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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Filemon 1-25 - AMIGO DE VERDADE

Carta escrita por Paulo, cerca de 60 d.C., para interceder em favor de Onésimo, um escravo fugitivo.
Breve síntese da carta.
Tudo está nas mãos de Deus! Aqui Paulo é intercessor e que intercessor. Ele fala se dirigindo a Filemom cuja epistola ganhou o nome, mas não é somente a Filemom que se dirige em sua intercessão, mas também a irmã Áfia, provável esposa de Filemom e a Arquipo e à igreja que se reúne em sua casa (ou na casa de Filemom ou na casa de Arquipo).
Sua intenção é obter o favor deles para com a pessoa de Onésimo que outrora fora um fugitivo, mas agora servo e servo de Cristo útil no ministério que provavelmente tinha medo de retornar a seu senhor e sofrer danos.
Paulo usa a pena como hábil escritor e com isso consegue penetrar o coração daqueles a quem se dirigia e com argumentos profundos e penetrantes faz sua solicitação irrecusável.
I. SAUDAÇÕES INICIAIS (1-3).
Paulo se identifica como o autor e Filemom como o destinatário principal da carta.
Paulo identificou-se, junto com Timóteo, como o autor. Ele escreveu a Filemom como o principal destinatário da carta e enviou saudações a muitos outros.
Paulo sabia que estava preso pelo fato de se posicionar em favor de Cristo e do evangelho (cf. Fp 1.7), no entanto, não se dizia vítima do sistema ou que estava ali injustamente, pelo contrário, considerava-se ali por que Deus assim o queria! A amizade que havia entre Paulo e Filemom permitia que Paulo escrevesse abertamente sobre a delicada questão de Onésimo.
Áfia – vs. 2 – era provavelmente a esposa de Filemom. Ela poderia ter alguma influência no modo como Onésimo seria tratado no ou retomo.
Arguipo, a quem ele também se dirige, talvez fosse um pastor local em Colossos. E a igreja era aquela que provavelmente se reunia na casa de Arquipo, embora também seja possível entendermos que as reuniões acontecessem na casa de Filemom.
O fato de Paulo ter a intenção de que Arquipo e a igreja soubessem do conteúdo da carta, provavelmente indica que ele esperava que eles considerassem Filemom responsável por atender ao pedido que ele estava fazendo.
Ele os saúda com a graça e a paz e a forma no plural “vos” pode significar que foi endereçado a Filemom, Afia, Arquipo e à igreja.
II. AÇÃO DE GRAÇAS (4-7).
Paulo agradece a Filemom pelo amor aos cristãos demonstrado no passado.
Depois de sua saudação inicial, Paulo dá graças a Deus dos vs. 4 ao 7. Paulo reconhecia e estimava muito a maneira como Filemom, no passado, havia se comportado de modo amoroso com relação aos companheiros cristãos, especialmente porque isso lhe dava a esperança de que Filemom agiria da mesma maneira em relação a Onésimo.
Paulo relatou, pela sua oração, o grande motivo de sua alegria pela amizade de Filemom (ou seja, pelo laço comum da fé em Cristo). As cartas de Paulo geralmente contém seções de ação de graças (Fp 1,3.6; Cl 1.3-6).
A reputação de Filemom de amar os companheiros cristãos fez com que Paulo também acreditasse que Filemom mostraria o amor e a misericórdia em relação a Onésimo. Como Filemom havia sido uma bênção para o povo de Deus, seu amor e compaixão eram evidentes e se mostrariam favoráveis à sua causa.
III. PAULO INTERCEDE POR ONÉSIMO (8-21).
Paulo pede que Filemom perdoe o crime do seu escravo fugitivo, Onésimo, e o receba de volta como um irmão em Cristo.
Dos vs. 8 ao 21, veremos que Paulo foi direto ao pedir que Filemom mostrasse compaixão quando o seu escavo fugitivo retornasse. Paulo solicitou que Filemom recebesse Onésimo como um irmão em Cristo e que não o castigasse pelo seu crime.
