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domingo, 14 de fevereiro de 2016

I Timóteo 4 1-16 - O PERIGO DAS DROGAS - A DROGA DA IGNORÂNCIA BÍBLICA.

Como já dissemos, Paulo escreveu essa epístola para orientar Timóteo em sua oposição aos falsos mestres em Éfeso. Estamos no capítulo 4/6.
Breve síntese do capítulo 4.
São conselhos, advertências e exortações que Paulo transmite a Timóteo principalmente contra os que apostatarão da fé e darão crédito a espíritos enganadores e a ensinos de demônio. O selo deles é a mentira, o engano e a ilusão que o incauto se deixa levar.
Ser bom ministro de Cristo significa estar comprometido com a palavra que Deus nos deu para nos alimentar e nos guiar. Nela encontraremos a boa doutrina que Timóteo estava seguindo.
É preciso tomar muito cuidado para não trocar as Escrituras por experiências, sinais, milagres e maravilhas que vão além da Bíblia e tornam as pessoas dependentes delas. Não é somente a droga que causa dependência, mas a droga da ignorância bíblica que leva muitos a buscarem a Deus onde ele não está, nem estará nunca.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. A FALSA DOUTRINA E O ASCETISMO (4.1-5.2).
Paulo desafiou o ascetismo legalista dos falsos mestres explicando como todas as coisas foram criadas para o nosso proveito.
A falsa doutrina em Éfeso tinha muitas dimensões. Nesse ponto, Paulo tocou na inclinação de pelo menos alguns para o ascetismo, a negação dos prazeres físicos. Sua discussão se divide em uma exposição da falsa doutrina (4.1-5) e a importante responsabilidade de Timóteo (4.6-5.2). Elas formarão a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. A falsa doutrina (4.1-5) – veremos agora; e, B. A responsabilidade de Timóteo (4.6 - 5.2) – começaremos a ver agora.
A. A falsa doutrina (4.1-5).
Retornando à sua preocupação principal (1.3-20), Paulo continuou o seu ataque aos falsos mestres e aos ensinos deles.
Paulo começa o capítulo com, provavelmente, uma revelação específica que o Espírito Santo concedeu a alguém, talvez ao próprio Paulo (At 20.22-31; cf. 21.11) de que nos últimos tempos - isso não se refere a um período imediatamente antes da segunda vinda de Cristo. Pelo contrário, mantendo-se coerente com a perspectiva geral do Novo Testamento, essa é a era que foi instaurada com a primeira vinda de Cristo e será concluída com a sua segunda vinda (At 2.17; Hb 1.2; 1 Pe 1.20; 1Jo 2.18; cf. 2Tm 3.1; a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb 7) – alguns abandonariam a fé e seguiriam espíritos enganadores e doutrinas de demônios.
Paulo entendia que toda a era do Novo Testamento seria caracterizada por falsas doutrinas e que isso seria muito danoso a igreja fazendo muitos apostatar e seguir demônios - uma referência aos falsos mestres que tinham se levantado dentro da igreja.
Os seus ensinamentos, oriundos de homens hipócritas, que teriam a consciência cauterizada, proibiriam o casamento e exigiriam abstinência de alimentos.
Os falsos mestres promoviam um rigoroso estilo de vida de autonegação (cf. Cl 2.20-23). Parecia que os efésios haviam sucumbido ao ensino helenístico de que, uma vez que o mundo material é perverso, a pessoa espiritualizada deveria evitá-lo.
Parece que os falsos mestres tinham distorcido a lei do Antigo Testamento para que apoiasse seus pontos de vista (1.7). Paulo já havia afirmado e falado sobre o casamento em 3.2,12 e, agora, o argumento seguinte seria focado nos alimentos.
Para isso ele começa arrazoando que tudo que Deus criou é bom. Contrário aos falsos mestres, Paulo afirmava a bondade essencial da criação de Deus (Gn 1). A raça humana foi criada para ser parte do universo físico da criação, do mesmo modo que fomos criados como corpos físicos. O usufruto apropriado dessas coisas seria totalmente adequado (6.17).
