Em nossa leitura, nos encontramos
aqui, na terceira e última parte “III”, na seção “B” – a última -, na subseção
“5”, também a última seção, no capítulo 47. O livro de Ezequiel é composto de
48 capítulos.
Ressaltamos que já vimos:
·Os
oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) – preocupação
do profeta com o passado e com o presente de Jerusalém.
·Uma
seção de oráculos contra outras nações (caps. 25-32) – com foco na destruição
de outras nações.
E agora, estamos vendo a terceira e última
parte de nossa divisão proposta para o livro de Ezequiel (com foco nas futuras
bênçãos de restauração que Judá gozaria após o exílio).
5. O rio, a terra e a cidade (47.1-48.35).
O guia angélico de Ezequiel o fez voltar à
entrada do templo e o profeta viu um rio se formando a partir de um fio de água
que fluía do templo (47.1-12).
Essa seção é seguida de um sumário sobre a
distribuição da terra e uma descrição das porções da cidade (47.13 – 48.35).
Em sua visão, Ezequiel retratou a centralidade
do templo, os seus ministros e as suas cerimônias como um rio de águas vivas
que fluía do templo.
Essa última seção foi dividida em três
partes: a. Um rio de águas que dão vida (47.1-12) – veremos agora; b. A restauração da Terra Prometida (47.13-48.29) – começaremos agora; c. A restauração da
cidade (48.30-35);
a. Um rio de águas que dão vida (47.1-12).
Ezequiel estava na entrada do templo, lugar
onde o seu guia angelical o tinha levado e águas começavam a sair por debaixo
do limiar do templo, para o oriente uma vez que a frente do templo também dava
para o oriente e elas desciam do lado meridional do templo ao sul do altar.
Aquele ser o levou para fora pela porta
norte, e conduziu-o pelo lado de fora até a porta externa que dá para o leste,
e a água fluía do lado sul.
A BEG nos diz que no átrio do tabernáculo
havia uma grande bacia ou lavatório onde os sacerdotes se lavavam (Ex 30.17-21).
No templo de Salomão, essa bacia foi substituiria por um mar muito maior (IRs
7.23-26).
Esse mar era usado pelos sacerdotes para as
purificações rituais (2Cr 4.6), mas, como o nome sugere, ele simbolizava
também, por sua abundância de água fresca, plenitude de vida na presença de
Deus.
Na visão do templo em Ezequiel, essas
bacias anteriores foram substituídas por um rio de águas vivas (cf. Ap 21.1;
22.1-2).
O lavatório do tabernáculo e o mar do
templo ficavam ao sul do altar no átrio do santuário; o rio também se originava
do sul do altar.
Essa passagem deve ser comparada com outras
que falam de um rio na cidade de Deus (Sl 46.6) ou descrevem a erupção de uma
fonte de dentro da cidade (Jl 3.18; Zc 14.3-8).
Uma vez que o templo, em parte, simbolizava
o Paraíso, esse rio relembra os rios que partiam do jardim do Éden (Gn
2.10-14).
Ezequiel estava sendo conduzido pelo seu
guia angelical que ia medindo a cada 100 côvados e guiando Ezequiel que
avançava nas águas.
A cada 500 metros (1000 côvados para ser
mais exato) as águas se tornavam mais fundas. Os primeiros 500 metros as águas
batiam em seu tornozelo, depois em seu joelho, depois em sua cintura e, por fim, o cobriam de tal maneira que somente
poderia atravessar nadando.
O rio traria vida para todos os lugares por
onde passasse e transformaria Israel num jardim paradisíaco. Ele também
entraria no mar dando vida por onde passasse.
As águas eram tantas que o guia perguntou
para Ezequiel, retoricamente, se ele tinha visto isso e ele o levou de volta à
margem do rio onde Ezequiel notou muitas árvores em cada lado do rio.
No mar Morto, Jerusalém situa-se sobre uma
cadeia de montanhas, numa linha divisória de águas; as chuvas que caem na
cidade também fluem para o vale de Cedrom e seguem para o mar Morto.
Jesus apelou para as imagens usadas nessa
passagem para descrever-se a si mesmo. Ele disse à mulher samaritana que ele
era uma fonte de água viva (Jo 4.10-14).
A BEG continua a falar que quando os
discípulos se admiraram pelo fato de Jesus ter-se dignado a falar com ela, o
mestre falou-lhes sobre uma colheita interminável que já havia começado (Jo
4.27-38), baseando-se na ilustração das árvores de Ezequiel produzindo doze
colheitas por ano.
João também relata a pregação de Jesus
afirmando que ele era fonte de rios de água viva, acrescentado o comentário de
que Jesus estava falando sobre o Espírito de Deus (Jo 7.37-39).
As águas do rio geravam vida e a
sustentavam ao longo por onde passavam. Animais, peixes, pescadores ao longo do
litoral, desde En-Gedi, localizado a meia distância ao longo da costa oeste do
mar Morto - Gn 14.7; Is 15.62; I Sm 23.29; 2Cr 20.2 – até En-Egiatm, próximo ao
ângulo nordeste do mar Morto.
