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sexta-feira, 15 de abril de 2016

Apocalipse 17 1-18 - O JULGAMENTO DA BABILÔNIA E A DEFESA DA IGREJA.

Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção em Cristo. Estamos vendo o capítulo 17/22.
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 17, explicado pelo Rev. Leandro Lima - https://youtu.be/moMAe1IF8D8.
Breve síntese do capítulo 17.
Quem me dera pudesse eu explicar tudo e dar nomes aos bois... sou como qualquer um curioso e estudioso do assunto que tem opiniões a respeito das interpretações. A minha escolha teológica no caso de dúvidas é a posição dos teólogos reformados mais respeitados.
Não irei interpretar, nem irei colocar a posição deles e dos outros teólogos e movimentos, mas irei analisar tão somente o texto, como venho fazendo desde que comecei a segmentar Apocalipse.
João já tinha visto os sete anjos derramarem as sete taças da ira de Deus, sendo a última taça sobre o ar onde depois ocorreu um terremoto como nunca houve em toda a história da terra. Nisto a grande cidade, Babilônia, foi dividida em três partes e grandes saraivadas de pedras pesando cerca de 45 kg caíram sobre os homens.
João continua olhando e um dos sete anjos fala com ele e lhe explica em detalhes o julgamento da meretriz que se acha assentada sobre muitas águas. João 17 fala assim dessa mulher, a Babilônia, e de sua terrível destruição. A mulher é suportada pela Besta que é quem lhe dá autoridade e força.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Visões celestiais (4.1-22.5) - continuação.
Como já falamos, dos vs. 4.1 ao 22.5, estamos vendo essas visões celestiais de João. Por meio de Cristo e seus anjos (22 8-9,16) João recebeu uma série de sete ciclos de visões:
(1)   Sete selos do rolo (4.1-8.1) – já vimos.
(2)   Sete anjos e trombetas (8.2-11.19) – já vimos.
(3)   Sete histórias simbólicas (12.1-14.20) – já vimos.
(4)   Sete taças de ira (15.1-16.21) – já vimos.
(5)   Babilônia e a igreja (17.1-19.10) - começaremos agora.
(6)   A batalha final (19.11-21).
(7)   O reino dos santos e o julgamento final (20.1-21.8), seguidos por uma visão da nova Jerusalém.
Essas visões tinham a intenção de advertir e encorajar as igrejas ao abrir seus olhos para a realeza e majestade de Deus, para a natureza da guerra espiritual, o julgamento de Deus sobre o mal e o resultado do conflito.
5. O quinto ciclo: o julgamento da Babilônia e a defesa da igreja (17.1-19.10).
Veremos dos vs. 17.1 ao 19.10, o quinto ciclo: julgamento da Babilônia e defesa da igreja.
Babilônia, a prostituta aparece, representando as seduções do mundo (17.4; 18.3). Sua corrupção é contrastada com a pureza da noiva do Cordeiro (19.7-9). Babilônia abarca o culto do mundo ímpio. Por contraste, a noiva (a igreja) representa os adoradores do verdadeiro Deus.
Satanás, a besta e o falso profeta formam uma trindade falsificada (13 1-10; 13.11-18), de modo que Babilônia é uma imitação falsa da igreja que seduz o mundo a submeter-se à falsa trindade.
Satanás ataca os santos de duas maneiras principais:
(1)   A besta ataca com poder e perseguição, tentando destruir o testemunho dos santos e forçá-los a adorar a besta.
(2)   Babilônia ataca com sedução, procurando destruir a pureza dos santos.
Pela sua imoralidade, Babilônia representa a cidade de Roma. Para as sete igrejas do Apocalipse, Roma era a fonte de todo tipo de idolatria — não apenas o culto ao imperador romano, mas também as estruturas de uma sociedade idólatra.
O paganismo das cidades da Ásia Menor transformou cada uma delas numa pequena manifestação de Roma. Plena participação econômica e social (13.17) envolvia a participação em festas aos ídolos e em celebrações religiosas pagãs.
O culto ao imperador era uma esperada expressão de lealdade política. Os pagãos chamavam os cristãos de "ateístas" porque não cultuavam os muitos deuses e acusavam os crentes de odiarem a humanidade porque não participavam de formas comprometidas de vida social (1 Pe 2.12, 4.3-4).
Como reação a essa pressão, alguns cristãos confessos argumentavam que a participação em festas idólatras e a imoralidade sexual eram inaceitáveis (2.12,20; 1Co 6.12-20).
Jezabel, a mulher mencionada em 2.20-23 era uma sedutora importante cujo trabalho é generalizado e mais profundamente simbolizado na Babilônia, a prostituta (cf. 17.2).
Cidades modernas também podem ser centros de sedução à idolatria e imoralidade sexual. Assim, o simbolismo da Babilônia é capaz de múltiplas caracterizações, inclusive uma caracterização final e climática imediatamente antes da segunda vinda. Muito do simbolismo se adapta bem ao caráter de Jerusalém antes de sua destruição.
