domingo, 13 de março de 2016
domingo, março 13, 2016
Jamais Desista
Tiago 5 1-20 - TIAGO ADVERTE OS RICOS E GANANCIOSOS QUE EXPLORAM OS POBRES.
Como falamos, Tiago foi escrito com o
objetivo de ensinar a sabedoria de Deus para podermos perseverar em meio às
dificuldades até o retorno de Cristo. Ela, provavelmente, foi escrita entre 44-62
d.C. Estamos vendo o capítulo 5/5.
Breve
síntese do capítulo 5.
Deus condena as riquezas mal adquiridas e mal empregadas. Que em nossos
bolsos possam entrar milhões e bilhões, mas jamais em nossos corações. Não
devemos ter medo de administrar os recursos que Deus nos concede e devemos
fazê-lo com temor e reverência santa a Deus.
O fato é que estamos esperando pelo Senhor que prometeu que voltaria e
de nós é exigida paciência até que tudo venha a se cumprir em nossas vidas e na
história dos homens.
Enquanto esperamos pacientemente como Tiago nos exorta, devemos evitar
juramentos irresponsáveis e, por fim, ele nos mostra como deve ser nosso
proceder em várias experiências da vida.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A SABEDORIA E SEUS EFEITOS NAS DISPUTAS (3.13-5.11) - continuação.
Estamos vendo, como dissemos, dos vs. 3.13
ao 5.11, a sabedoria e seus efeitos nas disputas. Tiago retornou explicitamente
ao tema da sabedoria. Elas formaram a seguinte divisão proposta, conforme a
BEG: A. Distinguindo a sabedoria proveniente de Deus (3.13-4.10) – já vimos; B. Maledicência (4.11-12) – já vimos; C. Advertências contra a
presunção (4.13-17) – já vimos; D.
Advertências aos ricos (5.1-6) – veremos agora;
e, E. Paciência (5.7-11) – veremos agora.
D. Advertências aos ricos (5.1-6).
Dos vs. de 1 a 6, Tiago fará advertências
aos ricos. Como em outra passagem dessa epístola, Tiago aplicou seus princípios
às atitudes e ao comportamento dos cristãos abastados (veja 1.10-11; 2.1-13).
Em nenhuma parte a Bíblia condena a riqueza
em si ou por si mesma. As posses materiais são, na verdade, com frequência
vistas como bênçãos de Deus (Pv 10.22).
No entanto, Tiago generaliza que os ricos
são suscetíveis às tentações de explorar os pobres ou ignorar as legítimas
necessidades deles. Aqueles que não são caridosos promovem a opressão. Eles
irão receber severo castigo de Deus (Lc 6.24).
Conseguir riqueza de modo pecaminoso, como
aquela que foi acumulada por negar aos trabalhadores o salário digno, não é
bênção. Em vez disso, é um motivo para ser julgado por Deus.
O que dizer de políticos e filhos de
políticos importantes que da noite para o dia se tornaram milionários? Sítios,
apartamentos tríplex, jatinhos, mordomias, favores, presentes, reformas
absurdas, palestras milionárias, movimentações de dinheiros e capitais de forma
ilícita, como tudo isso pode ser assim esquecido sem a devida mão da justiça
executando seu dever?
Os que assim procedem vergonhosamente
roubando e sugando uma nação inteira serão julgados por Deus e bem-aventurados
os que são julgados e condenados ainda em vida, pois se morrem sem de nada
saberem, terão pela frente o terrível juízo de Deus, sem misericórdia e sem
perdão.
O fato triste é que muitos desses políticos
ladrões são idolatrados pelos mais símplices e os mais pobres e disso gostam e
ainda os inflamam contra a justiça e contra os que buscam o bem e a verdade da
nação.
Essa é uma violação da lei de Deus – vs. Tg
5.5 – relacionada ao salário dos trabalhadores. O salário não deve apenas ser
pago, mas deve ser pago em dia (Lv 19.13; Dt 24.14-15). Violar isso ou roubar
dos pobres é mesmo uma tremenda afronta. Quando o governo rouba milhões e
milhões, mesmo bilhões para favorecimento de sua corja e rede de larápios não
estão roubando dos pobres e os condenando a uma vida miserável e sem estrutura?
Os ricos aqui são equiparados a animais
sendo engordados para o abate. Os animais satisfeitos nada sabem da fatalidade
que os aguarda.
Essas pessoas inescrupulosas vivem luxuosamente
na terra, desfrutando prazeres, e fartando-se de comida em dia de abate; dessa
maneira, assim condenam e matam o justo, sem que ele ofereça resistência – vs.
