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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Neemias 1:1-11 - NEEMIAS, OUTRO GRANDE LÍDER EM ISRAEL.

O LIVRO DE NEEMIAS
Veremos nesse livro a história desse grande líder em Israel que regressando do cativeiro para Jerusalém se empenhou pela reconstrução dos muros da cidade enfrente forte oposição e ainda conduziu o povo de Deus numa renovação da aliança, na devoção à cidade e em reformas morais e sociais.
Dividiremos esse livro, composto de 13 capítulos, em duas partes principais. 
  • Parte III – O regresso de Neemias e a reconstrução do muro – 1:1 a 7:3. 
  • Parte IV – O regresso dos exilados e a reconstrução da comunidade – 7:4 a 13:31.
Parte III. O REGRESSO DE NEEMIAS E A RECONSTRUÇÃO DO MURO – 1:1 a 7:3.
Neemias regressou a Jerusalém com a aprovação de Deus e do rei. O regresso de Neemias à Terra Prometida foi motivado por aspirações piedosas da sua parte em relação à Jerusalém e ao povo de Deus. Com a ajuda de Deus, Neemias se mostrou fiel e bem sucedido na construção do muro da cidade apesar de grande oposição. Ele promoveu a iniciativa de construção que começou com Zorobabel e teve continuidade com Esdras.
Essa parte será dividida didaticamente em duas outras partes.
A.    O regresso de Neemias – 1:1 a 2:10.
B.    A reconstrução do muro – 2:11 a 7:3.

Neemias 1:1-11 - Neemias, outro grande líder em Israel
Estamos vendo o primeiro capítulo de treze, no total, que é feito este livro.
Depois de ser informado das condições em que Jerusalém se encontrava, Neemias tomou o firme propósito de regressar.
Como na BEG, que estamos seguindo, dividiremos também essa parte “A” em duas outras. 1. Os preparativos para o regresso de Neemias – 1:1 a 2:8 2. Neemias finalmente regressa – 2:9 a 10.
1. Os preparativos para o regresso de Neemias – 1:1 a 2:8.
Neemias descreve como resolveu acompanhar os judeus que estavam regressando. Ele era um membro da corte real cuja responsabilidade era escolher o vinho (2:1) e evitar que o rei fosse envenenado, mas cuja proximidade com o rei acarretava prestígio e influência na corte.
Ele primeiro recebeu um relato (1:1-3), reagiu ao que ouviu (1:4-11) e pediu permissão ao rei Artaxerxes I para ir (2:1-8).
a. O relato sobre Judá – 1:1-3.
Neemias, cujo significado é "O SENHOR consolou", tinha motivos legítimos para acompanhar os judeus que estavam regressando. Sua decisão foi inspirada por um relato das condições difíceis de Jerusalém.
Relembramos ao leitor que o livro de Neemias era, originalmente, uma continuação do livro de Esdras.
O livro começa dizendo na primeira pessoa (“eu” - indicação de que os textos apresentados no livro fazem parte das memórias do próprio Neemias) que, estando ele, Neemias, em Susã (uma  residência de inverno dos reis persas - Et 1:2,5; 2:3, 3:15; 9:11ss.; Dn 8:2), no mês de quisleu, ou seja, entre novembro-dezembro de 446 a.C., do vigésimo ano de Artaxerxes I (2:1; Ed 7:1) veio a ele Hanani – forma abreviada de Hananias (O SENHOR é gracioso), juntamente com outros de Judá.
Hanani era uma espécie de chefe de assuntos judaicos que foi mencionado nos Papiros Elefantinos, textos aramaicos descobertos no Egito num assentamento de judeus do século 6. Alguns conjeturam que ele era irmão de Neemias (7:2).
Neemias perguntou a Hanani sobre os judeus que escaparam e que não foram levados cativos e ainda por Jerusalém. Hanani e os outros então responderam a ele que a situação deles era muito terrível e desesperadora - Ed 1:4; Is 1:9; Mq 2:12; 4:7. 1:3 –, sendo que os muros de Jerusalém estavam derribados e as suas portas, queimadas – vs. 3.
Muito provavelmente em decorrência dos acontecimentos registrados em Ed 4.7-23, mas, tendo em vista a referência a "portas", a causa mais provável é a destruição provocada por Nabucodonosor em 586 a.C. (Is 58:12; 61:4; 64:10).
b. A reação de Neemias – 1:4 – 11.
Neemias revelou a sua motivação piedosa para voltar à Terra Prometida.
No vs. 4, vemos que ele se entristeceu muito com os relatos.
·     Assentou-se.
·     Chorou.
·     Lamentou por alguns dias.
·     Jejuou e orou perante o Deus dos céus.
Aqui, o jejum está associado ao luto (como também em I Sm 31:13) e também a uma petição a Deus ( Ed 8:21; Is 58:3 – especialmente ao Deus dos céus – Ed 1:2; Dn 4:27,37).
Nesse livro, iremos perceber que a pessoa de Neemias está associada com a ideia de um homem que vive em constante oração. Talvez tenha sido esta a razão pela qual Deus abençoou tão ricamente os seus esforços (2:4; 4:4,9; 5:19; 6:9,14, 13:14,22,29,31).
No verso 5, veremos que Neemias reconhece tanto a transcendência quanto a imanência do Deus de Israel. O Deus verdadeiro não apenas está muito acima do seu povo como "Deus dos céus", mas também está próximo dele como “Deus da aliança”.
No verso 6 de sua oração, ele pede ao Senhor a sua atenção e os seus ouvidos apesar dele mesmo e dos pecados de todo povo. Continuamente – Js 1:8; Sl 1:2 –, ele estava se humilhando e buscando a Deus nas suas orações e confissões de pecado não somente dele, como de todo o povo de Deus.
Ele reconhece, no verso 7, que não estavam guardando a aliança do Senhor. A relação pactual entre Deus e o seu povo tornava as bênçãos e as maldições condicionadas à fidelidade do povo. O Senhor cumpriria as suas promessas se Israel obedecesse aos seus mandamentos (vs. 5), mas a sua desobediência resultaria em exílio (Ed 9:9).
Ao pedir ao Senhor para lembrar da palavra dele mesmo, ele estava fazendo uma petição comum nas Escrituras (Dt 9:27; Sl 132:1; Jr 14:21) e, particularmente, aqui, em Neemias (5:19; 6:14; 13:14,22,29,31), na expectativa de que Deus pudesse agir de acordo com as bênçãos e os julgamentos da aliança, uma vez que a aliança mosaica prometia restauração depois do exílio (Dt 30:1-5) com base na aliança feita com Abraão (Gn 15:18-21).
A oferta de restauração estava à disposição de todas as gerações, tendo como condição o arrependimento (Lv 26:40-45; Dt 4:25-31).
Em sua oração e busca, ele se dava a entender, diante de Deus, que estava arrependido e que estava buscando a Deus, conforme a sua palavra.

