domingo, 3 de agosto de 2014
domingo, agosto 03, 2014
Jamais Desista
Jó 24:1-25 - JÓ FALA DAS INJUSTIÇAS NO MUNDO E DA NECESSIDADE DE JUSTIÇA AOS PERVERSOS
D. O terceiro e
último ciclo de discursos – 22:1 – 26:14.
A parte “D” foi dividida, como na BEG, em quatro partes: 1. Elifaz
– 22:1 – 30 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 23:1 – 24:25 – estamos
analisando. 3. Bildade: a glória de Deus e a insignificância da humanidade –
25:1-6. 4. A resposta de Jó a Bildade – 26:1 – 14.
2. A resposta de Jó a Elifaz – 23:1 – 24:25 - continuação.
Continua Jó com sua resposta. Dos vs. 1 ao 9, tínhamos visto Jó
falando do silêncio de Deus, com sua aparente ausência. Depois dos vs. 10 ao
17, ele falando da soberania de Deus que não precisa explicar nada para ninguém.
Agora continuaremos vendo Jó falando das injustiças que há no
mundo – dos vs. 1 ao 12 e do 13 ao final, vs. 25, a justiça para os perversos.
c. As
injustiças que há no mundo – 1 ao 12.
Esses versículos mostram as crueldades que as pessoas infligem
umas sobre as outras enquanto Deus, aparentemente, nada faz. Aqui são descritas
algumas tragédias mais devastadoras que atingem as pessoas.
A palavra chave desse bloco de versículos é o verso primeiro que
logo diz: POR QUE O TODO-PODEROSO NÃO DESIGNA TEMPOS DE JULGAMENTO?
Habacuque também clamou e bem assim os salmistas ou João no
apocalipse até quando, ó justo Juiz, não se fara justiça e juízo na terra?
Por causa da demora na punição, o pecador se sente mais motivado a
pecar. Que bom seria que toda vez que o pecado ocorresse, imediatamente se
veria a sua consequência.
Eu creio que a justiça será feita. Sempre cri, mesmo quando nem
conhecia ao Senhor e andava por ai fazendo rezas a imagens de escultura, na
minha infância e adolescência, achando que tinham algum poder.
Lembro-me da minha primeira invocação à mãe de Jesus, diante de
uma estátua pequena de sua imagem que estava em casa, e pedi, na minha
inocência, que me ajudasse a dar uma surra num outro menino que me perseguia
injustamente todos os dias.
O nome dele é Antônio Carlos de Castro – o Cal -, hoje pintor,
formado em Artes Plásticas pela Universidade de Guarulhos, meu amigo e vizinho
de minha mãe. E não é que surrei este menino? (Entendam, naquela ocasião sim,
ele não fazia o que era reto, mas hoje é meu amigo – coisas de infância, acho
que tinha uns nove para dez anos).
Depois disso, não me lembro, nunca mais de qualquer outra
invocação. Conheci ao Senhor perto de meus 18 anos e assim conheci a verdade da
Bíblia e hoje dirijo as minhas orações, súplicas e intercessões unicamente ao
Senhor Jesus Cristo.
Sempre também defendi essa minha crença em justiça divina. Eu sei
que meu justo Juiz vive e que por fim fará justiça e juízo em toda a terra,
diante de suas criaturas e seus filhos, em Cristo Jesus.
d. A
justiça para os perversos – 13 ao 25.
Jó parece concordar com seus amigos quanto ao que deveria
acontecer aos perversos; seu problema é que, muitas vezes, as circunstancias
não seguem esse padrão, ou melhor nem tem padrão algum.
Ele insiste que é imprudente julgar a retidão ou falta de retidão
de uma pessoa simplesmente com base no seu nível de prosperidade.
Aparentemente, parece natural que a prosperidade seja pertencente ao justo e
não ao injusto, mas os fatos não são esses.
Tem rico honesto e próspero, mas tem também pobres honestos; ricos
desonestos, pobres desonestos. A moral ou o caráter de um homem não podem ser
avaliados pelas suas posses e bens.
A punição dos perversos é altamente desejada por todo justo e pela
própria justiça e eles, com frequência, parece escaparem dela. Por isso que se
clama tanto por justiça na terra dos viventes.
Com relação à prosperidade do ímpio, dos perversos, que fazem
coisas erradas e prejudicam os outros para obterem suas vantagens, por fim,
Deus irá leva-los à ruína, ainda que somente depois da morte – a minha crença!
Jó está pedindo nos versos de 18 a 25 para que os malfeitores
sejam corrigidos em vida, no entanto isso é demasiadamente lento. Eu creio que
se não morrêssemos e Deus governasse o mundo dos homens imortais, a justiça
seria vista com toda certeza.
