O Evangelho de João é o livro que foi
escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos
possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como
o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o
tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João
Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte
do mundo. Estamos vendo o capítulo 12, da parte II.
Breve síntese do capítulo 12
Judas, o ladrão, mas discípulo de Jesus.
Por quê? Por que escolheu Jesus a Judas e por que o amou até o fim e nele
investiu crendo que ele mudaria seu coração? Ou será que não foi assim e Jesus
sabia desde o início que Judas era do maligno e não se converteria de modo
algum?
O certo é que Jesus sabia quem ele era e o
tolerou consigo todo o tempo até o momento de sua traição. Qual a lição que
temos sobre Judas e Jesus? E nós, sabemos quem são os Judas em nossas igrejas e
relacionamentos? Não, não o sabemos.
Se Jesus sabia e o amou até o fim e nós,
amaremos até o fim também o nosso irmão que habita conosco confiadamente?
Depois disto, lá estavam os judeus curiosos
por verem Lázaro que ressuscitara dos mortos e os que viam, iam crendo. Agora o
plano não era somente matarem a Jesus, mas também a Lázaro. Que péssima escolha
esta dos judeus ao invés de se entregarem à vida, tentavam matá-la...
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior
parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas
festas judaicas. Veremos, doravante, até o capítulo doze, o ministério público
de Jesus.
Estamos seguindo, conforme já falamos a
proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram
durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – já vimos; C. Uma breve visita a
Jerusalém (5.1-47) – já vimos; D. O
seu ministério na Galileia (6.1-71) – já
vimos; e, E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante
várias festas (7.1-12.50) – estamos vendo.
E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias
festas (7.1-12.50) - continuação.
Como
dissemos, esses vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante
várias festas começa no capítulo 7 e termina no 12. Assim, dividiremos essa
alínea “E” em 3 seções: E1. Em Jerusalém, perto da festa dos tabernáculos
(7.1-10.21) – começaremos agora; E2.
Em Jerusalém, perto da festa da dedicação (10.22-42); e, E3. Em Jerusalém e
vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
E3. Em Jerusalém e vizinhança,
perto da páscoa (11.1-12.50).
Jesus
entrou em Jerusalém, realizou milagres e revelou a realidade da sua morte
iminente e ressurreição. De modo geral, ele foi admirado pelos gentios, mas
apenas alguns judeus o receberam. João relata, portanto, os acontecimentos
finais que ocorreram no ministério público de Jesus à medida que ele se
aproximava de Jerusalém e vizinhança, estando já próxima a Páscoa.
João
dividiu essas atividades de Jesus em seis partes principais: a. Ressuscitando
os mortos (11.1-44) – já vimos; b. A
conspiração para matar Jesus (11.45-57) –
já vimos; c. A unção em Betânia (12.1-8)
– veremos agora; d. A entrada triunfal (12.9-19) – veremos agora; e. A reação dos gentios (12.20-36) – veremos agora; e, f. A reação dos
judeus (12.37-50) – veremos agora.
c. A unção em Betânia (12.1-8).
A unção de Jesus por uma mulher pecadora
(Lc 7.36-50) é um episódio diferente dessa unção por Maria (veja Mt 26.6-12; Mc
14 3-9).
Faltavam seis dias para aquela sua última
páscoa e Jesus chegou a Betânia onde vivia Lázaro a quem tinha ressuscitado.
Eles tinham preparado um jantar para Jesus e Marta os servia, estando Lázaro à
mesa.
Maria, então, começou a ungir os pés de
Jesus e a enxugá-lo com seus cabelos, deixando a casa cheia do perfume do nardo
puro. Ela tinha usado uma libra de
bálsamo de nardo puro para isso e era muito precioso.
Veja o vs. 5 onde Judas confirma o valor
desse perfume como sendo equivalente a um ano de salário, ou dez vezes que Judas
iria aceitar para trair Jesus.
Mateus e Marcos registram que ela também
derramou perfume sobre a sua cabeça, o que seria a prática comum. Ungir os pés
e secar com os cabelos era uma homenagem especial de humilhação e devoção.
