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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Mateus 6 1-34- PARTE 2/3 DO SERMÃO DO MONTE - ANSIEDADE, UMA PÉSSIMA ESCOLHA!

Continuam os ensinos e instruções aos discípulos do chamado Sermão do Monte que ainda ocupará todo o capitulo 7. Chama nossa atenção o fato de que não devemos fazer o que devemos fazer a Deus para mostrar aos homens que estamos fazendo para Deus. Quem assim procede, não está sendo correto diante de Deus.
Quem dá esmola para mostrar aos outros que dê esmola; quem ora para demonstrar aos outros que ore; quem jejua para demonstrar aos outros que jejue, mas, não estão sendo autênticos e verdadeiros diante de Deus e portanto já receberam as suas recompensas.
Quem busca a Deus, o busca secretamente e Deus que o vê secretamente o recompensará. Aqui também temos o Senhor nos ensinado a orar. A oração do Pai Nosso é uma oração muito simples, mas muito profunda e verdadeira.
Aqui aprendemos o segredo para obtermos perdão: é perdoar! Quem não perdoa, nem tem a pré-disposição para perdoar sempre, terá muitos problemas com o perdão e a si mesmo estará se escravizando.
A piedade judaica consistia em três tipos de atos de justiça: doação, oração e jejum. Jesus reafirmou o valor positivo desses atos, mas somente quando eles são feitos em submissão a Deus e por amor a ele, não como uma tentativa de conseguir honra ou respeito de outras pessoas. O mais importante desses atos é a oração, um assunto sobre o qual Jesus falou em grande detalhe nos vs. 5-15 (A BEG recomenda nesse momento a leitura de seu excelente artigo teológico "A oração", em Mt 6 – reproduzida, logo abaixo).
Jesus os chamou de hipócritas quando faziam o que deviam fazer, mas com outro fim, de apensas se aparecer santo e religioso. No Novo Testamento, o hipócrita é alguém que finge ter um relacionamento com Deus e parece amar a justiça, mas que é, na verdade, interesseiro e que está enganando a si mesmo. Os hipócritas denunciados no cap. 23 não percebiam a sua hipocrisia.
Jesus estava chamando a atenção deles para uma fé verdadeira e autêntica que levava Deus a sério. Não precisa de que ninguém visse a sua piedade, bastava isso fosse entre o Pai e você, em secreto.
A oração deveria se constituir num diálogo, numa conversa, pela fé, com seu Pai que não é um deus pagão que precisa que você entre num mantra infinito de repetições. Isso não contradiz o princípio de que deveríamos continuar pedindo a Deus pelo que pensamos ser da vontade dele (Lc 18), mas nega a ideia de que Deus se impressiona com a quantidade de palavras bonitas ou eloquentes. As encantações dos gentios o insultam (1Rs 18.26). Até mesmo essa oração (vs. 9-13) não deve usada como um mantra.
Dos versos de 9 ao 13, veremos a oração do Pai Nosso.  Apesar de comumente chamada a oração do Senhor', essa oração deveria ser chamada de a “Oração dos discípulos”.
Das suas sete petições, três pedem a Deus para que ele glorifique a si próprio e quatro pedem que ele trabalhe na nossa vida. A oração inteira pressupõe total dependência de Deus. Ela é um exemplo perfeito de enorme concisão.
Falando aos seus discípulos sobre a oração, nosso Senhor e Salvador dá algumas diretrizes e nos ensina algumas verdades sobre o assunto, como por exemplo:
·         Que devemos orar a Deus de uma forma autêntica sem querer demonstrar ou parecer aos outros que estamos orando.
·         Que Deus já conhece os nossos pedidos, desejos e necessidades mesmo antes de os pronunciarmos.
·         Que melhor é orar em secreto, de forma reservada, estando somente você e Deus se relacionando.
