O Evangelho de João é o livro escrito por
João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a
ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e
o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central
desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do
Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo.
Estamos vendo o capítulo 4, da parte II.
Breve síntese do capítulo 4
Há tantos mistérios envolvidos na vida de
Jesus que pretender a todos eles comentá-los é simplesmente impossível. Por
isso, irei passar bem longe, mas mesmo assim, muita coisa interessante
aprenderemos.
Aqui neste capítulo Jesus é á água viva!
Quem dele beber jamais terá sede e ainda se fará nele uma fonte a jorrar pela
eternidade. De uma conversa despretensiosa com uma mulher samaritana – que era
proibido e um escândalo à época – Jesus cura a alma dela, a salva e a
transforma em uma discípula que sai ganhando almas para o Senhor.
Os samaritanos que não se davam com os
judeus reconhece em um judeu, Jesus, o salvador do mundo. E os judeus, por que
não o reconheceram? Nós ganhamos com Jesus, ao meu ver, duas coisas,
independentemente de qualquer coisa, a ressurreição de nossos corpos – a vida
eterna! - e a fé em Deus.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior
parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas
festas judaicas. Veremos, doravante, até o capítulo doze, o ministério público
de Jesus.
Estamos seguindo, conforme já falamos a
proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram
durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – estaremos concluindo agora; C. Uma breve
visita a Jerusalém (5.1-47); D. O seu ministério na Galileia (6.1-71); e, E.
Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas
(7.1-12.50).
B. Os eventos que ocorreram durante a viagem entre Caná (na Galileia) e
a Judeia (2.1-4.54) - continuação.
Como já dissemos, Jesus realizou o seu
primeiro milagre em Caná e mais tarde retornou ali para realizar um segundo
milagre. Enquanto isso, vários acontecimentos importantes deram início a
algumas das mudanças mais surpreendentes que Jesus trouxe ao mundo.
Assim, dividimos essa parte em 6 seções
para melhor explorá-las: 1. O casamento em Caná (2.1-11) – já vimos; 2. A purificação do Templo (2.12-25) – já vimos; 3. A chegada do reino (3.1-21)
– já vimos; 4. Outro testemunho de
João (3.22-36) – já vimos; 5. A
mulher samaritana (4.1-42) – veremos
agora; e, 6. Um oficial do rei em Caná (4.43-54) – veremos e concluiremos agora.
5. A mulher samaritana (4.1-42).
Mais uma vez, João focaliza as mudanças
principais que Jesus trouxe para o reino de Deus.
Aqui, identifica Jesus como aquele que
concede vida eterna, substituiu o templo em Jerusalém e trouxe salvação aos
samaritanos, ainda que a maioria dos judeus o tivessem rejeitado.
O pano de fundo desse incidente é o
desprezo profundo que os judeus sentiam dos samaritanos (vs. 9). Mas, como era
de se esperar, os samaritanos também não gostavam dos judeus.
Quando os judeus viajavam entre a Galileia
e a Judeia, preferiam cruzar o rio Jordão duas vezes a ter de atravessar Samaria.
Todavia, Jesus não adotou essa prática (Lc 9.52).
Cansado da viagem, por causa da sua
natureza humana - Jesus sentia fadiga e exaustão (Mt 8.24) -, por volta da hora
sexta, isto é, próximo ao meio-dia, sentou-se Jesus à beira de um poço, com
sede.
Os seus discípulos tinham saído para
comprarem comida e ele estava só quando chegou ali uma mulher samaritana que
tinha ido buscar água e Jesus, sendo judeu, pediu a ela, mulher samaritana,
água para beber.
Os judeus não se davam com os samaritanos,
ou nada tinham em comum com os samaritanos. Na legislação judaica havia itens
que proibiam um judeu de usar pratos e copos que tivessem sido previamente
utilizados por samaritanos.
A mulher ficou surpresa não tanto por Jesus
falar com um samaritano, mas porque ele queria usar um dos seus utensílios para
beber água.