Usando sua autoridade como apóstolo, Paulo poderia exigir que Filemom recebesse Onésimo como um irmão sem reprimi-lo nem discipliná-lo. Paulo, portanto, deixou claro a Filemom que uma atitude contrária ao seu conselho poderia ser pecaminosa.
Paulo queria que Filemom escolhesse fazer a coisa certa, em vez de ser compelido a isso. Isso foi para beneficiar Filemom, pois provavelmente era recompensado por Deus por causa da sua decisão amorosa. (Cf. I Co 9.17).
Paulo sentia afeção por Onésimo porque o havia dado à luz espiritual quando Onésimo o visitou na prisão. Paulo expressou esse tipo afeição também em outras ocasiões (I Co 4.15; Gl 4.19; 1Ts 2.7,11).
Paulo fez um jogo de palavras no vs. 11 ao se referir à sua utilidade/inutilidade. O nome Onésimo significa “útil”. Como um escravo rebelde, Onésimo não havia sido útil, mas como tinha se arrependido da sua rebeldia e se tomado obediente a Cristo, havia se tomado útil tanto para Paulo como para Filemom.
Paulo falou sobre Onésimo nos termos mais emocionais possíveis. A palavra grega para “coração" – vs. 12 - indica a base dos sentimentos. Paulo conclui que se Onésimo fosse maltratado, ele (Paulo) seria profundamente afetado. Era comum que, ao retornarem para seus donos, os escravos fugitivos eram surrados e/ou obrigados a trabalhar de modo tão intenso que a expectativa de vida deles era reduzida.
Paulo solicitou que Filemom não somente perdoasse Onésimo, mas também que o enviasse de volta para que pudesse ajudá-lo e servi-lo enquanto estava preso. A defesa de Paulo por Onésimo era brilhante e deixava Filemom sem saída. No entanto, não queria que isso fosse uma coação, mas um ato voluntário de Filemom após meditar em tudo o que Paulo dizia.
Paulo não desculpava o crime de Onésimo de ter fugido, mas vê a providência divina até mesmo no pecado de Onésimo (cf. Gn 45.4-9; At 4.27-28; Rm 8.28).
A relação entre Filemom e Onésimo seria diferente agora, porque Onésimo era considerado um companheiro cristão.
Nos vs. 17-19, Paulo chegou ao ponto principal do pedido para que Filemom recebesse Onésimo como um irmão cristão. Paulo sabia que poderia suplicar o amor e o perdão de Filemom porque Filemom tinha recebido o perdão de Deus.
O amor de Deus que habita nos cristãos transforma os seus relacionamentos.
Seguindo o exemplo de Cristo e demonstrando a profundidade do amor por Onésimo, Paulo se ofereceu como um substituto por Onésimo. Isso colocou Filemom numa posição ainda mais complicada: dar a mesma punição para o amado apóstolo Paulo caso de se recusasse a mostrar compaixão por Onésimo.
Essa maneira de agir seria prejudicial para igreja, o que deixava Filemom sem alternativa a não ser escolher fazer a coisa certa. Paulo evidentemente havia sido aquele que converteu Filemom; portanto, num sentido real, Filemom devia a Paulo a sua vida eterna.
Para o bem de Onésimo, Paulo chamou isso de dívida. A técnica poderosa e persuasiva encontrada nesses versículos indica o profundo amor de Paulo por Onésimo e sua determinação em fazer com que Filemom agisse igualmente de maneira amorosa em relação ao escravo.
IV. PEDIDOS FINAIS E CONCLUSÃO (22-25).
Paulo, na confiança de que poderia ser libertado da prisão, pede que Filemom prepare uma pousada para ele e termina com as saudações finais.
Paulo faz suas saudações finais demonstrando esperança quanto à restauração da igreja em Colossos.
No vs. 22 percebe-se que Paulo esperava ser liberto da prisão, o que parece ter realmente acontecido. Agora, se ele voltou para Colossos ou não, nós não sabemos.
