quarta-feira, 30 de setembro de 2015
quarta-feira, setembro 30, 2015
Jamais Desista
Lucas 13.1-35- A PORTA IRÁ SE FECHAR, ENTRA LOGO!
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27)
- continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19,
veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho
de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo
mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções
individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a
capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte
conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração
(11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os
espíritos maus (11.14-26) – já vimos;
D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – concluiremos
agora; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – veremos agora; F O reino de Deus (13.18-14.24) – começaremos a ver agora; G. Ensino sobre
discipulado (14.25-35); H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32); I. Sobre
dinheiro e serviço (16.1-17.10); J. Os dez leprosos (17.11-19); K. A vinda do
reino (17.20-37); L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças
(18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P.
Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado
Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 13.
É óbvio que colhemos o que plantamos, mas
isso não é matemática. Por exemplo, o que semeou o Senhor, haja vista que
recebeu tantos descasos, traição, julgamento maligno, sofrimento e morte? E a
vida de Paulo, que semeava a semente da palavra de Deus e foi o maior fundador
de igrejas do mundo? E os mártires e àqueles que pregam onde ninguém ousa se
quer visitar? E os heróis da fé de Hebreus 11, dos quais o mundo não era digno?
Por que há inocentes? Por que há vítimas?
Não é por que há culpados e por que há aqueles que praticam o mal? A vítima é
vítima por que é mais pecadora que as demais? Ou o inocente injustiçado é mais
culpado que os outros por estar sendo prejudicado? Jesus disse que não, mas que
igualmente iriam perecer se não se arrependessem.
Eu creio que Deus fará justiça por mim,
mesmo que eu tenha sido injustiçado aqui nesta vida. Se creio na justiça de
Deus, creio que haverá também o juízo de Deus sobre aqueles que viveram
regaladamente por toda vida sem sofrerem qualquer dano ou sem terem colhido
aquilo que semearam.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) - continuação.
Até 13.9, como já falamos, estaremos vendo
a bênção e o julgamento. Lucas compilou uma série de relatos nos quais Jesus
definiu contrastes entre aqueles que recebem as bênçãos de Deus e aqueles que
recebem o julgamento de Deus.
Matar uma pessoa enquanto esta oferecia
sacrifício era considerado algo particularmente horrível. Esse incidente,
registrado apenas aqui, da morte dos galileus, cujo sangue Pilatos misturava
com os seus sacrifícios, sem dúvida contribuiu para reforçar a reputação de
Pilatos como um homem cruel.
Era crido que as desgraças eram resultado
de pecados muito graves (Jo 9.1-2); porém, Jesus negou que esses galileus
tivessem cometido qualquer ato que merecesse um fim tão trágico.
Todos nós somos pecadores. Jesus insistiu
para as pessoas se arrependerem, do contrário morreriam. Por terem sido mortos
subitamente, aqueles galileus não tiveram tempo de se arrepender.
Assim, Jesus advertiu às pessoas que se
arrependam enquanto ainda há tempo, pois poderá não haver outra oportunidade de
fazê-lo.
Jesus cita outro exemplo similar. Daqueles
18 sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os. Outro incidente registrado
apenas aqui. Do mesmo modo Jesus diz que isso não se sucedeu porque eram mais
culpados, literalmente, "mais devedores". As pessoas devem obediência
a Deus.
Continua sendo necessário o arrependimento
e este enquanto houver tempo, pois se não o fizermos, pereceremos do mesmo
modo.
Jesus, em seguida, lhes conta mais uma
parábola. Uma figueira plantada na vinha está em solo fértil, e a frase
"há três anos" indica uma árvore bem firme e que já deveria estar
produzindo frutos.
Contudo, era improvável que viesse a
produzir alguma coisa e estava apenas ocupando espaço que poderia ser mais bem
utilizado para uma árvore frutífera.
No entanto, lhe foi dada mais uma
oportunidade. O fato de Deus não punir os pecadores imediatamente não significa
que ele aprove o pecado. Antes, demonstra que é misericordioso e que os
pecadores precisam se arrepender enquanto há tempo.
A figueira representa especialmente Israel,
que recebeu mais uma oportunidade de se arrepender.
