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sábado, 18 de abril de 2015

Ezequiel 19:1-14 - CANTO FÚNEBRE PARA REIS DE ISRAEL.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na terceira seção “3”, alínea “h”, estamos no capítulo 19:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
3. Discursos relacionados (12.21-24.27) - continuação.
h. Canto fúnebre para os reis de Israel (19.1-14).
Veremos, em seguida, neste capítulo até o vs. 14, o canto fúnebre para os reis de Israel. Ezequiel apresenta uma alegoria em forma de poesia hebraica, normalmente utilizada para cantos fúnebres ou lamentos.
Esse tipo de poesia tem um ritmo ou métrica especial que os ouvintes identificariam imediatamente. Ezequiel usa esse mesmo ritmo em 26.17-18; 27.12-19; 28.12-19; 32.2-8.
Foi dito a Ezequiel no primeiro versículo que ele levantasse uma lamentação sobre os príncipes de Israel falando da leoa que foi mãe deles no meio dos leõezinhos onde criou os seus filhotinhos.
A nação de Israel ou a cidade de Jerusalém era tida como mãe em SI 87.5; Is 49.21; 50.1, 54.1; Cl 4.26-27. Fora ela que havia produzido esses filhotes de leão/reis.
A figura do leão era frequentemente associada ao reinado davídico (Gn 49.9; 1Rs 10.20; Mq 5.8). O Novo Testamento aguardava ansiosamente o aparecimento do Leão da tribo de Judá para restabelecer os estágios finais do reino de Deus (Ap 5.5).
Ela, leoa, criou um de seus filhotinhos, provavelmente Jeoacaz, filho de Josias, que reinou apenas três meses antes de ser levado para o Egito como cativo do Faraó Neco em 609 a.C. (2Rs 23.30-35; 2Cr 36 2-4).
Ele reinou pouco tempo, mas aprendeu a apanhar presas e a devorar homens. As nações ouviram falar dele, mas ai ele foi apanhado na cova delas e foi levado com ganchos à terra do Egito.
Então, vendo que havia esperado em vão pelo seu filhotinho levado cativo e assim com ele toda esperança, tomou outro de seus filhotinhos – vs. 5 - provavelmente Joaquim.
Ezequiel não inclui qualquer menção de Jeoaquim em seu livro. Segundo Reis não menciona exílio para Jeoaquim (2Rs 23.36-24.7; cf. 2Cr 36.5-8); aparentemente, ele morreu em Jerusalém.
Igualmente ao outro leãozinho, o primeiro, que foi deportado para o Egito, este aprendeu também a apanhar presas e a devorar homens. Ele fez grandes devastações nos seus palácios, destruiu cidades, assolou a terra por causa do som de seu rugido.
Acabou despertando o furor das pessoas das províncias ao seu redor e estenderam sobre ele a rede e foi também apanhado na cova delas, onde com ganchos foi aprisionado numa jaula.
A ira de Nabucodonosor caiu sobre Joaquim por causa da rebelião do seu pai, Jeoaquim. Ezequiel descreve a deportação de Joaquim em 597 a.C., depois de um reinado de apenas três meses (2Rs 24.8-1 6; 2Cr 36.9-10); Joaquim ficou preso na Babilônia até o reinado de Evil-Merodaque (562-560 a.C.; 2Rs 25.27-30).  
A leoa que gerou esses dois filhotinhos que teve esses destinos, agora é comparada a uma videira arruinada que havia sido plantada junto às águas, tendo de tudo para crescer e tornar-se uma linda videira, cheia de cachos de bons frutos.
Ela, no entanto, encheu-se de ramos por causa das muitas águas e até tinha uma vara forte para governador e assim elevou-se a sua estatura entre os espessos ramos e foi observada na sua altura com a multidão de seus ramos até que foi arrancada com furor e lançada por terra onde um vento oriental secou o seu fruto – vs. 12; 17.9-10.
O vento oriental era um instrumento da vontade de Deus (Êx 10.13; 14.21; SI 78.26; Os 13.15; Jn 4.8). Aqui, trata-se de uma ilustração para se referir a Nabucodonosor e os babilônios que saquearam a Terra Prometida e subjugaram o povo.
Ez 19:1 E tu levanta uma lamentação sobre os príncipes de Israel,
Ez 19:2 e dize:
Que de leoa foi tua mãe entre os leões!
Deitou-se no meio dos leõezinhos, criou os seus cachorros.
Ez 19:3 Assim criou um dos seus cachorrinhos,
o qual, fazendo-se leão novo, aprendeu a apanhar a presa;
e devorou homens.
Ez 19:4 Ora as nações ouviram falar dele;
foi apanhado na cova delas; e o trouxeram com ganchos
à terra do Egito.
Ez 19:5 Vendo, pois, ela que havia esperado,
e que a sua esperança era perdida,
tomou outro dos seus cachorros,
e fê-lo leão novo.
Ez 19:6 E este, rondando no meio dos leões,
veio a ser leão novo, e aprendeu a apanhar a presa;
e devorou homens.
Ez 19:7 E devastou os seus palácios, e destruiu as suas cidades;
e assolou-se a terra, e a sua plenitude,
por causa do som do seu rugido.
Ez 19:8 Então se ajuntaram contra ele
as gentes das províncias ao redor;
estenderam sobre ele a rede;
e ele foi apanhado na cova delas.
Ez 19:9 E com ganchos meteram-no numa jaula,
e o levaram ao rei de Babilônia; fizeram-no entrar
nos lugares fortes, para que se não ouvisse mais
a sua voz sobre os montes de Israel.
Ez 19:10 Tua mãe era como uma videira plantada junto às águas;
ela frutificou, e encheu-se de ramos,
por causa das muitas águas.
Ez 19:11 E tinha uma vara forte para cetro de governador,
e elevou-se a sua estatura entre os espessos ramos,
e foi vista na sua altura
com a multidão dos seus ramos.
Ez 19:12 Mas foi arrancada com furor,
e lançada por terra; o vento oriental secou o seu fruto;
quebrou-se e secou-se a sua forte vara;
o fogo a consumiu.
Ez 19:13 E agora está plantada no deserto,
numa terra seca e sedenta.
Ez 19:14 E duma vara dos seus ramos saiu fogo
que consumiu o seu fruto, de maneira
que não há mais nela nenhuma vara forte
para servir de cetro para governar.
Essa é a lamentação, e servirá de lamentação.
De onde se encontrava, junto às muitas águas, agora estava no deserto, longe de água, numa terra seca e sedenta. Até de uma de suas varas de seu ramo saiu fogo que consumiu o seu fruto de tal modo que não restou nenhuma vara forte para servir de cetro para governar novamente.
Então ele pede que se encerre o lamento iniciado no verso primeiro.
O reino de Judá terminou quando a vinha foi arrancada (v. 12) e nenhum galho foi deixado a partir do qual se pudesse modelar um cetro real (v. 14). Sobre o galho como um símbolo do rei messiânico, veja a nota sobre 17.22. Compare com a pregação de João Batista (Lc 3.9).
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.