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terça-feira, 20 de outubro de 2015

João 9.1-41 - O CIDADÃO PRECISA ANDAR E DÁ UM TIRO NO PÉ, PODE?

O Evangelho de João é o livro que foi escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. 

Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 9, da parte II.
Breve síntese do capítulo 9
Este capítulo é muito interessante porque fala da cura de um cego de nascença por parte de Jesus Cristo num dia de sábado, utilizando lodo feito com saliva. Não adianta nada usarmos a mesma técnica para os cegos, nem os cegos de nascença, que não funcionará.

Ao curá-lo, o que o Espírito Santo quis nos transmitir? Em primeiro lugar, que ele tem domínio sobre a vida e a situação que estamos vivendo não passa a ele despercebida. A nossa vida está nas mãos do Senhor, bem assim a nossa saúde e todo o nosso ser.

Os discípulos e os fariseus queriam entender porque ele nascera cego e associavam sua cegueira à sua condição de pecador, mas Jesus lhes disse que ele assim nascera para que nele se manifestassem as obras de Deus. Do que falava o Senhor? Daquele cego de nascença específico ou de todos os cegos de nascença em geral?
Ai, então ele proclama uma verdade fundamental: EU SOU A LUZ DO MUNDO!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas festas judaicas. Veremos, doravante, até o capítulo doze, o ministério público de Jesus.

Estamos seguindo, conforme já falamos a proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – já vimos; C. Uma breve visita a Jerusalém (5.1-47) – já vimos; D. O seu ministério na Galileia (6.1-71) – já vimos; e, E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas (7.1-12.50) – estamos vendo.

E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas (7.1-12.50) - continuação.
Como dissemos, esses vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas começa no capítulo 7 e termina no 12. Assim, dividiremos essa alínea “E” em 3 seções: E1. Em Jerusalém, perto da festa dos tabernáculos (7.1-10.21) – começaremos agora; E2. Em Jerusalém, perto da festa da dedicação (10.22-42); e, E3. Em Jerusalém e vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).

E1. Em Jerusalém, perto da festa dos tabernáculos (7.1-10.21) - continuação.

Já dissemos que Jesus realizou milagres e ensinou em Jerusalém, perto da Festa dos Tabernáculos. Muitos ainda o rejeitaram. Em Jerusalém, perto da Festa dos Tabernáculos. João passa a registrar uma série de acontecimentos do ministério de Jesus dentro e ao redor de Jerusalém que ocorreram próximo à Festa dos Tabernáculos.

João dividiu essas atividades de Jesus em três partes principais: 1. Partindo para Jerusalém (7.1-13) – já vimos; 2. Ensinando os judeus (7.14-8.59) – já vimos; e, 3. Curando e ensinando (9.1-10.21) – começaremos agora.

3. Curando e ensinando (9.1-10.21).
Até o próximo capitulo, veremos Jesus curando e ensinando, como sempre fez e faz em seu ministério. Também veremos Jesus como a luz do mundo (8.12; 93) que concedeu visão a um homem cego (9.1-34). Esse é um relato que serve para expor a condenação da cegueira espiritual daqueles que o rejeitam (9.35-10.21).

Foi Jesus quem viu o cego, um cego de nascença. Logo seus discípulos, dispararam uma pergunta curiosa. Teria ele nascido assim por causa de algum pecado? Quem pecou, ele ou os seus pais? Alguém pecou?

Do mesmo modo que os amigos de Jó, os judeus pensavam erroneamente que toda “desgraça” (prefiro chamar de “não conformidade”, obviamente que com os padrões naturais) representava urna visitação punitiva de Deus por causa de algum pecado específico.

Acreditavam que defeitos congênitos eram resultado de pecados cometidos pela criança ainda no ventre da mãe, ou pelos pais, cujo comportamento vitimou a criança.

Jesus rejeitou essas teorias como explicações inadequadas (vs. 3), porém isso não implica que determinadas provações em nossa vida não sejam julgamento preordenados por Deus por causa de pecados específicos (observe a vida de Davi após ter cometido adultério e assassinato (2Sm 12-21), e a punição dos ímpios e dos insensatos retratada em Provérbios).

