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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Zacarias 3 1-10 - A QUARTA VISÃO DE ZACARIAS - VESTES LIMPAS PARA O SUMO SACERDOTE.

Estamos estudando, com a ajuda preciosa da Bíblia de Estudo de Genebra - BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto a Jerusalém ser o local, num futuro de médio prazo, para o reino de Deus. Estamos na primeira parte e no terceiro capítulo.
I. AS PROFECIAS COM APLICAÇÃO IMEDIATA (1.1 -8.23) – continuação.
Como já dissemos, desde o primeiro versículo até o capítulo oito, estamos vendo as profecias que foram entregues aos primeiros a retomarem do exílio, enquanto lutavam com o desafio de reconstruir o templo.
Assim, foi dividida essa parte em cinco seções: A. Título (1.1) – já vimos; B. Mensagem Inicial (1.2-6) – já vimos; C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – estamos vendo; D. A coroação de Josué (6.9-15); e, E. A transformação de Jerusalém (7.1-8.23).
C. Ai oito visões noturnas (1.7-6.8) – continuação.
Como já falamos, essas são as oito visões noturnas que Zacarias recebeu a respeito do que Deus faria com relação às dificuldades que os que retornaram enfrentariam.
Destarte, dividimos a seção “C” em 8 também: 1. O homem entre as murteiras (1.7-17) – já vimos; 2. Os quatro chifres e os quatro ferreiros (1.18-21) – já vimos; 3. Um homem com um cordel de medir (2.1-13) – já vimos; 4. As vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10) – veremos agora; 5. O candelabro de ouro e as duas oliveiras (4.1-14); 6. O rolo voante (5.1-4); 7. A mulher dentro do efa (5.5-11); 8. Os quatro carros e o sumo sacerdote (6.1-8).
4. As vestes limpas para o sumo sacerdote (3.1-10).
Essa é a sua quarta visão, a das vestes limpas para o sumo sacerdote. A quarta visão diz respeito a Josué, o sumo sacerdote. A visão trata particularmente do problema da impureza do sacerdócio.
Ela começa mostrando como Deus lidaria com o problema (vs. 4-5) e termina descrevendo como Deus purificaria o seu povo do pecado (vs. 8-9). Cristo é o que 'me cobriu de vestes de salvação e me envolveu como manto de justiça' (Is 61.10; Rm 5.1).
Temos aqui uma cena de tribunal semelhante à de Jó (Jó 1.6-12). Satanás veio para acusar Josué de ser indigno para o sacerdócio. “Satanás" significa 'o acusador’" e aqui, pode não ter sido usado como um nome próprio. A acusação é o estratagema favorito de Satanás contra os crentes.
Ela difere da convicção trazida pelo Espirito Santo, que é quem nos convence do pecado a fim de nos levar ao arrependimento e ao perdão. As acusações de Satanás nem sempre são falsas, mas o seu objetivo é a destruição, não a redenção.
O anjo do Senhor em Judas, verso 9, quando contendia com o diabo acerca do corpo de Moisés não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele, pelo contrário, disse o mesmo que disse esse anjo do Senhor, em Zacarias: “o Senhor te repreenda” e aqui, ele continua dizendo “O Senhor que escolheu Jerusalém o repreenda”.
Em seguida, pergunta se não era ele um tição tirado do fogo? O fogo é uma metáfora para o exílio de onde o povo de Deus havia sido tirado. A passagem de Am 4.11 usa a mesma expressão para falar do perigo do qual o Senhor havia redimido o seu povo.
Satanás estava ali para se lhe opor e estava baseado nas suas vestes sujas, impuras. Aqui temos que a base para as acusações de Satanás de que Josué era indigno. Se o sumo sacerdote estava imundo, quem faria a expiação pelo pecado? Se ele não podia fazer a expiação, como o povo seria perdoado? Conforme a BEG, Deus respondeu de duas maneiras nos versículos a seguir.
·         Primeiro, ordenou que se lhe tirassem as vestes sujas.
Deus tornou Josué apto para o sacerdócio ao lhe dar novas vestes. Para ser exato, a purificação do sacerdócio aconteceu até certo ponto no início do período pós-exílio.
No entanto, o que aconteceu a Josué também apontou para a necessidade da pureza total e permanente do sacerdócio de Israel, que viria a ocorrer somente em Cristo.
·         Segundo, que se lhe colocassem vestes nobres sobre ele e ainda que pusessem sobre a sua cabeça um turbante limpo.
O anjo disse a Josué que agora ele estava sem pecado e com vestes nobres.
O turbante fazia parte do vestuário do sumo sacerdote. Um turbante novo e limpo completou o catálogo das vestes restauradas, indicando que Deus havia afastado a repreensão do sacerdócio (Ex 28.36; 39.30).
O passo seguinte na preparação de Josué foi a exortação a ele pelo anjo do Senhor, falando em nome do Senhor dos Exércitos que deveria, doravante, andar nos caminhos do Senhor e obedecer aos seus preceitos para poder governar sobre a casa de Deus e também estar encarregado das suas cortes. Em assim fazendo, Deus lhe promete, em contrapartida, lhe dar lugar perante aqueles que ali estavam.
Deus chama a atenção de Josué e de todos ali, especialmente dos homens de presságio ou daqueles que prefiguravam coisas que viram que ele iria trazer o seu servo.
No hebraico, esses homens de presságio significavam literalmente “homens de um sinal”. Tanto quanto Josué e seus colegas na vida de Israel daquele tempo, esses homens não eram os servos definitivos do templo. Eles prefiguraram a vinda do Servo (o Messias), que cumpriria perfeitamente o seu serviço.
Já o servo que Deus iria trazer era um título de honra usado para Moisés (Nm 12.6-8). O termo se tornou um título em Isaías, sendo usado algumas vezes para Israel (Is 41.8; 44.1,2) e outras para o Servo real (o Messias), que ministraria a Israel (Is 42.1-7; 52.13).
O seu servo que Deus iria trazer, era o Renovo, que também era um título para o grande filho de Davi que foi apresentado nesse livro. Ele, sim, combina as funções de sacerdote e de rei (6.12: Is 4.2).
Deus colocou uma pedra na frente de Josué e pediu que a vissem. A pedra, possivelmente, era uma referência ao Messias ou ao reino messiânico (Dn 2.34-35,45).
Conforme a BEG, muitas passagens do Antigo Testamento que falam da pedra (Sl 118.22; Is 8.14; 28.16) foram interpretadas. No Novo Testamento, estão em conexão com o Messias e seu reino (Mt 21.42: 1Pe 2.6-8).
A pedra tinha sete olhos. A combinação de figuras é difícil de ser interpretada, mas esses olhos parecem ser símbolos da onisciência e do vigilante cuidado de Deus. A pedra tinha gravada nela uma inscrição que declarava que o Senhor dos Exércitos tiraria o pecado da terra num único dia!
Deus afastaria o pecado do seu povo num único dia (Dn 9.24). O sistema sacerdotal no Antigo Testamento não tinha a intenção, na verdade, de cobrir o pecado, mas de deter temporariamente a ira divina e apontar para a necessidade de um sacrifício final que trataria do pecado de uma vez por todas (Hb 10.11-13).

