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sábado, 19 de julho de 2014

Jó 9:1-35 JÓ RESPONDE A BILDADE EXALTANDO A SOBERANIA E A JUSTIÇA DE DEUS

Continuamos na parte II, de cinco, de nossa divisão proposta, que está tratando do diálogo entre Jó e os seus amigos. Jó continua se defendendo e seus amigos o acusando ao invés de consolá-lo – Jó 6:14.
Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
B. O primeiro ciclo de discursos – 4:1 – 14:22.
Nessa primeira série de discursos, como já dissemos, se fará referência a muitas perspectivas diferentes e possíveis explicações, mas todas serão insuficientes.
Dividimos essa parte “B”, como na BEG, em seis: 1. Elifaz – 4:1 – 5:27 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 6:1 – 7:21 – já vista. 3. Bildade – 8:1 – 22. 4. A resposta de Jó a Bildade – 9:1 – 10:22 – veremos agora. 5. Zofar – 11:1 – 20. 6. A resposta de Jó a Zofar – 12:1 – 14:22.
3. Bildade – 8:1 – 22. 4 - continuação.
Já vimos no capítulo anterior que o discurso de Bildade mostrou ele mesmo como um homem áspero, rude e insensível. Agora é a vez de Jó responder. Já vimos que para cada discurso, na ordem, há uma resposta de Jó.
Podemos dividir essa sua resposta em três partes: começam com discurso sobre o poder e a sabedoria de Deus - vs 1 ao 13; em seguida para o questionamento a respeito da justiça de Deus – vs 14 ao 29; e,  em seguida, Jó começa a dirigir suas palavras a Deus - vs 30 ao 10:22.
Jó, aqui em suas palavras iniciais deste capítulo, parece prever o que em breve irá se suceder, ou seja, a experiência pela qual passará junto ao seu Criador que lhe fará algumas perguntas que o deixarão sem respostas.
Percebe-se, em seu discurso, a forte noção de seu Deus, não dos deuses das nações, mas do verdadeiro Deus. Ele o vê como o criador e o sustentador de toda a vida.
Ele fala do Deus imanente e transcendente. Do Deus soberano, sábio e bom.
Dos versos de 1 ao 3, Jó não perde a sua fé na impressionante soberania e conhecimento de Deus. Ele reconhece a sua humilde situação diante de Deus e a sua incapacidade de protestar adequadamente.
Dos versos de 4 ao 13, percebe-se a formação de um poema sobre a onipotência e a justiça de Deus.
Dos versos de 14 ao 29, são feitas perguntas acerca da justiça de Deus onde Jó reflete se Deus é ou não verdadeiramente justo em seus caminhos.
No verso 15, Jó afirma ser justo, mas não “o justo”, nem justo na essência por que ele se reconhece pecador e pelo seu Deus clama por misericórdia como alguém que necessitasse de um resgatador, de alguém que poderia ser a sua justiça.
Era esse o clamor de Jó por um mediador entre Deus e os homens – I Tm 2:5. Esse Mediador necessário e imaginado por Jó é Jesus Cristo, que faz esse papel.
Dos versos de 21 ao 24, Jó tem uma depressão em que é tentado ao fatalismo apático, mudando constantemente de opinião hesitando entre a esperança e a dúvida – vs 22.
Todos nós temos essas tendências à depressão em certos momentos de nossas vidas e devemos estar preparados para esses tempos. São os conhecidos tempos maus, onde o peso das circunstâncias pode colaborar para que seja ainda mais difícil suportar.
Por mais que Jó fosse forte e firme na fé, ele estava sujeito, como nós, aos dias maus. Sabendo deles, dos dias maus, devemos, nos dias bons, como fazem as formigas que recolhem mantimentos no verão para suportarem o inverno, juntarmos forças para esses dias.
Eclesiastes 12:1 Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer;
Efésios 5:16 remindo o tempo, porque os dias são maus.
Dos versos de 25 ao 29, Jó sentia-se preso num dilema insuportável. Considerava-se inocente, mas sabia que lhe pesava a visão tradicional do sofrimento.
Ele percebia a lógica do interpretar a sua experiência como evidência de que Deus o julgava culpado e percebe que ele não poderia justificar-se se esse fosse o caso.
Dos versos 30 ao 10:22, Jó se volta para Deus onde lhe faz uma série de perguntas expressando as suas dúvidas cadentes sobre a bondade de Deus para com ele.
