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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Daniel 3:1-30 - O QUARTO HOMEM DA FORNALHA.

Como já dissemos, estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Esta primeira parte, ressaltamos, foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – já vimos; C. Livramento da fornalha (3.1-30) – veremos agora; D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37); E. O julgamento de Belsazar (5.1-31); e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
C. Livramento da fornalha (3.1-30).
Neste capítulo, veremos em seus 30 versículos, Deus libertando três jovens fiéis da fornalha acesa 7 vezes mais.
Para instruir os seus leitores sobre o fato de que o povo de Deus deveria admirar seus companheiros e manter-se fiel somente a Deus, Daniel relata o livramento miraculoso de seus amigos da fornalha ardente operado por Deus.
Ilustra também a verdade de que, no final, Deus frustrará os intentos até mesmo dos reis mais poderosos que tentam levar o seu povo a abandonar o seu Deus para adorar outras divindades.
Isso nos relembra outras histórias bíblicas igualmente importantes como o caso da rainha Ester e Mordecai que enfrentaram um desafio de morte certa e anunciada previamente pelo inimigo, mas que Deus fez o caso reverter a favor dos seus.
A BEG nos diz que as opiniões diferem quanto à identidade dessa extraordinária imagem, se seria do próprio Nabucodonosor ou de uma divindade babilônica, ou apenas um obelisco.
Do que se sabe a respeito da tradição religiosa da Babilônia, parece provável que a imagem era de Bel ou de Nabu, o deus patrono de Nabucodonosor.
Prostrar-se diante da imagem dessa divindade indicaria também submissão a Nabucodonosor, o representante da divindade (cf. 2.46).
Provavelmente, o ouro recobria a fabricação da imagem, sendo ela muito parecida com o que é descrito em Is 40.19; 41.7; Jr 10.3-9. As suas medidas eram de sessenta côvados de altura por seis de largura. As proporções são a razão que levaram alguns a concluir que a imagem era um obelisco e não uma forma humana (as proporções do corpo humano são de seis para um e não de dez por um como essa imagem).
Continua a BEG a nos esclarecer que, entretanto, a imagem pode ter sido colocada sobre um pedestal, ou apresentar uma forma estilizada no campo de Dura. Sua localização é incerta. É normalmente associada com Tolul Dura, localizada cerca de 10 km ao sul da cidade de Babilônia.
Foram juntados por ordem do rei os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os magistrados, e todos os oficiais das províncias.
As responsabilidades precisas desses sete tipos diferentes de oficiais são desconhecidas. Cinco dos sete parecem ser de origem persa, talvez indicando que Daniel não completou a redação desse relato até depois do início do governo persa em 593 a.C.
Eles deveriam vir à dedicação da estátua juntamente e todos estavam de pé diante daquela imagem e o pregoeiro clamou em alta voz ordenando que todos os povos, nações e gente de todas as línguas assim que ouvissem o som de certos instrumentos, deveriam se prostrar e adorarem a imagem de ouro do rei Nabucodonosor.
Os instrumentos usados para o anúncio, para o toque que iria desencadear a adoração da estátua seria dado por trombeta, flauta, harpa, cítara, saltério, gaita de foles e de toda a sorte de música. Três dos seis termos usados para os diferentes tipos de instrumento musical são responsáveis pelas únicas palavras emprestadas do grego ("cítara", "harpa" e "gaita de tole") que encontramos em Daniel.
Isso não surpreende, uma vez que o intercâmbio de músicos e seus instrumentos entre as cortes reais tem uma longa história. A presença desses termos gregos, portanto, não se constituem numa evidência conclusiva de que esse relato tenha sido escrito após a conquista de Alexandre o Grande.
O fato que marcava o evento era a forte presença da música dos instrumentos agitando o povo como querendo nele provocar grande comoção e alegria.
O castigo seria terrível para quem não cumprisse a ordem do rei. E foi preparada para isso uma fornalha ardente. Fornalhas ou fornos eram muito usados na Babilônia para cozer tijolos (Gn 11.3). Não era incomum ver tais fornalhas serem usadas para execução pelo fogo (citações referencias da BEG: Jr 29.22; veja Heródoto 1.86; 4.69; veja também 2Macabeus 7 [um livro apócrifo]).