Quando juntamos os versos de 23 a 25 ao primeiro deste capítulo,
passamos a entender o motivo e o sentido do capítulo.
Jó estava tentando mostrar que os perversos são, de fato, punidos,
mas que o processo acontece aos poucos -
vs. 23 e 24 – uma frustração para os justos, que querem ver a justiça feita completa
e sumariamente.
Em discussões acerca da existência de Deus um dos temas preferidos
dos que não creem em Deus é a justiça, pois que eles não entendem ela por causa
de seu aparente triunfo temporário.
Jó 24:1 Visto que do Todo-Poderoso não
se encobriram os tempos,
por
que, os que o conhecem, não veem os seus dias?
Jó
24:2 Até os limites removem; roubam os rebanhos,
e
os apascentam.
Jó
24:3 Do órfão levam o jumento;
tomam
em penhor o boi da viúva.
Jó
24:4 Desviam do caminho os necessitados;
e
os pobres da terra juntos se escondem.
Jó
24:5 Eis que, como jumentos monteses no deserto,
saem à sua obra, madrugando para a presa;
a
campina dá mantimento a eles e aos seus filhos.
Jó
24:6 No campo segam o seu pasto,
e
vindimam a vinha do ímpio.
Jó
24:7 Ao nu fazem passar a noite sem roupa,
não
tendo ele coberta contra o frio.
Jó
24:8 Pelas chuvas das montanhas são molhados
e,
não tendo refúgio, abraçam-se com as rochas.
Jó
24:9 Ao órfãozinho arrancam dos peitos,
e
tomam o penhor do pobre.
Jó
24:10 Fazem com que os nus vão sem roupa
e
aos famintos tiram as espigas.
Jó
24:11 Dentro das suas paredes espremem o azeite;
pisam
os lagares, e ainda têm sede.
Jó
24:12 Desde as cidades gemem os homens,
e
a alma dos feridos exclama,
e
contudo Deus lho não imputa como loucura.
Jó
24:13 Eles estão entre os que se opõem à luz;
não
conhecem os seus caminhos,
e
não permanecem nas suas veredas.
Jó
24:14 De madrugada se levanta o homicida,
mata
o pobre e necessitado, e de noite é como o ladrão.
Jó
24:15 Assim como o olho do adúltero
aguarda
o crepúsculo, dizendo:
Não
me verá olho nenhum;
e
oculta o rosto,
Jó
24:16 Nas trevas minam as casas, que de dia se marcaram;
não
conhecem a luz.
Jó
24:17 Porque a manhã para todos eles é como sombra de morte;
pois,
sendo conhecidos,
sentem
os pavores da sombra da morte.
Jó
24:18 É ligeiro sobre a superfície das águas;
maldita
é a sua parte sobre a terra;
não
volta pelo caminho das vinhas.
Jó
24:19 A secura e o calor desfazem as águas da neve;
assim
desfará a sepultura aos que pecaram.
Jó
24:20 A madre se esquecerá dele,
os
vermes o comerão gostosamente;
nunca
mais haverá lembrança dele;
e
a iniquidade se quebrará como uma árvore.
Jó
24:21 Aflige à estéril que não dá à luz,
e
à viúva não faz bem.
Jó
24:22 Até aos poderosos arrasta com a sua força;
se
ele se levanta, não há vida segura.
Jó
24:23 Se Deus lhes dá descanso, estribam-se nisso;
seus
olhos porém estão nos caminhos deles.
Jó
24:24 Por um pouco se exaltam, e logo desaparecem;
são
abatidos, encerrados como todos os demais;
e
cortados como as cabeças das espigas.
Jó
24:25 Se agora não é assim,
quem
me desmentirá e desfará as minhas razões?
Veremos
na sequência o pequeníssimo discurso de Bildade que falará que o homem não pode justificar-se diante de
Deus.
Interessantes
os temas e discussões em Jó sobre a vida, a justiça, o sofrimento e Deus em
tudo isso.
Como
eu sei que nas discussões, como estava dizendo acima, com os que não creem em
Deus, que quase sempre o assunto se volta para a questão da justiça, eu logo,
indago do não crente que aquele senso que ele tem, pelo qual ele invoca a justiça,
não vem dele, mas da própria Justiça, ou seja de Deus.
Ninguém,
em são consciência, busca razões na injustiça, na mentira, na falsidade, mas em
valores reais que somente estão presentes em uma divindade, um ser moral, em
Deus. Não há ordem, nem verdades, nem justiças, nem mentiras no caos, ou no
nada; sendo assim, todo aquele que não crê em Deus é um crente que não sabe.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.