Judas (e os outros discípulos; Mt 26.8)
desaprovou o gesto de Maria dizendo que era um desperdício de dinheiro. Foi um
comentário impensado em relação a Jesus e cruel em relação a Maria, e Jesus
desmascarou esse repentino interesse pelos pobres como sendo apenas
superficial.
Deixa-a! – vs. 7 - Jesus estava mais preocupado
em proteger os sentimentos de Maria do que em repreender a falta de gentileza
de Judas para com ele mesmo.
Faltava apenas uma semana para a sua morte
e ele relacionou essa unção com as homenagens geralmente prestadas ao morto. Em
antecipação à morte substitutiva de Cristo pelos pecadores, o propósito central
da obra redentora de Deus, nenhuma quantia gasta poderia ser considerada grande
demais.
Em face do comentário ofensivo de Judas,
Jesus poderia ter ignorado essa referência aos pobres. Em vez disso, ele recomendou
que seus discípulos dessem atenção aos pobres.
Dentro de uma semana Jesus seria morto (Hb
5.7) e os discípulos não o veriam mais da mesma maneira que o viam até esse
momento. Os pobres, por outro lado, sempre estariam com eles.
Nenhum projeto para erradicar a pobreza irá
funcionar perfeitamente até que a nova terra e o novo céu substituam este mundo
de pecado e sofrimento. Todavia, Jesus não disse que a pobreza era uma condição
aceitável ou que fosse correto desconsiderar os pobres.
Antes, enfatizou que a oportunidade de
ministrar a ele logo acabaria, ao passo que a oportunidade de ministrar aos
pobres permaneceria.
d. A entrada triunfal (12.9-19).
Dos vs. 9 ao 19, veremos as multidões que deram
as boas-vindas a Cristo na esperança de que ele derrotaria os seus inimigos;
porém, esse entusiasmo logo desapareceria.
Em vez de reconhecerem a mão de Deus nesse
magnífico milagre da ressurreição de Lázaro, os principais sacerdotes
planejaram matar tanto a Jesus, como também a Lázaro.
Os líderes religiosos enfrentavam um
desgaste progressivo:
·Nicodemos
parecia ter desertado (7.50-52).
·Alguns
judeus acreditaram em Cristo, ainda que superficialmente (8.11).
·Alguns
ficaram impressionados com a cura do cego de nascença (10.21).
·Jesus
parecia estar ganhando adeptos além do Jordão (10.41-42);
·E
agora a ressurreição de Lázaro havia trazido mais pessoas à fé (11.45;
12.11,17-18).
Tudo isso servia como preparação para a
recepção que Jesus recebeu em sua entrada triunfal em Jerusalém, que levou os fariseus
a se lamentarem: “eis aí vai o mundo após ele" (vs. 19).
Muitos peregrinos da Galileia que testemunharam
os milagres de Jesus se juntaram aos habitantes de Jerusalém que haviam passado
para o lado de Jesus.
Eles estavam agitados e sabiam que Jesus
caminhava para Jerusalém e prepararam a sua entrada para que fosse magistral.
Tomaram ramos de palmeiras e saíram ao seu encontro clamando Hosana! Tradução
da expressão em hebraico que significa 'salva-nos'. Essa saudação é emprestada,
em parte, do SI 118.25-26, à qual a multidão acrescentou a referência ao filho
de Davi, 'Rei de Israel'. Isso foi particularmente alarmante para os lideres
judeus, pois temiam uma revolta popular sob o comando de Jesus.
Essas circunstâncias foram profetizadas
detalhadamente em Jr 9.9. Essa profecia também foi observada no registro de
Mateus, porém só foi compreendida pelos discípulos em retrospectiva.
e. A reação dos gentios (12.20-36).
Dos vs. 20 ao 36, João fornece um contraste
entre a reação dos gentios e a das autoridades judaicas com relação a Jesus
(12.37-50).
Entre alguns que subiram para adorarem
estavam alguns gregos - uma irônica nota de rodapé, considerando a declaração
dos fariseus no vs. 19.
Esses “gregos" provavelmente não eram
judeus que estavam na dispersão (esse termo pego é diferente daquele traduzido
como "helenistas" em At 6.1).
