Essas instruções para a
construção do tabernáculo estão descritas, como estamos vendo, nos capítulos de
25 ao 31 de Êxodo.
Muitos detalhes são
descritos para mostrar o modelo divino para o lugar onde o próprio Senhor
habitaria entre o povo.
Esses capítulos de 25 ao 31 podem
ser divididos em sete partes que correspondem a sete revelações sendo que cada
uma delas começa da mesma maneira:
- “Disse o Senhor a Moisés” (25.1; 30.11, 17, 22, 34; 31.1, 12).
Isso já seria uma evidência
para a origem divina do tabernáculo, bem assim como atesta a mediação eficaz de
Moisés.
Tanto o óleo da unção como o
incenso de que falam o capítulo 30 de Êxodo fazem parte, portanto,
respectivamente, das quarta e quinta revelações do Senhor ao seu servo Moisés.
Uma breve síntese
do capítulo de Êxodo 30: 1-38.
No capítulo 30, mais
instruções são ministradas com relação ao altar do incenso, com enfoque
especial no serviço social realizado no altar, ao pagamento do resgate, à bacia
de bronze, ao óleo da santa unção e ao incenso sagrado.
Este altar deveria estar
defronte ao véu que fazia separação entre o Santos dos Santos, um lugar
especial onde ficava a Arca da Aliança que tinha dentro dela um pote de ouro
contendo o maná - o pão que desceu do céu, as tábuas da lei e a vara de Arão
que tinha florescido.
Localização do Altar de Incenso:
O Altar de Incenso é a terceira peça descrita pela
Bíblia no Lugar Santo. Enquanto o candelabro estava no lado sul do tabernáculo
e a Mesa de Pão da Propiciação estava no lado norte, o Altar de Incenso
posicionou-se no centro dos dois e “diante do véu que está diante da arca do
testemunho” (Êx 30.6).
Dimensões do Altar de Incenso:
As suas dimensões quadradas eram de um côvado, tanto o
comprimento quanto a sua largura. Eram dois côvados de altura, meio côvado a
mais da Mesa de Pão da Propiciação no Lugar Santo (Êx 25.23) e da Arca da
Aliança no Lugar Santo dos Santos, sem o Propiciatório e os Querubins (Êx
25.10).
Material usado no Altar de Incenso:
O material usado na sua composição era madeira de
acácia (Êx 30.1), mas, tudo foi forrado com ouro puro (30.3).
Características do Altar de
Incenso:
Desde que o Lugar Santo era o lugar de comunhão com
Deus e do ministério do Sacerdote na adoração de Deus, o Altar de Incenso e o
seu incenso nos ensina da importância do agrado de Deus com reverência em nossa
adoração e comunhão.
A presença do Altar de Incenso nesta parte do
Tabernáculo nos ensina que um coração puro faz a nossa adoração e as nossas
orações a Deus aceitáveis diante de Deus.
Essa pureza de coração que agrada a Deus não vem dos
exercícios da nossa ‘religiosidade’, mas do Espírito Santo conformando-nos à
imagem de Cristo.
Ele não somente nos move à uma obediência maior da
Palavra de Deus, mas ajuda-nos a orar segundo à vontade de Deus (Rm 8.26).
No foco da salvação e na vida cristã, não podemos
agradar o Pai sem a Pessoa de Cristo (Jo 14.6) e não há participação em Cristo
sem a operação do Espírito Santo (Jo 3.5; II Ts 2.13, 14; Tt 3.5).
Tudo isso operado pela Palavra de Deus (a salvação -
Rm 10.17; a vida Cristã - Jo 17.17).
O Santos dos Santos era
aquele local em forma de cubo com suas dimensões 20 x 20 x 20 côvados. Era
dentro dele que havia a Arca da Aliança que tinha dentro dela aqueles três
elementos que acabei de falar.
Era um lugar especialíssimo
porque o próprio sumo sacerdote do povo, aquele que era o maioral entre todos
os sacerdotes e que ministrava a Deus as coisas religiosas, somente poderia
entrar ali uma vez em toda a sua vida e essa entrada era anual. Daí que todo
ano se trocava o sumo sacerdote.
Isso se sucedeu até que
chegou a vez de Jesus Cristo, o Messias, a semente messiânica prometida, o
esperado dentre as nações, o salvador do mundo, que ali entrou e jamais saiu
tornando-se agora o sumo sacerdote eterno porque ofereceu a Deus não
sacrifícios de animais, mas a si mesmo.
Todos os sacerdotes eram da
linhagem de Levi, exceto Jesus, na forma humana, que era da tribo de Judá. Na
verdade, Jesus tinha os seus três ofícios: rei – por isso sua descendência de
Judá; sacerdote – creio que porque ele também era e é e sempre será Deus; e,
profeta. Era assim chamado o tríplice ofício.
Este altar ficava defronte
desse véu que na morte do Messias foi rasgado de cima abaixo justamente para
indicar que agora por intermédio de Jesus Cristo, o acesso exclusivo à presença
de Deus estava livre para todo sempre.
Temos, então, portanto,
acesso livre à presença de Deus no Santos dos Santos! É por isso que o escritor
de Hebreus nos exorta para sermos atrevidos e a entrarmos ali com ousadia, em
plena convicção e exercício de fé.
No altar se queimava o
incenso preparado especialmente para isso que não poderia ser copiada a sua
fórmula e o sumo sacerdote o acendia pela manhã e à noite. A fumaça que cobria
o propiciatório, depois do véu, protegia o sumo sacerdote da presença divina –
Lv 16:1-3.
Olha só a tarefa do sumo
sacerdote. Todos os dias pela manhã e à noite ele acendia o incenso, mas
somente uma vez no ano poderia ali, no Santos dos Santos, entrar.
E para se aproximarem do
altar ou entrarem no tabernáculo para ministrar, os sacerdotes deveriam lavar
as suas mãos e pés na bacia de bronze. As dimensões da bacia não foram dadas,
mas elas eram enormes.
MATERIAIS
DO TABERNÁCULO
OURO
PRATA
BRONZE
MADEIRA (ACÁCIA)*
Quantidade: 1.270 kg
Quantidade: 4.360 kg
Quantidade: 3.050 kg
Quantidade:
308,00 m³
Representa: O divino que se fez menor do que os anjos – Hb
2:9-11
Representa: O Senhor que se fez servo – Fp 2:7
Representa: O justo que se fez pecado – II Co 5:21
Representa: O verbo que se fez carne – Jo 1:1-2
Propósito: Para nossa santificação
Propósito: Para a nossa redenção
Propósito: Para nossa justificação
Propósito: Para nossa salvação
* Na Septuaginta a palavra
sitim significa madeira de acácia que quer dizer literalmente, incorruptível.