E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17).
Jesus agora estava ensinando num sábado.
Veremos aqui até o verso 17, a cura de uma mulher no sábado. Lucas relata uma
ocasião quando Jesus curou uma mulher aleijada no sábado.
Lucas demonstrou não apenas a preocupação
de Jesus com relação às mulheres e aos fracos, como também o entendimento que
Jesus tinha sobre o caráter justo de demonstrar misericórdia e justiça no
sábado.
A observância correta do dia de sábado era
um assunto de constante controvérsia entre Jesus e seus inimigos. Essa foi a
última vez que é dito que Jesus compareceu a uma sinagoga.
Reparem no texto que a mulher não pediu
para ser curada, foi Jesus quem tomou a iniciativa. Aquela mulher tinha um
espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada, e não podia
de modo algum endireitar-se.
Era uma mulher que atraia a atenção de
todos pelo fato de sua doença ser bem visível. Jesus a expões mais ainda e
todos reparam que ela era visivelmente enferma.
O que faz Jesus, então? Diante de todos a
restabelece maravilhosamente, tanto que a própria mulher glorificava a Deus por
tão grande feito.
O príncipe da sinagoga e todos ali viram a
maravilha feita por Jesus e ao invés de também glorificarem a Deus, tenta
passar um sermão em Jesus dizendo para ele não fazer aquilo no sábado, pois
havia seis dias para trabalhar.
Jesus não teve outra palavra para
descrevê-los e os chamou de hipócritas. Isso atingiu o chefe da sinagoga e
todos aqueles que concordavam com ele, pois os judeus cuidavam de seus animais
no sábado tanto quanto o faziam em outros dias. O fato de Satanás manter essa
mulher "presa" (vs. 16) não significa que ela era mais pecadora do
que os outros; era a sua doença que tinha origem maligna.
F. O reino de Deus (13.18-14.24).
Doravante, a partir dos vs. 18 até o
próximo capítulo, vs. 24, veremos o Reino de Deus. Lucas registra uma série de
ilustrações que Jesus usou para explicar o modo inesperado pelo qual o reino de
Deus estava chegando.
Ele deixou claro que o reino estava vindo
gradualmente, e que os gentios tomariam o lugar de muitos judeus no reino.
Dos vs. 18 ao 21, ele cita duas parábolas
sobre o reino de Deus. Essas duas parábolas curtas começam ilustrando o início
pequeno do reino e indicam:
(1) A sua expansão pelo mundo (os
discípulos de Jesus eram poucos em número, porém a mensagem deles iria se
espalhar pelo mundo).
(2) O seu poder de transformação (o
fermento trabalha de um modo invisível, mas poderoso).
Lucas registra – vs. 22 - que Jesus caminha
sem pressa em direção à Jerusalém, onde aconteceria o ponto culminante de sua
vida e missão. Enquanto viajava, Jesus atendia as pessoas que encontrava pelo
caminho.
Um deles que caminhavam com Jesus lhe
perguntou se seriam poucos os que se salvariam. Entre os judeus, havia
discussões sobre o número de pessoas que seriam salvas, e era ponto aceito que
Israel (exceto algumas pessoas muito pecadoras) estaria incluída nesse número.
Jesus fez advertências contra essa presunção. A salvação deve ser buscada com
seriedade e todos os esforços devem ser empregados para perseverar na fé (Fp
2.12; 2Pe 1.10). A dádiva da salvação tem um tempo determinado, e deve ser
aceita durante o período em que é apresentada.
Haverá um tempo, controlado pelo Pai da
família, em que ele se levantará e fechará a porta. Muitos ficarão do lado de
fora querendo entrar, mas ele responderá que não sabe donde eles eram. Veja Mt
7.23; 25.12.
A recomendação de Jesus no vs. 24 é forte: Porfiai por entrar pela porta estreita;
porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão.
Esses que ficarem do lado de fora irão
argumentar que comiam e bebiam na sua presença e ele ensinava nas suas ruas –
vs. 26-27. Não é suficiente ter um relacionamento social com Jesus e ouvir os
seus ensinamentos.
