sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
sexta-feira, dezembro 25, 2015
Jamais Desista
I Coríntios 10 1-33 - PARA QUE FOSSEM SALVOS...
Como já dissemos, Coríntios foi escrita
para, principalmente, combater a rebeldia, as divisões e a falta de amor que
tinham sido causadas pelo orgulho e pela presunção na igreja de Corinto.
Estamos vendo a parte II, cap. 10/16.
Breve
síntese do capítulo 10.
I Co 10 lembrou-me de Hebreus quando o autor de Hebreus advertia o povo
de Deus com relação à incredulidade e à murmuração.
Paulo entende a travessia do mar como se fosse um batismo simbolizando
nós que somos batizados em Cristo Jesus e com água; assim, todos então comeram
de um só manjar espiritual e beberam da mesma fonte espiritual, ou seja, da
pedra espiritual que os seguia, a qual é Cristo. Não é tremendo?
Isto tudo é uma parábola para nós e uma advertência de que estamos hoje
sob a mesma nuvem e sob a mesma coluna de fogo tanto de dia como de noite, mas
não da forma visível que eles tinham, mas melhor e mais profunda.
Cristo está hoje nos cercando com seu amor e nele, batizados,
participamos de sua carne e de seu sangue e com ele temos comunhão e caminhamos
rumo agora à nossa pátria celestial, a Nova Canaã. Aliás não somos nós que
conduzimos, mas estamos sendo conduzidos por ele!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A CARTA DOS CORÍNTIOS (7.1-16.12) - continuação.
Como dissemos, estamos
vendo que Paulo respondeu às questões levantadas na carta enviada pela igreja
de Corinto. Ele falou em detalhes sobre os desafios específicos enfrentados
pelos coríntios, que envolviam relacionamentos conjugais, divórcio e
virgindade. Como dissemos, depois de tratar das questões levantadas pelos da
casa de Cloe, Paulo se volta, então, para outras questões levantadas pela
igreja.
Dividimos essa parte, conforme a BEG, em
seis subpartes: A. Casamento e divórcio (7.1-40) – já vimos; B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) – estamos vendo; C. Problemas no culto
(11.2-34); D. Os dons espirituais (12.1-14.40); E. Ressurreição (15.1-58); e,
F. A coleta e outros assuntos (16.1-12).
B. Carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1) - continuação.
Até 11.1, conforme já dissemos, estamos
vendo as coisas sacrificadas aos ídolos. A cultura grega era bastante
religiosa. A proeminência da idolatria no mercado de Corinto levantava sérias
questões relativas à dieta para os cristãos dessa cidade.
Essa questão foi dividida em quatro partes:
1. Questões centrais (8.1-13) – já vimos;
2. A autoridade de Paulo (9.1-27) – já
vimos; 3. Exemplos do Antigo Testamento (10.1-22) – veremos agora; e, 4. Conclusões (10.23-11.1) – veremos agora.
3. Exemplos do Antigo Testamento (10.1-22).
Depois de encorajar os
coríntios a pensarem na vida cristã como uma corrida, Paulo explica a importância
dessa perspectiva ao chamar a atenção para o exemplo de Israel no deserto.
Afinal de contas continuamos nele, no
deserto (fase de transição entre a antiga vida e a nova vida com Cristo) onde
acabamos de sair do Egito (deixando o mundo) e estamos nos dirigindo à Terra
Santa, a nova Canaã, a Jerusalém Celestial.
Considerando que o batismo cristão enfatiza
a união da pessoa com Cristo, Paulo faz uso desse sacramento para delinear
semelhanças entre o povo de Israel no Antigo Testamento e a igreja de Corinto.
Todos os israelitas da geração do êxodo passaram pela provação e pelo
livramento desse acontecimento (que envolveu a travessia pelo mar) por causa da
identificação do povo com seu líder, Moisés.
Observe a repetição do termo
"todos" nos vs. 1-3 (também em 12.13). Essa passagem (10.1-12) serve
como exemplo e esclarece a advertência em 9.24-27. Todos os membros da igreja
visível em Corinto foram batizados em Cristo e, portanto, experimentaram o
livramento que Deus oferece.
Contudo, isso não era garantia de que Deus
se agradaria em salvar todos eles. (A BEG recomenda a leitura e a reflexão em
seu excelente artigo teológico "A igreja visível e a invisível", em 1
Pe 4).
Além da analogia com o batismo, Paulo
exorta os coríntios a não buscarem falso consolo no fato de também terem
participado da Ceia do Senhor (vs. 14-22).