Testemunho sobre o óleo da santa unção.
Antes de falarmos do incenso
sagrado, da quinta revelação, permitam-me apenas contar um testemunho
edificante sobre a quarta revelação do óleo da santa unção que ocupa o mesmo
capítulo: Êx 30.22-33.
AZEITE OU ÓLEO DA
SANTA UNÇÃO.
Componentes:
·Mirra = 500 siclos (6 kg)
·Canela aromática = 250 siclos (3 kg)
·Cálamo = 250 siclos (3 kg)
·Cássia = 500 siclos (6 kg)
·Azeite = 1 him (6,2 litros).
Uso:
O azeite da santa unção
deveria ser usado para ungir:
·A tenda da congregação.
·A arca do testemunho.
·A mesa com todos os seus utensílios.
·O candelabro com os seus utensílios.
·O altar do incenso.
·O altar do holocausto com todos os seus utensílios,
·A pia com a sua base.
·A Arão e seus filhos.
·Serviria para consagrar, curar e restaurar.
Proibições:
·Não se poderia ungir a carne do homem que não fosse
sacerdote.
·Não se poderia fazer óleo semelhante.
·Não se poderia por nele em estranhos.
Advertência:
·O homem que fizer tal como este para qualquer outro fim, será extirpado
do seu povo.
·Essas instruções faziam parte da quarta revelação do Senhor.
·As porções foram estipuladas por Deus, misturadas a um him de azeite.
Tratava-se de 4 especiarias perfumadas e mais óleo de oliva.
·A mirra e a cássia tinham em suas propriedades serem amargas e
perfumadas, enquanto a canela e o cálamo eram aromatizados.
·Tinha que ser preparado dos melhores perfumes “beshimim rosh - os
principais óleos.
·As especiarias eram então:
üMirra líquida (fluída) distinta da resina seca;
üFragrância de canela.
üFragrância de cálamo (cana), calamus odoratus dos gregos e romanos, o qual
era importado da Índia.
üKiddah ou Ketzia era a cássia, talvez espécies diferentes.
·As proporções dos compostos levavam à suposição de que as especiarias
eram pulverizadas e misturadas com o óleo e a mirra no seu estado natural,
pois, que os resultados neste caso deviam ter produzido a mistura. Os rabinos
declaram que as especiarias secas eram amaciadas em água quente, para extrair
sua essência, que era então misturada com óleo e mirra, e fervido novamente até
que toda a água evaporasse.
·Com este santo óleo de unção, o tabernáculo e todo o seu mobiliário era
ungido e santificado, para que fossem o mais santo; também Aarão e seus filhos
é que deviam servir ao Senhor como Sacerdotes (Levíticos 8:10).
A MIRRA
A mirra foi
usada de diversas formas.
üEm Cantares se fala dessa especiaria;
üJacó enviou em tempo de seca, dessas especiarias ao Faraó do Egito.
“Todos os teus vestidos cheiram a mirra e a aloés, a cássia”.
üSalmo 45:5, Mateus 2:11 fala da mirra com a qual os magos presentearam a
Jesus.
üA vida de Jesus está muito entrelaçada com a mirra.
·O nome mor com leves variações, é encontrado em várias línguas: murru
(acadiano), marra (árabe); myrra (grego). Provavelmente trata-se de gosto
amargo da resina. Paradoxalmente este arbusto deleitável foi encontrado no
mercado em forma cristalina, o mor dror, um dos ingredientes do incenso do
Templo (Êxodo 30:23). Dror significa - como pérola. Os cristais eram vendidos
em saquinhos, daí a expressão “um saquitel de mirra” (Cantares 1:13).
Dissolvidos em óleo, os cristais se tornam mais margos mirra líquida ou fluída
- Cantares 5:5). A mirra foi como que a preferida de Salomão, pois que a cita 7
(sete) vezes (o padrão divino).
·A mirra é uma resina derivada da planta.
A mirra
verdadeira era valiosa e estimada pelos antigos tanto como perfume como incenso
nos templos.
Era também usada
como unguento e bálsamo. Natural das costas orientais da África, Abissínia,
Arábia e Somália.
Antigamente a
substância obtida de sua resina era comercializada.
Hoje cresce em
áreas rochosas, nos montes calcários do Oriente Médio e em muitas partes do
norte da África.
Em Cantares
5:13, a mirra é proeminente: a mirra foi louvada por Davi e Salomão e também é
descrita em Mateus 2:11, Marcos, João e em Salmos 45:8.
·A Bíblia descreve a mirra como a mais popular e preciosa resina. Os
egípcios antigamente usavam a mirra como incenso nos templos e como
embalsamento para seus mortos.
Apocalipse 18:13
fala do comércio dos grandes impérios do Oriente. A mirra está ligada a Jesus
do seu nascimento à sua morte. Mateus 2:11 e ainda na crucificação Jesus provou
dela. Marcos 15:23
·Já Nicodemos trouxe uma mistura de mirra e aloés com lençóis para enrolar
o corpo de Jesus (João 19:39-40, Êxodo 30:23, Ester 2:12, Salmos 45:8,
Provérbios 7:17, Cantares 1:3, 3:6, 5:5-14, Mateus 2:11, Marcos 15:23, João
19:39 e Apocalipse 18:13).
·São arbustos baixos, do tipo moita, galhos grossos e duros. As folhas
crescem em cachos e no caule encontram-se espinhos afiados.
·A resina é abundante e é obtida pela incisão artificial. A madeira e a
casca são fortemente odoríferas. Logo que é exsudada a resina é macia, clara,
dura, branca ou amarela-escuro.
·Por um pouco é oleosa, solidificando-se rapidamente quando pinga sobre as
pedras em baixo dos galhos.
·É amarga e levemente pungente ao paladar. Já se usou em medicina como
tônico adstringente externamente como um agente de limpeza. Nos países
orientais é muito apreciada como substância aromática, medicinal e como
perfume.
·As mulheres que foram ao sepulcro de Jesus também levaram, entre as
especiarias, a mirra. Era embalada em vasos.