Antes, eram talvez prosélitos ou, mais
provavelmente, gentios “tementes a Deus" que participavam dos cultos na
sinagoga, mas não eram circuncidados, nem haviam ainda sido totalmente
admitidos na religião judaica (At 8.27; 13.26).
Felipe parecia ser um discípulo e uma
pessoa de fácil acesso (cf. 1.43-36). Seu nome é claramente grego. Ele falou
com André e ambos foram comunicar a Jesus o interesse dos gregos. Jesus
entendeu que era chegada a hora – vs. 23.
Contrastando com outras declarações
anteriores de que a sua hora ainda não havia chegado (2.4; 7.6,8,30; 8.20),
esse é o primeiro de uma série de anúncios que Jesus fez sobre a sua morte e
ressurreição iminentes (12.27, 13.1; 16.32; 17.1).
Estava chegando a hora de ele ser
glorificado. Refere-se à “glorificação” (embora a cruz e o sepultamento sejam
claramente identificados em outras passagens como parte de sua humilhação; Fp
2.8) porque são os portais pelos quais o Mediador entra na glória por meio da
ressurreição, ascensão e exaltação à direita do Pai (13.31-32; cf. Fp 2.8-9).
Ele sabia que o grão de trigo tinha de
morrer para nascer. Uma parábola sobre a obra de Jesus que mediante a sua morte,
as portas da salvação seriam abertas, não apenas para os judeus, mas também
para as pessoas de todas as nações.
Aquele que é absorvido pelos interesses da vida
terrena encontrará ruína, ao passo que a pessoa que se desprender dos
interesses mundanos obterá a vida eterna por meio da obra de Cristo (Mt 10.39; Lc
17.33). É pelo sacrifício de Cristo e da união com ele que a verdade dessa
afirmação é experimentada (veja o cap. 14).
“Aquele
que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste
mundo, a conservará para a vida eterna. Quem me serve precisa seguir-me; e,
onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará. “Agora
meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não; eu
vim exatamente para isto, para esta hora” - João 12:25-27
A sua alma estava angustiada. Jesus estava
perturbado pela expectativa de sofrer a ira de seu Pai em lugar dos pecadores.
Mesmo assim, como um sumo sacerdote determinado, ele aceitou o seu papel e
reafirmou o seu compromisso.
Então ele clama ao Pai para glorificar o
seu nome e do céu bradou uma voz dizendo que já o glorificou e ainda o
glorificará novamente – vs. 28.
Há três ocasiões no ministério de Jesus em
que o Pai fala diretamente do céu:
·No
seu batismo (Mt 3.17),
·Durante
a transfiguração (Mt 17.5)
·E
nessa passagem, onde visando ao benefício dos discípulos (vs. 30), o Pai
colocou o seu selo de aprovação na obra mediadora de Cristo.
A multidão ouviu, mas alguns não entenderam
a teofania ou imaginaram coisas. Uma situação semelhante ocorreu na conversão
de Paulo, quando os homens que o acompanhavam ouviram uma voz, mas não
compreenderam as palavras (At 9.7; 22.9).
Jesus explica que a voz tinha vindo por
causa dos discípulos e não por causa dele.
Ele entendeu, portanto, que tinha chegado o
momento de ser julgado este mundo. Quando Jesus carregou sobre si a punição da
ira de Deus, que os pecadores mereciam, e sobrepujou o poder da morte, acabou
com o poder do pecado sobre a raça de Adão.
Tinha chegado a hora de julgar o mundo e
ser expulso o seu príncipe, Satanás (cf. 14.30; 16.11; 2Co 4.4; Ef 2.2; I Jo
4.4; 5.19). Deus permite e tolera o poder de Satanás neste mundo. Satanás não
tem um direito inalienável para governar.
Jesus afirmava que quando fosse erguido,
atrairia todos a ele – vs. 32. Refere-se não apenas à natureza da crucificação
(vs. 33), mas também à ascensão de Jesus à direita de Deus (3.14). Ele atrairia
todos a ele mesmo (3.16; 6.44), ou seja, o “todos” refere-se a todas as classes
de seres humanos indistintamente, e não a todos os homens sem exceção.
