sexta-feira, 5 de junho de 2015
sexta-feira, junho 05, 2015
Jamais Desista
Oseias 7:1-16 - A INIQUIDADE DOS REIS E DOS PRÍNCIPES QUE NÃO SE VOLTAVAM PARA DEUS DE CORAÇÃO.
Em nossa leitura e reflexão, nos
encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra
(5.8-8.14) – Estamos vendo.
Como já dissemos, Oseias chamou a nação
para se preparar para o ataque que sofreriam devido o julgamento de Deus. A
destruição de Samaria pela Assíria, em 722, cumpriu essas palavras no Antigo
Testamento. As ordens para tocar a trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados
para a guerra que organizam esses capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos nós dividimos, conforme a
BEG, em quatro partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – já vimos; b. A hipocrisia que resultou
em derrota (6.1-7.2) – finalizaremos
agora; c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota
(7.3-16) – veremos agora; e, d. A
segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14).
b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2) - continuação.
Até o segundo versículo, deste, estaremos,
como já dissemos, vendo que o arrependimento hipócrita resultou em derrota.
Se o povo sinceramente se arrependesse, o
Senhor o perdoaria. De qualquer modo, as ações do povo revelavam o seu verdadeiro
caráter. Deus estava querendo mudar a sorte deles e promover a cura, mas o povo
não se arrependia.
ü
Descobrem-se
a corrupção de Efraim deixando destarte o seu mal exposto.
ü
Descobrem-se
também as maldades de Samaria, pois:
§
Praticavam
a falsidade.
§
Entravam
os ladrões nas casas.
§
Bandidos
roubavam nas ruas.
Eles estavam se enganando a si mesmos com a
sua hipocrisia (GI 6.7). O falso arrependimento deles não era suficiente porque
Deus conhecia os pecados do povo. Compare com SI 51.3.
c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16)
Doravante, até o final deste capítulo
estaremos vendo a corrupção política que resultou em derrota. Oseias tratou da
corrupção política como a causa da iminente derrota na guerra.
Eles estavam sendo chamados de adúlteros e comparados
ao forno aceso pelo padeiro que somente cessava de atiçar o fogo desde que
sovou a massa até que ela toda fosse levedada.
Era essa uma metáfora que Oseias usou para
pintar um quadro vívido da malícia, infidelidade e maldade que se auto
propagavam, que infestaram a vida política de Israel durante seus últimos dias
e levaram a uma série de assassinatos violentos de seus reis (2Rs 15.8-30). O
assassinato de Peca, por Oseias (2Rs 15.30), pode ter estado por trás dessa
profecia.
Aqueles falsos sacerdotes que se aliaram
aos usurpadores do trono se aproximavam do rei e dos príncipes para os
alegrarem com suas malícias. Mas eram justamente os reis e os príncipes aqueles
que deveriam proporcionar uma liderança ética, no entanto, estavam saboreando, em
vez disso, a maldade e a traição das pessoas ao seu redor (2Rs 15.8-30).
Estavam sendo chamados de adúlteros – vs. 4
– aqueles que eram infiéis à aliança (cf. 2.4; 4.13-14; Jr 9.2; 23.10).
Além de adúlteros, na coroação ou o
aniversário real, o motivo gerava oportunidades para a bebedeira, que inflamava
a perversidade (cf. 1Rs 16.9-10; Is 28.7-10; Am 6.1-7). Eles ficavam
completamente excitados pelo vinho e essa condição destituía a casa real da
capacidade de julgar de maneira sóbria (Pv 31.4,5).
Os sacerdotes estavam tão acostumados com o
pecado e com a luxuria que eles mesmos eram os escarnecedores que se ardiam de paixões
políticas.
Mesmo no meio do tumulto em que quatro reis
foram assassinados em vinte anos (2Rs 15.8-30), nenhum dos juízes (que deveriam
dar o exemplo) clamou a Deus.
E o que faziam? Somente se misturavam com
os povos, com inconstantes alianças de Israel com o Egito, a Filístia, a Síria
e a Assíria. Foram comparados a um pão que não fora virado, uma massa colocada
sobre o carvão ou prensada nas laterais do forno quente, que devia ser virada
uma ou duas vezes para que ficasse devidamente assada.
Israel era como um inútil pão semiassado ou
queimado porque se recusou a voltar ao Senhor. Era essa uma ilustração
sarcástica para os incompetentes políticos da nação.
Nações estrangeiras estavam sugando sua
força e energia, mas não percebiam. A cinza estava se espalhando pelo seu
cabelo, mas ele nem reparava. A falta de autoconhecimento político estava
levando eles à falta do conhecimento de Deus.
A arrogância de Israel – esse orgulho inflexível
que cegou Israel e testificou contra a nação (cf. 5.5) - testificava contra
ele, mas, apesar de tudo isso, ele não se voltavam para o Senhor, para o seu
Deus, e não o buscavam. Voltar-se para o Senhor era a única esperança de Israel
(3.5; 5.4; Am 4.6-12).
Efraim, no verso 11, está sendo comparado a
uma pomba, um pássaro que tinha a fama de ter pouca inteligência e de ser
facilmente pego. Além de estar sendo enganada e não ter entendimento, chamavam
pelo Egito e iam para a Assíria. Como um pássaro confuso, Israel voava
alvoroçado, de uma nação para a outra, em busca de segurança e proteção.