·Os israelitas também a usavam muito como perfume e Davi a canta pela sua
fragrância e Salomão deliciou-se nela. Foi um dos ingredientes do santo óleo,
como aloés, cássia e canela.
·Cantares se refere a um canho de mirra em vez de um pedaço como se
poderia esperar de uma tal resina.
·Como dissemos, Jesus provou dela no Gólgota, talvez uma bebida existente
entre os soldados, mas seja qual fosse, era de um gosto amargo.
Jesus quando
ferido na cruz, quando no Getsêmane suou sangue, foi como se pedaços de mirra
se lhe tivessem atingido. A igreja de Jesus se orna com mirra e todos os
unguentos aromáticos. Então esta especiaria se associa a ele do nascer ao
morrer. Sua vida foi pontilhada de pedaços amargos, de mirra.
·O Gólgota foi para Jesus o jardim da mirra.
A semelhança da
extração da mirra através da incisão, Jesus também foi ferido ali. O sangue de
Jesus ensopou aquele lugar - era a mirra que pingava em gotas brilhantes como
água e sangue - a água da vida e o sangue da salvação.
Foi a hora mais
amarga de Jesus, mas também de onde se desprendeu o precioso perfume de Cristo.
Era a hora da amargura, a hora do perfume, a hora do incenso no Templo, a hora
da oferta da tarde da minhah - presente de Deus para o homem, a hora em que Ele
garantiu nossa entrada no Santuário e no Santo dos Santos.
Foi a hora do
rasgar-se do véu por inteiro, como Jesus por inteiro se deu ao mundo. A hora
mais sublime para o Pai, porque o Filho cumpriu tudo o que dele exigiu.
O ALOÉ
·Esta especiaria era conhecida dos antigos e foi usada pelos egípcios em
sua perfeita arte de embalsamar.
O cheiro do aloé
não é muito agradável e o gosto é muito amargo.
O aloé que
Nicodemos usou para ungir Jesus era o mesmo do Velho Testamento. Em hebraico trata-se
do ahalim. É uma planta suculenta com folhas duras, ásperas e termina com um
único e denso espigão e floresce todo o ano.
A droga é
manufaturada principalmente da polpa das folhas suculentas, embora sejam uma
planta purgativa. É uma planta da África oriental e do Mar Vermelho, e o seu
nome foi tirado do árabe alloeh.
Tanto o aloé
como a mirra eram produtos muito caros na Palestina, pois eram importados.
Diz-se que
Nicodemos comprou 100 talentos desta substância o que pode significar que
Nicodemos fosse um homem abastado. Provérbios 7:17, Salmo 45:8 e João 19:39
·Em relação ao grupo de especiarias mirra, aloé, cássia, canela, que
exalam perfume, e outras especiarias perfumadas, o aloé é um tipo de planta
resinosa, da qual o incenso é feito.
·O aloé do Velho Testamento difere do Novo Testamento. O suco do
verdadeiro aloé era conhecido dos egípcios - usados nos embalsamentos, é a
mesma substância de que trata o aloé trazido por Nicodemos para ungir o corpo
de Jesus.
·É interessante notar na descrição das folhas de algumas árvores, que elas
são duras, ásperas e terminam com espigões.
·Vemos nessas descrições detalhes da vida de Jesus, árdua, com aguilhões e
a aspereza que encontrava em suas jornadas, especialmente pelos desertos que
eram de difícil acesso.
O CÁLAMO
·Usado antigamente para perfume, cosméticos, tempero e remédio. Importado
pelo Oriente Médio, da Índia ou de suas vizinhanças. O perfume era tão perene
que ao abrirem os túmulos dos faraós das 20ª e 21ª dinastias, 3.000 após o
sepultamento, ainda se percebia um odor agradável.
·Jeremias 6:20 fala do Kaneh termo usado no hebraico e que designa o
cálamo doce da Índia. “Para que, pois, me servirá o incenso de Sabá e a melhor
cana aromática...” (trata-se do cálamo).
Escreveu-se dele
que cresce nos pântanos aterrados ao lado de um grande e agradável lago não
muito longe do Líbano, cuja descrição aponta para o lago de Hula ou no Mar da Galileia.
As últimas
espécies crescem no Neguebe. Os termos hebraicos knei, bosem, kaneh são tidos
para indicar ervas aromáticas perenes. Não se sabe qual delas os autores da
Bíblia teriam em mente.
·O cálamo era também um dos compostos do óleo da santa unção. Como tudo no
Tabernáculo aponta para Jesus - aqui está sua ligação com Cristo, o Ungido de
Deus.
A CANELA
·O valor da canela, procedente do Ceilão, era conhecido dos antigos como é
hoje de nós. Há vários usos.
A casca
desprende um óleo volátil comercialmente procurado; exportada em cascas para
serem usadas em doces aromáticos, em pó de curry, incenso e perfume.
·A Bíblia fala da canela é baixa, sua casca tem uma cor acinzentada, porém
brilhante, galhos espalhados e flores brancas.
As folhas têm
luminosidade, bem verdes, lancetadas, com veias, o topo da árvore é de um verde
faiscante enquanto que esbranquiçada na parte inferior.
Seus rebentos
são carmesins e a casca salpicada de verde escuro e de manchas alaranjadas. A
comercialização da canela é feita da casca interior que é descascada, retirada
de árvores com 4 a 5 anos (nos vales baixos).
A canela é então
juntada, aproximadamente, ao mesmo processo da casca da cássia, porém, de
qualidade superior à desta. É assegurada hoje vinda da Índia, Ceilão, Malásia,
China e Índias Orientais sendo que a melhor qualidade vem do sudoeste do
Ceilão.
O óleo da canela
é extraído da fruta madura ou pela trituração da casca em água do mar e
destilando-se depois.
Considerada como
substância de fragrância deliciosa e valiosa como perfume e especiaria.
Um dos
principais ingredientes do óleo da santa unção; Moisés foi ordenado a usar no
Tabernáculo para unção dos vasos sagrados e dos sacerdotes.
Era sem dúvida
muito cara e preciosa. Jesus está sempre ligado ao que é muito caro e valioso.
Em tempos bíblicos era importada para a Judéia pelos fenícios ou árabes.
·As folhas da canela como as do louro eram usadas em guirlandas para
decoração dos templos romanos.
·Como ligá-la a Jesus? Por ser um elemento do óleo da santa unção cujos
ingredientes eram moídos para entrarem na composição.
Biblicamente
encontramos referências em Êxodo 30:23, Provérbios 7:17-18 e em Cantares como
parte das especiarias que compunham os seus jardins.
