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domingo, 4 de outubro de 2015

Lucas 17.1-37 - JESUS ESTÁ VOLTANDO E SERÁ COMO NOS DIAS DE NOÉ E DE LÓ.

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 17, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – já vimos; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – já vimos; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – já vimos; F O reino de Deus (13.18-14.24) – já vimos; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35) – já vimos; H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32) – já vimos; I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10) – concluiremos agora; J. Os dez leprosos (17.11-19) – veremos agora; K. A vinda do reino (17.20-37) – veremos agora; L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças (18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 17.
Foi no momento em que Jesus falava aos discípulos sobre o dever de perdoar sempre o nosso irmão que arrependido viesse nos pedir perdão 7 vezes ao dia que os discípulos lhe pediram para que ele, Jesus, que aumentasse a fé deles.
Não foi por que queriam realizar grandes obras, nem grandes feitos, nem grandes conquistas, mas no momento em que se sentiram incapazes de perdoar. A resposta de Jesus ao pedido deles fala de grande poder e de um grande feito.
Primeiro, se tiverdes fé, mas não precisa ser aquela fé que parece que a gente faz força, não! É a fé simples, por isso foi comparada a um grão de mostarda.
Segundo, é necessário verbalizar, falar.
Terceiro, ela nos obedecerá. É a certeza de que se fará aquilo que declaramos.
No entanto, o assunto era perdão e, creio, dificuldade em ter uma mente predisposta ao perdão. A conclusão é que ainda que pareça impossível perdoar e, melhor ainda, perdoar sempre, transportar a amoreira pela fé também é impossível, mas devemos ter fé – não importa o tamanho dela – declarar o perdão e crer que perdoamos e fomos perdoados.
Logo em seguida, fala do servo que após fazer o que tinha de fazer, reconhece que é servo inútil e que nada fez se não obedecer. E quanto a nós, somos melhores servos? De modo algum.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10) - continuação.
Jesus mesmo disse aos seus discípulos que seria impossível que não viessem escândalos. Do grego skandalon, um termo que se refere à isca que fica presa no gatilho de uma armadilha; mais tarde, essa palavra veio a significar qualquer coisa que faz alguém tropeçar e cair numa cilada. No entanto, aqueles que fazem as pessoas tropeçarem e pecarem serão condenados.
Jesus chega a dizer que melhor seria se lhe pusessem ao pescoço deste uma mó de atafona e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um desses pequeninos - podem ser as crianças ou cristãos (cf. 10.21) que não têm recursos em si mesmos e só podem contar com a ajuda de Deus. Uma pedra de moinho era uma pedra pesada que era usada na moagem de grãos.
O segredo seria estar vigilante e atento, sempre predisposto a perdoar. Ainda que viesse a pecar sete vezes no dia e nas sete vezes viesse pedir perdão, era para perdoar. Não significa que na oitava vez a ofensa não devesse ser perdoada, mas sim que o perdão deve ser uma prática constante. Isso é porque Deus nos conhece e sabe o bem que isso traz para o relacionamento.
Foi nesse momento que os discípulos se sentindo impotentes quanto ao desafio do perdão que pediram ao Senhor para a fé deles ser aumentada – vs. 5-6.
Aparentemente, os discípulos presumiam que, segundo o ensino de Jesus, somente uma fé muito grande seria capaz de perdoar. No entanto, Jesus disse que até mesmo uma fé minúscula poderia fazê-lo; além disso, mais importante do que a quantidade de fé que alguém possui é o objeto desta fé - o Deus Todo-Poderoso.
Em seguida, lhes ensina algo importante sobre o papel do servo – vs. 7 ao 10. Aqui, o termo significa "escravo". Depois de cumprir o que havia sido instruído a fazer, o escravo não fez nada que mereça agradecimento. O seu senhor não permite que ele coma antes que lhe prepare a sua refeição (contudo, observe o comportamento do senhor em 12.37; 22.27). Ou seja, servir a seu senhor é obrigação do escravo. Do mesmo modo, o nosso dever é servir a Deus e nunca poderemos fazer mais do que a nossa obrigação, uma vez que somos chamados por um Deus perfeitamente justo e bom para sermos perfeitos também (Mt 5.48).
J. Os dez leprosos (17.11-19).
Lucas registra até o vs. 19 que Jesus curou dez leprosos, porém apenas um voltou para agradecer a ele. Em Israel, muitos foram abençoados por Jesus, mas poucos abandonaram o pecado e voltaram para louvá-lo. Aqueles que fizeram isso foram muito abençoados.
A viagem de Jesus em direção à Jerusalém e à cruz continuava (13.22). Como os samaritanos não viam com bons olhos um grupo de judeus viajando através do seu território (9.51-53), Jesus e seus discípulos caminhavam pela fronteira.
A lei exigia que as pessoas com lepra ficassem longe dos sadios (Lv 13.46). Esses leprosos ousaram se aproximar tanto quanto puderam e gritaram para que Jesus tivesse misericórdia deles.