A mesma aplicação se dá ao jejum e podemos estendê-la também à nossa vida piedosa, como o hábito de ler e meditar na Palavra de Deus. Essa edificação espiritual, esse exercício espiritual habitual deve ter a marca da fé, da humildade e da devoção desinteressada.
Nós não devemos adorar a Deus para obter dele favores, mas porque ele é Deus. O ato da adoração e da devoção é sinal de saúde espiritual.

Como você entende que deve ser a sua oração?
Dando prosseguimento ao seu discurso sobre a oração e o jejum, ele propõe um modelo, um paradigma de como deve ser a oração ideal. Nós, agora, iremos meditar um pouco mais procurando aprender lições para aplicarmos às nossas vidas. O nosso texto de referência se encontra em Mateus 6, dos versos de 9 a 13.
O que encontramos então? Eu irei falar daquilo que vier ao meu coração como lições a aprender:
1°)         Que a oração ensinada pelo Senhor, obviamente, não é um mantra para ser repetido inúmeras vezes a fim de obtermos um estado espiritual elevado; também não é uma reza que deve ser repetida sem objetividade e apenas por reflexo;
2°)         Que há predomínio do pronome possessivo na primeira pessoal do plural: “nosso” e “nossas” e na segunda pessoa do singular: “teu”, “tua”. Há também o emprego do objeto direto ou indireto “nos” e não “me”, por exemplo: pai nosso, pão nosso, nossas dívidas, nossos devedores, teu nome, réu reino, tua vontade, teu poder, tua glória, nós dá hoje, não nos induza, livra-nos.
Nesta oração, modelo, aprendemos que somos uma coletividade, que devemos nos preocuparmos com o nosso próximo e não conosco. Quem não ama a seu irmão ao qual vê, como pode dizer que ama a Deus a quem nem vê? (I Jo 4:2).
3°)         Que a oração começa com a invocação do Pai nosso que está nos céus – ele está acima de todas as coisas e de tudo. Ele é “Pai nosso” o que significa dizer que somos irmãos pois ele é o pai de todos nós.
Pela criação, todos nós os humanos somos filhos de Deus. O Pai é nosso e o Pai está nos céus. Aqui tanto percebemos a imanência quanto a transcendência de Deus. A certeza que ele nos ouve está na forma próxima, imanente do tratamento “Pai”. Qual pai rejeitaria a invocação de seu filho?
4°)         Que ao nos referirmos a Deus, o Pai bendito, devemos santificar o seu nome, pedir que o seu reino venha sobre nós e que a sua vontade seja feita. É o reconhecimento da soberania de Deus e da excelência de sua pessoa.
Ninguém há como Deus ou é como ele, por isso o adoramos: Deus não é somente bom, ele é a bondade. Deus não é somente amoroso, ele é o amor. Deus não é somente santo, como seu nome a quem devemos santificar, ele mesmo é a santidade. Deus não somente é justo, ele é a justiça. Eu adoro a Deus pelo que ele é para que eu alcance maior bondade, amor, santidade e justiça.
Por isso que o seu reino deve ser todo abrangente e envolver todas as coisas tanto as visíveis quanto as invisíveis nos céus e na terra e em tudo o que neles há. Sendo Senhor de seu reino por ele mesmo criado e mantido a nossa oração não pode ser outra se não que seja feita a sua vontade para que ocorra entre nós a sua bondade, amor, santidade e justiça.
Ao desejarmos a santificação de seu nome e a vinda de seu reino e que a sua vontade seja feita estamos como que sintonizando nosso ser ao ser de Deus para cumprir os seus propósitos e nos sentirmos bem.
Ninguém se sente bem na maldade, no ódio, na impiedade e na injustiça, pois todas essas coisas é como uma estação de rádio fora da sintonia correta, nenhuma melodia ou som puro se ouvirá, mas apenas ruídos e chuviscos.
Curiosamente, há 98 anos, em 15 de abril de 1912, por volta das 02h20min, após chocar cerca de três horas antes com um iceberg no Atlântico Norte, o navio RMS Titanic sofre naufrágio.