Ela mesma o interroga dizendo a ele como
teria ele coragem de pedira a ela água para beber e ainda em seu cântaro? E
Jesus lhe fala do dom de Deus – vs. 10. Enfatiza que a salvação não é merecida,
mas dada (Ef 2.8); Jesus é o dom de Deus (3.16; GI 2.20; Ef 5.25).
Também ele lhe fala que poderia dar a ela água
viva. Essa expressão pode significar "água corrente", ou seja; que
provavelmente é fresca e pura. No Antigo Testamento, era utilizada num sentido
metafórico corno referência à bênção divina (Jr 2.13; Zc 14.8). Veja ainda Jo
4.14; 7.37-39.
A mulher não entendeu, pois Jesus estava
ali pedindo água e não tinha com que tirá-la do poço, como poderia ele lhe dar
- vs. 11 - água viva? Do mesmo modo que os judeus e Nicodemos, a mulher samaritana
não entendeu os termos-chave que Jesus usou (vs. 15; veja também 2.19-21;
3.3-10).
Ela continua sem entender e o questiona
mais ainda. Como poderia ele lhe dar água viva e seria ele maior do que seu pai
Jacó que lhe deixou aquele poço?
Jesus contrastou a satisfação temporária
com a eterna, ensinando que todos os prazeres terrenos, ainda que legítimos,
desaparecem.
Jesus expressa a origem divina de sua
bênção. Ela seria uma fonte a jorrar eternamente. Enfatiza a sua abundância. Fala-lhe
da vida eterna. Enfatiza a sua duração sem fim e de excelente qualidade.
Em vista da propaganda da água viva, a
mulher se encantou com seu discurso e já queria dessa água, principalmente para
não precisar mais ir ali retirar água do poço.
Jesus então manda ela chamar seu marido,
mas ela responde que não tinha. Jesus então apela para o seu conhecimento
profético e supranatural e fala a ela da sua vida e da sua realidade. O
conhecimento de Jesus sobre a vida da mulher samaritana lembra o que ele havia
demonstrado a respeito de Natanael (1.48).
A mulher reconheceu, por isso, que estava
diante de um profeta e aprofunda suas questões envolvendo agora a adoração e a
forma correta de fazê-la.
Nossos pais adoravam neste monte – vs. 20.
Os detalhes e datas são incertos, mas depois que Samaria foi conquistada pela
Assíria (722 a.C.) houve uma divisão entre os judeus da Samaria e os de
Jerusalém. Os samaritanos construíram um templo no monte Gerizim, que foi
destruído por volta de 130 a.C. Eles continuaram a adorar nesse monte mesmo
depois da destruição do templo.
Jesus, em sua resposta, vai mais além e sai
da dimensão egoísta e terrestre da adoração e aponta para algo maior, uma
adoração verdadeira e autêntica, que iria muito além de locais físicos.
Durante o ministério terreno de Jesus e
antes de sua morte e ressurreição, havia uma tensão em relação ao fato de que o
reino de Deus e suas bênçãos já haviam chegado em parte, mas que essas bênçãos
ainda não haviam se manifestado completamente.
Na verdade, há aspectos do reino que não
foram realizados nem vão se realizar até a segunda vinda de Cristo. Por outro
lado, aquele que havia trazido o reino de Deus já estava presente na terra e
havia inaugurado o reino. A BEG recomenda a leitura de seu excelente artigo
teológico "O reino de Deus", em Mt 4.
Então o que importava não eram locais, nem
rituais, mas adoração legítima e verdadeira em espírito e em verdade. A
expressão "em verdade" significa "efetivamente", isto é, em
adoração celestial, da qual a adoração terrena é apenas um tipo.
Aqui, Jesus empregou o termo 'verdade"
no mesmo sentido que Hb 8.2; 9.24. Em Hb 8.2, o "verdadeiro
tabemáculo" do céu não é contrastado com um falso, mas com o tabernáculo
terreno que foi construído seguindo o padrão celeste.