Zc 3:1 Ele me mostrou o sumo sacerdote Josué,
o qual estava diante do anjo do Senhor,
e Satanás estava à sua mão direita,
para se lhe opor.
Zc 3:2 Mas o anjo do Senhor disse a Satanás:
Que o Senhor te repreenda, ó Satanás;
sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda!
Não é este um tição tirado do fogo?
Zc 3:3 Ora Josué, vestido de trajes sujos,
estava em pé diante do anjo.
Zc 3:4 Então falando este,
ordenou aos que estavam diante dele, dizendo:
Tirai-lhe estes trajes sujos.
E a Josué disse:
Eis que tenho feito com que passe de ti
a tua iniqüidade,
e te vestirei de trajes festivos.
Zc 3:5 Também disse eu:
Ponham-lhe sobre a cabeça uma mitra limpa.
Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça uma mitra limpa,
e vestiram-no;
e o anjo do Senhor estava ali de pe.
Zc 3:6 E o anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo:
Zc 3:7 Assim diz o Senhor dos exércitos:
Se andares nos meus caminhos,
e se observares as minhas ordenanças,
também tu julgarás a minha casa,
e também guardarás os meus átrios,
e te darei lugar entre os que estão aqui.
Zc 3:8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote,
tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti,
porque são homens portentosos;
eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo.
Zc 3:9 Pois eis aqui a pedra que pus diante de Josué;
sobre esta pedra única estão sete olhos.
Eis que eu esculpirei a sua escultura,
diz o Senhor dos exércitos,
e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia.
Zc 3:10 Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos,
cada um de vós convidará o seu vizinho
para debaixo da videira
e para debaixo da figueira.
Seria num só dia que isso ocorreria. O Dia da Expiação (Lv 16.30; 23.28) era uma celebração que anualmente lembrava o povo de seus pecados (Hb 9.7-10), mas Cristo, num dia (ou seja, na Sexta-feira da Paixão), pagou de uma vez por todas os pecados de todos os fiéis (Hb 9.11-14).
Assim, naquele dia, o Senhor estava declarando que cada um haveria de convidar o seu próximo para se assentar debaixo da sua videira e para debaixo da sua figueira. Conforme a BEG, como 1 Rs 4.25 e Mq 4.4 mostram, essa expressão é uma imagem de paz e prosperidade. Ele está falando do reino de Deus no seu auge. No mesmo dia em que o pecado da terra fosse eliminado (vs. 9), a paz e o contentamento prevaleceriam.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdetehttp://www.jamaisdesista.com.br
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3 comentários:

Ótimo, me ajudou muito a entender essa visão.

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.