Quando alguém afirmava ter sido curado de qualquer doença de pele classificada sob o termo lepra, essa pessoa deveria se apresentar ao sacerdote para que este confirmasse a cura e, após o ritual de sacrifício, declarar que ela estava apta para retornar ao convívio da sociedade (Lv 14.1-32).
A ordem de Jesus, quando nada ainda havia acontecido aos homens, foi um teste de fé. Eles foram curados enquanto obedeciam a Jesus, pois em resposta ao pedido de cura deles, foi que Jesus deu a ordem para irem se mostrarem aos sacerdotes.
Compelido pela gratidão, um dos que foram curados retornou a Jesus louvando a Deus pelo milagre. O que mais chama a atenção é o fato de que esse homem era samaritano, pois não era esperado que fosse demonstrar gratidão a um judeu. Somente a este foi que Jesus disse: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.
K. A vinda do reino (17.20-37).
A temática agora até o vs. 37 é a vinda do reino. Jesus falou sobre a ocasião e a urgência da vinda do reino de Deus em resposta à provocação dos fariseus – vs. 20.
Jesus disse que o reino de Deus não viria com aparência exterior – vs. 20 – mas estaria entre eles. Pode significar que o reino está presente como uma realidade interior, como algo escondido dentro do coração (cf. Rm 14.17). Uma tradução alternativa seria "o Reino de Deus está entre vocês", que pode ser entendida como apontando para a presença do reino entre eles na pessoa de Jesus.
Depois, Jesus disse as seus discípulos que dias viriam em que haveria o desejo de ver um dos dias do Filho do Homem. É provável que seja uma referência à manifestação completa do reino quando da segunda vinda de Cristo (vs. 26,30). Os cristãos irão almejar pela paz e justiça que a segunda de vinda de Cristo trará.
Embora alguns irão afirmar que a segunda vinda do Messias já aconteu (21.8-9), na verdade essa vinda será tão notória que todas as pessoas perceberão assim como se percebe um relâmpago que cruza os céus de um para outro lado.
No entanto, antes de tudo isso seria necessário que acontecesse muitas coisas. A palavra "importa" é muito expressiva, pois indica o propósito soberano de Deus (At 4.27-28).
A geração de Noé serve de exemplo de como as pessoas conduzem a própria vida normalmente e negligenciam o arrependimento enquanto há oportunidade para isso. Jesus confirma o pecado da geração de Noé (Gn 6.5-6) e focaliza o repentino julgamento que lhes sobreveio.
Da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló. A época de Ló fornece outro exemplo semelhante, pois tal como a geração de Noé, a iniquidade de Sodoma era muito conhecida (cf. Mt 10.15; 11.23-24; Lc 10.12). Confirmando a gravidade do pecado deles, Jesus se concentra nos fatos ordinários da vida nos quais as pessoas estão tão absorvidas que perdem a oportunidade de se arrependerem. Noé e Ló eram pecadores, porém deram atenção às advertências e foram salvos, pois não estavam totalmente concentrados nas questões desta vida.
E o que dizer dos dias atuais? Estamos no século XXI, ano 2015 e o Brasil e o mundo parecem mergulhados em tanta podridão. Seus sábios estão se tornando inflamados pelo inferno que os está cegando no entendimento e na razoabilidade.
O fato é que antes do grande dia, estarão vivendo suas vidas normais e assim será no dia que o Filho do homem se há de se manifestar. Refere-se, esse dia, à segunda vinda de Cristo. As pessoas não devem colocar primariamente a sua atenção nas coisas desta vida.
Em sua pregação, Jesus nos fala para lembrarmos-nos da mulher de Ló! A advertência é muito válida nessa hora, pois a esposa de Ló chegou muito perto de ser salva, mas ao olhar para trás perdeu tudo (Gn 19.26).
Jesus repete o ensino (veja 9.24) de que o egoísmo e a autoafirmação conduzem à morte espiritual. A proximidade ou o relacionamento com uma pessoa salva não ajudará em nada no dia da vinda de Cristo.
Finalizando – vs. 37 - aparentemente, Jesus usou um provérbio popular para ensinar que, assim como os cadáveres atraem os abutres, do mesmo modo a morte espiritual atrai o julgamento.
Lc 17:1 Disse Jesus a seus discípulos:
É inevitável que venham escândalos,
mas ai do homem pelo qual eles vêm!
Lc 17:2 Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço
uma pedra de moinho,
e fosse atirado no mar,
do que fazer tropeçar a um destes pequeninos.
Lc 17:3 Acautelai-vos.
Se teu irmão pecar contra ti,
repreende-o;
se ele se arrepender,
perdoa-lhe.
Lc 17:4 Se,
por sete vezes no dia,
pecar contra ti
e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo:
Estou arrependido,
perdoa-lhe.
Lc 17:5 Então,
disseram os apóstolos ao Senhor:
Aumenta-nos a fé.
