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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

I Coríntios 8 1-13 - A REGRA DO AMOR DEVE PREVALECER

Como já dissemos, Coríntios foi escrita para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto. Estamos vendo a parte II, cap. 8/16.
Breve síntese do capítulo 8.
Sobre comer isso ou comer aquilo outro, eu vejo que a regra geral é a regra do amor. Eu não vou comer por causa de qualquer sacrifício ou deuses porque sei que somente há um Deus e um só Senhor, mas irei ou não comer se isso vier ou não a escandalizar o meu irmão por quem Cristo morreu. A mesma regra, creio, se aplica a guardar dias, estações, épocas, observar algo.
A nossa sabedoria de nada vale se ela colocar tropeço na vida de meu irmão por isso que o amor deve sempre falar mais alto em todas as situações.
A advertência de Paulo aos Coríntios também é válida para alguns teólogos que pelo seu conhecimento e sabedoria, notoriamente superior na Palavra de Deus, desprezam irmãos por quem Cristo morreu.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A CARTA DOS CORÍNTIOS (7.1-16.12) - continuação.
Paulo respondeu às questões levantadas na carta enviada pela igreja de Corinto. Ele falou em detalhes sobre os desafios específicos enfrentados pelos coríntios, que envolviam relacionamentos conjugais, divórcio e virgindade. Como dissemos, depois de tratar das questões levantadas pelos da casa de Cloe, Paulo se volta, então, para outras questões levantadas pela igreja.
Dividimos essa parte, conforme a BEG, em seis subpartes: A. Casamento e divórcio (7.1-40) – já vimos; B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) – começamos a ver; C. Problemas no culto (11.2-34); D. Os dons espirituais (12.1-14.40); E. Ressurreição (15.1-58); e, F. A coleta e outros assuntos (16.1-12).
B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1).
Veremos doravante, até 11.1 as coisas sacrificadas aos ídolos. A cultura grega era bastante religiosa. A proeminência da idolatria no mercado de Corinto levantava sérias questões relativas à dieta para os cristãos dessa cidade.
Paulo tratou dessa questão em quatro partes: (1) as questões centrais (8.1-13), a sua autoridade em tais assuntos (9.1-27), os exemplos do Antigo Testamento (10.1-22) e as conclusões práticas (10.23-11.1) que formarão nossa divisão proposta, conforme a BEG: 1. Questões centrais (8.1-13) – veremos agora; 2. A autoridade de Paulo (9.1-27); 3. Exemplos do Antigo Testamento (10.1-22); e, 4. Conclusões (10.23-11.1).
1. Questões centrais (8.1-13).
Essa seção inicia o argumento sobre o problema da idolatria, que avança até o cap. 10 (o cap. 9 serve de base para o argumento principal).
Aqui, Paulo é totalmente contra a ingestão de alimentos que foram oferecidos aos ídolos, mas não porque haja pecado nisso.
Em 10.1-22, Paulo trata de modo mais direto a respeito da perversidade da idolatria. Começando em 10.25, fala sobre o problema da carne vendida no mercado, pois parte dela podia ter sido oferecida como sacrifício em rituais pagãos.
De acordo com alguns intérpretes, os assuntos discutidos no cap. 8 e em 10.25-31 são os mesmos. Outros, porém, de acordo com 8.10, argumentam que nesse capítulo Paulo tratava de um problema mais sério, que envolvia a participação de cristãos nessas festas pagãs, enquanto em 10.25-30 trata do problema dos alimentos comprados no mercado.
Essa questão relacionada aos alimentos foi levantada pelos próprios coríntios na carta enviada a Paulo. E difícil determinar com exatidão a natureza desse assunto, mas sem dúvida estava associado à idolatria e aos alimentos oferecidos aos ídolos.
Paulo faz uma introdução ao assunto da ingestão de alimentos oferecidos aos ídolos e trata do pecado da arrogância. Esses comentários revelam que o comportamento de alguns coríntios não era motivado pelo amor (cf. 13.1-8), mas pelo orgulho.
Os coríntios deveriam se preocupar menos com o que sabiam e mais com aquele que os conheciam (cf. 13.12).
Aparentemente, o argumento dos coríntios em favor da ingestão de alimento sacrificado aos ídolos tinha como base a doutrina do monoteísmo: se há apenas um Deus e este ensina o seu povo a desprezar os ídolos (Is 46.6-7), então por que a preocupação quanto aos alimentos oferecidos aos ídolos?
Paulo confirma essa lógica (vs. 4-6), porém aponta o erro dos coríntios ao aplicá-la (vs. 7). Alguns cristãos em Corinto não sabiam distinguir entre os vários elementos dos rituais pagãos (p. ex., comer num templo) e a idolatria propriamente dita.
Ao ingerir alimento oferecido aos ídolos, a consciência deles ficava "contaminada". O uso de palavras fortes (cf. "perece", vs. 11) sugere que esses cristãos pecavam não porque pensavam fazer algo errado, mas porque estavam, na verdade, envolvendo-se com a idolatria, devido à falta de entendimento adequado da situação.
O alimento não nos torna aceitáveis diante de Deus; não seremos piores se não comermos, nem melhores se comermos, mas essa liberdade não poderia ser usada como pedra de tropeço para meu irmão.