Os jardins do
noivo e da noiva, jardins de especiarias moídas, trituradas para desprenderem o
bom odor daquele que não mediu sacrifícios para entregar sua igreja perfumada.
A CÁSSIA
·“... por isso o teu Deus te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus
companheiros”. “Todos os teus vestidos cheiram a mirra, a aloés e a cássia
desde os palácios de marfim de onde te alegram”. Salmo 45:7-8
·Quando o salmista fala do óleo de alegria pode-se entender que o óleo
extraído dessas especiarias é um tipo de óleo de alegria: o óleo da santa
unção.
Jesus foi ungido
com óleo de especiarias e Jesus é nossa maior alegria. Somos assim ungidos com
óleo de alegria todos os dias; óleo precioso, caro e aromático porque tem o bom
cheiro do perfume de Cristo.
·O óleo de cássia era precioso como perfume, usado para ungir a tenda da
congregação, seus vasos e o Sumo-Sacerdote Arão e seus filhos (Êxodo 30:22-32).
A cássia também
era parte do incenso usado no Templo.
O óleo era
obtido pela destilação a vapor, das folhas e galhinhos da planta, pelos frutos
ainda imaturos chamados “botões de cássia”.
Em farmácia é
usado como um agente aromático. Em hebraico o nome é ketziah e kiddah termos
estes traduzidos por cássia.
Não é fácil a
identificação da cássia. Investigações recentes evidenciam a existência de
rotas muito antigas entre o Oriente e o Ocidente da Ásia.
A árvore vai até
10m de altura, folhas com nervuras e pequenas flores amarelas. Na China é
cultivada pela sua casca, botões e óleo que são exportados para o mercado.
O NARDO
·Do hebraico nerd. É uma planta baixa que cresce nos declives do Himalaia
e é inteiramente coberto com cabelos que o ampara do frio intenso e dos ventos
fortes; por causa da semelhança com a espiga é conhecido na Mishná como
shibboleth nerd e no grego como nardostachys.
Um perfume
aromático é extraído dos estames peludos e das folhas.
·Após a destruição do Templo as luxúrias foram proibidas.
·Em tempos bíblicos, o nardo foi trazido da Índia, com outras drogas como
a cássia e a canela. Em nosso dias tornou-se obsoleto.
·Nerd, naird ou nard é mencionado três vezes em Cantares e duas vezes no
Novo Testamento para designar uma planta aromática e o óleo que deriva dele foi
usado pelos antigos em perfumaria.
·A identificação do nome hebraico com Nardostachys, é disputado, pois
nardos também é a palavra no grego, nardus em latim e nardin em siríaco e
persa. Além disso, a planta é nativa do Nepal e de outras partes das montanhas
do Himalaia, donde foi introduzido na Índia.
·O nardo é uma erva perene. Suas folhas, e um curto pedúnculo aéreo, muito
cabeludo, e suas flores são formadas de cachos pequenos. Todas as suas partes
contêm um óleo aromático especialmente extraído da raiz, cuja fragrância do
óleo é misturada a outros óleos, para tornar o nardo um unguento, também usado
em cosméticos e na medicina para tratamento dos nervos.
·A raiz é de um perfume agradável. O perfume é extraído das raízes e dos
estames peludos; antes que as folhas se abram são secadas e transformadas em
perfume. Por ser importado de longas distâncias tornou-se muito caro.
Os melhores
unguentos eram comumente importados em caixas seladas de alabastro e assim
estocado, abertos apenas em ocasiões muito especiais. Quando o anfitrião
recebia em sua casa era costume distinguir o hóspede com uma coroa de flores, e
era então quebrado o selo da caixa de alabastro e ungido o hóspede com o nardo.
·Em Cantares 4:14, Ezequiel 27:19, Jeremias 6:20, Êxodo 30:23 o cálamo é
também citado junto com o nardo.
·“O nardo e o açafrão, o cálamo e a canela com toda sorte de árvores de
incenso e mirra e aloés com todas as principais especiarias. ” Cantares 4:14. “E estando ele em Betânia,
assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um
vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o
vaso lhe derramou sobre a cabeça. ” João 12:3
·Vemos assim como Jesus também se identificou com o nardo. “Enquanto o rei
está assentado à sua mesa, dá o meu nardo o seu cheiro. ” Cantares 1:12.
O BÁLSAMO
·Planta da Judéia louvada por Salomão em Cantares 5:1.
Durante a guerra
dos judeus com os romanos houve uma tentativa de destruição do monopólio dos
pomares de bálsamo.
Naquela época a
planta foi introduzida no Egito. Pelos relatos de viajantes as plantações de
bálsamo (bosem) sobreviveram à destruição da Judéia.
·Escavações recentes na área de En Gedi revelaram que foram encontrados
vasilhas, vasos e fornalhas de antigos estabelecimentos para a produção
comercial do bálsamo.
·O bálsamo é uma resina conhecida muito antes de ser relatada na Bíblia; o
comércio era progressivo principalmente entre os árabes, que guardavam segredo
quanto à origem da manufatura inventada; costumavam assustar as pessoas dizendo
que as árvores eram guardadas por serpentes ardentes.
As árvores de En
Gedi e Jericó eram famosas pela qualidade e o bálsamo foi trazido pela rainha
de Sabá, em sementes, e dado ao rei Salomão juntamente com outros presentes.
·O uso do bálsamo era feito de 3 formas:
Óleo santo, como
um agente para cura de feridas e como antídoto para mordida de cobra e ainda um
ingrediente para perfume, para o qual a resina pungente era espremida até
transformar-se em óleo ou pasta.
O arbusto do
bálsamo chamado de bálsamo de Gileade, por engano, deve ter sido cultivado dos
troncos nativos e produzidos pelos camponeses de Jericó e En Gedi em variedades
superiores, do qual deriva a reputação do bálsamo de Israel.
O bálsamo servia
para curar, embalsamar e como incenso.
·O bálsamo é um arbusto de uma pequena árvore que cresce nos desertos e em
áreas semidesérticas.
Pequenos cachos
de flores brancas produzem fruto que são pequenas drupas contendo uma semente
amarela e de muita fragrância.
Aproximadamente
umas 100 espécies de basamodendero como se diz do bálsamo, são resinas
notáveis. As resinas são fragrâncias do bálsamo, transpiram espontaneamente ou
são obtidas artificialmente pela incisão dos caules e galhos, gotas que se
acumulam em blocos.