A ordem foi dada, os instrumentos tocados e uma grande cerimonia de adoração teve inicio massageando assim o ego do rei. No entanto, alguns caldeus, aqui, o termo “caldeu” é mais bem compreendido como indicativo de uma nacionalidade em vez de uma função, como fora no capítulo anterior.
Os informantes desprezavam os judeus simplesmente porque eram judeus (v. 12; Et 3.5-6). A posição privilegiada de Sadraque, Mesaque e Abede--Nego (2. 49) aguçou a hostilidade dos caldeus contra eles (v. 12). Pelo que os caldeus os acusaram de não cumprirem a ordem do rei de adoração de sua estátua de ouro. Os infratores eram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.  
Na acusação deles, percebe-se lances de grande inveja pelo fato de terem jogado na cara do rei que aqueles eram jovens que ele o rei tinha exaltado, como se querendo dizer que isso se tratava de um grande absurdo por parte do rei.
Veja que Daniel não estava presente ou, se presente, havia sido isentado de demonstrar lealdade em razão de sua alta posição (2.48).
Nabucodonosor ficou irado, chateado com tamanho atrevimento daqueles jovens que se recusavam a adorá-lo, prostrando-se diante de sua estátua levantada para esse fim.
O rei os indaga pessoalmente sobre o fato e lhes dá uma última oportunidade de arrependimento e se prepara para repetir todo processo para eles se curvarem. Ele concluiu a sua ameça com uma frase que o exaltava acima de qualquer coisa: quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?
Da perspectiva gentílica e politeísta de Nabucodonosor, não havia deus capaz de fazer esse tipo de livramento. Inadvertidamente, Nabucodonosor desafiou o poder do Deus de Israel.
Nesses três jovens não vemos, em momento algum, medo de perderem a sua vida por causa disso. Nos versos de 16 a 18, eles se mantiveram firmes e disseram ao rei em resposta que se Deus quisesse, ele, sim, os livraria, mas eles mesmos não serviriam aos deuses do rei.
Os homens não afirmaram que Deus sempre protege o seu povo do sofrimento físico (Is 43.1-2). Embora ele possa optar por fazê-lo, e certamente seja capaz disso, a ideia central é de que o povo de Deus deve permanecer fiel ao seu Senhor, quaisquer que sejam as circunstâncias, porque ele é muito mais confiável do que qualquer governante humano e mais poderoso do que qualquer força na terra.
Assim, os seis primeiros capítulos de Daniel exaltam o profeta e seus amigos como homens inflexivelmente fiéis a Deus ao longo de suas provações.
O rei então ficou ainda mais irado e com raiva daquele ultraje, daquela ousadia e confiança daqueles jovens diante dele que era como se fosse o filho dos deuses.
Irado, o rei manda acender a fornalha sete vezes mais e ordenou a alguns de seus homens que os atassem e os lançassem vivos na fornalha acesa sete vezes mais.
Esses homens ataram os três jovens e colocaram sobre eles seus mantos, túnicas, turbantes e demais roupas e foram lançá-los na fornalha obedecendo ao rei.
Os jovens não ofereceram resistência e até, creio, facilitaram o serviço daqueles guardas que ao executarem a ordem do rei morreram por somente se aproximarem das fornalhas de tão quente que estava.
E assim estes três, Sadraque, Mesaque e Abednego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente. Então o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa; falou, e disse aos seus conselheiros que havia no meio da fornalha que eles lançaram, um quarto homem e o estranho era que não se queimavam, nem eram consumidos pelo fogo que, estranho, consumiu os seus guardas.
A descrição que ele, o rei, dá do quarto homem da fornalha era da semelhança de um filho dos deuses. No mundo antigo, a expressão "filho dos deuses" poderia referir-se a vários tipos de seres celestiais. Nesse caso significava anjo (v. 28).