Jó 9:1 Então Jó respondeu, dizendo:
                Jó 9:2 Na verdade sei que assim é;
                               porque, como se justificaria o homem para com Deus?
                Jó 9:3 Se quiser contender com ele,
                               nem a uma de mil coisas lhe poderá responder.
Jó 9:4 Ele é sábio de coração, e forte em poder;
                quem se endureceu contra ele, e teve paz?
                Jó 9:5 Ele é o que remove os montes, sem que o saibam,
                               e o que os transtorna no seu furor.
                Jó 9:6 O que sacode a terra do seu lugar,
                               e as suas colunas estremecem.
                Jó 9:7 O que fala ao sol, e ele não nasce, e sela as estrelas.
                Jó 9:8 O que sozinho estende os céus, e anda sobre os altos do mar.
                Jó 9:9 O que fez a Ursa, o Órion, e o Sete-estrelo,
                               e as recâmaras do sul.
                Jó 9:10 O que faz coisas grandes e inescrutáveis;
                               e maravilhas sem número.
                Jó 9:11 Eis que ele passa por diante de mim, e não o vejo;
                               e torna a passar perante mim, e não o sinto.
                Jó 9:12 Eis que arrebata a presa; quem lha fará restituir?
                               Quem lhe dirá: Que é o que fazes?
                Jó 9:13 Deus não revogará a sua ira;
                               debaixo dele se encurvam os auxiliadores soberbos.
Jó 9:14 Quanto menos lhe responderia eu,
                ou escolheria diante dele as minhas palavras!
                Jó 9:15 Porque, ainda que eu fosse justo, não lhe responderia;
                               antes ao meu Juiz pediria misericórdia.
                Jó 9:16 Ainda que chamasse, e ele me respondesse,
                               nem por isso creria que desse ouvidos à minha voz.
                Jó 9:17 Porque me quebranta com uma tempestade,
                               e multiplica as minhas chagas sem causa.
                Jó 9:18 Não me permite respirar, antes me farta de amarguras.
                Jó 9:19 Quanto às forças, eis que ele é o forte;
                               e, quanto ao juízo, quem me citará com ele?
                Jó 9:20 Se eu me justificar, a minha boca me condenará;
                               se for perfeito, então ela me declarará perverso.
                Jó 9:21 Se for perfeito, não estimo a minha alma;
                               desprezo a minha vida.
                Jó 9:22 A coisa é esta;
                               por isso eu digo que ele consome ao perfeito e ao ímpio.
                Jó 9:23 Quando o açoite mata de repente,
                               então ele zomba da prova dos inocentes.
                Jó 9:24 A terra é entregue nas mãos do ímpio;
                               ele cobre o rosto dos juízes;
                                               se não é ele, quem é, logo?
                Jó 9:25 E os meus dias são mais velozes do que um correio;
                                fugiram, e não viram o bem.
                Jó 9:26 Passam como navios veleiros;
                               como águia que se lança à comida.
                Jó 9:27 Se eu disser:
                               Eu me esquecerei da minha queixa,
                                               e mudarei o meu aspecto e tomarei alento,
                Jó 9:28 Receio todas as minhas dores,
                               porque bem sei que não me terás por inocente.
                Jó 9:29 E, sendo eu ímpio, por que trabalharei em vão?
Jó 9:30 Ainda que me lave com água de neve,
                e purifique as minhas mãos com sabão,
                Jó 9:31 Ainda me submergirás no fosso,
                               e as minhas próprias vestes me abominarão.
                Jó 9:32 Porque ele não é homem, como eu,
                               a quem eu responda, vindo juntamente a juízo.
                Jó 9:33 Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos.
                Jó 9:34 Tire ele a sua vara de cima de mim,
                               e não me amedronte o seu terror.
                Jó 9:35 Então falarei, e não o temerei;
                               porque não sou assim em mim mesmo.
“Não há entre nós árbitro” significa que há questões entre ambos que demandam um terceiro que julgue reta e justamente. O apelo parece indicar um desespero. É como se um estivesse acusando o outro e reivindicando justiça.
No entanto, Deus é justo! Esse padrão é inegociável! Ele é o árbitro! Quando ele julga, ele o faz com justiça e retidão.
Como apelaríamos pela justiça à própria Justiça? Poderia a justiça ser injusta ou parcial? Jamais! Deus é justo! Ou melhor, Deus é a justiça! Se temos alguma demanda e ela é contra Deus, com certeza ela já nasceu morta!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.