O mar era saneado pela água que ali
desaguava, mas não ocorria o mesmo com os charcos e os pântanos, deixados para
o sal – vs. 11.
Essa afirmação do verso 11 de que charcos e
pântanos seriam deixados para o sal poderia indicar uma familiaridade com a
tradição de que as porções rasas ao sul do mar Morto representavam local das antigas
cidades Sodoma e Gomorra (Gn 19.27-29).
Árvores frutíferas de toda espécie cresceriam
em ambas as margens do rio. Suas folhas não murchariam e os seus frutos não
cairiam. Todo mês também produziriam, porque a água vinda do santuário chegava
a elas gerando e mantendo a vida. Além do mais, seus frutos serviriam de
comida, e suas folhas de remédio, conforme está também em Ap 22:1-4:
1 Então o anjo me mostrou o rio da água da
vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro,
2 no meio da rua principal da cidade. De
cada lado do rio estava a árvore da vida, que dá doze colheitas, dando fruto
todos os meses. As folhas da árvore servem para a cura das nações.
3 Já não haverá maldição nenhuma. O trono de
Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o servirão.
4 Eles verão a sua face, e o seu nome estará
em suas testas. (NVI)
Essa é sem dúvidas uma ilustração da
abundância de alimento, uma bênção da restauração completa do povo de Deus após
o exilio. Para os cristãos, essa promessa é cumprida em parte pela vinda do
Espirito Santo, o qual é associado à restauração da natureza (Gn 1.2; Sl
104.30) e com a herança de novos céus e nova terra - 28.25,26: 34.25-26.
b. A restauração da Terra Prometida (47.13-48.29).
Dos versos 13 ao final deste, veremos as
fronteiras da terra de Israel, a restauração da terra. A visão de Ezequiel
sobre a futura restauração incluía a restauração da terra à sua ordem criada
por Deus.
A palavra é do Senhor que assim dizia em
sua soberania que estas seriam as fronteiras pelas quais eles deveriam dividir
a terra como herança entre as doze tribos de Israel, com duas porções para
José.
A missão deles seria uma divisão justa uma
vez que o Senhor jurou de mão erguida que a daria aos seus antepassados, esta
terra, então, se tornaria herança deles.
Na visão de Ezequiel, a Terra Prometida
seria dividida igualmente entre as doze tribos. Uma vez que a tribo de Levi não
tinha herança territorial, mas vivia da sua porção das ofertas do povo, o
número doze era mantido pela divisão da tribo de José em duas tribos que tinham
o nome de seus dois filhos: Efraim e Manasses (Gn 48.1-6).
A Terra Prometida seria a que Deus havia
prometido aos patriarcas (Gn 12.7; 15.18-21; 22.17; 28.4) e que havia sido
possuída durante os reinados de Davi e Salomão (1 Rs 8.65; 1Cr 10.11; 13.5; 2Cr
9.26).
Os limites aqui detalhados (vs. 15-20)
mencionam algumas localidades que não são conhecidas, mas que correspondem
aproximadamente a outras listas (Nm 34.1-12; 1Rs 8.65).
Entretanto, a distribuição da terra (cap.
48) é totalmente diferente dos limites históricos das tribos.
Os limites ocidentais e orientais são
fáceis de identificar. A leste o limite começava na nascente do Jordão ao sul
de Damasco descendo pelo rio Jordão e ao longo da costa oeste do mar Morto; na
fronteira oeste estava o mar Mediterrâneo. As fronteiras norte e sul são mais
difíceis de estabelecer.
No norte, a fronteira começava perto de
Tiro e seguia para o leste até um ponto ao norte do mar da Galileia; no sul ela
corria de um ponto abaixo do mar Morto até um ribeiro do Egito (uádi el-Arish),
na costa do Mediterrâneo.
Ez 47:1 Depois disso me fez voltar à
entrada do templo;
e eis que
saíam umas águas por debaixo do limiar do templo,
para
o oriente; pois a frente do templo dava para o oriente;
e
as águas desciam pelo lado meridional
do
templo ao sul do altar.
Ez 47:2 Então
me levou para fora pelo caminho da porta do norte,
e
me fez dar uma volta pelo caminho de fora
até
a porta exterior, pelo caminho da porta oriental;
e eis que
corriam umas águas pelo lado meridional.
Ez 47:3
Saindo o homem para o oriente,
tendo
na mão um cordel de medir,
mediu
mil côvados,
e
me fez passar pelas águas,
águas que me
davam pelos artelhos.
Ez 47:4 De
novo mediu mil,
e
me fez passar pelas águas,
águas
que me davam pelos joelhos;
outra vez
mediu mil,
e
me fez passar pelas águas,
águas
que me davam pelos lombos.
Ez 47:5 Ainda
mediu mais mil,
e
era um rio, que eu não podia atravessar;
pois
as águas tinham crescido,
águas
para nelas nadar,
um rio pelo
qual não se podia passar a vau.
Ez 47:6 E me perguntou:
Viste, filho
do homem?
Então
me levou, e me fez voltar à margem do rio.