Lc 17:6 Respondeu-lhes o Senhor:
Se tiverdes fé como um grão de mostarda,
direis a esta amoreira:
Arranca-te
e transplanta-te no mar;
e ela vos obedecerá.
Lc 17:7 Qual de vós,
tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado,
lhe dirá quando ele voltar do campo:
Vem já e põe-te à mesa?
Lc 17:8 E que, antes, não lhe diga:
Prepara-me a ceia,
cinge-te
e serve-me,
enquanto eu como e bebo;
depois, comerás tu e beberás?
Lc 17:9 Porventura,
terá de agradecer ao servo
porque este fez o que lhe havia ordenado?
Lc 17:10 Assim também vós,
depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado,
dizei:
Somos servos inúteis,
porque fizemos apenas o que devíamos fazer.
Lc 17:11 De caminho para Jerusalém,
passava Jesus
pelo meio de Samaria e da Galiléia.
Lc 17:12 Ao entrar numa aldeia,
saíram-lhe ao encontro dez leprosos,
Lc 17:13 que ficaram de longe
e lhe gritaram, dizendo:
Jesus, Mestre, compadece-te de nós!
Lc 17:14 Ao vê-los, disse-lhes Jesus:
Ide
e mostrai-vos aos sacerdotes.
Aconteceu que,
indo eles,
foram purificados.
Lc 17:15 Um dos dez,
vendo que fora curado,
voltou,
dando glória a Deus em alta voz,
Lc 17:16 e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus,
agradecendo-lhe;
e este era samaritano.
Lc 17:17 Então, Jesus lhe perguntou:
Não eram dez os que foram curados?
Onde estão os nove?
Lc 17:18 Não houve, porventura,
quem voltasse para dar glória a Deus,
senão este estrangeiro?
Lc 17:19 E disse-lhe:
Levanta-te
e vai;
a tua fé te salvou.
Lc 17:20 Interrogado pelos fariseus
sobre quando viria o reino de Deus,
Jesus lhes respondeu:
Não vem o reino de Deus com visível aparência.
Lc 17:21 Nem dirão:
Ei-lo aqui!
Ou:
Lá está!
Porque o reino de Deus está dentro de vós.
Lc 17:22 A seguir, dirigiu-se aos discípulos:
Virá o tempo em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem
e não o vereis.
Lc 17:23 E vos dirão:
Ei-lo aqui!
Ou:
Lá está!
Não vades
nem os sigais;
Lc 17:24 porque assim como o relâmpago, fuzilando,
brilha de uma à outra extremidade do céu,
assim será,
no seu dia, o Filho do Homem.
Lc 17:25 Mas importa que primeiro ele padeça muitas coisas
e seja rejeitado por esta geração.
Lc 17:26 Assim como foi nos dias de Noé,
será também nos dias do Filho do Homem:
Lc 17:27 comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento,
até ao dia em que Noé entrou na arca,
e veio o dilúvio
e destruiu a todos.
Lc 17:28 O mesmo aconteceu nos dias de Ló:
comiam,
bebiam,
compravam,
vendiam,
plantavam
e edificavam;
Lc 17:29 mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma,
choveu do céu fogo e enxofre
e destruiu a todos.
Lc 17:30 Assim será
no dia em que o Filho do Homem se manifestar.
Lc 17:31 Naquele dia,
quem estiver no eirado e tiver os seus bens em casa
não desça para tirá-los;
e de igual modo quem estiver no campo
não volte para trás.
Lc 17:32 Lembrai-vos da mulher de Ló.
Lc 17:33 Quem quiser preservar a sua vida
perdê-la-á;
e quem a perder
de fato a salvará.
Lc 17:34 Digo-vos que,
naquela noite,
dois estarão numa cama;
um será tomado,
e deixado o outro;
Lc 17:35 duas mulheres estarão juntas moendo;
uma será tomada,
e deixada a outra.
Lc 17:36 [Dois estarão no campo;
um será tomado,
e o outro, deixado.]
Lc 17:37 Então, lhe perguntaram:
Onde será isso, Senhor?
Respondeu-lhes:
Onde estiver o corpo,
aí se ajuntarão também os abutres.
Jesus cura dez leprosos, mas somente um que era estrangeiro voltou para dar glórias a Deus e agradecer. Ao que deu glórias a Deus e agradeceu, Jesus o abençoou a sua fé.
Os fariseus interrogam Jesus sobre a vinda do reino de Deus e Jesus, depois de explicar que o reino de Deus está dentro de nós, fala aos discípulos e lhes explica sobre a sua vinda que será como nos dias de Noé e como nos dias de Ló.
Curiosidades sobre os dias de Noé e de Ló: a destruição somente veio sobre os demais depois que eles (Noé e Ló) foram retirados do mundo em que viviam. Outra: ele fala: “naquele dia” – vs. 31 - e depois fala “naquela noite” – vs. 34.
p.s.: link da imagem original: http://www.iluminalma.com/img/ia_lucas17_24.jpg 
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.