Ao se recusar a aceitar o Messias, ela se torna uma prostituta, como havia acontecido no Antigo Testamento (Is 1.21; Ez 16; 23; Os 2). Ap 11 8 liga Jerusalém a Sodoma e ao Egito.
Alguns poucos intérpretes apoiam a identificação da Babilônia, a prostituta, com Jerusalém. Mas Jerusalém foi apenas um exemplo de uma cidade que tenta seduzir as pessoas a se afastarem do verdadeiro culto.
Nos tempos do Antigo Testamento, a Babilônia antiga foi outra cidade com o mesmo perfil, e, consequentemente, o Apocalipse usa a linguagem das condenações proféticas do Antigo Testamento sobre Babilônia e Tiro (Jr 50-51; Ez 27-28).
Ap 17.9,18 são mais naturalmente compreendidos como alusões a Roma, e não a Jerusalém. A prostituta é carregada por uma besta hedionda (evidentemente a mesma besta de 13.1-10).
A besta, que representa o Império Romano, apoia a cidade de Roma em sua idolatria luxuriosa. Ela também espalha as práticas de Roma por todo o império. Entretanto, finalmente a besta se volta contra a prostituta e a destrói (17.16-17).
Os poderes vorazes e predatórios do governo de Roma e das legiões romanas destruíram a prosperidade e, finalmente, os poderes militares das tribos que a circundavam, por sua vez, destruíram completamente a cidade de Roma.
As lições do período romano podem ser generalizadas: estados idólatras terminam destruindo os próprios poderes, riquezas privilégios e povos que começaram apoiando o culto falso é autodestrutivo.
Quando a destruição do culto falso estiver terminada (17.1-18.24), os verdadeiros adoradores (a noiva do Cordeiro) se levantarão em seu esplendor e alegria (19.1-10).
Foi um dos sete anjos que tinham as sete taças que se aproximou de João e disse para ele que lhe mostraria o julgamento dessa grande prostituta que estava assentada sobre muitas águas, com quem os reis da terra se prostituíram; os habitantes da terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição.
João foi levado em ou no Espírito para um deserto. João descreve o que viu – vs. 3 a 6:
·       Uma mulher montada numa besta vermelha.
·       Ela estava coberta de nomes blasfemos.
·       Ela tinha sete cabeças e dez chifres.
·       Ela estava vestida de azul e vermelho.
·       Ela estava adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas.
·       Segurava um cálice de ouro, cheio de coisas repugnantes e da impureza da sua prostituição.
·       Em sua testa havia esta inscrição:
MISTÉRIO: BABILÔNIA, A GRANDE; A MÃE DAS PROSTITUTAS E DAS PRÁTICAS REPUGNANTES DA TERRA.
·       Ela estava embriagada com o sangue dos santos, o sangue das testemunhas de Jesus.
João viu e ficou muito admirado. O anjo lhe pergunta qual o motivo de sua admiração e então lhe explica o mistério dessa mulher e também da besta sobre a qual a mulher estava montada, que tinha sete cabeças e dez chifres – vs. 7.
O anjo explica que a besta que ele viu era e não é, está para emergir.
Repare que a descrição é uma simulação da soberania de Deus que é proclamada em 1.4,8; 4.8. "Não é" indica que a perseguição agora é menor, mas crescerá com renovada intensidade no futuro.
A besta representa um padrão repetido de perseguição, como no caso das quatro bestas sucessivas de Dn 7 (13.1-10). Os habitantes da terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a criação do mundo, ficarão admirados quando virem a besta, porque ela era, agora não é, e, entretanto, virá – vs. 8.
O anjo fala a João que é necessário uma mente sábia e inteligente para ver as coisas e explica que as sete cabeças são sete colinas sobre as quais está sentada a mulher. Roma foi construída sobre sete colinas (17.1-19.10).
Ele também fala que são sete reis, dos quais caíram cinco um ainda existe, e o outro ainda não surgiu; mas, quando surgir, deverá permanecer durante pouco tempo.
É possível também que "cinco" represente um número indefinido de estados perseguidores de ocasiões anteriores (como as bestas de Dn 7).
A presença do sexto indicaria então, de maneira simbólica, que os cristãos estão perto do fim, mas ainda não chegaram lá.
No entanto, no vs. 11, o anjo diz para João que a besta que era, e agora não é, é o oitavo rei. É um dos sete, e caminha para a perdição.
Ele também explica sobre os dez chifres. O significado simbólico do número dez remonta a 13.1; 17.7 e, mais especificamente, a Dn 7.7,24. Mas a besta do Apocalipse não pode ser simplesmente identificada com a quarta besta de Daniel.
Ao contrário, ela é um complexo que incorpora características das quatro bestas de Daniel.
No Apocalipse, os dez chifres são reinos confederados da besta. Os poderes políticos além das fronteiras do Império Romano estão mais diretamente em foco (em vista de 16.12,14,16; 19.19; 20.8).
Tribos bárbaras finalmente conquistaram Roma. Mas o cenário se move além dos limites de Roma e abre um quadro da última batalha na qual a besta aliciará tropas de apoio e suporte em larga escala.