A Jerusalém terrena não era um lugar falso
de adoração, mas um lugar terreno; era uma sombra, um tipo, uma cópia da
realidade do céu e do culto celestial.
Uma vez que Jesus é aquele que reunificou
não apenas Deus e o seu povo, mas também a terra e o céu, logo chegaria o momento
em que todas as questões sobre o lugar ideal para adorar se tornariam
irrelevantes, pois aquilo para o que o templo terreno apontava estava se
tornado realidade para o povo de Deus (Mt 27.51). Em espírito, referia-se à
terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo, aquele que o Antigo Testamento
prometeu para o final dos tempos (Jl 2.28-29).
Logo, a adoração cristã não está limitada a
nenhum local terreno, mas antes se dirige aos céus e é oferecida na plenitude
do Espírito Santo.
Jesus então afirma que Deus é espírito, e é
necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade" – vs.
24.
A mulher, vendo a resposta profunda de
Jesus, lhe fala da vinda do Messias que ensinaria a eles todas as coisas.
Jesus responde precisamente que ele era o Messias
esperado. Ele diz para ela “Eu o sou” – vs. 26. A única ocasião registrada
antes do julgamento na qual Jesus afirma ser o Messias.
Talvez implicações políticas associadas ao
pensamento judaico sobre o conceito de Messias tivessem feito com que fosse
imprudente para Jesus usá-lo com mais frequência (cf. 6.14-15).
Foi bem nesse momento que a conversa estava
intensa que chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse ali
conversando com uma mulher e ainda mais samaritana – vs. 27.
A atitude dos discípulos refletiu o
desprezo dos judeus para com os samaritanos e também o chauvinismo masculino
desses dias, que considerava ensinar as mulheres como perda de tempo.
No entanto, ninguém ousou questioná-lo ou
mesmo censurá-lo. A mulher aproveitou o momento para sair dali e ir anunciar a
toda a cidade que tinha achado o Messias que iria vir e eles vieram com ela
para ver e conferir – v. 30. O testemunho dessa mulher foi mais efetivo nessa
cidade do que a visita dos doze discípulos.
Enquanto isso, os discípulos insistiam com
ele: "Mestre, come alguma coisa". Mas ele dizia a eles que tinha algo
a comer que eles não conheciam, ou seja, fazer a vontade daquele que o tinha
enviado e concluir para ele a sua obra.
Jesus entendia que eles já deveriam abrirem
os seus olhos e verem os campos, pois que esses estavam já maduros para a
colheita. Aquele que colhe já recebe o seu salário e colhe fruto para a vida
eterna, de forma que se alegram juntos o que semeia e o que colhe (vs. 31-36).
Jesus citou o ditado como verdadeiro, pois
um é o semeador, e outro é o ceifeiro. Jesus deixou claro que os seus
discípulos tinham responsabilidades distintas das suas: eles deveriam colher os
frutos da semeadura de Jesus. Essa instrução pode ter antecipado
deliberadamente um ensinamento que viria mais tarde (veja 12.23-24).
Os samaritanos gostaram mesmo de Jesus e
queriam que ele ficasse ali com eles. Por causa do testemunho daquela mulher,
muitas almas foram alcançadas para o reino de Deus e eles reconheceram, ao
contrário dos judeus, que ali estava diante deles o Messias, o Salvador do
mundo – vs. 42.
Eles reconheceram que Jesus é mais do que
um profeta (vs. 19,29,39); ele é o Salvador (1Jo 4.14) do mundo.
6. Um oficial do rei em Caná (4.43-54).
Depois daqueles dias de bênçãos, partiu
Jesus com seus discípulos para a Galiléia e ele mesmo tinha dito que nenhum
profeta tem honra em sua própria casa – vs. 43, 44.
Não está claro se “na sua própria
terra" se refere à Judéia (de onde Jesus partiu (4.3) para ir à Galileia)
ou à Galileia.