Eles não entendiam certos detalhes. A lei
aqui – vs. 34 – era um termo usado para se referir a toda a Escritura do Antigo
Testamento (10.34; 15.25). Aqui é utilizado como uma possível referência a várias
passagem do Antigo Testamento (SI 89.36; 110.4; Is 9.7; Ez 37.25; Dn 7.14; Mq
5.2).
A multidão compreendia que esse “Filho do
Homem” era um título referente ao Messias. E o que seria ser levantado? Os
ouvintes de Jesus interpretaram isso como uma referência à forca ou à crucificação
e, com base em passagem das Escrituras como em SI 89.36-37, não conseguiam
conciliar a ideia da morte iminente de Jesus com o conceito que tinham sobre o
Messias.
Jesus identificou-se com a luz (1.4-9;
8.12; 9.5; 12.46). Sua morte iminente implicava certo grau de trevas, embora
ele tenha delegado a seus discípulos um ministério de iluminação (Mt 5.14), no
qual seriam chamados de “filhos da luz" (vs. 36). O incrédulo anda sem
rumo, mas o cristão anda na luz (Sl 119.105; Jo 8.12; 1Jo 1.7).
f. A reação dos judeus (12.37-50).
Dos vs. 37 ao 50, veremos a reação dos
judeus. João contrasta a reação dos judeus com a reação dos gentios quanto ao
ministério de Jesus (12.20-36).
O ministério público terreno de Jesus é
visto como um cumprimento do ministério de Isaías. Do mesmo modo que Isaías
profetizou um julgamento de purificação antes da restauração do reino, assim
também Jesus trouxe julgamento antes do início da restauração do reino.
Eles não podiam crer – vs. 39. Ninguém tem a
capacidade de crer genuinamente a menos que Deus renove a inclinação da pessoa
mediante uma obra sobrenatural do Espírito (Jo 3.3-7). A pergunta difícil é por que Deus escolhe
alguns para crerem. Por que ele não renova essa inclinação para todo mundo? Estar
entre o céu e inferno eterno parece com sorte, mas não é. Não é acaso, não é
escolha viciada, mas uma pura e legítima escolha da parte de Deus, o qual não é
injusto. Teoricamente, Deus é tanto justo por alguém ir para o céu ou para o
inferno.
Isaías representou de maneira grandiosa a
majestade da soberania de Deus, e João relacionou isso com a glória de Jesus, tanto
em sua humilhação, quanto em sua exaltação (12.23).
Assim, muitos creram nele. Apesar do
julgamento severo de Isaías, houve alguns que creram, mesmo entre os líderes.
Porém, a maioria hesitou em confessar sua fé
por causa da influência dos fariseus. Nicodemos possivelmente foi um desses
últimos, embora tenha demonstrado coragem ao agir de modo contrário à maré
farisaica (7.50-52; 19.39-40).
A união e a intimidade entre Jesus e o Pai
é salientada aqui em três aspectos:
1.Crer
(vs. 44).
2.Ver
(vs. 45).
3.Ouvir
(vs. 47).
Jesus
desafia seus ouvintes a verem e crerem e não admite que tenham dúvidas disso
por que ele está falando e eles deveriam ouvi-lo. Qualquer outra explicação é
interpretada por Jesus como rebeldia e rejeição a Deus.
Por
isso que eu brinco e digo para meus ouvintes que sou crente pelo simples fato
de que Deus, o Pai, falou, deixou isso registrado na Bíblia, eu li e acreditei
em tudo. Repare:
·Quem
o vê, vê aquele que o enviou; quem o ouve, ouve aquele que o enviou; quem nele
crê, crê naquele que o enviou.
·Ele
veio ao mundo como luz, para que todo aquele que nele crê, não permaneça nas
trevas.
·"Se
alguém ouve as suas palavras, e não as guarda, ele não o julga. Pois não veio
para julgar o mundo, mas para salvá-lo.
·Há
um juiz para quem o rejeita e não aceita as suas palavras; a própria palavra
que ele proferiu (a Bíblia!) o condenará no último dia.
