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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Esdras 3:1-13 - ZOROBABEL RESTAURA PRIMEIRO O ALTAR, DEPOIS LANÇA OS FUNDAMENTOS DO NOVO TEMPLO





Nosso mapinha de leitura se encontra assim:
Parte I - O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO – 1:1 a 6:22.
Como já dissemos, e repetiremos até o final dessa primeira parte, os primeiros exilados que regressaram deram inicio à restauração depois do exílio. Esse grupo foi liberto da Babilônia e abençoado por Deus. Zorobabel conduziu o povo às bênçãos de Deus ao reconstruir o templo apesar da oposição.
Essa parte primeira foi dividida em duas. A. O regresso dos exilados – 1:1 a 2:70 – já vista. B. A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22 – começaremos agora.
Serão os remanescentes do povo do pós-exílio que terão a oportunidade do trabalho de reconstrução do templo, mas não de uma vez e sim em vários estágios. Seus esforços foram apoiados pelo Senhor e promoveram a importância do templo para a comunidade restaurada.
Esses capítulos, dessa parte “B”, dividiremos em duas partes também. 1. A reconstrução do altar – 3:1-6; 2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22.
1. A reconstrução do altar – 3:1-6.
A primeira preocupação de Zorobabel foi a reconstrução da área do templo relacionada ao seu altar de forma que pudessem ser feitos ali os sacrifícios a serem oferecidos a Deus.
O mês que estava chegando, o sétimo mês, Tisri – setembro/outubro - era uma época oportuna de festa que iria incentivar a sua reconstrução. Estava chegando a Festa dos Tabernáculos, a maior festa do Antigo Testamento – Lv 23:33.
No verso 2, são mencionados os holocaustos – são os principais sacrifícios oferecidos, conforme Lv 1 - que deveriam ser oferecidos ao Senhor conforme está escrito na Lei de Moisés. Obviamente, outros sacrifícios também eram, ali, oferecidos – vs. 5.
Para se viver na presença de Deus, temos de lidar com a questão do pecado e ele nos remete aos sacrifícios, dessa forma:
·       Era com base nos holocaustos que um povo pecaminoso podia viver na presença de um Deus santo (Ex 29:42).
·       O sacrifício de Cristo é o sacrifício supremo que conduz os pecadores perdoados à presença de Deus (Hb 10.19-20).
Em decorrência do exílio, o povo de Deus não havia guardado a aliança nem vivido de acordo com a lei. Os remanescentes, que regressaram, tinham a preocupação de guardar a aliança mediada por Moisés - vs. 4. No entanto, apesar do seu compromisso e de suas realizações, não foram capazes de observar a lei perfeitamente. Como homem nenhum seria capaz. Não foi apenas a questão do exílio, mas mesmo antes, na prosperidade e abundância total, o povo não conseguia essa perfeição. Foi Cristo Jesus, o Messias esperado, que guardou a lei com perfeição e assim se tornou a base para a justificação (Rm 5:12-21).
Além da celebração da Festa dos Tabernáculos, todo o sistema sacrificial foi colocado em andamento desde o princípio, pois os sacrifícios eram essenciais para manter a aliança de Israel com Deus – Hb 9:22.
O trabalho que estavam fazendo requeria muita coragem e eles a demonstraram na reconstrução do altar e no lançar dos fundamentos do templo. Em breve, a partir de 4:4,5, essa coragem iria ser testada e o trabalho por conta disso iria ser interrompido – 4:24.
2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22.
Assim que os primeiros sacrifícios haviam sido oferecidos, foram tomadas providências para se iniciar a reconstrução do templo. A reconstrução e preparação do altar para poder fazer os sacrifícios foi a base para que o principal trabalho fosse feito, ou seja, a reconstrução do templo. Não obstante, esse empreendimento sofreu oposição e exigiu perseverança.
Dividiremos essa parte “2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22.” Em 5 outras partes.
a.      A reconstrução é iniciada – 3:7-13.
b.     Oposição à reconstrução – 4:1-24.
c.      A reconstrução é retomada – 5:1-2.
d.     Oposição à reconstrução – 5:3 – 6:12.
e.      A reconstrução é concluída – 6:13-22.
a. A reconstrução é iniciada – 3:7-13.
O templo agora era muito importante para restauração de Israel. Zorobabel e aqueles que voltaram com ele começaram imediatamente a reconstruir a casa de Deus, pois entendiam que essa era, no momento, a tarefa fundamental para fortalecimento de uma nação quase destruída.
Apesar das diferenças entre o templo de Zorobabel e o templo de Salomão, nos diz a BEG, os paralelos verbais e temáticos entre esses versículos e várias passagens em I Crônicas (p. ex., caps. 22-23, 28-29), bem corno a menção das instruções de Davi (vs., 10), indicam que o templo reconstruído era a continuidade legítima do templo de Salomão.
Eles começaram as obras no segundo ano - 536 a.C. - da sua vinda à Casa de Deus, no segundo mês, Zive (abril-maio), curiosamente, no mesmo mês em que Salomão começou a construir o primeiro templo (II Cr 3:2). Se não bastasse isso, também uma linhagem semelhante foi usada com referência ao templo de Salomão – I Cr 23:4.
Poderia até ser um detalhe de somenos importância, mas em se falando do Deus da aliança que tinha preservado a essência de tudo que representava a nação de Israel, esse fato contribuía psicologicamente na mentalidade do povo para se empenharem nessa obra com todas as suas forças.
Vemos, nos versos 10 e 11, que, no momento, a preocupação central da passagem não era a sua estrutura física, mas sim a reação do povo, um tema importante em Esdras-Neemias. O povo animado e fortalecido em sua fé seria capaz de realizar grandes obras e estariam dispostos ao trabalho.
Já os idosos que conseguiram voltar do exílio tinham visto a primeira casa e quando os alicerces começaram a ser lançados choraram em alta voz e também em alta voz havia outros gritos que eram de alegria. Os sons se misturaram de uma certa forma que não se podiam discernir as vozes uma das outras.
Moisés havia prometido que o povo que regressasse seria mais abençoado que as gerações anteriores (Dt 30:5).