As pessoas tinham apenas uma atitude
superficial e não aceitaram o senhorio de Cristo. Não é mencionado um pecado
específico aqui, mas apenas a condenação geral dos que praticam a iniquidade (vs.
27).
Os salvos são pessoas vindas de todas as
partes do mundo, do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, incluindo os
gentios. Eles tomarão lugares à mesa. Significa um banquete, uma imagem da
festa messiânica que acontecerá quando Cristo retornar. Essa imagem retrata a
alegria que existirá no reino naquele momento (14.15; Ap 19.9).
Haverá uma inversão total de muitas ideias
erradas mantidas pela humanidade.
Ainda era aquele mesmo dia quando os
fariseus correram até Jesus para adverti-lo a prosseguir viagem, pois estava
correndo sérios riscos ficando ali. Parece que Jesus estava na Pereia,
governada por Herodes. Os fariseus preferiam que ele estivesse na Judeia, onde
tinham maior influência.
Jesus chamou a Herodes de raposa. Um homem
desprezível e malicioso. Jesus não se abateu com a ameaça e disse que
continuaria com o seu ministério. Havia um limite quanto ao tempo que tinha à
sua disposição, como indica a referência ao "terceiro dia".
Jesus estava se referindo à sua morte
(observe a referência a Jerusalém – vs. 33). Havia uma necessidade divina que
impelia Jesus em sua obra. Observe aqui outra referência ao "terceiro
dia" e à certeza de que Jerusalém seria o lugar de sua morte.
Em função disso Jesus faz um lamento sobre
Jerusalém – vs. 34-35. Esse lamento pela cidade foi proferido provavelmente
quando Jesus chegou (Mt 23.37-38), mas pode ter sido incluído aqui por causa da
relação disso com o que Jesus havia acabado de dizer.
Também é possível que Jesus tenha
pronunciado duas vezes as mesmas palavras. O fato é que Jesus pode ter estado
em Jerusalém com mais frequência do que registram os sinóticos.
Muitas vezes quis Jesus ajuntá-los como a
galinha com seus pintinhos sob as suas asas, mas eles, simplesmente, não
queriam. Portanto, não haveria jeito, a casa deles - pode ser o templo ou a
cidade - como um todo iria ficar deserta - o resultado inevitável da
incredulidade. Isso deveria se suceder até que venhais a dizer: Bendito aquele que vem em nome do Senhor
– vs. 35.
Lc 13:1 Naquela mesma ocasião, chegando
alguns,
falavam a
Jesus a respeito dos galileus
cujo
sangue Pilatos misturara com os sacrifícios
que
os mesmos realizavam.
Lc 13:2 Ele,
porém, lhes disse:
Pensais
que esses galileus
eram
mais pecadores do que todos
os
outros galileus,
por
terem padecido estas coisas?
Lc
13:3 Não eram, eu vo-lo afirmo;
se,
porém, não vos arrependerdes,
todos
igualmente perecereis.
Lc
13:4 Ou cuidais que aqueles dezoito
sobre
os quais desabou a torre de Siloé
e
os matou eram mais culpados
que
todos os outros
habitantes
de Jerusalém?
Lc
13:5 Não eram, eu vo-lo afirmo;
mas,
se não vos arrependerdes,
todos
igualmente perecereis.
Lc 13:6
Então, Jesus proferiu a seguinte parábola:
Certo
homem tinha uma figueira plantada na sua vinha
e,
vindo procurar fruto nela, não achou.
Lc
13:7 Pelo que disse ao viticultor:
Há
três anos venho procurar fruto nesta figueira
e
não acho;
podes
cortá-la;
para
que está ela ainda ocupando
inutilmente
a terra?
Lc
13:8 Ele, porém, respondeu:
Senhor,
deixa-a ainda este ano,
até que eu
escave ao redor dela e lhe ponha estrume.
Lc 13:9 Se
vier a dar fruto,
bem
está;
se não,
mandarás
cortá-la.
Lc 13:10 Ora, ensinava Jesus no sábado
numa das sinagogas.
Lc 13:11 E
veio ali uma mulher possessa
de
um espírito de enfermidade,
havia
já dezoito anos;
andava
ela encurvada,
sem
de modo algum poder endireitar-se.