A favor da Galiléia há dois fatores:
(1)Geralmente Jesus não era bem
recebido na Judeia, fato que é consistente com 1.11.
(2)O vs. 45 diz que "os
galileus o receberam".
Porém, a favor da Judéia também há dois
fatores:
(1)Nesse Evangelho, a Caldeia é
considerada como a região de origem de Jesus (1.46; 2.1; 7.42,52).
(2)Embora os galileus tivessem
recebido Jesus, a passagem demonstra que Jesus estava descontente com a
dependência deles de "sinais e prodígios” (vs. 48).
João está encerra o seu relato da viagem de
Jesus a Caná narrando um segundo milagre: a cura do filho de um oficial do rei.
Do mesmo modo que muitos judeus hipócritas
desprezavam os samaritanos tanto pela ancestralidade como pelo culto misturado
deles, eles também desprezavam os oficiais reais porque estes colaboravam com
os romanos; Jesus, porém, louvou a fé do oficial - um oficial a serviço de
Herodes Antipas, tetrarca da Galileia (cf. Mt 14.1-12; Lc 23.7) -, em contraste
com a maioria dos judeus, que o rejeitaram.
Jesus respondeu ao oficial do rei que se,
porventura, não vissem sinais e prodígios, de modo nenhum creriam, mas o
oficial parecia muito preocupado com seu filho e pedia desesperadamente que ele
o acompanhasse antes que seu filho morresse.
Jesus lhe dá uma palavra de poder e anuncia
que ele não morrerá e que, portanto, poderia o pai ir tranquilo até o filho –
vs. 50. Foi mesmo uma palavra de poder para efetuar a cura, e não apenas uma
profecia de que ele se recuperaria sozinho.
O oficial creu em Jesus e foi até o seu
filho e no caminho, seus servos o encontraram com notícias de que o menino
vivia e ele quis saber detalhes da hora que se deu a melhora de seu filho e
eles disseram que foi na hora sétima, à uma hora da tarde. Justamente na mesma hora
que Jesus tinha dito para ele ir tranquilo que o menino vivia.
Resultado disso: muitos creram nele,
inclusive todos os da casa do oficial. Foi esse o segundo sinal – vs. 54.
Embora Jesus tenha realizado muitos outros sinais (2.23), esse é o segundo que
aconteceu em Caná da Galileia (cf. 2.11).
A referência tripla à vida do filho (vs.
50-51,53) indica que o propósito desse milagre foi demonstrar que Jesus tem
poder para dar vida; correspondendo a isso está a progressão da fé do oficial
(vs. 48,50,53). Esse foco no poder da palavra de Jesus para dar vida prepara o
leitor para o sermão que se segue sobre a vida por meio do Filho (5.19-30).
Jo 4:1 Quando, pois, o Senhor veio a
saber
que
os fariseus tinham ouvido dizer que ele,
Jesus,
fazia e batizava mais discípulos que João Jo 4:2
(se
bem que Jesus mesmo não batizava,
e
sim os seus discípulos),
Jo
4:3 deixou a Judéia, retirando-se outra vez para a Galiléia.
Jo
4:4 E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria.
Jo 4:5 Chegou, pois, a uma cidade
samaritana, chamada Sicar,
perto
das terras que Jacó dera a seu filho José.
Jo
4:6 Estava ali a fonte de Jacó.
Cansado da viagem,
assentara-se
Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta.
Jo 4:7 Nisto, veio uma mulher samaritana
tirar água.
Disse-lhe Jesus:
Dá-me
de beber.
Jo 4:8 Pois seus discípulos tinham ido à
cidade para comprar alimentos.
Jo 4:9 Então, lhe disse a mulher
samaritana:
Como,
sendo tu judeu, pedes de beber a mim,
que
sou mulher samaritana
(porque
os judeus não se dão com os samaritanos)?
Jo 4:10 Replicou-lhe Jesus:
Se
conheceras o dom de Deus
e
quem é o que te pede:
dá-me
de beber,
tu
lhe pedirias,
e
ele te daria
água
viva.