·Ele
não falou por ele mesmo, mas o se Pai que o enviou ordenou a ele o que dizer e
o que falar.
·Ele
afirma categoricamente que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que ele
diz é exatamente o que o Pai o mandou dizer. (Jo 12: 45-50).
Como
poderia eu rejeitá-lo? Sou eu louco? A vida querendo gerar vida e os homens
escolhendo a morte. Isto é insano!
Jo 12:1 Seis dias antes da Páscoa,
foi Jesus
para Betânia,
onde
estava Lázaro,
a
quem ele ressuscitara dentre os mortos.
Jo 12:2 Deram-lhe, pois, ali, uma ceia;
Marta servia,
sendo
Lázaro
um
dos que estavam com ele à mesa.
Jo 12:3 Então, Maria, tomando uma libra
de bálsamo de nardo puro,
mui precioso,
ungiu os pés
de Jesus
e os enxugou
com os seus cabelos;
e encheu-se
toda a casa com o perfume do bálsamo.
Jo
12:4 Mas Judas Iscariotes,
um dos seus
discípulos, o que estava para traí-lo, disse:
Jo 12:5 Por
que não se vendeu este perfume
por
trezentos denários
e
não se deu aos pobres?
Jo
12:6 Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres;
mas
porque era ladrão
e,
tendo a bolsa,
tirava
o que nela se lançava.
Jo 12:7 Jesus, entretanto, disse:
Deixa-a!
Que
ela guarde isto para o dia em que me embalsamarem;
Jo
12:8 porque os pobres,
sempre
os tendes convosco,
mas
a mim nem sempre me tendes.
Jo 12:9 Soube numerosa multidão dos
judeus que Jesus estava ali,
e lá foram não só por causa dele,
mas também
para verem Lázaro,
a
quem ele ressuscitara dentre os mortos.
Jo 12:10 Mas os principais sacerdotes
resolveram
matar também Lázaro;
Jo
12:11 porque muitos dos judeus,
por
causa dele,
voltavam
crendo em Jesus.
Jo 12:12 No dia seguinte,
a numerosa
multidão que viera à festa,
tendo
ouvido que Jesus estava de caminho para Jerusalém,
Jo
12:13 tomou ramos de palmeiras
e
saiu ao seu encontro, clamando:
Hosana!
Bendito
o que vem em nome do Senhor
e
que é Rei de Israel!
Jo 12:14 E Jesus, tendo conseguido um
jumentinho, montou-o, segundo está escrito:
Jo 12:15 Não
temas,
filha
de Sião,
eis
que o teu Rei aí vem,
montado
em um filho de jumenta.
Jo 12:16 Seus discípulos a princípio não
compreenderam isto;
quando,
porém, Jesus foi glorificado,
então,
eles se lembraram de que estas coisas
estavam
escritas a respeito dele
e
também de que isso lhe fizeram.
Jo 12:17 Dava, pois, testemunho disto
a multidão
que estivera com ele,
quando
chamara a Lázaro do túmulo
e
o levantara dentre os mortos.
Jo 12:18 Por causa disso, também,
a multidão
lhe saiu ao encontro,
pois
ouviu que ele fizera este sinal.
Jo 12:19 De sorte que os fariseus
disseram entre si:
Vede que nada
aproveitais!
Eis
aí vai o mundo após ele.
Jo 12:20 Ora, entre os que subiram para
adorar durante a festa,
havia alguns
gregos;
Jo
12:21 estes, pois, se dirigiram a Filipe,
que
era de Betsaida da Galiléia, e lhe rogaram:
Senhor,
queremos ver Jesus.
Jo 12:22 Filipe foi dizê-lo a André,
e André e Filipe o comunicaram a Jesus.
Jo 12:23 Respondeu-lhes Jesus:
É chegada a
hora de ser glorificado o Filho do Homem.
Jo
12:24 Em verdade, em verdade vos digo:
se
o grão de trigo, caindo na terra,
não
morrer,
fica
ele só;
mas,
se morrer,
produz muito
fruto.
Jo
12:25 Quem ama a sua vida
perde-a;
mas aquele
que odeia a sua vida neste mundo
preservá-la-á
para a vida eterna.