Jesus também não está rejeitando a doutrina bíblica do pecado original (Rm 5.12-21), que ensina que todo sofrimento humano está ligado ao pecado coletivo e à desobediência de Adão.

No caso do sofrimento dos outros, não é prudente nem apropriado o considerarmos corno urna punição (Mt 7.1). A questão proposta a Jesus era um falso dilema, pois somente foram apresentadas duas razões para as aflições desse cego: seus próprios pecados, ou os pecados de seus pais.

Jesus indicou uma terceira opção (vs. 3): para que nele se manifestem as obras de Deus. Tais como os de Jó, alguns dos nossos sofrimentos têm o propósito de demonstrar a glória de Deus, quer pela nossa paciência em suportá-los (1Pe 4.12-19), quer por uma cura milagrosa, como é ocaso aqui.

Deus, em sua providência, faz uso do sofrimento para alcançar propósitos salvadores. Contudo, esses propósitos nem sempre são revelados para nós, mas temos a garantia de Deus de que o seu objetivo com as nossas aflições é sempre bom.

Por isso que não existe o “coitadinho”, ou o carinhosamente chamado “tadinho”, pois todos temos recebido de Deus de sua graça abundante.
Antes de proceder à cura, Jesus disse de si mesmo que ele era a luz do mundo! Ele então cuspiu na terra. Em Mc 8.23-25, Jesus também usa a saliva como um ingrediente para curar. Cristo poderia ter curado o homem sem fazer uso desse procedimento, embora em outros casos tenha curado tocando no cego de algum modo (Mt 9.29; 20.34).

O toque físico de Jesus, além de suas palavras, estimulou os outros sentidos do cego e lhe deram uma vívida sensação do envolvimento de Jesus em sua cura.

Nesse caso, o método de Jesus também deu oportunidade ao homem para demonstrar a sua fé ao obedecer à ordem de Cristo (vs. 7). Obviamente, Jesus empregou vários métodos para curar, de acordo com a necessidade de cada pessoa.

Ao vê-lo curado e vendo normalmente muitos não creram nisso e acharam que nem era ele a pessoa curada, mas alguém parecido com ele. A transformação foi tão impressionante que as pessoas não podiam acreditar que se tratava do mesmo homem.

O cego sabia que alguém tinha curado ele e pode explicar como foi que aconteceu, mas não sabia quem era. À medida que a história se desenrola, o homem curado se move em direção à fé.

Aqui, ele não sabia onde Jesus estava; mais adiante, afirma que Jesus era um profeta (vs. 17); posteriormente, questiona a acusação de que Jesus era um pecador (vs. 25); e finalmente, após um novo encontro com Jesus, o reconhece como o Messias (o Filho do Homem) e o adora (vs. 35-38). Esses passos de fé são características que o autor desse Evangelho quer desenvolver nos seus leitores (20.31).

Agora era a vez dos fariseus de interrogarem o cego que responde do mesmo jeito. Os fariseus, em vez de reconhecerem nessa cura um ato da graça de Deus, passaram a questionar a observância do sábado por Jesus.

A preocupação deles não era especificamente com o quarto mandamento (Ex 20.8-11; Dt 5.12-15), mas com a interpretação tradicional que faziam sobre as exigências desse mandamento.

Nenhuma das ações de Jesus (cuspir, fazer lama, andar até Siloé, lavar o rosto, curar um cego) podia ser considerada como proibidas pelo quarto mandamento ou por qualquer outra estipulação da lei mosaica.

Em vez de dizerem "nossa tradição sobre o sábado deve ser modificada, urna vez que Deus obviamente abençoa o ministério de alguém que não segue a nossa interpretação", eles rejeitaram Jesus e seu ministério (vs. 16).

A cegueira era tão grande e terrível que nada parecia ser capaz de removê-la. Como não aceitaram a explicação do cego, novamente o interrogam e agora queriam saber da opinião daquele que fora cego e agora via. Eles perguntavam a ele o que ele dizia dele?

Uma pergunta bastante estranha, pois afirmavam terem o monopólio do ensino da lei e, ao mesmo tempo, não estavam preparados para aceitar a resposta desse homem.