Inicialmente a
cor é de um verde claro brilhante que se torna marrom quando pingam no solo de
onde são coletadas.
Cantares é o
livro que mais exalta os aspectos mais delicados da natureza quando se refere a
toda sorte de especiarias, de árvores, de flores, de fragrâncias e de frutos. É
completo. Isso dá ao livro um ar de poesia, que demonstra a delicadeza do
espírito do seu autor.
Em II Coríntios
2:14-17 Paulo fala do “bom cheiro de Cristo”. E esse bom cheiro vem dessas
especiarias às quais Jesus foi comparado - “Desci aos canteiros de bálsamos para
colher os lírios”, ou “o meu amado é para mim um ramalhete de mirra”, “os teus
renovos são um pomar de romãs...”. “O cipreste, o nardo, o açafrão, o cálamo e
a canela com toda sorte de árvores de incenso, a mirra, o aloés, com todas as principais
especiarias. ” “Levanta-te vento norte vem tu vento sul, assopra no meu jardim
para se derramarem os seus aromas...”. E assim vai pelo livro afora. Cantares
4:13-15
·Vemos quão importante é conhecer o valor destas especiarias - caras em
sua essência - e que são o “bom cheiro de Cristo”. Jesus não desceu aos
canteiros do mundo, mas preferiu permanecer no “jardim fechado... no manancial
fechado na fonte selada”, porque a sua igreja também rescende a estes odores de
especiarias, como ainda diz Paulo: “Porque para Deus somos o bom cheiro de
Cristo...”.
·Está a igreja fiel identificada com Jesus, exalando o cheiro do nardo, do
cálamo, da cássia, da canela. Jesus é a “fonte dos jardins, o poço de águas
vivas, que correm do Líbano”. Cantares 4:12-15.
Testemunho de
Daniel Alfa sobre o óleo da unção.[2]
O testemunho a seguir foi
extraído de forma resumida do testemunho em áudio do irmão Daniel Alfa
ex-cientista da NASA, engenheiro, mestre em hidráulica e pneumática,
especialista em expansão de átomos, professor universitário de física,
profissional da área de engenharia mecânica, em uma reunião da ADHONEP, em SC.
Para ver o testemunho completo e em vídeo, veja o link disponibilizado no YouTube.
Antes de 1986, havia um
problema na hidráulica que fazia com que os trens de pouso dos aviões
emperrassem, que as metralhadoras dos caças travassem e que culminou com a
explosão da nave espacial Challenger, em 28/01/1986.
Um dos componentes do óleo
quando submetidos a altíssimas velocidades, temperaturas e pressões tinham um
comportamento que causava emperramento nas partes mecânicas.
O desafio seria encontrar
uma solução em algum composto ou fórmula e pelo que se conhecia nada poderia
ser feito.
A NASA depois do acidente
com a Challenger reuniu diversos cientistas e fabricantes em um ambiente
fechado e lá tiveram por 42 dias para apresentarem seus resultados. Entre eles
havia um brasileiro, crente, Daniel Alpha, que inclusive era desafiado pelos
demais, principalmente por um de seus líderes, reconhecidamente ateu que o
desafiava em suas crenças.
Para se conseguir uma saída
e uma reentrada por semana na atmosfera, de forma segura, à velocidade de
empuxo das turbinas tinha de ser de mais ou menos 30.000 km/h; se pudessem
aumentar a velocidade para mais de 55.000 km/h, poder-se-ia ter 6 saídas e 6
reentradas por dia!
O problema era que com mais
ou menos 30.000 km/h, poderia surgir problemas com as válvulas para comando dos
sistemas principais de lubrificação e também do controle dos combustíveis.
Com a Challenger quando se
aumentou a velocidade, houve mudança na energia cinética e dinâmica de todo o
sistema que acabou travando a válvula de comando aberta e que possibilitou a
união dos combustíveis sólidos e líquidos causando a explosão.
Com quase 40 dias reunidos,
aquele ateu voltou a provocar o crente e este sentindo um formigamento no seu
pé que começou a se esquentar de forma anormal perdeu o controle de sua língua
e pronunciou uma palavra profética para aquele diretor dizendo que naquele
mesmo dia ele iria ver e glorificar ao Senhor.
O ateu se riu e o desafiou.
O crente ficou pensando porque falara aquilo se ele não tinha solução nenhuma.
Ele foi então para a oração e para a Bíblia. Todo crente deve buscar esse
refúgio quando diante de grandes desafios. Deus falou com ele no texto a partir
de Êx 30.22. O texto falava de algumas fórmulas que Deus tinha dado para os
perfumistas e para os sacerdotes que faziam o incenso que após a liturgia do
culto à época era aspergido sobre as coisas.
Foi a partir disso que ele
encontrou o que tanto procurava e que ninguém tinha encontrado. Ele leu o
texto, viu as especiarias usadas e pode encontrar a saída para o problema.
O crente então exclamou que
tinha a solução, que Deus tinha falado com ele e todos zombaram dele, mas mesmo
assim foram atrás das essências. Estavam ali reunidos mais de 380 técnicos de
todo o mundo.
Os caças saíram dos EUA e
foram para diversos lugares do Oriente Médio atrás de cada essência e ele
colocou o composto ou parte dele (isso ele não disse) para teste num
osciloscópio que poderia atingir a velocidade de empuxo de mais de 150.000
km/h, para ver as alterações de energia em todo o sistema, mas que nunca tinha
conseguida passar dos 32.000 km/h.
Os testes começaram e o ateu
ficava de um lado para o outro, nervoso, ansioso e incrédulo, enquanto o crente
sentia uma paz sobrenatural o acompanhando em tudo.
A velocidade do empuxo foi
aumentando e aumentando e passaram da barreira dos 32000 e todos ficaram
pasmos. Diziam que significa isso? Como pode isso? E atingiram 40 mil, 50 mil,
100 mil e quanto mais se aumentava a velocidade de empuxo se notava que mais
estável e seguro ficava ao contrário de tudo o que se pensava sobre aquele grão
à época.
Parecia algo inconcebível e
contrário às leis da física. Quanto maior a velocidade, a energia e a pressão
menor era o atrito e melhor a capacidade do grão de se submeter aquela
situação.
Os testes chegaram a mais de
150.000 km/h e tiveram de parar por causa das grandes oscilações. O problema
estava resolvido e a indústria aeronáutica nunca mais iria enfrentar tais
problemas, nem também a indústria bélica/militar.