Nenhuma explicação é apresentada sobre o motivo pelo qual Nabucodonosor reconheceu a quarta pessoa na fornalha como um ser celestial. Talvez a presença miraculosa de uma quarta pessoa fosse, em si mesma, uma razão para essa conclusão. Ou a sua aparência denotava aspectos físicos incomuns como altura e beleza extraordinária.
O rei encantado com tudo aquilo se aproxima da fornalha e pede aos jovens que saiam de lá de dentro. Ele chama os meninos de servos do Deus Altíssimo. Um título para a autoridade universal de Deus. Como no vs. 29 ("não há outro deus que possa livrar como este") e em 2.47, essa confissão nos lábios de um pagão não era um reconhecimento de que apenas o Senhor de Daniel era Deus, mas, ao contrário, que o Deus de Daniel era supremo sobre as outras divindades (4.2,17, 34). Nos lábios de um Israelita essa mesma confissão indicava monoteísmo (4.24-32; 5.18,21; 7.18-27).
Em atendimento ao rei, eles saem de lá, mas o quarto ser desaparece do cenário e da narrativa.
Foi notório a todos que o fogo não tivera poder algum contra aqueles jovens corajosos que enfrentaram um decreto de morte.
Nabucodonosor então lhes fala bendizendo ao Deus deles que tinha enviado o seu anjo para estar ali com eles, os guardando do fogo e da grande ira do rei.
Dn 3:1 O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro,
a altura da qual era de sessenta côvados,
e a sua largura de seis côvados;
levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia.
Dn 3:2 Então o rei Nabucodonosor mandou ajuntar
os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros,
os tesoureiros, os juízes, os magistrados,
e todos os oficiais das províncias,
para que viessem à dedicação da estátua
que ele fizera levantar.
Dn 3:3 Então se ajuntaram
os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros,
os tesoureiros, os juízes, os magistrados,
e todos os oficiais das províncias,
para a dedicação da estátua que o rei
Nabucodonosor fizera levantar;
e estavam todos em pé diante da imagem.
Dn 3:4 E o pregoeiro clamou em alta voz:
Ordena-se a vós, ó povos, nações
e gentes de todas as línguas:
Dn 3:5 Logo que ouvirdes o som
da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério,
da gaita de foles, e de toda a sorte de música,
prostrar-vos-eis,
e adorareis a imagem de ouro
que o rei Nabucodonosor tem levantado.
Dn 3:6 E qualquer
que não se prostrar e não a adorar,
será na mesma hora lançado dentro duma fornalha
de fogo ardente.
Dn 3:7 Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram
o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério,
e de toda a sorte de música,
se prostraram todos os povos, nações e línguas,
e adoraram a estátua de ouro que o rei
Nabucodonosor tinha levantado.
Dn 3:8 Ora, nesse tempo se chegaram alguns homens caldeus,
e acusaram os judeus.
Dn 3:9 E disseram ao rei Nabucodonosor:
Ó rei, vive eternamente.
Dn 3:10 Tu, ó rei, fizeste um decreto,
pelo qual todo homem que ouvisse
o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério,
da gaita de foles, e de toda a sorte de música,
se prostraria e adoraria a estátua de ouro;
Dn 3:11 e qualquer que não se prostrasse e adorasse
seria lançado numa fornalha de fogo ardente.
Dn 3:12 Há uns homens judeus, que tu constituíste
sobre os negócios da província de Babilônia:
Sadraque, Mesaque e Abednego;
estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti;
a teus deuses não servem, nem adoram a estátua
de ouro que levantaste.
Dn 3:13 Então Nabucodonosor, na sua ira e fúria,
mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abednego.
Logo estes homens foram trazidos perante o rei.
Dn 3:14 Falou Nabucodonosor, e lhes disse:
E verdade, ó Sadraque, Mesaque e Abednego,
que vós não servis a meus deuses
nem adorais a estátua de ouro que levantei?
Dn 3:15 Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som
da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério,
da gaita de foles, e de toda a sorte de música,
para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz,
bom é; mas, se não a adorardes,
sereis lançados, na mesma hora,
dentro duma fornalha de fogo ardente;
e quem é esse deus que vos poderá livrar das minhas mãos?