Dos vs.18-23 eles se aprofundam nesse interrogatório. Um interrogatório mais acurado dos pais do cego teria provado a veracidade da sua condição anterior e sua cura atual, mas, por serem covardes, não conduziram essa investigação até o fim.

Uma segunda investigação sobre a cura não revelou fatos novos, porém demonstrou um endurecimento ainda maior da posição dos fariseus, que acusaram Jesus de "pecador" (vs. 24) e de procedência desconhecida (vs. 29), e então excomungaram o homem, que os desafiou com questões sarcásticas (vs. 27,30).

A contundência das perguntas é demonstrada por meio dos fatos: um homem cego de nascença passou a enxergar (vs. 30), e "Deus não atende a pecadores" (vs. 31).

Nesse segundo encontro com Cristo, a fé do homem curado progride de uma confiança geral na missão piedosa de Jesus para uma aceitação jubilosa de Cristo como o Messias e a adoração dele como Deus.

Nesse encerramento, Jesus revelou o impacto de sua vinda: aqueles que pensavam ter um discernimento maior sobre as coisas de Deus eram na verdade cegos e inimigos de Deus. Por outro lado, aqueles que estavam espiritualmente cegos, como toda a humanidade, foram tirados de sua cegueira quando o Espírito de Deus abriu seus olhos e os conduziu à fé.