Conforme a BEG, o rei Menaém se sujeitou à
Assíria e pagou um pesado tributo (2Rs 15.19-20), mas o rei Peca era contra os
assírios, e formou uma coalizão com a Síria (2Rs 15.29,37; 16.5), e o rei
Oseias trocou a aliança com a Assíria pela aliança com o Egito (2Rs 17.3-4).
De nada iria adiantar coisa alguma que
fizessem em aliança, pois que a rede do julgamento do Senhor iria cair sobre o
inconstante Israel.
Ai deles é a exclamação do vs. 13 que
introduz uma terrível ameaça. O ai era devido porque fugiram do Senhor, porque
se rebelaram contra o Deus de Israel e assim a destruição viria sobre eles.
Deus mesmo diz que ele os remiria. A
complexidade do relacionamento de Deus com Israel é expressa. Diz-nos a BEG que
Ele ansiava por redimir o seu povo assim como Jesus ansiava pela redenção de
Jerusalém (Mt 23.37), mas a redenção não aconteceria por causa da contínua
rebelião do povo.
O termo também usado na lei mercantil, “remir”
que significa "comprar de volta" (Lv 27.27-31), foi usado para
referir-se à libertação de Israel da escravidão (13.14; Ex 15.13; Dt 7.8; 9.26;
Os 13.14).
No entanto, não valorizavam a remissão, antes
falavam mentiras contra o Senhor. Talvez (BEG) uma referência às falsas ideias
sobre o Senhor incorporadas à religião israelita ou a palavras não sinceras de
arrependimento (6.1-3) ou, de modo mais genérico, às promessas quebradas da
aliança.
Ao invés de clamarem a Deus por salvação
imitavam outros povos com suas rezas e mandingas, clamando, dando uivos e se
ajuntando licenciosamente.
O grito de socorro dado por Israel, usando essas
práticas adotadas na adoração cananeia (clamar, uivar, reunir-se ou, talvez,
automutilar-se - cf. Lv 19.28; Dt 14.1; 1 Rs 18.26-29) não seria levado em
conta diante da aliança quebrada.
Não era de coração que estariam voltando. O
povo fingia o arrependimento, mas essa dissimulação não era aceitável (6.1-4).
O que adianta voltar, mas não para Deus? Em
vez de se voltar para Deus (7.14), os israelitas se voltaram para as nações
estrangeiras e para as práticas religiosas cananeias.
1 ao querer eu sarar a Israel,
descobrem-se
a corrupção de Efraim
e
as maldades de Samária;
porque
praticam a falsidade;
o ladrão
entra, e a horda dos salteadores despoja por fora.
2 Não
consideram no seu coração que eu me lembro
de
toda a sua maldade;
agora,
pois, os cercam as suas obras;
diante
da minha face estão.
3 Com a sua
malícia alegram ao rei,
e
com as suas mentiras aos príncipes.
4 Todos eles
são adúlteros;
são
semelhantes ao forno aceso,
cujo
padeiro cessa de atear o fogo desde
o
amassar a massa até que seja levedada.
5 E no dia do
nosso rei os príncipes se tornaram doentes
com
a excitação do vinho; o rei estendeu a sua mão
com
escarnecedores.
6 Pois têm
preparado o coração como um forno,
enquanto
estão de espreita;
toda
a noite dorme a sua ira;
pela
manhã arde como fogo de chama.
7 Eles estão
todos quentes como um forno,
e
devoram os seus juízes;
todos
os seus reis caem;
ninguém
entre eles há que me invoque.
8 Quanto a
Efraim, ele se mistura com os povos;
Efraim
é um bolo que não foi virado.
9
Estrangeiros lhe devoram a força,
e
ele não o sabe;
também as cãs se espalham sobre ele,
e
não o sabe.
10 E a
soberba de Israel testifica contra ele;
todavia,
não voltam para o Senhor seu Deus,
nem
o buscam em tudo isso.
11 Pois
Efraim é como uma pomba, insensata, sem entendimento;
invocam
o Egito, vão para a Assíria.
12 Quando
forem, sobre eles estenderei a minha rede,
e como aves do céu os farei descer;
castigá-los-ei,
conforme o que eles têm ouvido
na
sua congregação.
13 Ai deles!
porque se erraram de mim;
destruição
sobre eles!
porque
se rebelaram contra mim.
Quisera eu
remi-los, mas falam mentiras contra mim.
14 Não clamam
a mim de coração,
mas
uivam nas suas camas;
para
o trigo e para o mosto se ajuntam,
mas
contra mim se rebelam.
15 Contudo
fui eu que os ensinei,
e
lhes fortaleci os braços;
entretanto
maquinam o mal contra mim.
16 Eles
voltam, mas não para o Altíssimo.
Fizeram-se
como um arco enganador;
caem
à espada os seus príncipes,
por
causa da insolência da sua língua;
este
será o seu escárnio na terra do Egito.
Eles então, por não se voltarem a Deus, se
fizeram como um arco enganoso ou defeituoso - compare com SI 78.57. Eles se
fizeram inúteis e como líderes seriam mortos à espada, justamente por causa
dessa insolência na língua deles na qual se dirigiam contra Deus e contra os
seus profetas (6.5). O tema principal em toda essa seção é a derrota na guerra.
Os egípcios logo escarneceriam diante da
queda daqueles que solicitaram a sua ajuda apenas de modo intermitente.
...
1 comentários:
Edificante :)
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.