Os israelitas, como povo visível de Deus,
também haviam participado da comida e bebida espiritual divina. Aqui, o termo
"espiritual" não significa "não material" e nem sugere que
o maná e a água tinham algum significado espiritual mais profundo.
Pelo contrário, Paulo se refere ao Espírito
Santo (veja 2.6,14; 3.1; 15.44-46). Aqueles israelitas foram privilegiados por
receber alimento sobrenatural fornecido pelo Espírito Santo, assim como a
igreja é nutrida pelo Espírito Santo na Ceia do Senhor.
E a pedra era Cristo, ou seja, no Antigo
Testamento, Deus geralmente é comparado a uma pedra, pois ele é a Pedra de
Israel (p. ex., Gn 49.24; SI 95.1-3).
Ezequiel falou sobre água fluindo do
templo, o lugar do trono régio de Deus na terra após a restauração do exílio
(Ez 47.1-12).
A pedra que fornecia água para Israel
durante o êxodo se encaixa nessa tipologia de realeza.
Nesse sentido, Paulo viu na pedra que
fornecia água no deserto uma demonstração da majestade de Deus e do cuidado
pelo seu povo. Por analogia, essa pedra prefigurava Jesus, o rei definitivo e vivificador.
Paulo está exortando os coríntios da
severidade do fato de estarmos em Cristo e toda a história tinha acontecido
como exemplos para nós. No grego, esse termo “exemplos” está relacionado à
palavra portuguesa "tipo" (bem como no vs. 11).
Os acontecimentos do êxodo mencionados aqui
representam um padrão de livramento que corresponde à libertação que Jesus
trouxe para o seu povo.
Podemos sintetiza esses acontecimentos (vs.
6 ao 11):
·
Eles
cobiçaram coisas más.
·
Foram
idólatras.
·
Assentaram-se
para comer e beber, e, depois, levantaram-se para se entregar à farra.
·
Praticaram
a imoralidade. Consequência: 23 mil mortos num só dia.
·
Colocaram
o Senhor à prova. Consequência: mortos por serpente.
·
Queixaram-se
e murmuraram desenfreadamente. Consequência: foram mortos pelo anjo destruidor.
O que tinha acontecido tinha atingido
aquele povo, daquela época, mas isso atingia, de certa forma, nós também, pois
que era chegado o fim dos tempos – vs. 11.
Essa declaração mostra a convicção de Paulo
de que a ainda de Cristo inaugurou os "últimos dias" (1.20; Hb 1.2),
o período em que as promessas do Antigo Testamento passam a se cumprir. Ao
falar sobre esse assunto, Paulo procura ajudar os coríntios a perceberem que os
acontecimentos do Antigo Testamento também se aplicam a eles.
Esses acontecimentos também sugerem que,
considerando sua posição privilegiada, os coríntios deveriam ter percebido a
responsabilidade que tinham diante de Deus (Lc 12.48). A BEG ainda recomenda a
leitura de seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb
7.
Paulo entendia que aquele que estivesse
firme, deveria se cuidar muito para não cair. Também as provações nunca foram
superiores às forças para vencê-las, pelo contrário, Deus sempre proveu
livramento.
Esse versículo bastante conhecido tem sido
muito útil para encorajar cristãos que enfrentam tentações. Contudo, os cristãos
devem perceber que, na verdade, as palavras de Paulo trazem, além de
encorajamento, exortação.
Se Deus não permite tentação maior do que o
indivíduo pode suportar, então, sem dúvida, o cristão não tem desculpas válidas
para pecar. Embora nenhum cristão evite totalmente o pecado (1 Rs 8.46; 1Jo
1.8-10), não há tentação que não possa ser resistida.
Então Paulo fala para fugirmos da
idolatria. Esse mandamento não constitui um elemento totalmente novo na
argumentação de Paulo. Antes, se aplica ao tema anterior sobre a questão dos
alimentos oferecidos aos ídolos nos caps. 8-10.
Paulo estava angustiado pelo fato de alguns
coríntios praticarem idolatria quando faziam suas refeições nos templos pagãos
(8.7,10,11,12).
Não era concebível que se enganassem e caíssem
nesse laço. Era necessário julgar por eles mesmos que eram pessoas sensatas. Essa
alusão à Ceia do Senhor tencionava demonstrar a importância do ato de
participar de uma refeição manifestamente religiosa.