Paulo envia a eles saudações por parte de Epafras, seu companheiro de prisão por Cristo Jesus, de Marcos, de Aristarco, de Demas e de Lucas, seus cooperadores.
Finaliza a sua carta com a costumeira graça de nosso Senhor Jesus Cristo desejando que a mesmo fosse com o espírito deles. Amém.
Fm 1:1 Paulo,
prisioneiro de Cristo Jesus,
e o irmão Timóteo,
ao amado Filemom,
também nosso colaborador,
Fm 1:2 e à irmã Áfia,
e a Arquipo,
nosso companheiro de lutas,
e à igreja que está em tua casa,
Fm 1:3 graça e paz a vós outros,
da parte de Deus, nosso Pai,
e do Senhor Jesus Cristo.
Fm 1:4 Dou graças ao meu Deus,
 lembrando-me, sempre, de ti nas minhas orações,
Fm 1:5 estando ciente do teu amor
e da fé que tens
para com o Senhor Jesus
e todos os santos,
Fm 1:6 para que a comunhão da tua fé
se torne eficiente no pleno conhecimento de todo bem
que há em nós,
para com Cristo.
Fm 1:7 Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor,
porquanto o coração dos santos tem sido
reanimado por teu intermédio.
Fm 1:8 Pois bem, ainda que eu sinta plena liberdade em Cristo
para te ordenar o que convém,
Fm 1:9 prefiro, todavia, solicitar em nome do amor,
sendo o que sou,
Paulo, o velho
e, agora,
até prisioneiro de Cristo Jesus;
Fm 1:10 sim, solicito-te em favor de meu filho
Onésimo, que gerei entre algemas.
Fm 1:11 Ele, antes, te foi inútil;
atualmente, porém, é útil, a ti e a mim.
Fm 1:12 Eu to envio de volta em pessoa,
quero dizer, o meu próprio coração.
Fm 1:13 Eu queria conservá-lo comigo mesmo para, em teu lugar,
me servir nas algemas que carrego
por causa do evangelho;
Fm 1:14 nada, porém, quis fazer sem o teu consentimento,
para que a tua bondade
não venha a ser como que por obrigação,
mas de livre vontade.
Fm 1:15 Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente,
a fim de que o recebas para sempre,
Fm 1:16 não como escravo;
antes, muito acima de escravo,
como irmão caríssimo,
especialmente de mim
e, com maior razão, de ti,
quer na carne,
quer no Senhor.
Fm 1:17 Se, portanto, me consideras companheiro,
recebe-o, como se fosse a mim mesmo.
Fm 1:18 E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa,
lança tudo em minha conta.
Fm 1:19 Eu, Paulo, de próprio punho, o escrevo:
Eu pagarei - para não te alegar
que também tu me deves até a ti mesmo.
Fm 1:20 Sim, irmão, que eu receba de ti, no Senhor, este benefício.
Reanima-me o coração em Cristo.
Fm 1:21 Certo, como estou, da tua obediência,
eu te escrevo, sabendo que farás mais do que estou pedindo.
Fm 1:22 E, ao mesmo tempo,
prepara-me também pousada,
pois espero que,
por vossas orações,
vos serei restituído.
Fm 1:23 Saúdam-te Epafras,
prisioneiro comigo,
em Cristo Jesus,
Fm 1:24 Marcos, Aristarco, Demas e Lucas,
meus cooperadores.
Fm 1:25 A graça do Senhor Jesus Cristo
seja com o vosso espírito.
Paulo em sua argumentação muitas vezes lembra do tema prisioneiro de Cristo junto com outros irmãos também prisioneiros de Cristo. Um dia desses eu ia para meu trabalho chateado, mas lembrei-me de Paulo e me veio ao espírito: Pr. Daniel Deusdete, o empregado de Cristo... naquele momento acabaram-se as queixas e as razões e passei a glorificar ao Senhor.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.