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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Jó 40:1-24 - DEUS COMEÇA SEU SEGUNDO DISCURSO E JÓ SE DIZ VIL


Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A 42:6.
C. As respostas de Deus – 38:1 a 42:6.
Deus estava falando com Jó corrigindo-o e convocando-o a um serviço fiel. Podemos reparar que Deus nem menciona o assunto do seu sofrimento, muito menos dá uma resposta à pergunta que os seus conselheiros e o próprio Jó consideram tão importante – a razão para o seu sofrimento.
A lição que fica e que já falamos disso é que a confiança em Deus e a gratidão decorrentes devem estar impregnadas em nossas mentes e corações independentemente de quaisquer fatos, sejam eles bons ou não, quer tenham ou não explicações.
A parte “C” foi também dividida: 1. O primeiro discurso de Deus – 38:1 a 40:2 – estamos concluindo. 2. A humildade de Jó – 40:3-5 – veremos agora. 3. O segundo discurso de Deus – 40:6 a 41:34 – iniciaremos neste capítulo. 4. O arrependimento de Jó – 42:1-6.
1. O primeiro discurso de Deus – 38:1 a 40:2 - continuação.
Os versos 1 e 2 deste capítulo são um resumo do primeiro discurso de Deus que deve ser comparado com a sua respectiva abertura em 38:2. Ambas as partes se referem às declarações infelizes feitas por Jó durante os seus momentos de dúvida. Por pura graça e misericórdia, Deus poupava Jó, apesar de tudo.
2. A humildade de Jó – 40:3-5.
Reparem no que diz em primeiro lugar Jó para Deus quando Deus lhe passa um corretivo dizendo que seria falta de sabedoria querer, imaginar, mesmo pensar, quanto mais agir contendendo contra o Todo-Poderoso.
Deus ainda diz mais: quem argui assim a Deus, responda por isso.
A ação de Jó estava ali exposta por Deus, contender! O objeto de sua ação para quem ele se voltava em contenda era Senhor que aqui se manifesta como o Todo-Poderoso, ou seja, o Deus Onipotente.
O resultado analisado por Deus de tal atitude é falta de sabedoria, ou seja, insensatez. Ao se pronunciar contra Jó, Deus estava se pronunciando contra todos os homens que passam ou não por tais situações.
Jamais poderemos nos igualar com Deus e colocá-lo num lugar de disputa conosco, em igualdade ou em proximidade. A imanência de Deus é um ato seu de misericórdia para conosco e não uma desculpa nossa para o nivelarmos aos nossos conceitos.
Deus também é transcendente de forma a jamais alcançarmos ele em seus atributos, quer seja eles comunicáveis, quer não sejam. Quando nos referirmos a Deus, devemos em primeiro lugar colocá-lo e considerá-lo acima de quaisquer suspeitas.
Não podemos negociar com Deus em questões de justiça, de bondade, de juízo, de amor, de verdade. Seja Deus sempre “imexível”, intocável, superior, acima de quaisquer suspeita.
Deus estava ensinando isso para Jó, para mim e para você humano, filo de Adão, quer seja joio, quer seja trigo.
A resposta de Jó foi incrível. Jó parece esquecer sua obsessão pela sua justificação e se humilha temerosamente diante de Deus. A primeira palavra que saiu da boca dele foi uma confissão do que ele era e a partir daquilo, ele mesmo insinuava, todo o resto. Ele estava confessando que era, no mínimo, maligno e descabida toda sua fala. Disse Jó de si mesmo: eu sou vil!
É o reconhecimento claro e evidente de que ele era pecador, tinha um coração perverso de natureza – Depravação Total – e, portanto, precisava da misericórdia, do amor e do perdão de Deus para, no mínimo, continuar ali ouvindo Deus falar.
Novamente, reforço: Deus nunca explicou nada, não estava explicando nada e não explicará nada do por que Jó estava passando por tudo aquilo. Isso é importante de sabermos, principalmente por causa de nossa natureza investigativa que quer de todo jeito encontrar razões.
O recado claro de Deus para Jó, em primeiro lugar e para nós, em segundo plano,  era para confiarmos nele de todo CAFE – isso mesmo: Coração, Alma, Forças e Entendimento!
Jó até tinha razão por algumas de suas queixas e por defender a sua consciência pela qual não se sentia acusado, mas ele já estaria passando dos limites e para sustentar suas justificativas, agora iria partir para acusações – vs8 -, o que bem percebeu Eliú, o mais jovem e mais sábio deles e repreendeu Jó.
3. O segundo discurso de Deus – 40:6 ao 41:37.
Do vs 6 a 41:34, teremos o segundo discurso de Deus, no qual ele começa do mesmo jeito do primeiro (40:6,7 com 38:1-3). Não obstante, uma nova linha de raciocínio aborda o problema de Jó com a justiça de Deus em julgar os ímpios.
Naquele primeiro discurso, Deus tinha se revelado como o Senhor da natureza onde Jó tinha sido intimado a ver Deus como o Criador e aqui, no segundo, ele é o Senhor do reino moral, o Salvador.
