Chegamos ao final de mais um livro para a
glória de Deus. Para não nos perdermos, segue, em seguida, nosso mapinha de
leitura:
Parte
V – A HISTÓRIA DE ESTER – Et 1:1 a 10:3.
(1)
Introdução e contexto – 1:1-22 – já vista.
(2)
O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15 – já vista.
(3)
O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14 – já vista.
(4)
O triunfo de Mordecai sobre Hamã – 6:1 – 7:10 – já vista.
(5)
O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 – 9:32. – já
vista.
(6)
Epílogo – 10:1-3 – veremos agora e
concluiremos.
(6) Epílogo – 10:1-3.
Como já vimos no capítulo anterior, Ester e
Mordecai enviaram uma carta oficial e final sobre o Purim, situando a festa no
contexto do jejum e da lamentação como aquelas práticas israelitas mais
estabelecidas – vs 9:31.
O Purim tinha assim sido institucionalizado
como uma celebração religiosa oficial, uma tarefa que o escritor pareceu ter
visto como muito importante por causa da origem não mosaica da festa.
Depois disso, histórica e biblicamente
falando, os eventos mais importantes para Israel serão a luta dos macabeus, a
vinda do Messias - sua obra de anunciar o evangelho do reino de Deus e de sua
justiça, morte, ressurreição e ascensão aos céus – a destruição da cidade santa
e bem assim do templo, 70 anos depois da vinda do Messias.
A festa do Purim era a festa mais
importante do calendário bíblico judaico depois das festas instituídas por
Moisés. Moisés anunciou ao povo a mensagem da Terra Prometida que eles estariam
saindo do Egito e do deserto, depois, para irem para uma terra que jorra leite
e mel.
Eles chegaram na terra e se estabeleceram,
mas não foram obedientes ao Senhor que por sua graça e misericórdia os suportou
por muitos anos e os avisou que poderia ser, por causa da desobediência deles,
que fossem exilados e sofressem cativeiro.
Veio a época dos juízes, onde Deus sempre
provia para eles um grande libertador que os livrava dos seus inimigos, mas
eles tornavam a cair, pecavam, se aliançavam com as pessoas daquela terra que
Deus tinha falado para não se aliançarem e tornavam a passar por aflições e
invocavam ao Senhor que os salvava com esses juízes e isso virou um ciclo
vicioso por muitos anos.
Depois, rejeitando ao Senhor, escolheram
para si reis e estes dominaram sobre eles por muitos tempos. A grande maioria
deles, infiéis, que não guardavam a aliança com Deus e faziam toda a nação
pecar. Outros, poucos, permaneciam fieis e reformavam o povo e a cidade. E isso
também se tornou em outro ciclo vicioso até que não teve mais jeito e foram
parar no cativeiro.
No cativeiro, clamaram ao Senhor por
libertação e agora estavam sendo libertos para novamente ocuparem a Terra
Prometida. Foi nesse contexto de cativeiro que surge essa história de Ester e
de Mordecai que enfrentaram os inimigos dos judeus, os amalequitas e Deus lhes
deu grande livramento e vitória sobre eles e instituíram essa festa do Purim.
Nesse contexto se destacaram Ester como
rainha no reino dos persas e medos e Mordecai como um grande e expoente líder,
o segundo no reino dos medos e dos persas – vs 2 e 3. Era ele estimado como o
ideal de um oficial judeu em poder, comparáveis com José – Gn 41:39-44 - e
Daniel – Dn 2:48; 6:28.
A sua importância como um modelo para os
judeus em estabelecer a Festa do Purim foi reconhecida no livro apócrifo de
Macabeus, no qual o Purim é chamado de “O Dia de Mordecai” – II Macabeus 15:36.
Neste pós-escrito dos versos de 1 a 3 vemos
o leitor sendo remetido para o livro dos Reis da Média e da Pérsia – vs 2; 2:23.
Ester não é citada sem explicações plausíveis.
Ficou interessante esse fecho do livro que
mostra no vs 1 que o rei Assuero, depois disto – dos acontecimentos narrados em
todo o livro - impôs tributo sobre a terra, e sobre as ilhas do mar, ou seja,
ele está retomando o início do livro: “Aconteceu no tempo do rei Assuero...” –
1:1. Isso tudo para indicar ao leitor que todo o relato de Ester e Mordecai
ficam bem definidos dentro do reinado de Assuero (Xerxes).
Por fim, a lápide, digamos assim, de
Mordecai ou Mardoqueu – vs 3.
Et 10:1 Depois disto impôs o rei Assuero
tributo
sobre a terra, e sobre as ilhas do mar.