Jo 12:26 Se
alguém me serve,
siga-me,
e,
onde eu estou,
ali
estará também o meu servo.
E,
se alguém me servir,
o
Pai o honrará.
Jo 12:27
Agora, está angustiada a minha alma,
e que direi
eu?
Pai,
salva-me desta hora?
Mas
precisamente com este
propósito vim
para esta hora.
Jo
12:28 Pai, glorifica o teu nome.
Então,
veio uma voz do céu:
Eu
já o glorifiquei
e
ainda o glorificarei.
Jo 12:29 A multidão, pois, que ali
estava, tendo ouvido a voz,
dizia ter
havido um trovão.
Outros diziam:
Foi um anjo
que lhe falou.
Jo 12:30 Então, explicou Jesus:
Não foi por
mim que veio esta voz,
e sim por
vossa causa.
Jo 12:31
Chegou o momento de ser julgado este mundo,
e agora o seu
príncipe será expulso.
Jo 12:32 E
eu, quando for levantado da terra,
atrairei
todos a mim mesmo.
Jo 12:33 Isto dizia, significando de que
gênero de morte estava para morrer.
Jo 12:34 Replicou-lhe, pois, a multidão:
Nós temos
ouvido da lei
que
o Cristo permanece para sempre,
e
como dizes tu ser necessário
que
o Filho do Homem seja levantado?
Quem
é esse Filho do Homem?
Jo 12:35 Respondeu-lhes Jesus:
Ainda por um
pouco a luz está convosco.
Andai
enquanto tendes a luz,
para
que as trevas não vos apanhem;
e
quem anda nas trevas não sabe para onde vai.
Jo 12:36
Enquanto tendes a luz,
crede
na luz,
para
que vos torneis filhos da luz.
Jesus disse estas coisas
e,
retirando-se,
ocultou-se
deles.
Jo 12:37 E, embora tivesse feito tantos
sinais na sua presença,
não creram
nele,
Jo
12:38 para se cumprir a palavra do profeta Isaías,
que
diz:
Senhor,
quem creu em nossa pregação?
E
a quem foi revelado o braço do Senhor?
Jo
12:39 Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda:
Jo
12:40 Cegou-lhes os olhos
e
endureceu-lhes o coração,
para que não
vejam com os olhos,
nem
entendam com o coração,
e
se convertam,
e sejam por
mim curados.
Jo 12:41 Isto disse Isaías
porque
viu a glória dele e falou a seu respeito.
Jo
12:42 Contudo, muitos dentre as próprias autoridades
creram
nele,
mas,
por causa dos fariseus,
não
o confessavam,
para
não serem expulsos da sinagoga;
Jo
12:43 porque amaram mais a glória dos homens
do
que a glória de Deus.
Jo 12:44 E Jesus clamou, dizendo:
Quem crê em
mim crê,
não
crê em mim,
mas
naquele que me enviou.
Jo 12:45 E
quem me vê a mim
vê
aquele que me enviou.
Jo 12:46 Eu vim como luz para o mundo,
a fim de que
todo aquele que crê em mim
não
permaneça nas trevas.
Jo 12:47 Se alguém ouvir as minhas
palavras
e não as
guardar,
eu
não o julgo;
porque
eu não vim para julgar o mundo,
e
sim para salvá-lo.
Jo 12:48 Quem me rejeita
e não recebe
as minhas palavras
tem
quem o julgue;
a
própria palavra
que
tenho proferido,
essa
o julgará no último dia.
Jo 12:49 Porque eu não tenho falado por
mim mesmo,
mas o Pai,
que me enviou,
esse
me tem prescrito
o
que dizer
e
o que anunciar.
Jo 12:50 E sei
que o seu
mandamento
é
a vida eterna.
As
coisas, pois, que eu falo,
como
o Pai mo tem dito,
assim
falo.
Nós temos a
vida eterna da parte de Jesus. Nós os que ouvimos e guardamos as suas palavras
e não a rejeitamos. Quem rejeita o Senhor está dando um tiro em seu pé na
caminhada para a eternidade, como chegará?
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