Eles ainda não tinham recebido o reino, mas mesmo assim, por uma hora receberão autoridade de reis, juntamente com a besta. Com esse poder e autoridade eles irão enfrentar o Cordeiro, mas serão vencidos pelo Senhor dos senhores e o Rei dos reis. Também vencerão com o Senhor os seus chamados, escolhidos e fiéis – vs. 14.
O anjo também explica as águas que ele viu, onde estava assentada a prostituta e elas representam povos, multidões, nações e línguas – vs. 15.
Em meio às provações, aos santos é assegurada a certeza de que Deus está no controle até mesmo desse conflito apavorante. É o que se percebe do vs. 17.
Haverá um conflito interno entre eles, pois a besta e os dez chifres que João tinha visto irão odiar a prostituta de tal modo que eles a levarão à ruína e a deixarão nua, comerão a sua carne e a destruirão com fogo, isso porque Deus colocou no coração deles o desejo de realizar o propósito que ele tem, levando-os a concordarem em dar à besta o poder que eles têm para reinar até que se cumpram as palavras de Deus. Isso sim é a soberania de Deus que controla mesmo todas as coisas.
Finalmente o anjo diz para João que a mulher que ele viu era a grande cidade que reina sobre os reis da terra, com certeza falava de Roma.
Ap 17:1 Veio um dos sete anjos
que têm as sete taças
e falou comigo, dizendo:
Vem,
mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz
que se acha sentada sobre muitas águas,
Ap 17:2 com quem se prostituíram os reis da terra;
e, com o vinho de sua devassidão,
foi que se embebedaram os que habitam na terra.
Ap 17:3 Transportou-me o anjo,
em espírito,
a um deserto e vi
uma mulher montada
numa besta escarlate,
besta repleta de nomes de blasfêmia,
com sete cabeças e dez chifres.
Ap 17:4 Achava-se a mulher
vestida de púrpura e de escarlata, adornada
de ouro,
de pedras preciosas
e de pérolas,
tendo na mão um cálice de ouro
transbordante de abominações
e com as imundícias da sua prostituição.
Ap 17:5 Na sua fronte,
achava-se escrito um nome, um mistério:
BABILÔNIA, A GRANDE,
A MÃE DAS MERETRIZES
E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA.
Ap 17:6 Então, vi
a mulher embriagada
com o sangue dos santos
e com o sangue das testemunhas de Jesus;
e, quando a vi,
admirei-me com grande espanto.
Ap 17:7 O anjo, porém, me disse:
Por que te admiraste?
Dir-te-ei o mistério
da mulher
e da besta que tem
as sete cabeças
e os dez chifres
e que leva a mulher:
Ap 17:8 a besta que viste,
era e não é,
está para emergir do abismo
e caminha para a destruição.
E aqueles que habitam sobre a terra,
cujos nomes não foram escritos
no Livro da Vida
desde a fundação do mundo,
se admirarão, vendo a besta que era e não é,
mas aparecerá.
Ap 17:9 Aqui está o sentido, que tem sabedoria:
as sete cabeças são sete montes,
nos quais a mulher está sentada.
São também sete reis,
Ap 17:10 dos quais caíram cinco,
um existe,
e o outro ainda não chegou;
e, quando chegar,
tem de durar pouco.
Ap 17:11 E a besta,
que era e não é,
também é ele,
o oitavo rei,
e procede dos sete,
e caminha para a destruição.
Ap 17:12 Os dez chifres que viste
são dez reis,
os quais ainda não receberam reino,
mas recebem autoridade como reis,
com a besta, durante uma hora.
Ap 17:13 Têm estes um só pensamento
               e oferecem à besta
               o poder
               e a autoridade que possuem.
Ap 17:14 Pelejarão eles contra o Cordeiro,
e o Cordeiro os vencerá,
pois é o Senhor dos senhores
e o Rei dos reis;
vencerão também os chamados,
eleitos e fiéis que se acham com ele.
Ap 17:15 Falou-me ainda:
As águas que viste,
onde a meretriz está assentada, são
povos,
multidões,
nações
e línguas.
Ap 17:16 Os dez chifres que viste e a besta,
esses odiarão a meretriz,
e a farão devastada e despojada,
e lhe comerão as carnes,
e a consumirão no fogo.
Ap 17:17 Porque em seu coração
                                                           incutiu Deus que realizem o seu pensamento,
o executem à uma
e deem à besta o reino que possuem,
                                                                                         até que se cumpram
as palavras de Deus.
Ap 17:18 A mulher que viste
é a grande cidade que domina sobre os reis da terra.
Deus no controle de tudo! Sempre está e sempre estará! Reparem no vs. 17 que Deus incutiu em suas mentes o realizarem os seus pensamentos.
Romanos 9:20 Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?
Romanos 9:21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?
Eu já disse e repito: Deus não negocia com ninguém a verdade, a justiça, o amor, ... Como diremos, repito, à justiça que o que fazes não é justo? Ridículo!
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.