No verso 10, ele diz ao Senhor que apesar de tudo, eles ainda eram seus servos e o seu povo escolhido que ele tinha resgatado do Egito (Ex 32:11; Mq 6:4). 
Ne 1:1 As palavras de Neemias, filho de Hacalias.
                E sucedeu no mês de Quislev, no ano vigésimo,
                               estando eu em Susã, a fortaleza,
                Ne 1:2 Que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá;
                               e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam,
                                               e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém.
                Ne 1:3 E disseram-me:
                               Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão
                               em grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém
                                               fendido e as suas portas queimadas a fogo.
                Ne 1:4 E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras,
                               assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias;
                                               e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.
                Ne 1:5 E disse:
                               Ah! SENHOR Deus dos céus, Deus grande e terrível!
                               Que guarda a aliança e a benignidade para com aqueles
                                               que o amam e guardam os seus mandamentos;
                               Ne 1:6 Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus olhos
                                               abertos, para ouvires a oração do teu servo,
                                               que eu hoje faço perante ti, dia e noite,
                                                               pelos filhos de Israel, teus servos;
                                               e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel,
                                                               que temos cometido contra ti;
                                               também eu e a casa de meu pai temos pecado.
                               Ne 1:7 De todo nos corrompemos contra ti, e não guardamos
                                               os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos,
                                                               que ordenaste a Moisés, teu servo.
                               Ne 1:8 Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés,
                                               teu servo, dizendo:
                               Vós transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos.
                               Ne 1:9 E vós vos convertereis a mim, e guardareis os meus
                                               mandamentos, e os cumprireis; então, ainda que os
                                               vossos rejeitados estejam na extremidade do céu,
                                               de lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que tenho
                                               escolhido para ali fazer habitar o meu nome.
                               Ne 1:10 Eles são teus servos e o teu povo que resgataste
                                               com a tua grande força e com a tua forte mão.
                               Ne 1:11 Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos
                                               à oração do teu servo, e à oração dos teus servos
                                                               que desejam temer o teu nome;
                                               e faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça
                                                               perante este homem.
                               Então era eu copeiro do rei.
É no verso 11 que ele suspira diante de Deus em invocação máxima como aquele que conseguiu a atenção de seu Senhor e desabafa. Deus, esteja atento os teus ouvidos:
·     À oração do teu servo.
·     À oração dos teus servos que desejam temer o teu nome.
·     Faze prosperar hoje o teu servo.
·     Dá-lhe graça perante este homem (o rei, Artaxerxes I).
Ele faz questão de destacar as orações, tanto dele, como de todo o povo. No entanto, não é de todo o povo, mas somente daqueles do povo que temem ao Senhor.
O temor do Senhor é a resposta pactual adequada à revelação que Deus fez de si mesmo.
Temer a Deus:
·     É conhecê-lo (Pv 9:10).
·     É confiar nele (SI 5:7; 34:11,22).
·     É obedecer a ele (Pv 8:13).
Então, ele finaliza pedindo a Deus, na certeza de que será atendido, prosperidade (no sentido de ser bem sucedido em seu intento) e graça diante de Artaxerxes I.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br

1 comentários:

Super interessante o estudo. Deus abençoe

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.