Dizem que ao ser este navio batizado, exclamaram seus construtores “nem Deus afunda este navio”. O fato é que com Deus não se deve brincar. Seu nome é santo, por isso que oramos santificado seja o teu nome.
Santificar é tornar santo ou tratar como santo. Esse pedido diz não somente que as criaturas deveram santificar o nome de Deus, mas também que Deus asseguraria a santificação do seu nome por ser santo Juiz e Salvador.
5°)         Que há sete petições, como já dissemos acima, na oração do pai nosso e nenhuma delas é para satisfação pessoal (abro este parêntesis para dizer que não é errado lançar sobre ele todas as nossas necessidades e ansiedades – ver I Pe 5:7).
Três delas estão relacionadas a Deus e a sua honra:
ü  Santificado seja o teu nome.
ü  Venha a nós o teu reino.
ü  Seja feita a tua vontade.
Uma relacionada às nossas necessidades temporais:
ü  O pão nosso de cada dia – eu entendo aqui não somente o que comer, mas o que beber, o que vestir e onde morar.
A palavra grega traduzida "de cada dia" é única, e a expressão tem sido variavelmente utilizada como “pão nosso de cada dia", “pão necessário", "pão futuro", "o pão do dia seguinte ou "a alimentação vindoura do reino".
Conforme a BEG, há três entendimentos teológicos básicos a respeito desse "pão”.
1.      A visão sacramental é que ele se refere ao pão comunitário, que representa o corpo do Senhor.
2.      A visão escatológica é a de que o pão simboliza a vida no reino vindouro, de modo que a petição é uma continuação de "seu reino vindouro" (vs. 10).
3.      A visão de sustento entende a petição como uma simples procura pela provisão de Deus com relação às nossas necessidades físicas diárias. Essa última visão é, talvez, a mais exata; ela corresponde ao desenvolvimento dos vs. 19-34 (também cf. Pv 30.8).
Uma relacionada ao nosso relacionamento com o nosso próximo:
ü  Perdoais as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido.
Isso envolve principalmente o perdão de forma condicionada, isto quer dizer que seremos perdoados sim, com certeza, mas somente se também perdoarmos aos que nos devem.
Refere-se às dívidas espirituais (vs. 14-15). Estamos tanto sob a obrigação de fazer a Deus a restituição pelos nossos pecados, com totalmente incapazes, por nós mesmos, de fazer isso. Precisamos perdoar porque fomos perdoados (18.32-33). Se não perdoarmos outros, não podemos pedir o perdão de Deus (vs. 14-15).
Uma relacionada à nossa vida espiritual no sentido de andarmos em fidelidade aos mandamentos do Senhor, sendo o pedido ao Senhor o “não nos deixar cair em tentação”.
ü  Não nos deixeis cair em tentação. Quando será que Deus nos deixará cair em tentação? Pela rejeição de seu conhecimento (ver Romanos capítulo primeiro), portanto se você está em pecado ou se inclinando de uma forma anormal à tentação, pode ter certeza de que você ou está ou estará, em breve, rejeitando o conhecimento de Deus.
Um escritor antigo, John Owen, disse que quando você se sente atraído pelo pecado – apenas a atração – você já entrou em tentação, mas acalme-se, ainda não caíste.
Os pecadores procuram por tentação. Os perdoados fazem essa petição porque eles confiam em Deus e não confiam em si mesmos. O Pai pode provar-nos (4.1; veja também Dt 8.2), mas ele não nos tenta a pecar (Tg 1.13-14) e não permitirá que sejamos tentados além da nossa habilidade para suportar (1Co 10.13).
Uma última relacionada ao livramento do diabo:
ü  Livra-nos de todo mal. Deus é o nosso escudo e nos dará livramento que somente na eternidade saberemos.
