Parte
I - O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO – 1:1 a 6:22.
Como
já dissemos, e repetiremos até o final dessa primeira parte, os primeiros
exilados que regressaram deram inicio à restauração depois do exílio. Esse
grupo foi liberto da Babilônia e abençoado por Deus. Zorobabel conduziu o povo
às bênçãos de Deus ao reconstruir o templo apesar da oposição.
Essa
parte primeira foi dividida em duas. A. O regresso dos exilados – 1:1 a 2:70 –
já vista. B. A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22 – começaremos agora.
Serão
os remanescentes do povo do pós-exílio que terão a oportunidade do trabalho de
reconstrução do templo, mas não de uma vez e sim em vários estágios. Seus
esforços foram apoiados pelo Senhor e promoveram a importância do templo para a
comunidade restaurada.
Esses
capítulos, dessa parte “B”, dividiremos em duas partes também. 1. A
reconstrução do altar – 3:1-6; 2. A reconstrução do templo propriamente
dito - 3:7 ao 6:22.
1. A reconstrução do
altar – 3:1-6.
A
primeira preocupação de Zorobabel foi a reconstrução da área do templo
relacionada ao seu altar de forma que pudessem ser feitos ali os sacrifícios a
serem oferecidos a Deus.
O
mês que estava chegando, o sétimo mês, Tisri – setembro/outubro - era uma época
oportuna de festa que iria incentivar a sua reconstrução. Estava chegando a
Festa dos Tabernáculos, a maior festa do Antigo Testamento – Lv 23:33.
No
verso 2, são mencionados os holocaustos – são os principais sacrifícios oferecidos,
conforme Lv 1 - que deveriam ser oferecidos ao Senhor conforme está escrito na
Lei de Moisés. Obviamente, outros sacrifícios também eram, ali, oferecidos – vs.
5.
Para
se viver na presença de Deus, temos de lidar com a questão do pecado e ele nos
remete aos sacrifícios, dessa forma:
·Era
com base nos holocaustos que um povo pecaminoso podia viver na presença de um
Deus santo (Ex 29:42).
·O
sacrifício de Cristo é o sacrifício supremo que conduz os pecadores perdoados à
presença de Deus (Hb 10.19-20).
Em
decorrência do exílio, o povo de Deus não havia guardado a aliança nem vivido
de acordo com a lei. Os remanescentes, que regressaram, tinham a preocupação de
guardar a aliança mediada por Moisés - vs. 4. No entanto, apesar do seu
compromisso e de suas realizações, não foram capazes de observar a lei
perfeitamente. Como homem nenhum seria capaz. Não foi apenas a questão do
exílio, mas mesmo antes, na prosperidade e abundância total, o povo não
conseguia essa perfeição. Foi Cristo Jesus, o Messias esperado, que guardou a
lei com perfeição e assim se tornou a base para a justificação (Rm 5:12-21).
Além
da celebração da Festa dos Tabernáculos, todo o sistema sacrificial foi
colocado em andamento desde o princípio, pois os sacrifícios eram essenciais
para manter a aliança de Israel com Deus – Hb 9:22.
O
trabalho que estavam fazendo requeria muita coragem e eles a demonstraram na
reconstrução do altar e no lançar dos fundamentos do templo. Em breve, a partir
de 4:4,5, essa coragem iria ser testada e o trabalho por conta disso iria ser
interrompido – 4:24.
2. A reconstrução do
templo propriamente dito - 3:7 ao 6:22.
Assim
que os primeiros sacrifícios haviam sido oferecidos, foram tomadas providências
para se iniciar a reconstrução do templo. A reconstrução e preparação do altar para
poder fazer os sacrifícios foi a base para que o principal trabalho fosse
feito, ou seja, a reconstrução do templo. Não obstante, esse empreendimento
sofreu oposição e exigiu perseverança.
Dividiremos
essa parte “2. A reconstrução do templo propriamente dito - 3:7 ao 6:22.” Em 5 outras partes.
a.A
reconstrução é iniciada – 3:7-13.
b.Oposição
à reconstrução – 4:1-24.
c.A
reconstrução é retomada – 5:1-2.
d.Oposição
à reconstrução – 5:3 – 6:12.
e.A
reconstrução é concluída – 6:13-22.
a. A reconstrução é
iniciada – 3:7-13.
O
templo agora era muito importante para restauração de Israel. Zorobabel e
aqueles que voltaram com ele começaram imediatamente a reconstruir a casa de
Deus, pois entendiam que essa era, no momento, a tarefa fundamental para fortalecimento
de uma nação quase destruída.
Apesar
das diferenças entre o templo de Zorobabel e o templo de Salomão, nos diz a
BEG, os paralelos verbais e temáticos entre esses versículos e várias passagens
em I Crônicas (p. ex., caps. 22-23, 28-29), bem corno a menção das instruções
de Davi (vs., 10), indicam que o templo reconstruído era a continuidade
legítima do templo de Salomão.
Eles
começaram as obras no segundo ano - 536 a.C. - da sua vinda à Casa de Deus, no
segundo mês, Zive (abril-maio), curiosamente, no mesmo mês em que Salomão
começou a construir o primeiro templo (II Cr 3:2). Se não bastasse isso, também
uma linhagem semelhante foi usada com referência ao templo de Salomão – I Cr
23:4.
Poderia
até ser um detalhe de somenos importância, mas em se falando do Deus da aliança
que tinha preservado a essência de tudo que representava a nação de Israel,
esse fato contribuía psicologicamente na mentalidade do povo para se empenharem
nessa obra com todas as suas forças.