Celebrando a vitória, aquele
que resolvia a questão escolhia a frase que seria gritada por todos como grito
de guerra e chamaram o crente e este escolheu a frase: GLÓRIAS A JESUS! CRISTO
É VIVO E SOMENTE ELE FAZ ESSAS COISAS. O fato foi filmado e se encontra nos
registros históricos da NASA.
A quinta revelação
de Deus concernente ao incenso sagrado.
Incenso - perfume segundo a
arte do perfumista, temperado, puro e santo.
Componentes:
Deveria ser feito com especiarias
aromáticas:
·Estoraque.
·Onicha.
·Gálbano.
E com incenso puro, em igual
proporção;
Parte dele se deveria
moer e se colocar diante do testemunho, na tenda da congregação, onde o Senhor
viria a ele; coisa santíssima vos será.
Proibições:
·Não poderia ser feito para uso próprio.
·Não poderia ser feito para ser cheirado.
·Santo seria para o SENHOR.
Advertência:
·O homem que fizer tal como este para cheirar, será extirpado do seu povo.
Características:
·Essas instruções faziam parte da quinta revelação do Senhor.
·Quanto aos seus componentes.
1.Estoraque (nataph).
Era uma arvore
do Oriente conhecida como bálsamo de Gileade – que era muito famoso – por ser
muito eficaz como remédio – Jr 8.22. Ela era semelhante à mirra, mas devia ser
cozida no forno e então usada como incenso para fumegação.
A resina do
estoraque saia espontaneamente, sem incisão, pois vertia do tronco e dos
galhos.
Nossas orações
também devem ser dessa forma. Atos 2.42 1 Ts 5.17 Ef 6.18 Dn 6.10
2.Onica ou Onicha (schehéleth).
Era um liquido
perfumado de cor púrpura extraído da concha de um molusco, encontrada nas
profundezas do Mar Vermelho e Oceano Indico.
Além de
espontâneas, nossas orações devem ter profundidade e saírem de nossas almas, do
mais profundo de nosso coração – Sl 130.1; a oração de Ana – 1 Sm 1; de uma
alma aflita – Rm 8.26.
3.Gálbano (chelbenáh).
Uma planta da
Arábia, Pérsia e Índia. As folhas do gálbano eram quebradas e moídas, então se
extraia uma resina perfumada.
A resina dela
extraída era de sabor amargo, picante, obtido também por meio de uma incisão na
casca de um arbusto que cresce na Síria, Arábia e Abissínia e então misturado a
substâncias perfumadas, de sorte a dar maior pungência ao seu odor.
Isso nos remete
a um coração quebrantado diante de Deus - Is 57.15; Is 66.1,2; Sl 51.17.
4.Incenso (levonah).
Era uma resina
de agradável cheiro extraída de uma arvore da Arábia ou da Índia – Um corte era
feito a tarde – e durante a madrugada saiam gotas – uma resina – um líquido
branco.
Além de nos
remeter às orações pelas madrugadas – Pv 8.17 Sl 63.1, também vemos que aqueles
que nos ferem provocam em nós orações que subindo à presença de Deus são como
incenso agradável diante dele.
·Quanto ao preparo dos seus componentes.
No hebraico
seria bad bebad ihiéh – parte por parte será – ou seja, seriam tudo misturados
em partes iguais, de forma que não mais se poderia distinguir uma parte da
outra.
As 4 partes eram
misturadas com sal, como a oferta de manjares – Lv 2.13.
O Senhor ordenou
– que não faltasse sal na composição do Incenso Sagrado – Êx 30.35.
·A aplicação em duas partes.
1.Uma porção dele deveria ser colocada “diante do testemunho no
tabernáculo”, isto, não em todo o lugar santo, mas no lugar onde ficava o altar
do incenso (Cf. Êxodo 30:6 e Levítico 16:12).
2.O restante tinha que ser, é lógico, guardado em algum lugar.
·O incenso representa a oração, tanto no AT como no NT – (Sl 141.2; Ap
5.8).
·Era queimado todos os dias e duas vezes ao dia pelos sacerdotes.
·Em dias especiais (da expiação, do perdão) somente o Sumo Sacerdote o
queimava no Lugar Santo.
·Brasas eram tiradas do altar dos holocaustos e postas em um incensário de
ouro e o incenso ficava sobre o Altar do Incenso em frente da entrada do Santo
dos Santos.
·O seu cheiro era muito forte e poderia ser sentido de longe o que ficou
conhecido pelos judeus como o “cheiro de Deus”. Isso despertava no povo temor e
reverência pelo Santuário de Deus.
·A adoração, ela é de per si, individual, porém, na congregação, cada um
se mistura ao outro, de sorte a esconder sua individualidade, porque a adoração
quando chega ao Altar do incenso - onde está Jesus, que intercede por nós junto
ao Pai - o Mediador -, a oração em conjunto no Templo, é uma só, não há
conhecimento das transgressões que foram moídas, pisadas, sendo este moído e pisado
já executado pelo próprio Jesus - moído pelas nossas transgreções e pelas suas
pisaduras foram sarados. Ainda, sem beleza nem formosura, raiz de uma terra
seca - Isaías 53:6.
·Nossas orações devem ser agradáveis, temperadas, equilibradas – Cl 4.6.
1º. Oração tem
que ter confissão.
2º. Oração tem
que ter ação de graças.
3º. Oração tem
que ter intercessão.
4º. Oração tem
que ter petição.
5º. Oração tem
que ter adoração.
·Observem ainda o processo que recebe alguns produtos tais como a uva, a
laranja, a azeitona, todos têm que ser espremidos a fim de liberar sua
essência. Há momentos que Deus nos permite sermos prensados para extrair cura
para os outros e para nós também.
Cristo,
O Altar do Incenso e O Perfume das Orações.
Cristo é simbolicamente tanto o Altar do Incenso
quanto o Incenso queimado nele.
Cristo também é a madeira e o ouro do altar pois essa
composição manifesta a Sua:
Humanidade e Divindade –
Hb 2.9, “Vemos,
porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor
do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus,
provasse a morte por todos”.;
Fp 2.8, 9, “Que,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,7 Mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens; 8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até à morte, e morte de cruz”.
