Estamos no capítulo 13/66, na terceira parte
do livro de Isaías, na subparte “B”. A época corresponde ao período entre 740
a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os
públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
Nós estamos vendo a terceira parte de nossa
proposta de divisão de nosso livro que está abordando as profecias de Isaías
durante o julgamento assírio (7.1-39.8) e agora entramos nessa parte “B” que se
refere às contendas internacionais que Deus provocaria por meio do ataque
assírio.
O objetivo aqui é despertar a confiança e a
esperança. A confiança no sentido de encorajar o povo de Deus, no presente, a confiar
nele durante esses momentos difíceis e a esperança, no sentido futuro, para
despertar no povo de Deus expectativas santas num glorioso futuro do reino de
Deus.
Dividiremos esta parte “B” (estamos
seguindo a divisão proposta da BEG) em duas grandes subpartes. 1. Oráculos
acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18. 2. O objetivo do levante
internacional – 24:1 ao 27:13, ou seja, chegar-se a uma elaborada descrição do
julgamento que viria sobre as nações, quando o povo de Deus seria então
restaurado após o exílio.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção, apresentaremos as profecias de
Isaías relativas às ações de Deus para com dez nações específicas que
desempenharam papéis importantes durante o período do julgamento assírio.
Depois de iniciar com uma declaração sobre
a derrota final da Assíria (13.1-14.27), as profecias predizem acontecimentos
que logo seriam vistos em outras nove nações ligadas à campanha militar
assíria, bem como a orientação que os fiéis em Israel e Judá obteriam a partir
desses acontecimentos.
Os oráculos serão igualmente divididos em 10
partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia (Assíria) – 13:1 a
14:27. b. Filístia – 14:28 – 32. c. Moabe – 15:1 – 16:14. d. Damasco – 17:1-14.
e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6. f. Babilônia – 21:1-10. g. Edom – 21:11-12.
h. Arábia – 21:13-17. i. Jerusalém – 22:1-25. j. Tiro – 23:1-18.
a. Babilônia (Assíria) – 13:1 a 14:27.
O profeta começa com uma proclamação de
severo julgamento por vir à Babilônia ou, como as evidências de fato sugerem,
sobre a Assíria.
Conforme vemos na BEG, relativamente a esse
trecho que vai dos versos 1 ao 16, não está muito claro se a Assíria é o agente
ou a vítima da vingança de Deus nessa passagem.
Se ela for o agente, como supomos, o fato
de ter passado dos limites ao exercer o julgamento contra o povo de Deus, leva
à sua própria condenação, que começa no v. 17.
Embora o verso primeiro fale de profecias
contra a Babilônia, vários fatores indicam que essa passagem refere-se de fato ao
reino assírio, em vez de ao império babilônio, senão, vejamos:
(1)Desde
o tempo de Tiglate-Pileser III (729 a.C), os reis assírios se autoproclamavam
"o rei da Babilônia" porque a Babilônia estava entre suas possessões
e era uma cidade muito importante do mundo antigo (14.3).
(2)O
contexto literário mais amplo dessa passagem envolve o período do julgamento
assírio, não o julgamento babilônico.
(3)Is
14:24-27 cita a Assíria explicitamente, mas ela não está destacada por um
título introdutório corno na apresentação das outras nações nesse contexto (13:1,
14:28; 15:1; 17:1; 19,1; 21:1,11,13; 22:1; 23,1).
Por essas razões, podemos estar certos de
que essa profecia prediz a derrota dos assírios pelos babilônios em c. 612 a.C.
Dos versos 2 ao 5, é o Senhor preparando a
batalha contra a Assíria, por isso já diz no início para se alçar o estandarte nos
montes escalvados – vs 2 - e serem consagrados – vs 3 - os valentes assírios, a
quem Deus usou para seus propósitos. Também, poderiam esses valentes serem qualquer
outro exército que Deus tenha usado para trazer julgamento sobre os assírios (13.1-16).
De uma certa forma eles, os agressores, conscientemente
ou não, celebrariam a exaltação do Senhor enquanto executassem o seu julgamento
(10:6,7; 45:1-7; Jl 2:11).
O agrupamento dos exércitos seria tão enorme
e poderoso (30:30-31; 33:3; SI 29:5-9) que poderiam ser ouvidos os seus rumores
– vs 4 – de povo reunido e congregado com propósitos.
O exército assírio utilizou os serviços de
soldados de muitas nações e assim foram os agentes da ira de Deus (13:1-16)
para correção de muitos povos, nações e tribos.
Muitas nações eram totalmente impotentes para
resistir à agressão assíria (35:3; Jr 6:24; Ez 7:17; Sf 3:16). Aqueles que estavam
sujeitos à execução da ira de Deus estariam sujeitos ao terror do Dia do Senhor
e à angústia (13:6-22; 26:17; Jr 4:31; 6:24).