Et
10:2 E todos os atos do seu poder e do seu valor,
e
o relato da grandeza de Mardoqueu, a quem o rei exaltou,
porventura
não estão escritos no livro das crônicas
dos
reis da Média e da Pérsia?
Et
10:3 Porque o judeu Mardoqueu
foi
o segundo depois do rei Assuero,
e
grande entre os judeus,
e
estimado pela multidão de seus irmãos,
procurando
o bem do seu povo,
e proclamando a
prosperidade
de
toda a sua descendência.
Uma história dentro da história do rei
Xerxes da pérsia. O mesmo rei que foi pai de Artaxerxes, onde Neemias era o
copeiro do rei e solicitou e ganhou autorização para ir reconstruir os muros da
cidade de Jerusalém.
Com certeza, foram contemporâneos em algum
momento de suas vidas Esdras, Neemias, Ester e Mordecai que estiveram presentes
e atuantes nos reinados de Ciro, Dario, Assuero e Artaxerxes.
Conclusão de Esdras, Neemias e Ester
Estamos satisfeitos com o resultado
alcançado se bem que, com certeza, ainda há muito a melhorar.
De fato é muito bom terminarmos
algo que começamos! Como é bom termos propósitos e levarmos a sério nossa
missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja graça é maior do que a
nossa vida! Como é bom saber que Deus nos fez promessas incríveis e ele
cumprirá todas elas!
A palavra de Deus foi anunciada em
cada um dos trinta e três capítulos da história de vida de cada um desses
líderes fantásticos que nos ensinaram grandes lições.
Em cada um deles temos visto uma
grande devoção e temor a Deus que os faziam buscar ao Senhor e se humilharem
diante dele com a fé e a certeza de que os seus clamores não seriam em vão.
Em Esdras vimos um enorme desejo de
fazer tudo conforme à Lei do Senhor. Em Neemias, um desejo forte de ver
reconstruídos os muros, a cidade e o próprio povo de Deus. Em Ester, beleza,
charme, coragem e vontade de servir bem a Deus e ao rei. Em Mordecai a garra, a
bravura e a certeza de que pertencia ao povo de Deus escolhido.
Também aprendemos com os líderes
persas Ciro, Dario, Xerxes e Artaxerxes que apesar de terem sido reis pagãos e
sem conhecimento do Senhor, nada haveriam de fazer sem que a Providência divina
agisse derretendo os seus corações para serem conformes às necessidades do povo
de Deus.
Não são os líderes que são
colocados diante do povo de Deus para serem estrelas, brilharem e serem
destaques, antes é a graça de Deus que levanta líderes para cuidarem do povo de
Deus pelo qual o Senhor se animou a morrer e a dar a sua vida.
O destaque não é, nem deve ser o líder,
mas Deus e a sua glória que está abençoando o seu povo. Os maiores líderes de
Deus em todos os tempos se ofereceram à morte para que o povo fosse poupado, ou
mesmo, enfrentaram grandes desafios a favor do povo de Deus.
Não há como não percebermos que do
início ao fim, seja qual for o livro que estivermos estudando da Bíblia, é Deus
orientando, esclarecendo, falando, instruindo, mostrando o quê, como, de que
forma, quando, quanto, por quanto tempo. Percebe-se assim o Deus imanente na
história de Israel e que se utiliza de líderes por ele escolhidos para
realizarem as suas obras, no caso aqui, ele se utilizou de Zorobabel, Esdras,
Ester, Mordecai, Neemias a fim de reorientar o povo de Israel, de forma que
fossem mais unidos em obediência e temor a Deus.
Do Senhor sempre veio a ordem e a
organização; os líderes e os mandamentos; os símbolos e suas representações; os
artífices e ourives que tudo fizeram de acordo com o modelo que lhes fora
mostrado; a vitória e as guerras; a força e a coragem para lutar e vencer e
sair vencedor; a paz e a prosperidade; a proteção e o abrigo contra as
intempéries do mundo; o caminho, a verdade e a vida para que seguissem; o filho
de Deus, o Messias esperado que ali estava sendo preservado com os descendentes
messiânicos.
Para finalizarmos, busquemos a face
de Deus e nos convertamos de nossos maus caminhos, pois assim, e somente assim,
abriremos caminho para derramar as numerosas bênçãos resultantes do poder e dos
milagres de que precisamos para nossa vida! Aleluia!
Não é hora de desanimar, embora tantas
não foram as vezes que pensei em parar, principalmente ao tirar os olhos do
Senhor para colocá-los em alvos terrestres, mas o Senhor teve misericórdias de
mim.
Que eu seja testemunha do poder que
existe somente em ti. Em nome do Teu amado Filho, Jesus, meu Senhor e Salvador.
Amém e amém!
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
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1 comentários:
Glórias a Deus, ótimo estudo :)
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