R. C. Sproul, em seu magnífico livro “A Oração Muda as Coisas”, nos fala que esse “nos livra do mal” é uma clara referência ao próprio diabo. O verdadeiro sentido nessa frase seria, no grego, para nos livrar do diabo mesmo, de Satanás, do maligno.
O pedido também aponta para a tentativa final do mal antes de Cristo voltar (24.21; cf. 1c 22.31-32; 2Tm 3.3).
O pedido também aponta para a tentativa final do mal antes de Cristo voltar (24.21; cf. 1c 22.31-32; 2Tm 3.3).
6°)         Que há uma ênfase no que concerne ao reino de Deus e óbvio seu poder e sua glória. Primeiro numa petição a Deus “venha o teu reino”, depois a declaração; “pois teu é o reino”. As parábolas de Jesus nos ensinavam sobre o reino e a pregação é a do evangelho do reino. Ao falarmos tanto de reino, o que nos vem à mente senão,  a figura de um Rei? E quem é o nosso Rei? Ele o Senhor que nos está ensinando a oração do “Pai Nosso”.
Sobre o Rei: “33 O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! 34 Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? 35 Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? 36 Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Rm 11: 33-36).
Na próxima vez em que você orar o Pai Nosso pense nas lições que o Senhor nos deixou e que ainda ele abriu mão de sua própria vida para dá-la a nós que somos seu povo.
Ao desenvolvermos e cultivarmos uma atitude e uma disposição mental de nos preocuparmos com o “nós” e não somente com o “eu” estaremos mais próximos do reino de Deus: “E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.” (Mc 12:34).
Os versos 16 ao 18 falam do jejum que agrada a Deus, aquele que é feito em secreto. Passar óleo na cabeça e lavar a face eram partes tradicionais da rotina diária de uma pessoa a não ser que ela estivesse jejuando. Se ela não se lavasse e ungisse, tornava-se óbvio que estava jejuando e, uma vez que o jejum era algo piedoso, isso tornava pública a sua "piedade".
Jesus continua a ministrar a eles diversas formas de ações que um verdadeiro crente deveria fazer. Naturalmente os homens nessa vida acumulam para si tesouros, mas Jesus os estava ensinando a não juntarem tesouros aqui onde todas as coisas estão sujeitas à corrupção.
A palavra grega usada como ferrugem se refere não apenas à corrosão do metal, mas também ao mofo, à madeira apodrecida, e coisas semelhantes. Tudo o que é terreno está sujeito à deterioração ou ruína.
A verdadeira sabedoria deveria nos fazer juntar tesouros nos céus, pois nele não há corrupção, nem traça, nem ferrugem. Jesus nos falou que nosso coração está onde está o nosso tesouro, naquilo que valorizamos.
Sabe o que fazemos? Aquilo que valorizamos! Sabe o que valorizamos? Aquilo que fazemos! O que você anda valorizando e o que você anda fazendo? Onde de fato se encontra o seu coração?
E a luz que há em nós? A luz é o que nos permite ver, então a luz que em ti há é a luz mediante a qual nós interpretamos o mundo. Se a nossa perspectiva básica do mundo for defeituosa, as nossas percepções serão distorcidas e enganosas sem que percebamos isso.
Por isso precisamos estudar, meditar, buscar a palavra de Deus, conforme está escrito que lâmpada são para os nossos pés é a palavra de Deus. “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Sl 119:105).
Em seguida, ele nos fala de dois senhores e que é impossível amar os dois ou servir ambos. Ou você é servo do Senhor e junta tesouros nos céus e se guia pela palavra de Deus, ou você serve ao dinheiro para satisfazer os seus desejos. É necessária uma escolha!
Para nos estimular a fé, ele nos faz pensar e refletir em sua criação, primeiro nas aves dos céus que não semeiam, nem colhem, nem armazenam em celeiros e, contudo, o Pai celestial as alimenta muito bem.