5 e 6. Isso relacionado ao justo pode ser tomado de modo literal ou figurado. O
uso injusto do poder pode verdadeiramente ter causado a execução de pessoas
inocentes. Figurativamente, privar um homem do seu salário é cometer um tipo de
assassinato contra ele.
Para o incrédulo, todas as bênçãos no final
se transformam em maldição, porque para cada coisa boa recebida da providência
de Deus sem uma resposta de gratidão e honra, há um correspondente aumento da
culpa e da punição.
E. Paciência (5.7-11).
Dos vs. 7 ao 11, Tiago pede paciência.
Tiago pediu paciência como outra demonstração de sabedoria proveniente de Deus.
Os santos devem exercitar paciência
enquanto aguardam a prometida vindicação de Deus do seu povo. Deus prometeu
acabar com a injustiça neste mundo (Lc 18.1-8).
Esse versículo 9 de que o juiz está às
portas reflete um sentido urgente da iminente vinda de Cristo. Ele reforça a
esperança do Novo Testamento pelo retorno de Jesus, o qual virá no final dos
tempos. Tiago também poderia ter em vista a proximidade radical do julgamento
que espera todas as pessoas, pois todos comparecerão diante do juiz para prestar
contas. Veja o vs. 3, onde Tiago mencionou os "últimos dias".
IV. EXORTAÇÃO FINAL À HARMONIA (5.12-19).
Tiago escreveu sobre uma série de assuntos,
especialmente aqueles relacionados à harmonia dentro da igreja.
Tiago encerrou a sua epístola tratando de
diversos aspectos específicos de vida harmoniosa entre os cristãos.
Essa exortação enfática – vs. 12 - sinaliza
a prioridade importante que Tiago dava à religiosidade. Enfatizar que se
abstivessem dos juramentos e votos falsos de maneira tão veemente pode parecer
estranho aos ouvidos modernos, mas isso é consistente com a preocupação bíblica
de manter a aliança e a santidade da fé.
O ensinamento de Tiago relativo aos jurar evidentemente
derivou das instruções de Jesus quanto à questão dos juramentos (Mt 5.33-37).
Nem Jesus nem Tiago condenavam os votos ou o juramento corretos. Mais
precisamente, ambos condenaram os juramentos levianos (cf. o ensinamento de
Paulo em 2Co 1.23; 1 Ts 2.10).
Tiago estava preocupado especialmente com o
fato de que as promessas vazias destruiriam os relacionamentos entre os
cristãos. Por isso que nossa palavra deveria ser o sim e o não. É esperado do
cristão que sua palavra seja confiável. Seja, portanto, o sim de vocês, sim, e
o não, não, para que não caiam em condenação – vs. 12.
Encerrando esse ponto – vs. 12, de Tg 5 -,
ele logo começa outros – vs. 13 ao 18 - relacionados aos sofrimentos, à
felicidade, às doenças e todos eles ligados à oração/intercessão e ao louvor.
Entre vocês há alguém que está
sofrendo?
Que ele
ore.
Há alguém que se sente feliz?
Que ele
cante louvores.
Entre vocês há alguém que está
doente?
Que ele
mande chamar os presbíteros da igreja,
para
que estes orem sobre ele
e o
unjam com óleo,
em nome
do Senhor.
(Tiago 5:13,14).
Que os presbíteros deveriam ser chamados
pelas pessoas doentes e que suas orações salvariam as pessoas "da
morte" (vs. 20) provavelmente indica que Tiago tinha em mente casos
extremos de doenças que eram cridas terem sido causadas pelo pecado na vida da
pessoa.
Há implicações, no entanto, de muitos
outros usos da oração intercessória e confissão aos presbíteros.
Com relação aos presbíteros, veja At 14.23;
Tt 1.5, pois seriam eles que estariam ungindo os enfermos com óleo. O azeite de
oliva tinha um uso medicinal comum no mundo antigo (Mc 6.13; Lc 10.34), mas
aqui o óleo tinha um uso simbólico em relação ao poder curador de Deus.
Esse versículo 15 de Tg 5 diz que a oração
feita com fé curará o doente e o Senhor o levantará. Também diz que se houver
cometido pecados, ele será perdoado.
Repare nesse verso 15 que ele ordena à
comunidade cristã que se envolva de maneira devota com as orações
intercessórias pelos doentes como uma expressão de fiel dependência de Deus,
pois afinal de contas com ou sem remédios, com ou sem internações hospitalares,
com ou sem a intervenção direta de um médico especialista, a cura, mediata ou
imediata, sempre vem de Deus e para ele é toda a glória, sempre.
Ele não apoia a noção popular em alguns
círculos cristãos de que um tipo especial de "oração da fé"
invariavelmente irá curar, e nem apoia a tradição católica romana dos últimos
sacramentos.