Jo 4:11 Respondeu-lhe ela:
Senhor,
tu não tens com que a tirar,
e
o poço é fundo;
onde,
pois, tens
a
água viva?
Jo
4:12 És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai,
que
nos deu o poço, do qual
ele
mesmo bebeu,
e,
bem assim, seus filhos,
e
seu gado?
Jo 4:13 Afirmou-lhe Jesus:
Quem
beber desta água tornará a ter sede;
Jo
4:14 aquele, porém, que beber da água que eu lhe der
nunca
mais terá sede; pelo contrário,
a
água que eu lhe der será nele
uma
fonte a jorrar para a vida eterna.
Jo 4:15 Disse-lhe a mulher:
Senhor,
dá-me dessa água
para
que eu não mais tenha sede,
nem
precise vir aqui buscá-la.
Jo 4:16 Disse-lhe Jesus:
Vai,
chama teu marido e vem cá;
Jo 4:17 ao que lhe respondeu a mulher:
Não
tenho marido.
Replicou-lhe Jesus:
Bem
disseste, não tenho marido;
Jo
4:18 porque cinco maridos já tiveste,
e
esse que agora tens não é teu marido;
isto
disseste com verdade.
Jo 4:19 Senhor, disse-lhe a mulher,
vejo
que tu és profeta.
Jo
4:20 Nossos pais adoravam neste monte;
vós,
entretanto, dizeis que em Jerusalém
é
o lugar onde se deve adorar.
Jo 4:21 Disse-lhe Jesus:
Mulher,
podes crer-me que a hora vem,
quando
nem neste monte,
nem
em Jerusalém adorareis o Pai.
Jo
4:22 Vós adorais o que não conheceis;
nós
adoramos o que conhecemos,
porque
a salvação vem dos judeus.
Jo
4:23 Mas vem a hora e já chegou,
em
que os verdadeiros adoradores
adorarão
o Pai
em
espírito
e
em verdade;
porque
são estes que o Pai procura
para
seus adoradores.
Jo
4:24 Deus é espírito;
e
importa que os seus adoradores o adorem
em
espírito
e
em verdade.
Jo 4:25 Eu sei, respondeu a mulher,
que
há de vir o Messias, chamado Cristo;
quando
ele vier, nos anunciará todas as coisas.
Jo 4:26 Disse-lhe Jesus:
Eu
o sou, eu que falo contigo.
Jo 4:27 Neste ponto,
chegaram
os seus discípulos
e
se admiraram de que estivesse falando com uma mulher;
todavia,
nenhum lhe disse:
Que
perguntas? Ou: Por que falas com ela?
Jo 4:28 Quanto à mulher,
deixou
o seu cântaro,
foi
à cidade
e
disse àqueles homens:
Jo
4:29 Vinde comigo
e
vede um homem que me disse tudo
quanto
tenho feito.
Será
este, porventura, o Cristo?!
Jo 4:30 Saíram, pois, da cidade
e
vieram ter com ele.
Jo 4:31 Nesse ínterim,
os
discípulos lhe rogavam, dizendo:
Mestre,
come!
Jo 4:32 Mas ele lhes disse:
Uma
comida tenho para comer,
que
vós não conheceis.
Jo 4:33 Diziam, então, os discípulos uns
aos outros:
Ter-lhe-ia,
porventura, alguém trazido o que comer?
Jo 4:34 Disse-lhes Jesus:
A
minha comida consiste
em
fazer a vontade daquele que me enviou
e
realizar a sua obra.
Jo
4:35 Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa?
Eu,
porém, vos digo:
erguei
os olhos
e
vede os campos,
pois
já branquejam para a ceifa.
Jo
4:36 O ceifeiro recebe desde já a recompensa
e
entesoura o seu fruto para a vida eterna;
e,
dessarte, se alegram
tanto
o semeador como o ceifeiro.