Assim como é impossível tomar parte na Ceia
do Senhor e, ao mesmo tempo, negar a sua importância religiosa, do mesmo modo
os coríntios agiam com ingenuidade ao imaginar que a participação nas festas
dos templos gregos não envolvia idolatria.
Além disso, a união "do corpo de
Cristo", simbolizada pelo partir do pão e beber do cálice, exclui a união
com ídolos.
Embora os ídolos não sejam coisa alguma (vs.
19), os rituais pagãos se apoiam na realidade da obra de Satanás e os cristãos
devem se afastar dessas coisas.
Aqui, o ensino de Paulo cria alguma tensão
com suas declarações no cap. 8, onde parece permitir as refeições nos templos
pagãos. A melhor explicação para isso é que nem todas as refeições oferecidas
nos templos pagãos aconteciam no contexto de festa religiosa.
Os animais, antes de serem abatidos para
suprir o mercado, eram oferecidos com regularidade aos ídolos pagãos. Por isso,
sem dúvida a quantidade de carne sacrificada aos ídolos que circulava no
mercado excedia àquela usada nas festas e cerimônias religiosas (vs. 25).
Paulo não pretende afirmar a impossibilidade
de participar, em termos de presença física, da cerimônia com os demônios e
depois da Ceia do Senhor. Antes, instrui que isso não deve acontecer e, caso
aconteça, haverá punição.
Nesse caso – vs. 22, zelos no Senhor? - não
se refere ao zelo pelo seu povo, mas ao zelo pela sua própria santidade e pela
honra que é devida exclusivamente a ele e sua Ceia. Mais uma vez, Paulo adverte
os coríntios por meio de expressões fortes.
4. Conclusões (10.23-11.1).
Paulo chega a diversas conclusões e
instruções práticas com relação às coisas oferecidas aos ídolos.
Embora tudo pudesse lhe parecer permitido,
a regra geral deveria ser se tal coisa fosse conveniente e trouxesse edificação.
Ele instrui para se comer de tudo o que se
vende no mercado. Apesar de empregar expressões fortes contra a participação em
cerimônias idólatras, Paulo não desejava que os coríntios tivessem zelo
excessivo.
O fato de um alimento ter sido oferecido a
um ídolo não altera a natureza da substância em si mesma e nem a contamina com
espíritos maus. Podemos comer de tudo que se vende no mercado sem fazer
perguntas por causa da consciência, pois, em sua visão, do Senhor é a terra e
tudo o que nela existe – vs. 26.
Agora, se alguém dissesse que tal coisa
tinha sido oferecida em sacrifício, a regra era não comer. Quando alguém
indicava que tal alimento havia sido oferecido aos ídolos em cerimônias pagãs,
presumia-se que essa informação era oferecida pela pessoa mais escrupulosa
(isto é, o cristão fraco; 8.7-12). Nesse caso, a atitude apropriada para o
cristão mais forte seria abster-se do alimento, "por causa daquele que vos
advertiu".
Paulo resume todo seu discurso e instrução
no vs. 31 que diz que quer comamos, quer bebamos ou façamos qualquer outra
coisa, que tudo seja feito para a glória de Deus e assim tudo está resolvido e
certo.
Este princípio - não buscando o nosso próprio
interesse, mas o de muitos – vs. 33 -, combinado ao desejo de fazer tudo para a
glória de Deus (v. 31), constituía o critério que norteava o comportamento de
Paulo. Sabem para o quê? Para que fossem salvos! – vs. 33. Na verdade, esse também
é o princípio do amor cristão, que "não procura os seus interesses"
(13.5).
I Co 10:1 Ora, irmãos, não quero que ignoreis
que nossos pais estiveram todos sob a nuvem,
e todos passaram pelo mar,
I Co 10:2 tendo sido todos
batizados,
assim na nuvem como no mar,
com respeito a Moisés.
I Co 10:3 Todos eles comeram
de um só manjar espiritual
I Co 10:4 e beberam
da mesma fonte espiritual;
porque bebiam de uma pedra
espiritual que os seguia.
E a pedra era Cristo.
I Co 10:5 Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles,
razão por que ficaram prostrados no deserto.
I Co 10:6 Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós,
a fim de que não cobicemos as coisas más,
como eles cobiçaram.
I Co 10:7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles;
porquanto está escrito:
O povo assentou-se para
comer e beber
e levantou-se para
divertir-se.
I Co 10:8 E não pratiquemos imoralidade,
como alguns deles o fizeram,
e caíram, num só dia, vinte e três mil.