Ez 47:7 Tendo
eu voltado, eis que à margem do rio
havia
árvores em grande número,
de
uma e de outra banda.
Ez 47:8 Então me disse:
Estas águas
saem para a região oriental e, descendo pela Arabá,
entrarão
no Mar Morto,
e ao entrarem
nas águas salgadas,
estas
se tornarão saudáveis.
Ez 47:9 E por
onde quer que entrar o rio
viverá
todo ser vivente que vive em enxames,
e
haverá muitíssimo peixe;
porque lá
chegarão estas águas,
para
que as águas do mar se tornem doces,
e
viverá tudo por onde quer que entrar este rio.
Ez 47:10 Os
pescadores estarão junto dele;
desde
En-Gedi até En-Eglaim,
haverá
lugar para estender as redes;
o seu peixe
será, segundo a sua espécie,
como
o peixe do Mar Grande,
em
multidão excessiva.
Ez 47:11 Mas
os seus charcos e os seus pântanos não sararão;
serão
deixados para sal.
Ez 47:12 E
junto do rio, à sua margem, de uma e de outra banda,
nascerá
toda sorte de árvore que dá fruto para se comer.
Não
murchará a sua folha, nem faltará o seu fruto.
Nos seus
meses produzirá novos frutos,
porque
as suas águas saem do santuário.
O seu fruto
servirá de alimento e a sua folha de remédio.
Ez 47:13 Assim diz o Senhor Deus:
Este será o
termo conforme o qual repartireis a terra em herança,
segundo
as doze tribos de Israel.
José
terá duas partes.
Ez 47:14 E
vós a herdareis, tanto um como o outro;
pois
sobre ela levantei a minha mão,
jurando
que a daria a vossos pais;
assim
esta terra vos cairá a vós em herança.
Ez 47:15 E
este será o termo da terra:
da
banda do norte, desde o Mar Grande,
pelo
caminho de Hetlom,
até
a entrada de Zedade;
Ez 47:16
Hamate, Berota, Sibraim,
que
está entre o termo de Damasco e o termo de Hamate;
Hazer-Haticom,
que está junto ao termo de Haurã.
Ez 47:17 O
termo irá do mar até Hazar-Enom,
junto
ao termo setentrional de Damasco, tendo ao norte
o
termo de Hamate.
Essa será a
fronteira do norte.
Ez 47:18 E a
fronteira do oriente, entre Haurã, e Damasco,
e
Gileade, e a terra de Israel, será o Jordão;
desde
o termo do norte até o mar
do
oriente medireis.
Essa será a
fronteira do oriente.
Ez 47:19 E a
fronteira meridional será desde Tamar
até
as águas de Meribote-Cades,
ao
longo do Ribeiro do Egito até o Mar Grande.
Essa
será a fronteira meridional.
Ez 47:20 E a
fronteira do ocidente será o Mar Grande,
desde
o termo do sul até a entrada de Hamate.
Essa
será a fronteira do ocidente.
Ez 47:21
Repartireis, pois, esta terra entre vós,
segundo
as tribos de Israel.
Ez 47:22
Reparti-la-eis em herança por sortes entre vós
e
entre os estrangeiros que habitam no meio de vós
e
que têm gerado filhos no meio de vós;
e vós os
tereis como naturais entre os filhos de Israel;
convosco
terão herança,
no
meio das tribos de Israel.
Ez 47:23 E
será que na tribo em que peregrinar o estrangeiro,
ali
lhe dareis a sua herança,
diz
o Senhor Deus.
Eles, seguindo as instruções de Deus,
deveriam distribuir como herança para eles mesmos e para os estrangeiros
residentes no meio deles e que tinham filhos. Reparem no cuidado do Senhor com
os estrangeiros que ali estavam buscando a Deus ou quisessem estar próximos ao
povo de Deus
Esses estrangeiros nessas condições
especiais seriam considerados como israelitas de nascimento. Juntamente com eles
deveria ser designada uma herança entre as tribos de Israel.
Qualquer que fosse a tribo no qual o
estrangeiro teria se instalado, ali eles lhe dariam a herança que lhe coubesse.
Essa era palavra do Senhor Deus Soberano.
Glórias a Deus, Alelkuias. Aproveito para pedir aos irmãos em Cristo Jesus, que orem por mim, são momentos difíceis, que só Deus pode agir e mover as águas em favor da minha vida, Socorro, socorro, socorrro. amem? Agradeço e desejo e profetizo toda sorte de bençãos para todos servos valorosos de Deus.Carmen Motta G
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
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3 comentários:
carmen motta g motta guerra09:28
Glórias a Deus, Alelkuias. Aproveito para pedir aos irmãos em Cristo Jesus, que orem por mim, são momentos difíceis, que só Deus pode agir e mover as águas em favor da minha vida, Socorro, socorro, socorrro. amem? Agradeço e desejo e profetizo toda sorte de bençãos para todos servos valorosos de Deus.Carmen Motta G
Estaremos sim orando por ti. Confie em Deus que ele não te deixará. Procure por nós na igreja que ajudaremos você. Carmen, Deus abençoe!
Excelente estudo, glórias a Deus :)
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