No entanto, os membros mais velhos do Povo de Deus (os remanescentes do pós-exílio ou a nova nação unificada de Israel) não estavam chorando de alegria, mas de decepção pelo contraste entre esse humilde começo – Zc 4:10 – e o esplendor do templo de Salomão. Posteriormente, uma decepção semelhante teria de ser repreendida (Ag 2:1-5), mas, por ora, a alegria do Senhor era a força de muitos. 
Ed 3:1 Chegando, pois, o sétimo mês, e estando os filhos de Israel
                já nas cidades, ajuntou-se o povo, como um só homem, em Jerusalém.
                Ed 3:2 E levantou-se Jesuá, filho de Jozadaque, e seus irmãos,
                               os sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos,
                                               e edificaram o altar do Deus de Israel,
                                                               para oferecerem sobre ele holocaustos,
                               como está escrito na lei de Moisés, o homem de Deus.
                Ed 3:3 E firmaram o altar sobre as suas bases,
                               porque o terror estava sobre eles,
                                               por causa dos povos das terras;
                               e ofereceram sobre ele holocaustos ao SENHOR,
                                               holocaustos pela manhã e à tarde.
                Ed 3:4 E celebraram a festa dos tabernáculos, como está escrito;
                               ofereceram holocaustos cada dia, por ordem,
                                               conforme ao rito, cada coisa em seu dia.
                Ed 3:5 E depois disto o holocausto contínuo, e os das luas novas
                               e de todas as solenidades consagradas ao SENHOR;
                                               como também de qualquer que oferecia
                                                               oferta voluntária ao SENHOR;
                Ed 3:6 Desde o primeiro dia do sétimo mês começaram a oferecer
                               holocaustos ao SENHOR; porém ainda não estavam postos
                                               os fundamentos do templo do SENHOR.
                Ed 3:7 Deram, pois, o dinheiro aos pedreiros e carpinteiros,
                               como também comida e bebida, e azeite aos sidônios,
                                               e aos tírios, para trazerem do Líbano
                                                               madeira de cedro ao mar, para Jope,
                               segundo a concessão que lhes tinha feito Ciro, rei da Pérsia.
                Ed 3:8 E no segundo ano da sua vinda à casa de Deus em Jerusalém,
                               no segundo mês, Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesuá, filho de
                                               Jozadaque, e os outros seus irmãos, os sacerdotes
                                                               e os levitas, e todos os que vieram do                                                           
                                                                              cativeiro a Jerusalém, começaram a obra da
                                                               casa do SENHOR, e constituíram os levitas
                                               da idade de vinte anos para cima,
                                                               para que a dirigissem.
                Ed 3:9 Então se levantou Jesuá, seus filhos, e seus irmãos,
                               Cadmiel e seus filhos, os filhos de Judá, como um só homem,
                                               para dirigirem os que faziam a obra na casa
                                                               de Deus, bem como os filhos de Henadade,
                                                               seus filhos e seus irmãos, os levitas.
                Ed 3:10 Quando, pois, os edificadores lançaram os alicerces do
                               templo do SENHOR, então apresentaram-se os sacerdotes,
                                               já vestidos e com trombetas, e os levitas,
                                                               filhos de Asafe, com címbalos,
                               para louvarem ao SENHOR conforme à instituição de Davi,
                                               rei de Israel.
                Ed 3:11 E cantavam juntos por grupo, louvando e rendendo
                               graças ao SENHOR, dizendo:
                                               porque é bom;
                                               porque a sua benignidade dura para sempre
                                                               sobre Israel.
                               E todo o povo jubilou com altas vozes, quando louvaram
                                               ao SENHOR, pela fundação da casa do SENHOR.
                Ed 3:12 Porém muitos dos sacerdotes, e levitas e chefes dos pais,
                               já idosos, que viram a primeira casa, choraram em altas
                                               vozes quando à sua vista foram lançados
                                                               os fundamentos desta casa;
                               mas muitos levantaram as vozes com júbilo e com alegria.
                Ed 3:13 De maneira que não discernia o povo
                               as vozes do júbilo de alegria das vozes do choro do povo;
                                               porque o povo jubilava com tão altas vozes,
                                                               que o som se ouvia de muito longe.
Enquanto uns choravam de tristeza em alta voz por compararem as glórias devidas entre o primeiro e o segundo templo, ainda na fase dos lançamentos dos fundamentos do novo templo, outros jubilavam, cantavam, gritavam de alegria e na alegria do Senhor encontravam forças para dar continuidade à reconstrução do templo.
Na aparência física e estrutural poderia até ser de menor valor, mas quanto ao significado e quem em breve nele entraria e leria rolos da lei, em especial o rolo de Isaias, seria o Messias esperado que faria com que a glória da segunda casa, por ora, menor, fosse maior que o da primeira!

Isaías 61:1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;
Lucas 4:17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
Lucas 4:18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração,
Lucas 4:19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor.
Lucas 4:20 E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.