Em virtude disso, o melhor mesmo é confessar,
pois, os nossos pecados uns aos outros. Tiago não está defendendo aqui que os
cristãos confessem seus pecados uns para os outros sob circunstâncias normais,
mas sim que eles deveriam confessar seus pecados aos presbíteros quando tais
pecados possam ser as possíveis razões de suas doenças.
Na providência divina, as orações de
pessoas justas com frequência orientam o curso da História. Uma pessoa
consagrada que ora em fé é uma pessoa honrada ou justa. A oração de um justo é
poderosa e eficaz.
Elias, por exemplo, no vs. 17, embora ele
exercesse o ofício especial de profeta do Antigo Testamento, ele compartilhava
a humanidade comum com todos os cristãos. Sua consagrada vida de oração é um
modelo para todos os santos.
Encerrando sua carta ele fala dos que se
desviam da verdade, mas que ainda podem ser resgatados de volta, mesmo que desviados
para padrões pecaminosos ou tenham mostrado evidências da ausência de uma fé
salvadora.
Tiago 5:
1.
Ouçam agora
vocês, ricos!
Chorem e
lamentem-se,
tendo em vista a
miséria que lhes sobrevirá.
2.
A riqueza de
vocês apodreceu,
e as traças
corroeram as suas roupas.
3.
O ouro e a prata
de vocês enferrujaram,
e a ferrugem deles testemunhará contra vocês
e como fogo lhes devorará a carne.
Vocês
acumularam bens nestes últimos dias.
4.
Vejam, o salário
dos trabalhadores que ceifaram os seus campos,
e que por vocês
foi retido com fraude, está clamando
contra vocês.
O lamento dos
ceifeiros chegou
aos ouvidos do
Senhor dos Exércitos.
5.
Vocês viveram
luxuosamente na terra,
desfrutando
prazeres,
e fartaram-se de
comida em dia de abate.
6.
Vocês têm
condenado e matado o justo,
sem que ele
ofereça resistência.
7.
Portanto,
irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor.
Vejam como o
agricultor aguarda que a terra
produza a
preciosa colheita
e como espera
com paciência até virem
as chuvas do outono e da primavera.
8.
Sejam também
pacientes
e fortaleçam o
coração,
pois a vinda do
Senhor está próxima.
9.
Irmãos, não se
queixem uns dos outros,
para que não
sejam julgados.
O Juiz já está
às portas!
10.
Irmãos, tenham
os profetas que falaram em nome do Senhor
como exemplo de
paciência diante do sofrimento.
11.
Como vocês
sabem, nós consideramos felizes
aqueles que
mostraram perseverança.
Vocês ouviram
falar sobre a paciência de Jó
e viram o fim
que o Senhor lhe proporcionou.
O
Senhor é cheio de compaixão e misericórdia.
12.
Sobretudo, meus
irmãos, não jurem nem pelo céu,
nem pela terra,
nem por qualquer outra coisa.
Seja o sim de
vocês, sim, e o não, não,
para que não
caiam em condenação.
13.
Entre vocês há
alguém que está sofrendo?
Que ele ore.
Há
alguém que se sente feliz?
Que ele cante louvores.
14.
Entre vocês há
alguém que está doente?
Que ele mande
chamar os presbíteros da igreja,
para que estes
orem sobre ele
e o unjam com
óleo, em nome do Senhor.
15.
E a oração feita
com fé curará o doente;
o Senhor o
levantará.
E se
houver cometido pecados,
ele será perdoado.
16.
Portanto,
confessem os seus pecados uns aos outros
e orem uns pelos
outros para serem curados.
A
oração de um justo é poderosa e eficaz.
17.
Elias era humano
como nós.
Ele orou
fervorosamente para que não chovesse,
e não choveu
sobre a terra durante três anos e meio.
18.
Orou outra vez,
e o céu enviou chuva,
e a terra
produziu os seus frutos.
19.
Meus irmãos, se
algum de vocês se desviar da verdade
e alguém o
trouxer de volta,
20.
lembrem-se
disso:
Quem converte um
pecador do erro do seu caminho,
salvará a vida
dessa pessoa
e fará que
muitíssimos pecados sejam perdoados.
Aqueles que são instrumentos de Deus e se
deixam usar para converter um pecador do erro do seu caminho, salvará a vida
dessa pessoa e fará que muitíssimos pecados sejam perdoados. Refere-se à
cobertura dos pecados por parte de Deus com o perdão (SI 32.1; 85.2).
O cuidado das almas
dentro da comunidade deveria ser a preocupação de todos os membros, não somente
do clero ou dos ministros da igreja. A ajuda mútua e o encorajamento são necessários.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel
Deusdete.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.