Jo 1:14 E o
Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
Aceitação com Deus pelo Local do Altar – Diante do Véu
(30.6)
O fato de o Altar de Incenso e não o Altar de Bronze ter
sido colocado diante do véu manifesta a presença da misericórdia de Deus para
com o pecador na salvação e para com o cristão no seu andar diário (Is 55.1-7;
Sl 89.14, “Justiça e juízo são a base do
teu trono; misericórdia e verdade irão adiante do teu rosto”).
A justiça de Deus tem que ser satisfeita para qualquer
pecador esperar ter aproximação amável a Deus.
A justiça de Deus se satisfaz com o Sacrifício que Ele
deu, Jesus Cristo o Cordeiro de Deus para que o pecador arrependido que tem fé
em Cristo seja salvo eternamente (Jo 1.29; 3.16; Is 53.11; Cl 2.14).
O cristão, no seu andar diário, precisa se lembrar
deste sacrifício eterno, feito uma vez, para ser purificado constantemente (I
Jo 1.8,9).
A Pessoa de Cristo aceitável ao Pai
– Mt 3.17; 17.4; Jo 3.35, “O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou em suas mãos”.
As Orações de Cristo aceitáveis pelo Pai
– Jo 12.27, 28, “Agora
a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas
para isto vim a esta hora. 28 Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do
céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei”. Jo
11.42, “Eu bem sei que sempre me ouves”
Jo 14.13, 14, “E tudo quanto pedirdes em
meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14 Se pedirdes
alguma coisa em meu nome, eu o farei”.
As Orações de Cristo Sempre Diante de Deus
- Hb 7:25, “Portanto,
pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo
sempre para interceder por eles”. I Jo 1.8,9, “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há
verdade em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”. (I Rs
8.46-53).
A Reverência em Nossa Adoração
O Altar de Incenso pela sua posição diante do véu que
está diante da Arca do Testemunho, diante do Propiciatório, onde Deus Se ajunta
com o Sumo sacerdote (30.6) ensina-nos que a oração no culto à Deus pede
reverência.
Note também que o Altar de Incenso foi carregado com
varais forradas de ouro puro (30.4,5).
Tudo disso nos ensina que mesmo que por Cristo temos
ousadia a entrar na presença de Deus (Hb 10.19; Ef 3.12, “No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele”),
não entramos nesta Presença Augusta de qualquer jeito.
Entramos com louvor à santidade do Seu nome (Mt 6.9, “Pai nosso, que estás nos céus, santificado
seja o teu nome”). E entramos com reverência, pois, invocamos o “Pai”
nosso.
É relembrada essa devida reverência no culto pela
ênfase dada à posição do Altar do Incenso em relação da presença de Deus
repetidas vezes (“diante do véu que está
diante da arca do testemunho, diante do propiciatório, que está sobre o
testemunho, onde Eu me ajuntarei contigo”, 30.6; “diante do testemunho”, 30.36).
É relembrada essa reverência exigente pela ênfase dada
por Deus nas instruções também: Não oferecerá certas coisas (30.9), e a
insistência por Deus de instruir que deve ser “coisa santíssima vos será” (30.36) e “santo será para o Senhor” (30.37).
Cristo - O Perfume do Altar
É Cristo, O Seu Amado, o elemento cheiroso na salvação
e no andar diário do cristão. O sacrifício de Cristo aplaca a ira do Deus justo
(Jo 3.16, 36).
Cristo é o perfume da vida do cristão pois junto com o
sangue do novilho da expiação para os pecados do Sacerdote (Lv 16.11-14) foram
levadas as brasas de fogo do altar e nos seus punhos o incenso aromático moído
para dentro do véu.
A nossa pregação de Cristo é um perfume, uma
fragrância agradável para os que chegam ao conhecimento de Cristo. Os que
pregam Cristo são perfume diante de Deus, não importando o ‘sucesso’ da
mensagem (II Co 2.14-17).
Se pregamos apenas as regras da Lei, a obediência da
Palavra de Deus, as orações fervorosas pelos santos, mártires, à mãe de Jesus,
pregamos uma pregação faltando a fragrância que agrada a Deus. Se pregamos
várias encarnações, observação das ordenanças de qualquer igreja, as obras de
caridade, e se abstemos de casamento ou de carnes, o nosso sacrifício a Deus
está sendo oferecido com fogo estranho.
Fogo estranho é uma abominação a Deus trazendo a mais
séria condenação (Nadabe e Abiú - Lv 10.1-2; 250 rebeldes com Coré – Nm 16.35;
Izias o jovem rei – II Cr 26.16-19; Acaz - 28.1-5). Não creia e não pregue
qualquer outra salvação senão Cristo!
As consequências de não se limitar a Cristo para TUDO
na sua esperança de ser salvo são graves e eternas. As consequências de
limitar-se a Cristo para TUDO na sua esperança de ser salvo são doces,
fragrantes e eternamente assim.
O Coração Puro na Adoração Aceitável
Especiarias usadas com o incenso manifestam Cristo na
Sua plenitude como Intercessor.
As especiarias eram específicas e únicas para este uso
no Altar do Incenso (30.37,38).
As especiarias, depois de compostas, eram moídas para
serem usadas (30.36).
As especiarias eram compostas de proporções exatas,
mas sem medida exata de quantia e ensina nisso que não pode ser limitada o
quanto Cristo ora por nós (Hb 7:25, “Portanto,
pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo
sempre para interceder por eles”; Hb 7.24, “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo”).
Aromáticas, incenso puro, temperado, puro e santo, moído para ser coisa
santíssima (30.34-38).
O Levantar das mãos santas
O Coração Puro nas Orações Aceitáveis
Ap 8:3 E veio
outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe
dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar
de ouro, que está diante do trono.
Ap 8:4 E a
fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até
diante de Deus.
Eu mesmo fiquei curioso de
querer fazer e estudar o óleo e o incenso, mas o Senhor foi claro em sua
palavra para não se fazê-lo, exceto para o uso que estava sendo criado.
Há uma excelente pregação do
Pr. Sabino sobre a composição desses óleos que em breve estará disponível no www.ministeriomaisdedeus.com.
Ex 30:1 E farás um altar para queimar o incenso;
de madeira de acácia o farás.
Ex 30:2 O seu comprimento será de um côvado,
e a sua largura de um côvado; será
quadrado,
e dois côvados a sua altura;
dele mesmo serão as suas pontas.
Ex 30:3 E com ouro puro o forrarás,
o seu teto, e as suas paredes ao redor, e
as suas pontas;
e lhe farás uma coroa de ouro ao redor.
