terça-feira, 9 de junho de 2015
terça-feira, junho 09, 2015
Jamais Desista
Oseias 11:1-12 - O ALVO DE DEUS É A RESTAURAÇÃO E NÃO A DESTRUIÇÃO.
Em nossa leitura e reflexão, nos
encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9) – já vista.
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra
(5.8-8.14) – já vimos.
3. O lamento pela derrota (9.1-9)
– já vimos.
B. Reflexões históricas e o
futuro de Israel (9.10-13.16) – estamos
vendo.
Como já dissemos, esses capítulos da seção
“B” contêm uma variedade de profecias em torno de reflexões metafóricas sobre o
passado e o futuro de Israel. As profecias falam do julgamento pelos assírios e
da restauração após o exílio.
Conforme a BEG, cinco metáforas organizam
esse material em quatro grupos: 1. Uvas e figos (9.10-17) – já vimos; 2. Uma vide luxuriante
(10.1-10) – já vimos; 3. Uma bezerra
domada (10.11-15) – já vimos; 4. Uma
criança em desenvolvimento (11.1-13.16) – começaremos
a ver agora.
4. Uma criança em desenvolvimento (11.1-13.16).
Conforme BEG, Oseias associou Israel a uma
criança que, quando em desenvolvimento, era amada e gentilmente cuidada por seu
pai, todavia, a criança cresceu e se rebelou contra o pai.
Várias profecias de julgamento e salvação
estão representadas nessa última metáfora e posteriormente reunidas por
repetidas referências à saída do Egito (11.1; 12.9,13; 13.4), mencionada uma
única vez em Oseias (2.15).
Além disso, a última seção (13.1-16) desses
capítulos lembra a metáfora de uma criança (13.13), emoldurando todo o material
e, dessa maneira, indicando a sua unidade.
Nos próximos onze versículos, deste
capítulo, veremos numa linguagem ainda mais sensível que a da história do filho
perdido (Lc 15.11-32), Deus, o pai amoroso, confessou que não poderia ajudar o
seu filho, Israel, mas apenas demonstrar-lhe compaixão apesar de sua rebelião
(9.10).
Apesar de pronunciar julgamento sobre o
povo, o Senhor simultaneamente ofereceu a esperança de que seus filhos seriam
restaurados e renovados, e não totalmente destruídos.
A linguagem de amor empregada no primeiro
versículo, conforme a BEG, descrevia tanto a relação entre pai e filho como a
relação entre vassalo e suserano nos tratados do antigo Oriente Próximo (cf. Dt
6.5; 7.8,13; 10.15; 23.5).
As referências aqui que do Egito chamara o
seu filho e no v. 4 são à libertação de Israel da escravidão no Egito pela mão
de Deus (cf. Êx 4.22). A libertação do Egito serviu como um modelo ou tipo da
salvação que estava por vir em Cristo (1Co 10.1-10). Jesus, o rei de Israel, e
assim, seu representante, cumpriu esse tipo em sua própria infância (Mt 2.15).
No entanto, quanto mais Deus os chamava,
tanto mais se afastavam dele indo após os baalins. A adoração a Baal
representava uma violação da aliança, a base do relacionamento de Israel com
Deus. Para Baal e suas imagens esculpidas, sacrificavam e queimavam incenso –
vs. 2.
O cuidado de Deus para com Efraim era como
um pai ensinando o filho a andar; ele havia guiado Israel pelo deserto rumo à
Terra Prometida e os curava, ou seja, Deus tinha poupado Israel de muitos males
durante aquele período formativo (cf. Êx 15.26).
Deus tinha tido um cuidado especial para
com eles, os conduzindo com laços de bondade e de amor, tirando o jugo de seu pescoço
e se inclinando para alimentá-los. As figuras retornaram a Israel, comparando-o
a um animal de carga (cf. 10.11), mas, aqui, Deus mimou o animal.
O grande problema de Israel era o seu
coração endurecido que se recusava arrepender-se dos seus maus caminhos diante
do Senhor. Apesar do julgamento merecido, seu efeito seria ao final muito brando
(v. 11).
A consequência devida à falta de
arrependimento seria a espada que viria sem piedade em suas cidades, símbolos
de sua autoconfiança (8.14). No entanto, seriam destruídas as trancas das
portas e posto fim aos seus planos – vs. 6.
O povo estava firme em seus propósitos
malignos. Eles estavam decididos a se desviarem do Senhor. Embora eles estivessem
sendo conclamados a servir ao Altíssimo, de modo algum o exaltavam.
Deus falou diretamente aos israelitas, e
não sobre eles. O contraste com os vs. 5-7 destaca o impacto dessa confissão
profundamente pessoal de uma compaixão inflexível.