A questão não é que os pássaros não fazem nada - um pássaro adulto não permanece no seu ninho de bico aberto mas que os pássaros não se afligem com relação ao que o futuro lhes reserva.
Os cristãos não precisam exaurir-se para adquirir mais do que precisam, e não deveriam fazer isso. A tentativa de protelar um cenário pessimista acerca do futuro ou de acrescentar mais coisas à vida que Deus nos tem designado demonstra falta de confiança no seu conhecimento e cuidado (vs. 32-33).
E do que adianta toda nossa ansiedade? Seria ela capaz de acrescentar um simples côvado ao curso de nossa vida? Outra tradução possível: - “como poderá prolongar a sua vida, sequer uma hora?".
Então vem a sua máxima de que devemos nos preocupar e em primeiro lugar em buscar o seu reino e a sua justiça que as demais coisas nos seriam acrescentadas, naturalmente.
Isso quer dizer que devemos considerar o governo soberano de Deus e o nosso correto relacionamento com ele a maior das prioridades na vida. A preocupação é inconsistente com essas prioridades, porque põe em dúvida a soberania ou a divindade de Deus e nos desvia dos nossos verdadeiros objetivos de vida. Deus proverá todas as necessidades daqueles que arriscam tudo por ele.
Mt 6:1 Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens,
com o fim de serdes vistos por eles;
doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste.
Mt 6:2 Quando, pois,
deres esmola,
não toques trombeta diante de ti,
como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas,
para serem glorificados pelos homens.
Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
Mt 6:3 Tu, porém, ao dares a esmola,
ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita;
Mt 6:4 para que a tua esmola fique em secreto;
e teu Pai, que vê em secreto,
te recompensará.
Mt 6:5 E, quando orardes,
não sereis como os hipócritas;
porque gostam de orar em pé nas sinagogas
e nos cantos das praças,
para serem vistos dos homens.
Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
Mt 6:6 Tu, porém, quando orares,
entra no teu quarto
e, fechada a porta,
orarás a teu Pai,
que está em secreto;
e teu Pai, que vê em secreto,
te recompensará.
Mt 6:7 E, orando, não useis de vãs repetições,como os gentios;
porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.
Mt 6:8 Não vos assemelheis, pois, a eles;
porque Deus, o vosso Pai,
sabe o de que tendes necessidade,
antes que lho peçais.
Mt 6:9 Portanto, vós orareis assim:
Pai nosso, que estás nos céus,
santificado seja o teu nome;
Mt 6:10 venha o teu reino;
faça-se a tua vontade,
assim na terra como no céu;
Mt 6:11 o pão nosso de cada dia
dá-nos hoje; Mt 6:12
e perdoa-nos as nossas dívidas,
assim como nós temos perdoado
aos nossos devedores;
Mt 6:13 e não nos deixes cair em tentação;
mas livra-nos do mal
[pois teu é o reino,
o poder
e a glória para sempre. Amém]!
Mt 6:14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas,
também vosso Pai celeste vos perdoará;
Mt 6:15 se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas],
tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.
Mt 6:16 Quando jejuardes,
não vos mostreis contristados como os hipócritas;
porque desfiguram o rosto
com o fim de parecer aos homens que jejuam.
Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
Mt 6:17 Tu, porém, quando jejuares,
unge a cabeça
e lava o rosto,
Mt 6:18 com o fim de não parecer aos homens que jejuas,
e sim ao teu Pai,
em secreto;
e teu Pai,
que vê em secreto,
te recompensará.
Mt 6:19 Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra,
onde a traça
e a ferrugem corroem
e onde ladrões
escavam
e roubam;
Mt 6:20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu,
onde traça
nem ferrugem corrói,
e onde ladrões não escavam,
nem roubam;
Mt 6:21 porque, onde está o teu tesouro,
aí estará também o teu coração.
Mt 6:22 São os olhos a lâmpada do corpo.
Se os teus olhos forem bons,
todo o teu corpo será luminoso;
Mt 6:23 se, porém, os teus olhos forem maus,
todo o teu corpo estará em trevas.
Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas,
que grandes trevas serão!
Mt 6:24 Ninguém pode servir a dois senhores;
porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro,
ou se devotará a um e desprezará ao outro.
Não podeis servir
a Deus
e às riquezas.
Mt 6:25 Por isso, vos digo:
não andeis ansiosos pela vossa vida,
quanto ao que haveis de comer ou beber;
nem pelo vosso corpo,
quanto ao que haveis de vestir.
Não é a vida mais do que o alimento,
e o corpo, mais do que as vestes?
Mt 6:26 Observai as aves do céu:
não semeiam,
não colhem,
nem ajuntam em celeiros;
contudo, vosso Pai celeste as sustenta.
Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?
Mt 6:27 Qual de vós, por ansioso que esteja,
pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
Mt 6:28 E por que andais ansiosos
quanto ao vestuário?
Considerai como crescem os lírios do campo:
eles não trabalham,
nem fiam.
Mt 6:29 Eu, contudo, vos afirmo
que nem Salomão, em toda a sua glória,
se vestiu como qualquer deles.
Mt 6:30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo,
que hoje existe e amanhã é lançada no forno,
quanto mais a vós outros,
homens de pequena fé?
Mt 6:31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo:
Que comeremos?
Que beberemos? Ou:
Com que nos vestiremos?
Mt 6:32 Porque os gentios é que procuram
todas estas coisas;
pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;
Mt 6:33 buscai, pois, em primeiro lugar,
o seu reino
e a sua justiça,
e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Mt 6:34 Portanto,
não vos inquieteis com o dia de amanhã,
pois o amanhã trará os seus cuidados;
basta ao dia o seu próprio mal.
A ansiedade combatida aqui por Jesus é algo muito interessante. A ansiedade traz o problema que nem ainda existe, nem temos a certeza de que existirá, para ser real em nossas mentes e assim sofrermos por antecipação. É ridículo!
Por isso ele ordena: NÃO ANDEIS ANSIOSOS! Amigo, a ansiedade aqui é uma escolha. Uma péssima escolha!
Oração: Por que devemos orar?[1]
A teologia reformada sempre insistiu na importância e eficácia da oração. Deus nos criou e redimiu a fim de que pudéssemos ter comunhão com ele e é nisso que consiste a oração: comunhão com Deus. Ele nos fala por intermédio da sua revelação especial nas Escrituras e de sua revelação geral na criação. Também nos fala à medida que o Espírito Santo nos capacita para entender a sua revelação, nos convence do nosso pecado e opera em nós para que possamos obedecer à revelação que recebemos e nos regozijar nela. Em resposta a isso, oramos para falar com Deus sobre ele mesmo, nós, nosso relacionamento com ele e tudo o que existe e acontece na sua criação.
Não há tensão ou incoerência entre a realidade de que Deus é soberano sobre todas as coisas e o fato de que a oração é eficaz Assim como Deus determinou que o ser humano deve se alimentar para saciar a fome, também determinou que os redimidos devem orar a fim de que certos acontecimentos ocorram. Deus determinou até as orações que devemos fazer, de modo que estas sejam plenamente concordes com o seu conselho eterno. A soberania divina não contradiz, mas sim afirma a nossa responsabilidade de orar.
Embora Deus tenha ordenado que oremos, esse não é o único motivo pelo qual nos dirigimos a ele em oração. Oramos porque somos totalmente dependentes de Deus e precisamos dele e de sua comunhão. Também oramos porque Deus controla todas as coisas soberanamente e, portanto, pode fazer o que lhe aprouver; assim, pedimos que ele escolha fazer coisas boas por nós. De todos os meios humanos que Deus emprega para realizar o seu plano eterno, a oração sem dúvida é um dos mais poderosos e eficazes, pois pede ao Deus Todo-Poderoso que aja em nosso favor. Nas palavras de Tiago, "Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16).