I Co 10:9 Não ponhamos o Senhor à prova,
como alguns deles já fizeram
e pereceram pelas mordeduras das serpentes.
I Co 10:10 Nem murmureis,
como alguns deles murmuraram
e foram destruídos pelo exterminador.
I Co 10:11 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos
e foram escritas para advertência nossa,
de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm
chegado.
I Co 10:12 Aquele, pois, que pensa estar em pé
veja que não caia.
I Co 10:13 Não vos sobreveio tentação
que não fosse humana;
mas Deus é fiel
e não permitirá que sejais
tentados além das vossas forças;
pelo contrário, juntamente
com a tentação,
vos proverá livramento,
de sorte que a possais
suportar.
I Co 10:14 Portanto, meus amados,
fugi da idolatria.
I Co 10:15 Falo como a criteriosos;
julgai vós mesmos o que digo.
I Co 10:16 Porventura, o cálice da bênção que abençoamos
não é a comunhão do sangue de Cristo?
O pão que partimos
não é a comunhão do corpo de Cristo?
I Co 10:17 Porque nós, embora muitos,
somos unicamente um pão,
um só corpo;
porque todos participamos
do único pão.
I Co 10:18 Considerai o Israel segundo a carne;
não é certo que aqueles que se alimentam dos
sacrifícios
são participantes do altar?
I Co 10:19 Que digo, pois?
Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?
Ou que o próprio ídolo tem algum valor?
I Co 10:20 Antes, digo que
as coisas que eles sacrificam,
é a demônios que as
sacrificam
e não a Deus;
e eu não quero que vos
torneis associados
aos demônios.
I Co 10:21 Não podeis beber
o cálice do Senhor
e o cálice dos demônios;
não podeis ser participantes da mesa
do Senhor
e da mesa dos demônios.
I Co 10:22 Ou provocaremos
zelos no Senhor?
Somos, acaso, mais fortes
do que ele?
I Co 10:23 Todas as coisas são lícitas,
mas nem todas convêm;
todas são lícitas,
mas nem todas edificam.
I Co 10:24 Ninguém busque o seu próprio interesse,
e sim o de outrem.
I Co 10:25 Comei de tudo o que se vende no mercado,
sem nada perguntardes por motivo de consciência;
I Co 10:26 porque do Senhor
é a terra e a sua plenitude.
I Co 10:27 Se algum dentre os incrédulos vos convidar,
e quiserdes ir, comei de tudo o que for posto
diante de vós,
sem nada perguntardes por
motivo de consciência.
I Co 10:28 Porém, se alguém vos disser:
Isto é coisa sacrificada a
ídolo,
não comais,
por causa daquele que vos
advertiu
e por causa da consciência;
I Co 10:29 consciência,
digo,
não a tua propriamente,
mas a do outro.
Pois por que há de ser julgada
a minha liberdade pela consciência alheia?
I Co 10:30 Se eu participo
com ações de graças,
por que hei de ser
vituperado por causa daquilo por que dou graças?
I Co 10:31 Portanto,
quer comais,
quer bebais
ou façais outra coisa qualquer,
fazei tudo para a glória de
Deus.
I Co 10:32 Não vos torneis causa de tropeço
nem para judeus,
nem para gentios,
nem tampouco para a igreja de Deus,
I Co 10:33 assim como também eu procuro,
em tudo,
ser agradável a todos,
não buscando o meu próprio
interesse,
mas o de muitos,
para que sejam salvos.
Sendo assim, já que estamos como nossos irmãos no deserto, não devemos
ser como a maioria deles foram e ficaram e pereceram no deserto por causa da
incredulidade e da murmuração. Não há tempo para brincarmos com o pecado!
Demônios: Posso ser possuído por
um demônio?[1]
Os demônios são seres espirituais (incorpóreos) corruptos e hostis a
Deus e à humanidade. São espíritos decaídos, criaturas imortais associadas a
Satanás (em Mt 12.24-29, Jesus equipara Belzebu, seu suposto príncipe, a
Satanás). Foram expulsos do céu a fim de aguardar o julgamento final por seus
pecados (2Pe 2.4; Jd 6) e não podem ser redimidos. Seu objetivo constante é
opor-se à glória de Deus e ao bem-estar dos seres humanos; eles estão além da
redenção.
