quinta-feira, 23 de abril de 2015
quinta-feira, abril 23, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 24:1-27 - AS ALEGORIAS DE EZEQUIEL
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E
JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel
(8.1-24.27).
3. Discursos relacionados (12.21-24.27)
- continuação.
m. A parábola da panela (24.1-14).
Ezequiel descreve uma panela de cozinhar
(vs. 3-5); então, em dois oráculos aplica o seu significado (vs. 6-8,9-14). O
profeta introduz cada oráculo com a frase: "Portanto assim diz o Senhor
Deus: Ai da cidade sanguinária" (24.6,9).
A palavra do Senhor veio ao seu servo num
momento histórico que ele fez questão de localizá-lo no tempo e no espaço.
Aconteceu no nono ano, do décimo mês, aos dez dias do mês, do reinado de
Joaquim, provavelmente em 15 de janeiro de 588 a.C., no início do cerco a
Jerusalém por Nabucodonosor.
A data é também apresentada em 2Rs 25.1 e
em Jr 52.4. Era comemorada anualmente entre os exilados com um jejum (Zc 8.19).
Deus revelou a Ezequiel as informações a respeito dos eventos que estavam
acontecendo a centenas de quilômetros de Jerusalém.
Deus se dirige ao seu profeta, o filho do
homem, avisando que o rei da Babilônia acabava de sitiar Jerusalém, naquele
dia.
A descrição da panela de cozinhar – 3-5.
E Deus manda o filho do homem alegorizar
dizendo para preparar uma panela ao fogo e dentro dela água e pedaços de carne.
Jerusalém era essa panela. Trata-se de uma ilustração usada em 11.2-12 (cf. Jr
1.13-14; Mq 3.3). Estavam sendo feitas preparações para uma refeição festiva;
as melhores carnes deveriam ser cozidas dentro da panela.
Primeiro oráculo – 6-8.
Ezequiel olhou para a corrosão da panela ou
as crostas do seu conteúdo e os equiparou ao derramamento de sangue e à culpa
em Jerusalém. Embora seus ocupantes tivessem sido retirados um por um e
dispersos para os mais longínquos cantos do mundo, a sua culpa permanecia como
uma corrosão no fundo da panela. Compare com a denúncia de derramamento de
sangue na cidade em 22.1-16; 35.6; 36.18; 2Rs 21.16; 24.4; Is 5.7; 26.21; 59.7;
Lm 4.13; Os 4.2; JI 3.21; Mq 3.10.
O Senhor dizia:
·
Ai
da cidade sanguinária.
·
Ai
da panela enferrujada por dentro, cuja ferrugem não sai dela.
O seu sangue está no meio dela e sobre uma
penha descalvada a pôs não derramando no chão para que fosse coberta com o pó da
terra. O sangue derramado e não coberto gritava por vingança. Compare com o
mesmo conceito em Gn 4.10 e Jó 16 18.
O segundo oráculo – 9-14.
Novamente, diz o Senhor Deus um ai sobre a
cidade sanguinária e fala em acender uma grande fogueira. Junta os elementos da
fogueira, acende o fogo e começa a ferver a carne, engrossando o caldo e
queimando os ossos.
Então foi posta vazia ao fogo para derreter
até o seu cobre – vs. 11. A panela foi esvaziada num esforço para limpá-la, mas
a corrosão era tão grande que mesmo depois de ter aquecido a panela até que ela
se tornasse candente não foi possível purificá-la. Deus então destruiria
Jerusalém.
Ele explica a ferrugem dizendo que ela se
tratava da imundícia da luxúria e que tentou purificá-la, mas ela não aceitava
ser purificada de sua imundícia. Somente haveria um jeito, derramar sobre ela
toda a sua indignação, sem a poupar em nada, sem tornar atrás, sem se
arrepender. Conforme fossem os seus caminhos, assim seria ela retribuída e
julgada. De fato, Deus estava decidido a destruir Jerusalém.
n. A morte da esposa de Ezequiel – 15-27.