Ex 30:4 Também lhe farás duas argolas de ouro
debaixo da sua coroa; nos dois cantos as
farás,
de ambos os lados;
e serão para lugares dos varais, com que será levado.
Ex 30:5 E os varais farás de madeira de acácia,
e os forrarás com ouro.
Ex 30:6 E o porás diante do véu que está diante
da arca do testemunho, diante do
propiciatório,
que está sobre o testemunho,
onde me ajuntarei contigo.
Ex 30:7 E Arão sobre ele queimará o incenso das
especiarias;
cada manhã, quando puser em ordem as
lâmpadas,
o queimará.
Ex 30:8 E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o
queimará;
este será incenso contínuo perante o
SENHOR
pelas vossas gerações.
Ex 30:9 Não oferecereis sobre ele incenso estranho,
nem holocausto, nem oferta; nem tampouco
derramareis sobre ele libações.
Ex 30:10 E uma vez no ano Arão fará expiação
sobre as suas pontas com o sangue
do sacrifício das expiações;
uma vez no ano fará expiação sobre ele
pelas vossas gerações;
santíssimo é ao SENHOR.
Ex
30:11 Falou mais o SENHOR a Moisés dizendo:
Ex 30:12 Quando fizeres a contagem dos filhos de
Israel,
conforme a sua soma,
cada um deles dará ao SENHOR o resgate da sua alma,
quando os contares; para que não haja
entre eles
praga alguma, quando os contares.
Ex 30:13 Todo aquele que passar pelo arrolamento dará
isto:
a metade de um siclo, segundo o siclo do
santuário
(este siclo é de vinte geras);
a metade de um siclo é a oferta ao SENHOR.
Ex 30:14 Qualquer que passar pelo arrolamento,
de vinte anos para cima,
dará a oferta alçada ao SENHOR.
Ex 30:15 O rico não dará mais,
e o pobre não dará menos da metade do
siclo,
quando derem a oferta alçada ao SENHOR,
para fazer expiação por vossas almas.
Ex 30:16 E tomarás o dinheiro das expiações dos filhos
de Israel,
e o darás ao serviço da tenda da
congregação;
e será para memória aos filhos de Israel
diante do SENHOR,
para fazer expiação por vossas almas.
Ex
30:17 E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
Ex 30:18 Farás também uma pia de cobre com a sua base
de cobre,
para lavar; e a porás
entre a tenda da congregação e o altar;
e nela deitarás água.
Ex 30:19 E Arão e seus filhos nela lavarão as suas
mãos e os seus pés.
Ex 30:20 Quando entrarem na tenda da congregação,
lavar-se-ão com água, para que não morram,
ou quando se chegarem ao altar para ministrar,
para acender a oferta queimada ao SENHOR.
Ex 30:21 Lavarão, pois, as suas mãos e os seus pés,
para que não morram; e isto lhes será
por estatuto perpétuo a ele e à sua
descendência
nas suas gerações.
Ex
30:22 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
Ex 30:23 Tu, pois, toma para ti
das principais especiarias,
da mais pura mirra
quinhentos siclos,
e de canela aromática a metade, a saber,
duzentos e cinqüenta siclos,
e de cálamo aromático
duzentos e cinqüenta siclos,
Ex 30:24 E de cássia
quinhentos siclos,
segundo o siclo do santuário,
e de azeite de oliveiras
um him.
Ex 30:25 E disto farás o azeite da santa unção,
o perfume composto segundo a obra do
perfumista:
este será o azeite da santa unção.
Ex 30:26 E com ele ungirás
a tenda da congregação, e a arca do
testemunho,
Ex 30:27 E a mesa com todos os seus utensílios,
e o candelabro com os seus utensílios,
e o altar do incenso.
Ex 30:28 E o altar do holocausto
com todos os seus utensílios,
e a pia com a sua base.
Ex 30:29 Assim santificarás estas coisas,
para que sejam santíssimas;
tudo o que tocar nelas será santo.
Ex 30:30 Também ungirás
a Arão e seus filhos,
e os santificarás para me administrarem o
sacerdócio.
Ex
30:31 E falarás aos filhos de Israel, dizendo:
Este me será o azeite da santa unção nas vossas
gerações.
Ex 30:32 Não se ungirá com ele
a carne do homem,
nem fareis outro de semelhante composição;
santo é, e será santo para vós.
Ex 30:33 O homem que compuser um perfume como este,
ou dele puser sobre um estranho,
será extirpado do seu povo.
Ex
30:34 Disse mais o SENHOR a Moisés:
Toma especiarias aromáticas, estoraque, e onicha, e
galbano;
estas especiarias aromáticas e o incenso
puro,
em igual proporção;
Ex 30:35 E disto farás incenso,
um perfume segundo a arte do perfumista,
temperado, puro e santo;
Ex 30:36 E uma parte dele moerás, e porás diante do
testemunho,
na tenda da congregação,
onde eu virei a ti; coisa santíssima vos
será.
Ex 30:37 Porém o incenso que fareis conforme essa
composição,
não o fareis para vós mesmos;
santo será para o SENHOR.
Ex 30:38 O homem que fizer tal como este para cheirar,
será extirpado do seu povo.
Em resumo, então, como
devemos orar, estar na presença santa de Deus e fazer todas as coisas? Fazendo-as
conforme a sua palavra nos ensina:
Tudo o que eu fizer, seja em palavras, atos, ou pensamentos,
seja para que o nome do Senhor seja glorificado e exaltado, então não temerei
coisa alguma... (I PE 4:11 – “Se alguém
fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força
que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio
de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos
séculos. Amém! ”).
Lembrar-me-ei de Cl 3:17 + Cl 3:23
+ I Co 10:31 + Fp 2:14 + I Co 16:14:
üDevemos tudo
fazer de coração como se ao Senhor estivéssemos fazendo (Cl 3:23)
üEm nome do Senhor
Jesus Cristo, dando por ele graças a Deus Pai (Cl 3:17)
üSem murmurações,
nem contendas (Fp 2:14)
üTodos os nossos
atos devem ser feitos em amor (I Co 16:14)
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Colabore: faça sua oferta voluntária! Entre em contato conosco para isso: +55-61-995589682
Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
Não esqueça de citar a fonte quando for fazer citações, referências em seus posts, pregações e livros. Acompanhe-nos no YouTube e em nossas redes e mídias sociais. Ajude-nos com suas orações!
As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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