Lc 13:12
Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe:
Mulher,
estás livre da tua enfermidade;
Lc
13:13 e, impondo-lhe as mãos,
ela
imediatamente se endireitou
e
dava glória a Deus.
Lc 13:14 O
chefe da sinagoga,
indignado
de ver que Jesus curava no sábado,
disse
à multidão:
Seis
dias há em que se deve trabalhar;
vinde,
pois, nesses dias para serdes curados
e
não no sábado.
Lc 13:15
Disse-lhe, porém, o Senhor:
Hipócritas,
cada um de vós não desprende da manjedoura,
no
sábado,
o seu boi ou
o seu jumento, para levá-lo a beber?
Lc
13:16 Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro,
em
dia de sábado,
esta
filha de Abraão,
a quem
Satanás trazia presa
há
dezoito anos?
Lc 13:17
Tendo ele dito estas palavras,
todos
os seus adversários se envergonharam.
Entretanto, o
povo se alegrava
por
todos os gloriosos feitos que Jesus realizava.
Lc 13:18 E dizia:
A que é
semelhante o reino de Deus,
e a que o
compararei?
Lc
13:19 É semelhante a um grão de mostarda
que
um homem plantou na sua horta;
e
cresceu
e
fez-se árvore;
e
as aves do céu aninharam-se nos seus ramos.
Lc 13:20 Disse mais:
A que compararei
o reino de Deus?
Lc
13:21 É semelhante ao fermento
que
uma mulher tomou
e
escondeu em três medidas de farinha,
até
ficar tudo levedado.
Lc 13:22 Passava Jesus
por cidades e
aldeias,
ensinando
e
caminhando para Jerusalém.
Lc 13:23 E
alguém lhe perguntou:
Senhor,
são poucos os que são salvos?
Lc 13:24
Respondeu-lhes:
Esforçai-vos
por entrar pela porta estreita,
pois
eu vos digo que muitos procurarão entrar
e
não poderão.
Lc 13:25
Quando o dono da casa se tiver levantado
e fechado a
porta,
e vós, do
lado de fora, começardes a bater, dizendo:
Senhor,
abre-nos a porta,
ele vos
responderá:
Não
sei donde sois.
Lc 13:26
Então, direis:
Comíamos
e bebíamos na tua presença,
e
ensinavas em nossas ruas.
Lc 13:27 Mas
ele vos dirá:
Não
sei donde vós sois;
apartai-vos
de mim,
vós todos os
que praticais iniqüidades.
Lc
13:28 Ali haverá choro e ranger de dentes,
quando
virdes, no reino de Deus,
Abraão,
Isaque,
Jacó
e
todos os profetas,
mas
vós, lançados fora.
Lc
13:29 Muitos virão
do
Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul
e
tomarão lugares à mesa no reino de Deus.
Lc 13:30
Contudo,
há
últimos que virão a ser primeiros,
e
primeiros que serão últimos.
Lc 13:31 Naquela mesma hora, alguns
fariseus vieram para dizer-lhe:
Retira-te e
vai-te daqui,
porque
Herodes quer matar-te.
Lc 13:32 Ele, porém, lhes respondeu:
Ide dizer a
essa raposa
que,
hoje e amanhã,
expulso
demônios
e
curo enfermos
e,
no terceiro dia,
terminarei.
Lc 13:33
Importa, contudo,
caminhar
hoje, amanhã e depois,
porque
não se espera que um profeta morra
fora
de Jerusalém.
Lc 13:34
Jerusalém, Jerusalém,
que
matas os profetas
e
apedrejas os que te foram enviados!
Quantas vezes
quis eu reunir teus filhos
como
a galinha ajunta os do seu próprio ninho
debaixo
das asas,
e
vós não o quisestes!
Lc 13:35 Eis
que a vossa casa
vos
ficará deserta.
E em verdade
vos digo
que
não mais me vereis até que venhais a dizer:
Bendito
o que vem em nome do Senhor!
Jerusalém
rejeitou o Senhor e não conheceu o tempo de sua visitação. Pior, crucificou seu
salvador e ainda pediu que sobre eles e seus filhos caíssem toda vingança.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.