc 16:13
Ninguém pode servir a dois senhores;
porque
ou há de aborrecer-se de um
e
amar ao outro
ou se
devotará a um
e
desprezará ao outro.
Não podeis
servir
a
Deus
e
às riquezas.
Lc 16:14 Os
fariseus,
que
eram avarentos,
ouviam
tudo isto
e
o ridiculizavam.
Lc 16:15 Mas
Jesus lhes disse:
Vós
sois os que vos justificais a vós mesmos
diante
dos homens,
mas
Deus conhece o vosso coração;
pois
aquilo que é elevado entre homens
é
abominação diante de Deus.
Lc
16:16 A Lei e os Profetas vigoraram até João;
desde
esse tempo,
vem
sendo anunciado
o
evangelho do reino de Deus,
e
todo homem
se esforça
por entrar nele.
Lc
16:17 E é mais fácil passar o céu e a terra
do
que cair um til sequer da Lei.
Lc 16:18 Quem
repudiar sua mulher
e casar com
outra
comete
adultério;
e aquele que
casa com a mulher repudiada pelo marido
também
comete adultério.
Lc 16:19 Ora,
havia certo homem rico
que
se vestia de púrpura
e
de linho finíssimo
e
que, todos os dias,
se
regalava esplendidamente.
Lc
16:20 Havia também certo mendigo,
chamado
Lázaro,
coberto
de chagas,
que
jazia à porta daquele;
Lc
16:21 e desejava alimentar-se
das
migalhas que caíam da mesa do rico;
e até os cães
vinham
lamber-lhe as úlceras.
Lc 16:22
Aconteceu morrer o mendigo
e
ser levado pelos anjos
para
o seio de Abraão;
morreu
também o rico
e
foi sepultado.
Lc 16:23 No
inferno,
estando
em tormentos,
levantou
os olhos e viu ao longe
a Abraão e Lázaro no seu seio.
Lc
16:24 Então, clamando, disse:
Pai
Abraão,
tem
misericórdia de mim!
E
manda a Lázaro que molhe em água
a
ponta do dedo
e
me refresque a língua,
porque
estou atormentado nesta chama.
Lc
16:25 Disse, porém, Abraão:
Filho,
lembra-te de que recebeste
os
teus bens em tua vida,
e
Lázaro igualmente, os males;
agora, porém,
aqui,
ele está consolado;
tu,
em tormentos.
Lc 16:26 E,
além de tudo, está posto um grande abismo
entre
nós e vós, de sorte que os que querem passar
daqui
para vós outros não podem,
nem os de lá
passar
para nós.
Lc
16:27 Então, replicou:
Pai,
eu te imploro que o mandes
à
minha casa paterna,
Lc
16:28 porque tenho cinco irmãos;
para
que lhes dê testemunho,
a fim de não
virem também
para
este lugar de tormento.
Lc
16:29 Respondeu Abraão:
Eles
têm Moisés e os Profetas;
ouçam-nos.
Lc
16:30 Mas ele insistiu:
Não,
pai Abraão;
se
alguém dentre os mortos for ter com eles,
arrepender-se-ão.
Lc
16:31 Abraão, porém, lhe respondeu:
Se
não ouvem a Moisés e aos Profetas,
tampouco
se deixarão persuadir,
ainda
que ressuscite
alguém
dentre os mortos.
E por falar em
inferno e céu, haverá um dia final em que teremos a população dividida e
julgada. Somente estarão no céu aqueles que Deus quis que estivessem; bem
assim, somente estarão no inferno, aqueles que deveriam estar lá. Deus, então
continuará sendo justo, verdadeiro, amoroso, bondoso, sábio, soberano. E você,
por que anda em dúvidas? É melhor se apressar, Jesus está voltando.
Depois do
julgamento final, poderemos encontrar habitantes nos céus que deveriam estar no
inferno, ou no inferno habitantes que deveriam estar nos céus? Eu creio que
não!
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.