Comer carne num templo pagão era algo que hoje equivaleria a comer num restaurante, mas com a agravante de que muitos consideravam tais refeições como um ato de idolatria. Embora não houvesse pecado em comer num templo pagão, o pecado surgia se o ato fosse feito deliberadamente como adoração pagã.
Alguns cristãos em Corinto tinham conhecimento suficiente (veja o vs. 1) para participar de uma refeição num templo pagão sem participar da adoração que ocorria ali.
Porém, quando outros cristãos com menos conhecimento sobre o assunto observavam esse comportamento, acabavam interpretando a prática como idolatria e, desse modo, eram encorajados à idolatria, provavelmente imaginando que isso era compatível com o Cristianismo.
Isso acabava por golpear-lhes a consciência fraca. Uma interpretação comum é que o cristão fraco - ao observar um cristão mais forte envolvido em práticas que o fraco considera, erroneamente, pecaminosas - era estimulado a pecar contra a sua própria consciência ao imitar o comportamento do cristão mais forte.
O cristão fraco peca não porque fez algo inerentemente pecaminoso, mas por demonstrar uma atitude de rebelião consciente ao participar de coisas que acreditava ser pecado.
As expressões fortes empregadas por Paulo sugerem que o cristão fraco cometia o pecado da idolatria ao participar de refeições que continham alimentos sacrificados aos ídolos.
Esse comentário final alegando que Paulo que nunca mais iria comer carne, tem a intenção de lançar os fundamentos para o princípio do amor: o cristão deve procurar os interesses dos outros acima do seu próprio bem-estar (10.24,33; 13.5; Fp 2.4).
I Co 8:1 No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos,
                reconhecemos que todos somos senhores do saber.
                               O saber ensoberbece,
                               mas o amor edifica.
                                               I Co 8:2 Se alguém julga saber alguma coisa,
                                                               com efeito, não aprendeu ainda
como convém saber.
                                                               I Co 8:3 Mas, se alguém ama a Deus,
                                                                              esse é conhecido por ele.
I Co 8:4 No tocante à comida sacrificada a ídolos,
                sabemos que o ídolo, de si mesmo,
                               nada é no mundo
                               e que não há senão um só Deus.
I Co 8:5 Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses,
                quer no céu ou sobre a terra,
                               como há muitos deuses e muitos senhores,
                                               I Co 8:6 todavia, para nós há um só Deus,
                                                               o Pai, de quem são todas as coisas
                                                               e para quem existimos;
                                                               e um só Senhor, Jesus Cristo,
                                                                              pelo qual são todas as coisas,
                                                                              e nós também, por ele.
I Co 8:7 Entretanto, não há esse conhecimento em todos;
                porque alguns, por efeito da familiaridade até agora com o ídolo,
                               ainda comem dessas coisas como a ele sacrificadas;
                               e a consciência destes, por ser fraca, vem a contaminar-se.
I Co 8:8 Não é a comida que nos recomendará a Deus,
                pois nada perderemos, se não comermos,
                e nada ganharemos, se comermos.
I Co 8:9 Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha,
                de algum modo, a ser tropeço para os fracos.
I Co 8:10 Porque, se alguém te vir a ti,
                que és dotado de saber,
                               à mesa, em templo de ídolo,
                                               não será a consciência do que é fraco
                                                               induzida a participar
de comidas sacrificadas a ídolos?
I Co 8:11 E assim, por causa do teu saber,
                perece o irmão fraco,
                               pelo qual Cristo morreu.
I Co 8:12 E deste modo,
                pecando contra os irmãos,
                               golpeando-lhes a consciência fraca,
                                               é contra Cristo que pecais.
I Co 8:13 E, por isso,
                se a comida serve de escândalo a meu irmão,
                               nunca mais comerei carne,
                                               para que não venha a escandalizá-lo.
Se a comida servir de escândalo ao meu irmão, jamais comerei carne! Que declaração forte e que declaração de amor sacrificial. É um exemplo para nós para não valorizarmos a coisa e esquecermos a pessoa!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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3 comentários:

texto esclarecedor muito bom Pastor Daniel,que Deus abençoe!

Obrigada pela explicação da palavra

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.