Dos versos de 15 ao 27, uma nova alegoria
agora envolvendo a joia preciosa de Ezequiel, as suas delícias e o seu prazer,
a sua alegria e vida, a sua preciosa e valorosa mulher.
A morte da esposa de Ezequiel aconteceria
rápido, num só golpe e Ezequiel estaria proibido de se lamentar e de chorar por
ela.
Ritos costumeiros de luto incluíam:
·
Lamento
e choro (27.31; Gn 23.2; 37.34; 50.10; 2Sm 1.12; 19.1; Ne 8.9; Et 4.3; SI
35.14; Jr 22.10; 31.15; Am 5.16; 8.10; Mc 5.38; 16.10; Ap 18.19).
·
Retirar
o manto e colocar terra e cinzas sobre a cabeça - Os 7.6; 1Sm 4.12; Jó 2.12).
·
Tirar
as sandálias (2Sm 15.30; Is 20.2; Mq 1.8).
·
Cobrir
a cabeça e a face (2Sm 15.30; Et 6.12; Jr 14.3-4; 48.36).
·
Comer
alimentos oferecidos por simpatizantes para consolar os que se lamentavam (Jr
16.7).
Ezequiel não fez nenhuma dessas coisas como
sinal do que os habitantes de Jerusalém fariam logo depois.
Ele tinha recebido a palavra e anunciada
ela pela manhã – vs. 18 – e ao final da tarde, jazia a sua mulher. Intrigados,
perguntaram a ele o que significava tudo aquilo e sua resposta veio da parte de
Deus.
Deus estaria também profanando o seu
santuário que era o orgulho do poder deles e a delícia dos seus olhos, o desejo
de suas almas. Deus estaria deixando cair à espada os seus filhos e filhas e
eles iriam fazer como ele, o profeta fez em alegoria – vs. 22.
Aqueles que escaparam da morte, seriam
levados cativos e não lhes seria permitido realizar os costumeiros rituais de
lamentação. Como aconteceu com Ezequiel, assim aconteceria com eles e teriam na
cabeça os seus turbantes, os sapatos nos pés e não lamentariam, nem chorariam,
mas definhariam nas suas iniquidades e gemeriam uns com os outros.
no ano nono,
do décimo mês, aos dez do mês, dizendo:
Ez
24:2 Filho do homem, escreve o nome deste dia,
deste
mesmo dia; o rei de Babilônia acaba de sitiar
Jerusalém
neste dia.
Ez 24:3 E
propõe à casa rebelde uma alegoria, e dize-lhe:
Assim
diz o Senhor Deus:
Põe
a caldeira ao lume, põe-na,
e
deita-lhe água dentro;
Ez 24:4 mete
nela os pedaços de carne,
todos
os bons pedaços, a coxa e a espádua;
enche-a
de ossos escolhidos.
Ez
24:5 Escolhe o melhor do rebanho,
ajunta
um montão de lenha
debaixo
da caldeira dos ossos;
faze-a ferver
bem,
e cozam-se
dentro dela os seus ossos.
Ez 24:6 Portanto, assim diz o Senhor
Deus:
Ai da cidade
sanguinária, da caldeira,
que
está enferrujada por dentro,
e
cuja ferrugem não saiu dela!
tira dela a
carne pedaço por pedaço;
não
caiu sorte sobre ela;
Ez 24:7
porque o seu sangue está no meio dela;
sobre
uma penha descalvada ela o pôs;
não
o derramou sobre o chão, para o cobrir com pó.
Ez 24:8 Foi
para fazer subir a minha indignação
para
tomar vingança, que eu pus o seu sangue numa penha
descalvada,
para que não fosse coberto.
Ez 24:9 Portanto, assim diz o Senhor
Deus:
Ai da cidade
sanguinária! também eu farei grande a fogueira.