Assim, nada poderia ser rejeitado, pelo contrário, aceito e recebido com ações de graça, pois pela palavra de Deus e pela oração seriam santificados – vs. 5. Paulo não acreditava que toda atividade possível no mundo físico fosse automaticamente consagrada a Deus. Em vez disso, cada atividade devia ser pronunciada assim pela Palavra de Deus, e devia ser dedicada a Deus pela prática da oração, com ações de graça.
B. A responsabilidade de Timóteo (4.6 - 5.2).
Dos vs. 4.6 a 5.2, Paulo fala sobre a responsabilidade de Timóteo. Tendo exposto a verdade a respeito dos falsos mestres, Paulo continuou numa série de admoestações a Timóteo em relação à sua reação a esse problema.
O "bom ministro" deve ser alimentado continuamente pela verdadeira doutrina.
As tais fábulas profanas e de velhas caducas deveriam ser rejeitadas. Além disso, deveria ele exercita-se, pessoalmente, na piedade. Ao longo de toda essa parte, Paulo entreteceu a disciplina pessoal com as obrigações oficiais.
Essa declaração sobre o corpo de que o exercício físico é pouco proveitoso indica que Paulo ainda tinha em mente o ascetismo dos falsos mestres. A disciplina na piedade é de grande valor se comparada a qualquer negação ou disciplina física.
O corpo, templo do Espírito Santo, deve, de fato, ser cuidado e devemos lhe dar atenção e buscar a saúde e hábitos saudáveis, enquanto estivermos nessa vida, mas ele perecerá e se sucumbirá ao tempo, por isso que seria de pouco proveito qualquer investimento exagerado nele, como se fosse durar para sempre.
Já a piedade, o exercício nela, é para todo o sempre e abrange tanto a vida presente quando à futura – vs. 8.
Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens. Como em 2.1,4,6; 6.10, "todos" aqui – vs. 10 - significa "todos os tipos de". A oferta graciosa do evangelho - o chamado ao arrependimento e à salvação - é estendida a todos os tipos de pessoas (Mt 11.28). Novamente temos a indicação de leitura da BEG de um excelente artigo teológico "Expiação limitada", em Jo 10.
De fato ele é o Salvador de todos os homens, mas em especial dos fiéis. Paulo diminuiu a perspectiva para indicar que a salvação se estende efetivamente a todos os fiéis (Mt 22.14; Rm 8.30). Eu tenho dito que o filtro de Deus em relação à humanidade, aos homens, não é sua condição física, emocional, social, cultural, econômica, mas a sua fé!
Paulo pede a Timóteo que tanto ordene isso, como também ensine – vs. 11. Sendo assim, que ninguém viesse a desprezá-lo. As ordens negativas aqui e no vs. 14 podem indicar que Timóteo tendia a ser acanhado ou tímido.
Além do mais, algumas pessoas na igreja de Éfeso talvez não tivessem aceitado a sua autoridade. Provavelmente Timóteo tinha por volta de trinta e poucos anos e, portanto, era mais jovem do que muitos dos cristãos (e presbíteros) em Éfeso. No entanto, deveria ele torna-se padrão na pureza. Timóteo deveria estabelecer a sua autoridade sem alardeá-la, mediante o exemplo de uma vida piedosa (Tt 2.7).
Paulo queria que ele o esperasse lendo, estudando , meditando, pregando e ensinando por meio das Sagradas Escrituras – vs. 13. Para Paulo a aplicação de Timóteo à leitura pública da Escritura e à exortação e ao ensino, eram métodos positivos para expor a falsa doutrina e neutralizar o seu impacto (cf. 1.3-4) além do que garantiria a fé dos que estavam começando e atrairia novos membros para o Evangelho.