Os versos de 8 ao 14 se constituem num prólogo para as descrições dos monstros espantosos, o hipopótamo e o crocodilo. Enfatizam o poder de Deus sobre as forças poderosas do mal – vs 14. Deve-se concluir, diz a BEG, que esses monstros representam essas forças.
No entanto, veremos no vs 11, do próximo capítulo que a despeito dessas forças e de seu poder, ele, Deus, é soberano sobre tudo o que está debaixo dos céus.
Deus continua a falar a Jó e a repreendê-lo por seu comportamento. Jó irá demonstrar ter um coração arrependido e se voltará para Deus não endurecendo o seu coração, mas se arrependendo e sendo curado.
Jó 40:1 Respondeu mais o SENHOR a Jó, dizendo:
                Jó 40:2 Porventura o contender contra o Todo-Poderoso é sabedoria?
                               Quem argui assim a Deus, responda por isso.
Jó 40:3 Então Jó respondeu ao SENHOR, dizendo:
                Jó 40:4 Eis que sou vil;
                               que te responderia eu?
                                               A minha mão ponho à boca.
                Jó 40:5 Uma vez tenho falado, e não replicarei;
                               ou ainda duas vezes, porém não prosseguirei.
Jó 40:6 Então o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
                Jó 40:7 Cinge agora os teus lombos como homem;
                               eu te perguntarei, e tu me explicarás.
                Jó 40:8 Porventura também tornarás tu vão o meu juízo,
                               ou tu me condenarás, para te justificares?
                Jó 40:9 Ou tens braço como Deus,
                               ou podes trovejar com voz como ele o faz?
                Jó 40:10 Orna-te, pois, de excelência e alteza;
                               e veste-te de majestade e de glória.
                Jó 40:11 Derrama os furores da tua ira,
                               e atenta para todo o soberbo, e abate-o.
                Jó 40:12 Olha para todo o soberbo, e humilha-o,
                               e atropela os ímpios no seu lugar.
                Jó 40:13 Esconde-os juntamente no pó;
                               ata-lhes os rostos em oculto.
                Jó 40:14 Então também eu a ti confessarei
                               que a tua mão direita te poderá salvar.
                Jó 40:15 Contemplas agora o beemote, que eu fiz contigo,
                               que come a erva como o boi.
                Jó 40:16 Eis que a sua força está nos seus lombos,
                               e o seu poder nos músculos do seu ventre.
                Jó 40:17 Quando quer, move a sua cauda como cedro;
                               os nervos das suas coxas estão entretecidos.
                Jó 40:18 Os seus ossos são como tubos de bronze;
                               a sua ossada é como barras de ferro.
                Jó 40:19 Ele é obra-prima dos caminhos de Deus;
                               o que o fez o proveu da sua espada.
                Jó 40:20 Em verdade os montes lhe produzem pastos,
                               onde todos os animais do campo folgam.
                Jó 40:21 Deita-se debaixo das árvores sombrias,
                               no esconderijo das canas e da lama.
                Jó 40:22 As árvores sombrias o cobrem, com sua sombra;
                               os salgueiros do ribeiro o cercam.
                Jó 40:23 Eis que um rio transborda, e ele não se apressa,
                               confiando ainda que o Jordão se levante até à sua boca.
                Jó 40:24 Podê-lo-iam porventura caçar à vista de seus olhos,
                               ou com laços lhe furar o nariz?
As forças do mal não são as forças, como se forças fossem, autônomas e capazes de fazer dano de qualquer jeito, podendo inclusive surpreender a Deus.
Nos filmes, a fortaleza do bem é sempre segura e praticamente inexpugnável até que surge do meio deles mesmos um dos seres que, contrariado por algum motivo, resolve abrir as brechas da fortaleza para o inimigo e com ele aliançar-se.
Então, começa-se uma verdadeira guerra entre o bem e o mal, onde quase sempre o bem triunfa no final, embora possa perder muitas batalhas no caminho.
Em Jó, Deus é soberano absoluto e está acima dessas forças, como veremos no próximo capítulo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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1 comentários:

Obrigada pela maravilhosa explicação! Deus te abençoe em sabedoria e entendimento!

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.