Dn 3:16 Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei:
Ó Nabucodonosor, não necessitamos de te responder
sobre este negócio.
Dn 3:17 Eis que o nosso Deus a quem nós servimos
pode nos livrar da fornalha de fogo ardente;
e ele nos livrará da tua mão, ó rei.
Dn 3:18 Mas se não,
fica sabendo, ó rei,
que não serviremos a teus deuses nem adoraremos
a estátua de ouro que levantaste.
Dn 3:19 Então Nabucodonosor se encheu de raiva,
e se lhe mudou o aspecto do semblante contra
Sadraque, Mesaque e Abednego;
e deu ordem para que a fornalha se aquecesse
sete vezes mais do que se costumava aquecer;
Dn 3:20 e ordenou a uns homens valentes do seu exército, que atassem
a Sadraque, Mesaque e Abednego,
e os lançassem na fornalha de fogo ardente.
Dn 3:21 Então estes homens foram atados, vestidos de seus mantos,
suas túnicas, seus turbantes e demais roupas,
e foram lançados na fornalha de fogo ardente.
Dn 3:22 Ora, tão urgente era a ordem do rei
e a fornalha estava tão quente, que a chama do fogo
matou os homens que carregaram
a Sadraque, Mesaque e Abednego.
Dn 3:23 E estes três, Sadraque, Mesaque e Abednego,
caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.
Dn 3:24 Então o rei Nabucodonosor se espantou,
e se levantou depressa;
falou, e disse aos seus conselheiros:
Não lançamos nós dentro do fogo três homens atados?
Responderam ao rei:
É verdade, ó rei.
Dn 3:25 Disse ele:
Eu, porém, vejo quatro homens soltos,
que andam passeando dentro do fogo,
e nenhum dano sofrem;
e o aspecto do quarto é semelhante
a um filho dos deuses.
Dn 3:26 Então chegando-se Nabucodonosor à porta da fornalha
de fogo ardente, falou, dizendo:
Sadraque, Mesaque e Abednego,
servos do Deus Altíssimo, saí e vinde!
Logo Sadraque, Mesaque e Abednego
saíram do meio do fogo.
Dn 3:27 E os sátrapas, os prefeitos, os governadores,
e os conselheiros do rei, estando reunidos,
viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre
os corpos destes homens,
nem foram chamuscados os cabelos da sua cabeça,
nem sofreram mudança os seus mantos, nem sobre eles
tinha passado o cheiro de fogo.
Dn 3:28 Falou Nabucodonosor, e disse:
Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego,
o qual enviou o seu anjo
e livrou os seus servos, que confiaram nele
e frustraram a ordem do rei,
escolhendo antes entregar os seus corpos,
do que servir ou adorar a deus algum,
senão o seu Deus.
Dn 3:29 Por mim, pois, é feito um decreto,
que todo o povo, nação e língua que proferir blasfêmia
contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego,
seja despedaçado,
e as suas casas sejam feitas um monturo;
porquanto não há outro deus que possa livrar
desta maneira.
Dn 3:30 Então o rei fez prosperar
a Sadraque, Mesaque e Abednego
na província de Babilônia.
O anjo pode ser identificado com o "anjo do SENHOR", que pode ter representado um aparecimento de Cristo anterior à sua encarnação (cf. 6.22; Gn 16.7; Êx 3.2). Deus prometeu a sua presença quando Israel caminhasse através do fogo (Is 43.1-3).
O passo seguinte disso foi um edito do rei dizendo publicamente que não havia outro deus. O seu decreto dizia que todo o povo, nação e língua que proferir blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, fosse despedaçado, e as suas casas fossem feitas um monturo; porquanto não havia outro deus que pudesse livrar alguém dessa maneira.
O ato contínuo seguinte foi que o rei os fez prosperar. Como essa narrativa deixa claro, sua proeminência foi resultado de sua fidelidade a Deus, e não de um compromisso com os babilônios.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.