Jo
4:37 Pois, no caso, é verdadeiro o ditado:
Um
é o semeador,
e
outro é o ceifeiro.
Jo
4:38 Eu vos enviei para ceifar
o
que não semeastes;
outros
trabalharam,
e
vós entrastes no seu trabalho.
Jo 4:39 Muitos samaritanos daquela
cidade
creram
nele,
em
virtude do testemunho da mulher, que anunciara:
Ele
me disse tudo quanto tenho feito.
Jo 4:40 Vindo, pois, os samaritanos ter
com Jesus,
pediam-lhe
que permanecesse com eles;
e
ficou ali dois dias.
Jo 4:41 Muitos outros creram nele,
por
causa da sua palavra, Jo 4:42 e diziam à mulher:
Já
agora não é pelo que disseste que nós cremos;
mas
porque nós mesmos temos ouvido
e
sabemos que este é verdadeiramente
o
Salvador do mundo.
Jo 4:43 Passados dois dias,
partiu
dali para a Galiléia.
Jo 4:44 Porque o mesmo Jesus testemunhou
que
um profeta não tem honras na sua própria terra.
Jo 4:45 Assim, quando chegou à Galiléia,
os
galileus o receberam,
porque
viram todas as coisas que ele fizera em Jerusalém,
por
ocasião da festa,
à
qual eles também tinham comparecido.
Jo 4:46 Dirigiu-se, de novo, a Caná da
Galiléia,
onde
da água fizera vinho.
Ora, havia um oficial do rei,
cujo
filho estava doente em Cafarnaum.
Jo 4:47 Tendo ouvido dizer que Jesus
viera da Judéia para a Galiléia,
foi
ter com ele e lhe rogou que descesse para curar seu filho,
que
estava à morte.
Jo 4:48 Então, Jesus lhe disse:
Se,
porventura,
não
virdes sinais e prodígios,
de
modo nenhum crereis.
Jo 4:49 Rogou-lhe o oficial:
Senhor,
desce, antes que meu filho morra.
Jo 4:50 Vai,
disse-lhe
Jesus;
teu
filho vive.
O homem
creu
na palavra de Jesus
e
partiu.
Jo 4:51 Já ele descia,
quando
os seus servos lhe vieram ao encontro,
anunciando-lhe
que o seu filho vivia.
Jo 4:52 Então, indagou deles
a
que hora o seu filho se sentira melhor.
Informaram:
Ontem,
à hora sétima a febre o deixou.
Jo 4:53 Com isto,
reconheceu
o pai ser aquela precisamente a hora
em
que Jesus lhe dissera:
Teu
filho vive;
e
creu ele
e
toda a sua casa.
Jo 4:54 Foi este
o
segundo sinal que fez Jesus,
depois
de vir da Judéia para a Galiléia.
Como devemos adorar a Deus hoje? Jesus
ainda nos responde, como respondeu àquela mulher: em espírito e em verdade! Por
que Deus é espírito e a verdade. E são exatamente estes que o Pai procura como
adoradores.
Pela exortação de Jesus, deveríamos crer
nele independentemente de sinais e prodígios. Um oficial do rei com um filho
doente procura Jesus e ao encontrá-lo faz o seu pedido pelo seu filho. Jesus o
ouve e lança sua palavra de cura e o menino é curado e toda sua família crê
nele. Não somos nós, os vivos de hoje, os oficiais do rei? Façamos, então, como
ele fez.
Jesus cura sim nossas enfermidades. Eu
creio! Não devemos nos esquecer, no entanto, que maior do que a provisão é o
provedor; que maior do que a cura, é o que cura; que maior que a bênção, é o
abençoador. Ao invés da coisa, procuremos sempre aquele que nos entrega todas
as coisas.
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
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USE O PODER DE DEUS...
-
Como usar o poder de Deus para tomar, e manter, a iniciativa na guerra
contra o mal
Wilbur N. Pickering, ThM PhD
Isaías 47.10: “*Confiaste na tua iniq...
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.