Vemos,
nos versos 10 e 11, que, no momento, a preocupação central da passagem não era
a sua estrutura física, mas sim a reação do povo, um tema importante em
Esdras-Neemias. O povo animado e fortalecido em sua fé seria capaz de realizar
grandes obras e estariam dispostos ao trabalho.
Já
os idosos que conseguiram voltar do exílio tinham visto a primeira casa e
quando os alicerces começaram a ser lançados choraram em alta voz e também em
alta voz havia outros gritos que eram de alegria. Os sons se misturaram de uma
certa forma que não se podiam discernir as vozes uma das outras.
Moisés
havia prometido que o povo que regressasse seria mais abençoado que as gerações
anteriores (Dt 30:5).
No
entanto, os membros mais velhos do Povo de Deus (os remanescentes do pós-exílio
ou a nova nação unificada de Israel) não estavam chorando de alegria, mas de
decepção pelo contraste entre esse humilde começo – Zc 4:10 – e o esplendor do
templo de Salomão. Posteriormente, uma decepção semelhante teria de ser
repreendida (Ag 2:1-5), mas, por ora, a alegria do Senhor era a força de
muitos.
Ed
3:1 Chegando, pois, o sétimo mês, e estando os filhos de Israel
já nas cidades, ajuntou-se o
povo, como um só homem, em Jerusalém.
Ed 3:2 E levantou-se Jesuá,
filho de Jozadaque, e seus irmãos,
os sacerdotes, e
Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos,
e
edificaram o altar do Deus de Israel,
para
oferecerem sobre ele holocaustos,
como está escrito
na lei de Moisés, o homem de Deus.
Ed 3:3 E firmaram o altar sobre
as suas bases,
porque o terror
estava sobre eles,
por
causa dos povos das terras;
e ofereceram
sobre ele holocaustos ao SENHOR,
holocaustos
pela manhã e à tarde.
Ed 3:4 E celebraram a festa dos
tabernáculos, como está escrito;
ofereceram
holocaustos cada dia, por ordem,
conforme
ao rito, cada coisa em seu dia.
Ed 3:5 E depois disto o
holocausto contínuo, e os das luas novas
e de todas as
solenidades consagradas ao SENHOR;
como
também de qualquer que oferecia
oferta
voluntária ao SENHOR;
Ed 3:6 Desde o primeiro dia do sétimo
mês começaram a oferecer
holocaustos ao
SENHOR; porém ainda não estavam postos
os
fundamentos do templo do SENHOR.
Ed 3:7 Deram, pois, o dinheiro
aos pedreiros e carpinteiros,
como também
comida e bebida, e azeite aos sidônios,
e
aos tírios, para trazerem do Líbano
madeira
de cedro ao mar, para Jope,
segundo a
concessão que lhes tinha feito Ciro, rei da Pérsia.
Ed 3:8 E no segundo ano da sua
vinda à casa de Deus em Jerusalém,
no segundo mês,
Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesuá, filho de
Jozadaque,
e os outros seus irmãos, os sacerdotes
e
os levitas, e todos os que vieram do cativeiro
a Jerusalém, começaram a obra da
casa
do SENHOR, e constituíram os levitas
da
idade de vinte anos para cima,
para
que a dirigissem.
Ed 3:9 Então se levantou Jesuá,
seus filhos, e seus irmãos,
Cadmiel e seus
filhos, os filhos de Judá, como um só homem,
para
dirigirem os que faziam a obra na casa
de
Deus, bem como os filhos de Henadade,
seus
filhos e seus irmãos, os levitas.
Ed 3:10 Quando, pois, os
edificadores lançaram os alicerces do
templo do SENHOR,
então apresentaram-se os sacerdotes,
já
vestidos e com trombetas, e os levitas,
filhos
de Asafe, com címbalos,
para louvarem ao
SENHOR conforme à instituição de Davi,
rei
de Israel.
Ed 3:11 E cantavam juntos por
grupo, louvando e rendendo
graças ao SENHOR,
dizendo:
porque
é bom;
porque
a sua benignidade dura para sempre
sobre
Israel.
E todo o povo
jubilou com altas vozes, quando louvaram
ao
SENHOR, pela fundação da casa do SENHOR.
Ed 3:12 Porém muitos dos
sacerdotes, e levitas e chefes dos pais,
já idosos, que
viram a primeira casa, choraram em altas
vozes
quando à sua vista foram lançados
os
fundamentos desta casa;
mas muitos
levantaram as vozes com júbilo e com alegria.
Ed 3:13 De maneira que não
discernia o povo
as vozes do
júbilo de alegria das vozes do choro do povo;
porque
o povo jubilava com tão altas vozes,
que
o som se ouvia de muito longe.
Enquanto
uns choravam de tristeza em alta voz por compararem as glórias devidas entre o
primeiro e o segundo templo, ainda na fase dos lançamentos dos fundamentos do
novo templo, outros jubilavam, cantavam, gritavam de alegria e na alegria do
Senhor encontravam forças para dar continuidade à reconstrução do templo.
Na
aparência física e estrutural poderia até ser de menor valor, mas quanto ao
significado e quem em breve nele entraria e leria rolos da lei, em especial o
rolo de Isaias, seria o Messias esperado que faria com que a glória da segunda
casa, por ora, menor, fosse maior que o da primeira!
Isaías 61:1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o
SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os
quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em
liberdade os algemados;
Lucas 4:17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e,
quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
Lucas 4:18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me
ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do
coração,
Lucas 4:19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração
da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano
aceitável do Senhor.
Lucas 4:20 E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao
ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
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