Os assírios eram conhecidos pela
brutalidade na guerra, embora outras nações também fossem capazes de violência
semelhante.
Quando Deus vem em julgamento severo, o
próprio cosmos é afetado (24:23; Jl 2:10,31; Ap 6:12-13), por isso que se diz
no verso 13 que os céus se estremeceriam e a terra seria sacudida de seu lugar.
O profeta fala aqui da vinda de Deus em julgamento como um abalo na criação –
vs 13. O rei da Assíria também é descrito como "o homem que fazia
estremecer a terra' (14:16) porque ele foi o instrumento de Deus para o
julgamento de muitas nações.
Deus, por fim, determinou julgar os assírios
lançando outros exércitos contra eles – vs 17 – os medos que não se
interessariam por ouro nem prata, mas por poder e conquistas. Eram eles habitantes
das montanhas de Zagros, a leste da Babilônia e da Assíria. Eles se uniram à
Babilônia na conquista final da Assíria.
E agora a Babilônia, a joia dos reinos,
glória e orgulho dos caldeus – vs 19 -, seria como Sodoma e Gomorra quando Deus
as destruiu e as transtornou.
Is 13:1 Sentença que, numa visão, recebeu
Isaías, filho de Amós,
contra
a Babilônia.
Is
13:2 Alçai uma bandeira sobre o monte elevado,
levantai
a voz para eles; acenai-lhes com a mão,
para
que entrem pelas portas dos nobres.
Is
13:3 Eu dei ordens aos meus santificados; sim,
já
chamei os meus poderosos para executarem a minha ira,
os
que exultam com a minha majestade.
Is
13:4 Já se ouve a gritaria da multidão sobre os montes,
como
a de muito povo; o som do rebuliço de reinos
e
de nações congregados.
O
SENHOR dos Exércitos passa em revista
o
exército de guerra.
Is
13:5 Já vem de uma terra remota, desde a extremidade do céu,
o
SENHOR, e os instrumentos da sua indignação,
para
destruir toda aquela terra.
Is
13:6 Clamai, pois, o dia do SENHOR está perto;
vem
do Todo-Poderoso como assolação.
Is
13:7 Portanto, todas as mãos se debilitarão,
e
o coração de todos os homens se desanimará.
Is
13:8 E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais,
e
se angustiarão, como a mulher com dores de parto;
cada
um se espantará do seu próximo;
os
seus rostos serão rostos flamejantes.
Is
13:9 Eis que vem o dia do SENHOR, horrendo,
com
furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação,
e
dela destruir os pecadores.
Is
13:10 Porque as estrelas dos céus e as suas constelações
não
darão a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer,
e
a lua não resplandecerá com a sua luz.
Is
13:11 E visitarei sobre o mundo a maldade,
e
sobre os ímpios a sua iniquidade;
e
farei cessar a arrogância dos atrevidos,
e
abaterei a soberba dos tiranos.
Is
13:12 Farei que o homem seja mais precioso do que o ouro puro,
e
mais raro do que o ouro fino de Ofir.
Is
13:13 Por isso farei estremecer os céus;
e
a terra se moverá do seu lugar,
por
causa do furor do SENHOR dos Exércitos,
e
por causa do dia da sua ardente ira.
Is
13:14 E cada um será como a corça que foge,
e
como a ovelha que ninguém recolhe;
cada
um voltará para o seu povo,
e
cada um fugirá para a sua terra.
Is
13:15 Todo o que for achado será transpassado;
e
todo o que se unir a ele cairá à espada.
Is
13:16 E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos;
as
suas casas serão saqueadas, e as suas mulheres violadas.
Is
13:17 Eis que eu despertarei contra eles os medos,
que
não farão caso da prata, nem tampouco desejarão ouro.
Is
13:18 E os seus arcos despedaçarão os jovens,
e
não se compadecerão do fruto do ventre;
os
seus olhos não pouparão aos filhos.
Is
13:19 E Babilônia, o ornamento dos reinos,
a
glória e a soberba dos caldeus,
será
como Sodoma e Gomorra,
quando
Deus as transtornou.
Is
13:20 Nunca mais será habitada, nem nela morará
alguém
de geração em geração;
nem
o árabe armará ali a sua tenda,
nem
tampouco os pastores ali farão deitar
os
seus rebanhos.
Is
13:21 Mas as feras do deserto repousarão ali,
e
as suas casas se encherão de horríveis animais;
e
ali habitarão os avestruzes,
e
os sátiros pularão ali.
Is
13:22 E os animais selvagens das ilhas uivarão em suas casas
vazias,
como também os chacais nos seus palácios de prazer;
pois
bem perto já vem chegando o seu tempo,
e
os seus dias não se prolongarão.
Dos vs 20 ao 22, a cidade fica abandonada, despovoada
e servindo como acampamento de beduínos e pastores. Animais profanos e
sinistros é que serão doravante os donos daquilo que foi a glória e orgulho dos
caldeus: Babilônia.
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