Além do que havia sobre ele dons derramados pelo Espírito Santo quando ele foi consagrado pela imposição de mãos dos presbíteros. Assim, deveria ele ser diligente nessas coisas e os conselhos, orientações e exortações de Paulo iriam ajuda-lo muito nessa caminhada.
Não haveria como não ser diferente o progresso dele, de Timóteo, seguindo Paulo. Nota-se aqui uma referência ao progresso que Timóteo havia feito na vida espiritual, ao seu ministério ou a ambos. Repare que esse amadurecimento foi descrito como "progresso", e não produto do acaso.
A maneira como Paulo resumiu as suas orientações para Timóteo é indicação do ponto onde os falsos mestres tinham se desviado e, portanto, onde os cristãos em geral podiam se desviar.
Somente Deus concede a salvação (1.1; 2.3; 4.10), mas ele fica satisfeito de poder usar o seu povo como instrumento para levar a salvação a outros.
A salvação não é concluída quando alguém chega à fé. É certo que a fé traz a justificação e a certeza da salvação. Mas a fé também dá início a um processo de santificação que dura a vida inteira, e que não é concluído até que a vida terrena do cristão termine. A santificação é uma obra de Deus que requer a ação cooperadora do cristão (Fp 2.12).
I Tm 4:1 Ora, o Espírito afirma expressamente que,
nos últimos tempos,
alguns apostatarão da fé,
por obedecerem
a espíritos enganadores
e a ensinos de demônios,
I Tm 4:2 pela hipocrisia dos que falam mentiras
e que têm cauterizada a própria consciência,
I Tm 4:3 que proíbem o casamento
e exigem abstinência de alimentos que Deus criou
para serem recebidos, com ações de graças,
pelos fiéis e por quantos conhecem
plenamente a verdade;
I Tm 4:4 pois tudo que Deus criou
é bom,
e, recebido com ações de graças,
nada é recusável, I Tm 4:5 porque,
pela palavra de Deus
e pela oração, é santificado.
I Tm 4:6 Expondo estas coisas aos irmãos,
serás bom ministro de Cristo Jesus,
alimentado com
as palavras da fé
e da boa doutrina que tens seguido.
I Tm 4:7 Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas.
Exercita-te, pessoalmente, na piedade.
I Tm 4:8 Pois o exercício físico para pouco é proveitoso,
mas a piedade para tudo é proveitosa,
porque tem a promessa da vida
que agora é
e da que há de ser.
I Tm 4:9 Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação.
I Tm 4:10 Ora, é para esse fim
que labutamos
e nos esforçamos sobremodo,
porquanto temos posto a nossa esperança
no Deus vivo,
Salvador de todos os homens,
especialmente dos fiéis.
I Tm 4:11 Ordena e ensina estas coisas.
I Tm 4:12 Ninguém despreze a tua mocidade;
pelo contrário,
torna-te padrão dos fiéis,
na palavra,
no procedimento,
no amor,
na fé,
na pureza.
I Tm 4:13 Até à minha chegada, aplica-te
à leitura,
à exortação,
ao ensino.
I Tm 4:14 Não te faças negligente para com o dom
que há em ti,
o qual te foi concedido mediante profecia,
com a imposição das mãos do presbitério.
I Tm 4:15 Medita estas coisas
e nelas sê diligente,
para que o teu progresso a todos seja manifesto.
I Tm 4:16 Tem cuidado
de ti mesmo
e da doutrina.
Continua nestes deveres;
porque, fazendo assim,
salvarás tanto a ti mesmo
como aos teus ouvintes.
Paulo estaria indo até Timóteo para lhe ajudar e fortalecê-lo na sua fé, mas enquanto não chegasse, ele o orienta a aplicar-se à leitura, à exortação e ao ensino. Podemos perceber continuando a leitura do capítulo até o seu final o seu cuidado com os verbos que emprega: ler, exortar, ensinar, meditar, ter cuidado, continuar.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.