Diante dos fatos, Jesus explica que viera a este mundo para juízo. A primeira vinda de Cristo não iniciou imediatamente o juízo final (3.17; 12.47), mas confrontou, inevitavelmente, os seres humanos com a obrigação de se posicionarem contra ou a favor de Jesus (Mt 12.30; Lc 11.23). Até a segunda vinda de Cristo, ainda vivemos na era da redenção durante a qual os cegos podem ver e os mortos na transgressão são regenerados para viver em novidade de vida (Ef 2.4-5).
A incredulidade persistente não é a única base para a condenação final, porém indica uma das atitudes mais prejudiciais que um ser humano pode ter em relação a Deus, a Cristo ou ao Espírito Santo.
Jo 9:1 Caminhando Jesus,
                viu um homem cego de nascença.
Jo 9:2 E os seus discípulos perguntaram:
                Mestre, quem pecou,
                               este ou seus pais,
                                               para que nascesse cego?
Jo 9:3 Respondeu Jesus:
                Nem ele pecou,
                nem seus pais;
                               mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.
                Jo 9:4 É necessário que façamos as obras daquele que me enviou,
                               enquanto é dia;
                a noite vem,
                               quando ninguém pode trabalhar.
Jo 9:5 Enquanto estou no mundo,
                sou a luz do mundo.
Jo 9:6 Dito isso,
                cuspiu na terra
                e, tendo feito lodo com a saliva,
                               aplicou-o aos olhos do cego,
                                               Jo 9:7 dizendo-lhe:
                                                               Vai,
                                                               lava-te no tanque de Siloé
(que quer dizer Enviado).
Ele foi,
                                                               lavou-se
                                                                               e voltou vendo.
Jo 9:8 Então, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista,
como mendigo, perguntavam:
                Não é este o que estava assentado pedindo esmolas?
Jo 9:9 Uns diziam:
                É ele.
Outros:
                Não, mas se parece com ele.
Ele mesmo, porém, dizia:
                Sou eu.
Jo 9:10 Perguntaram-lhe, pois:
                Como te foram abertos os olhos?
Jo 9:11 Respondeu ele:
                O homem chamado Jesus
                               fez lodo,
                               untou-me os olhos
                               e disse-me:
                                               Vai ao tanque de Siloé
                                               e lava-te.
                Então,
                               fui,
                               lavei-me
                               e estou vendo.
Jo 9:12 Disseram-lhe, pois:
                Onde está ele?
Respondeu:
                Não sei.
Jo 9:13 Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego.
Jo 9:14 E era sábado o dia em que Jesus
                fez o lodo
                e lhe abriu os olhos.
Jo 9:15 Então, os fariseus, por sua vez,
                lhe perguntaram como chegara a ver;
ao que lhes respondeu:
                Aplicou lodo aos meus olhos,
                               lavei-me
                               e estou vendo.
Jo 9:16 Por isso, alguns dos fariseus diziam:
                Esse homem não é de Deus,
                               porque não guarda o sábado.
Diziam outros:
                Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais?
                               E houve dissensão entre eles.
Jo 9:17 De novo, perguntaram ao cego:
                Que dizes tu a respeito dele,
                               visto que te abriu os olhos?
Que é profeta, respondeu ele.
Jo 9:18 Não acreditaram os judeus
                que ele fora cego
                e que agora via,
                               enquanto não lhe chamaram os pais
                               Jo 9:19 e os interrogaram:
                                               É este o vosso filho,
                                                               de quem dizeis que nasceu cego?
                                               Como, pois, vê agora?
Jo 9:20 Então, os pais responderam:
                Sabemos que este é nosso filho
                e que nasceu cego;
                               Jo 9:21 mas não sabemos como vê agora;
                               ou quem lhe abriu os olhos também não sabemos.
                Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo.
Jo 9:22 Isto disseram seus pais
                porque estavam com medo dos judeus;
                               pois estes já haviam assentado que,
                                               se alguém confessasse ser Jesus o Cristo,
                                                               fosse expulso da sinagoga.
Jo 9:23 Por isso, é que disseram os pais:
                Ele idade tem, interrogai-o.
Jo 9:24 Então, chamaram, pela segunda vez,
o homem que fora cego e lhe disseram:
                Dá glória a Deus;
                               nós sabemos que esse homem é pecador.
Jo 9:25 Ele retrucou:
                Se é pecador,
                               não sei;
                uma coisa sei:
                               eu era cego
                               e agora vejo.
Jo 9:26 Perguntaram-lhe, pois:
                Que te fez ele?
                               como te abriu os olhos?
Jo 9:27 Ele lhes respondeu:
                Já vo-lo disse,
                e não atendestes;
                               por que quereis ouvir outra vez?
                                               Porventura, quereis vós também
                                                               tornar-vos seus discípulos?
Jo 9:28 Então, o injuriaram e lhe disseram:
                Discípulo dele és tu;
                               mas nós somos discípulos de Moisés.
                                               Jo 9:29 Sabemos que Deus falou a Moisés;
                                                               mas este nem sabemos donde é.
Jo 9:30 Respondeu-lhes o homem:
                Nisto é de estranhar que vós não saibais donde ele é,
                e, contudo, me abriu os olhos.
                               Jo 9:31 Sabemos que Deus não atende a pecadores;
                                               mas, pelo contrário,
                                                               se alguém teme a Deus
                                                               e pratica a sua vontade,
                                                                              a este atende.
                Jo 9:32 Desde que há mundo,
                               jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos
                                               a um cego de nascença.
                Jo 9:33 Se este homem não fosse de Deus,
                               nada poderia ter feito.
Jo 9:34 Mas eles retrucaram:
                Tu és nascido todo em pecado
                e nos ensinas a nós?
E o expulsaram.
Jo 9:35 Ouvindo Jesus que o tinham expulsado,
                encontrando-o, lhe perguntou:
                               Crês tu no Filho do Homem?
Jo 9:36 Ele respondeu e disse:
                Quem é, Senhor, para que eu nele creia?
Jo 9:37 E Jesus lhe disse:
                Já o tens visto,
                e é o que fala contigo.
Jo 9:38 Então, afirmou ele:
                Creio, Senhor;
                e o adorou.
Jo 9:39 Prosseguiu Jesus:
                Eu vim a este mundo para juízo,
                               a fim de que os que não vêem vejam,
                               e os que vêem se tornem cegos.
Jo 9:40 Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe:
                Acaso, também nós somos cegos?
Jo 9:41 Respondeu-lhes Jesus:
                Se fôsseis cegos,
                               não teríeis pecado algum;
                                               mas, porque agora dizeis:
                                                               Nós vemos,
                                                                              subsiste o vosso pecado.
Devemos tomar muito cuidado com o que fazemos com este homem e este Deus chamado Jesus! Desprezá-lo é dar um tiro no próprio pé tendo a necessidade urgente de atravessar andando um enorme deserto. Continuar rejeitando a ele é dar outro tiro no outro pé, estando ainda bem no início da jornada, já com um dos pés inutilizados. Isso é loucura!
A Deus toda glória! 
p/ pr. Daniel Deusdete.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.