A oração assume formas e ênfases distintas em situações diferentes e o ensino bíblico acerca da oração pode ser resumido de várias maneiras. Um modo útil de pensar sobre a oração é como unia atividade com quatro elementos a ser realizada pelo povo de Deus individual e coletivamente, tanto em particular (Mt 6.5-8) como uns com os outros (At 1.14; 4.24). Devemos: (1) expressar adoração e louvor; (2) fazer confissão contrita do pecado e buscar o perdão; (3) agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas e (4) interceder e suplicar por outros e por nós mesmos. A oração do pai-nosso (Mt 6.9-13; Lc 11.2-4) reúne adoração, petição e Confissão; o Saltério é constituído de exemplos dos quatro elementos da oração.
A petição é o reconhecimento humilde de que precisamos de Deus e confiamos nele, de que dependemos de sua sabedoria e bondade soberana. Também é, possivelmente, a dimensão mais proeminente da oração, conforme esta é expressa ao longo de toda a Bíblia (p. ex., Gn 18.16-33; Êx 32.31-33.17; Ed 9.5-15; Ne 1.5-11; 4.4-5,9; 6.9,14; Dn 9.4-19; Mt 7.7-11; Dn 9.4-19; Mt 7.7-11; Jo 16.24;17.1-26; Ef 6.18-0; Tg 5.1 6-1 8; 1 Jo1 6.24;1 7.1-26; Ef 6.1 8-0; Tg5.16-18; 1Jo 5.14-16). Em geral, tanto a petição quanto outros tipos de oração, devem ser dirigidos ao Pai, como nos mostra a oração do pai-nosso, mas também podemos dirigir as nossas petições a Cristo (Jo 14.14), especialmente quando se referem à salvação e cura (At 7.59; Rm 10.8-13; 2Co 12.7-9). Podemos, ainda, pedir graça e paz ao Espírito Santo (Ap 1.4). Não é errado apresentar petições a Deus em seu caráter trino, ou pedir uma bênção espiritual a qualquer uma das três pessoas da Trindade, mas convém seguir ti padrão do Novo Testamento.
Jesus ensinou que as petições ao Pai devem ser feitas em seu nome (Jo 14.13.14; 15.16; 16.23-24). Isso significa invocar o mérito de Jesus com base no qual temos acesso ao Pai e buscar o apoio de Jesus como o nosso intercessor na presença do Pai. No entanto, só podemos buscar o apoio de Jesus quando o nosso pedido está de acordo com a vontade revelada de Deus (1Jo 5.14) e quando pedimos com a motivação correta (Tg 4.3).
Jesus ensina que é apropriado suplicarmos a Deus com persistência fervorosa quando lhe apresentamos necessidades (Lc 11.5-13; 18.1-8) e afirma que Deus responderá a essas orações de maneira positiva. No entanto, devemos lembrar que nem sempre sabemos o que é melhor para nós, mas Deus sabe e, por isso, pode negar os nossos pedidos específicos quanto ao modo como essas necessidades devem ser supridas. Quando Deus não nos concede o que pedimos, muitas vezes isso significa que ele tem algo melhor para nós, como quando o Senhor se recusou a retirar o "espinho" da carne de Paulo” (2Co 12.7-9).
Os cristãos que oram a Deus com sinceridade, fervor, humildade, contrição, um coração purificado e a consciência do seu privilégio, descobrem que o Espírito Santo os leva a orar ainda mais e a confiar plenamente no seu Pai celestial (Rm 8.15; GI 4.6). Eles sentem-se compelidos a orar mesmo que não saibam quais pensamentos ou desejos expressar (Rm 8.26-27). A operação misteriosa do Espírito Santo na oração se evidencia apenas para aqueles que se dedicam ativamente à oração.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br


[1] Artigo Teológico da BEG sobre a oração referente ao capítulo 6, de Mateus.
...


1 comentários:

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Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.