No Antigo Testamento os demônios são associados com frequência, porém
não sempre, à idolatria e às práticas de adoração pagãs (Lv 1 7.7; Dt 32.1 7;
SI 1 06.37). Também é dito que exerciam domínio sobre nações gentias (SI 82.1;
Dn 1 0.1 3,20; Mt 4.8-9; Lc 4.5-7), como aquelas que se entregavam aos cultos
pagãos. Para Israel, adorar os deuses de outras nações era o mesmo que adorar
demônios e o próprio Satanás.
A apostasia grave de Israel e a tirania das potências estrangeiras
durante os séculos entre o Antigo e o Novo Testamento provocaram a infiltração
de muitos demônios em Israel nesse período. Em decorrência disso, Jesus
expulsou esses espíritos malignos de várias pessoas (chamadas de
endemoninhadas). A frequência e intensidade das manifestações demoníacas
durante o ministério de Cristo são singulares; não houve nada igual no Antigo
Testamento nem desde então. Quando Jesus começou a estabelecer o reino de Deus,
começando em Israel (veja o artigo teológico "O reino de Deus", em Mt
4), Satanás e seus demônios procuraram desesperadamente resistir ao seu avanço
(Mt 1 2.29). Esses demônios tinham conhecimento (Mc 1.24) e força (9.1 7-2 7) e
se aproveitavam de doenças físicas e mentais (Mc 5.1-1 5; 9.1 7-1 8; Lc 11.14).
Ainda assim, esses espíritos malignos reconheciam e temiam a Cristo.
Estavam sujeitos à sua autoridade (Mc 1.25-26; 3.11-12; 9.25-26), apesar de
Jesus admitir que alguns deles eram tão fortes que só podiam ser expulsos
mediante oração intensa (Mc 9.29). Cristo também autorizou e capacitou seus
apóstolos e os outros setenta e dois discípulos para expulsar demónios em seu
nome (isto é, pela delegação de seu poder e autoridade; Lc 9.1; 10.17; At 16.18),
indicando que os seguidores de Jesus também têm autoridade sobre os demônios
desde que exercitem a devida devoção e dependência do Espírito Santo (1Jo 4.4).
Em essência, o poder de Satanás sobre as nações já foi destruído por Cristo (Mt
12.28-29; Cl 2.15; 1Pe 3.21-22; Ap 20.2-3), mas o inimigo e seus exércitos
demoníacos ainda não se encontram inteiramente impotentes (Ef 6.11-12; 1 Pe
5.8).
Ao longo da história da igreja, os demônios parecem ser particularmente
ativos nas fronteiras do reino de Deus e nas regiões em que a fé se perdeu
(terras outrora cristãs, mas que, posteriormente, negaram o evangelho). Como
nas Escrituras, os demônios se mostram particularmente agressivos nos lugares e
épocas em que a igreja avança pela primeira vez sobre territórios pagãos. Não é
incomum missionários relatarem embates dramáticos com espíritos malignos. Além
disso, como mostra o exemplo de Israel (Dt 32.1 7; SI 106.37; Mt 10.6-8), a
atividade demoníaca aumenta nos lugares e épocas de apostasia grave na igreja.
Ainda assim, os verdadeiros cristãos têm acesso ao poder de Cristo para
combater esses espíritos malignos.
Infelizmente, cristãos bem-intencionados se preocupam de tal modo com
esse assunto que acabam atribuindo todos os problemas a demônios. Outros
cristãos temem a atividade demoníaca de tal modo que se tornam ineficientes no
reino de Deus. As Escrituras rejeitam essas duas ideias e distinguem a
atividade demoníaca, que é extraordinária e sobrenatural, das dificuldades
comuns causadas pela queda em pecado. Ademais, as Escrituras indicam que,
embora os demônios fomentem problemas de vários tipos na vida de pessoas
regeneradas, na qual o Espírito Santo habita, eles não têm o poder de possuir
os verdadeiros cristãos (Mt 12.28-29; 1Jo 4.4), nem de frustrar o propósito de Deus
de salvar os seus eleitos (Jo 10.28-29; Rm 8.38-39) e que não podem evitar o
seu próprio tormento final (2Pe 2.4; Jd 6). Os demônios são inimigos derrotados
de Deus (Cl 2.15), e o seu poder limitado é prolongado apenas para o avanço da
glória de Deus à medida que o seu povo luta contra esses seres malignos.
Enquanto permanecerem fiéis a Cristo e dependerem do seu poder para vencer seus
inimigos espirituais, os seguidores de Cristo não precisam temer o poder dos
demônios.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.