Segundo o seu caráter fiel, Deus mudaria a
ira contra o pecado pela compaixão para com o povo da sua aliança – vs. 8.
Por isso que não faria a eles como fez à Admá
e Zeboim. Ambas eram duas cidades na planície próxima ao extremo sul do mar
Morto (Gn 10.19; 14.2,8) que foram destruídas com Sodoma e Gomorra (Gn
19.23-25) e, desse modo, serviram como exemplos da ira de Deus (Dt 29.23; cf.
Jr 49.18).
A partir desse momento, a visão de Oseias é
quanto ao futuro. Esses versículos finais 9-11, que são o restante do capítulo,
apontam para o futuro.
Deus declara que não é homem como nós, mas
Santo no meio de nós. A santidade faz a distinção entre Deus e os homens. As
pessoas exigiriam a vingança, mas Deus trabalha pela salvação.
Tanto o amor como a ira de Deus são
descritos em termos humanos; todavia, são ditados pelo seu caráter divino.
A restauração, e não a destruição, era o
objetivo do julgamento de Deus contra o povo de sua aliança, por isso que
seguiriam ao Senhor que rugiria como um leão. Ao rugir para seus filhos, a
expectativa era que viessem tremendo desde o Ocidente.
Deus compassivamente abrandou o efeito do
julgamento pronunciado no vs. 5. Havia refugiados israelitas no Egito e
deportados em exílio na Assíria (cf. 9.3; 11.5). Eles viriam do Egito como
aves, voando; e da Assíria, como pombas. Ao chegarem, seriam estabelecidos pelo
próprio Senhor em seus lares.
A traição de Israel e o seu julgamento.
A partir do verso 12, deste, até o verso
14, do próximo capítulo (11.12-12.14), Israel será acusado de traição e sobre
ele será pronunciado o julgamento.
Os temas recorrentes são a traição de
Israel no passado (artisticamente ligada por episódios da vida de Jacó/Israel)
e a rejeição da palavra do Senhor proferida pelos profetas, cometida por
Israel.
O Reino do Norte havia sitiado a Deus, ou
seja, havia cercado a ele com mentiras e enganos.
1 Quando Israel era menino,
eu o amei,
e
do Egito
chamei
a meu filho.
2 Quanto mais
eu os chamava,
tanto
mais se afastavam de mim;
sacrificavam
aos baalins,
e
queimavam incenso às imagens esculpidas.
3 Todavia, eu
ensinei aos de Efraim a andar;
tomei-os
nos meus braços;
mas
não entendiam que eu os curava.
4 Atraí-os
com cordas humanas,
com
laços de amor;
e
fui para eles como os que tiram o jugo
de
sobre as suas queixadas,
e me inclinei
para lhes dar de comer.
5 Não
voltarão para a terra do Egito;
mas
a Assíria será seu rei;
porque
recusam converter-se.
6 Cairá a
espada sobre as suas cidades,
e consumirá
os seus ferrolhos;
e
os devorará nas suas fortalezas.
7 Porque o
meu povo é inclinado a desviar-se de mim;
ainda
que clamem ao Altíssimo,
nenhum
deles o exalta.
8 Como te
deixaria, ó Efraim?
como te entregaria, ó Israel?
como
te faria como Admá? ou como Zeboim?
Está comovido
em mim o meu coração,
as
minhas compaixões à uma se acendem.
9 Não
executarei o furor da minha ira;
não
voltarei para destruir a Efraim,
porque
eu sou Deus e não homem,
o
Santo no meio de ti;
eu
não virei com ira.
10 Andarão
após o Senhor;
ele
bramará como leão;
e,
bramando ele, os filhos, tremendo,
virão
do ocidente.
11 Também,
tremendo, virão como um passarinho os do Egito,
e
como uma pomba os da terra da Assíria;
e
os farei habitar em suas casas, diz o Senhor.
12 Efraim me
cercou com mentira,
e
a casa de Israel com engano;
mas
Judá ainda domina com Deus,
e
com o Santo está fiel.
Com relação à Judá, na NVI, Judá era
rebelde contra Deus, a saber, contra o Santo fiel.
Já na BEG (ARA), o termo Judá ainda domina,
ou "perambula, anda com" (trata-se de uma palavra difícil, no
hebraico); alguns estudiosos acreditam que o profeta falou da fidelidade de
Judá para com Deus ou em relação a algum deus cananeu e seus
"santos". E a palavra Deus também pode ser traduzida por
"deus" ou até mesmo "El", o mais importante do panteão
cananeu. E Santo, no hebraico, é uma forma plural, potencialmente referindo-se
aos "santos" de El.
...
1 comentários:
Excelente estudo, glórias a Deus :)
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.