Ez 24:10
Amontoa a lenha, acende o fogo, ferve bem a carne,
engrossando
o caldo, e sejam queimados os ossos.
Ez 24:11
Então a porás vazia sobre as suas brasas,
para
que ela aqueça, e se derreta o seu cobre,
e
se funda a sua imundícia no meio dela,
e
se consuma a sua ferrugem.
Ez 24:12 Ela
tem-se cansado com trabalhos;
contudo
não sai dela a sua muita ferrugem pelo fogo.
Ez 24:13 A
ferrugem é a tua imundícia de luxúria,
porquanto
te purifiquei, e tu não te purificaste,
não
serás purificada nunca da tua imundícia,
enquanto eu
não tenha satisfeito sobre ti a minha indignação.
Ez 24:14 Eu, o Senhor, o disse:
será assim, e
o farei; não tornarei atrás, e não pouparei,
nem
me arrependerei; conforme os teus caminhos,
e conforme os
teus feitos, te julgarei, diz o Senhor Deus.
Ez 24:15 Também veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 24:16
Filho do homem, eis que dum golpe tirarei de ti
o
desejo dos teus olhos;
todavia
não te lamentarás, nem chorarás,
nem
te correrão as lágrimas.
Ez 24:17
Geme, porém, em silêncio;
não
faças lamentação pelos mortos;
ata
na cabeça o teu turbante,
e
mete nos pés os teus sapatos;
não
cubras os teus lábios e não comas o pão dos homens.
Ez 24:18
Assim falei ao povo pela manhã,
e
à tarde morreu minha mulher;
e
fiz pela manhã como se me deu ordem.
Ez 24:19 E o
povo me perguntou:
Não
nos farás saber o que significam para nós estas coisas
que
estás fazendo?
Ez 24:20
Então lhes respondi:
Veio
a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez
24:21 Dize à casa de Israel:
Assim diz o
Senhor Deus:
Eis
que eu profanarei o meu santuário,
o
orgulho do vosso poder, a delícia dos vossos olhos,
e
o desejo da vossa alma;
e
vossos filhos e vossas filhas, que deixastes, cairão à espada.
Ez 24:22
Fareis pois como eu fiz:
não
vos cobrireis os lábios, e não comereis
o
pão dos homens;
Ez 24:23
tereis na cabeça os vossos turbantes,
e
os vossos sapatos nos pés;
não
vos lamentareis, nem chorareis,
mas
definhar-vos-eis nas vossas iniqüidades,
e
gemereis uns com os outros.
Ez 24:24
Assim vos servirá Ezequiel de sinal;
conforme
tudo quanto ele fez, assim fareis vós;
e
quando isso suceder,
então
sabereis que eu sou o Senhor Deus.
Ez 24:25
Também quanto a ti, filho do homem,
no
dia que eu lhes tirar a sua fortaleza,
o
gozo do seu ornamento, a delícia dos seus olhos,
e
o desejo dos seus corações,
juntamente
com seus filhos e suas filhas,
Ez
24:26 nesse dia virá ter contigo algum fugitivo
para
te trazer as notícias.
Ez 24:27
Nesse dia abrir-se-á a tua boca para com o fugitivo,
e
falarás, e por mais tempo não ficarás mudo;
assim
virás a ser para eles um sinal;
e
saberão que eu sou o Senhor.
Ezequiel estava servindo de sinal e
conforme tudo o que ele fez, assim eles iriam fazê-lo e quando isso sucedesse,
sim, quando isso viesse a acontecer, ai sim, eles iriam saber – vs. 24 – que o
Senhor é Deus e que portanto, erraram o alvo.
A mensagem de Ezequiel seria justificada
quando a notícia de que Jerusalém havia sido destruída alcançasse os exilados e
ele fosse libertado do mutismo que Deus impusera sobre ele. Ezequiel seria um
sinal para eles e ai haveriam de saber que o Senhor é Deus.
...
1 comentários:
Maravilhoso estudo :)
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.