sábado, 20 de junho de 2015
sábado, junho 20, 2015
Jamais Desista
Amós 5 1-27 - BUSCAI A DEUS E VIVEI - DEUS EXIGE JUSTIÇA E NÃO SACRIFÍCIOS.
Estamos vendo agora a ver a parte III - ORÁCULOS
CONTRA ISRAEL (3.1 6.14). Encontramos-nos na seção “B”, no capítulo 5.
B. A severidade do julgamento (5.1 6.7).
Até o versículo 7, do próximo capítulo, 6,
estaremos vendo a severidade do julgamento. Num oráculo de lamentação (5.1-17)
e em dois oráculos de angústia (5.18-27; 6.1-7), Amós expressou o quanto seriam
terríveis os julgamentos que estavam por vir. Assim, também dividiremos essa
seção “B”, em três partes: 1. Lamento pela virgem Israel (5.1-17) – veremos agora; 2. Ai daqueles que
desejam (5.18-27) – veremos agora; e,
3. Ai dos complacentes (6.1-7).
1. Lamento pela virgem Israel (5.1-17).
Até ao verso 17, deste, estaremos vendo o lamento
pela virgem Israel. Amós lamentou o destino de Samaria sob o domínio assírio,
como ele descreveu na seção anterior.
Amós lamentou Israel como se ela já
estivesse morta. Esse artifício literário é típico de profecias do Antigo
Testamento, especialmente em Ezequiel (p. ex., Ez 19.1; 26.17; 27.2; 32.2).
Essa lamentação consiste em quatro partes:
1.
A
descrição da tragédia (vs. 2-3).
2.
Um
chamado à reação (vs. 4-6).
3.
Um
discurso direto aos caídos (vs. 7-13).
4.
Uma
convocação para o lamento (5.16-17).
1.
A descrição da tragédia (vs.
2-3).
Esse versículo dá início à lamentação com a
descrição da tragédia. A declaração é de que a virgem caiu. Esse termo é usado
em outras lamentações (p. ex., 2Sm 1.19,25,27; 3.34; Lm 2.21).
Essa personificação da virgem de Israel imperfeitamente
compreendida de Israel (cf. 2Rs 19.21; Jr 18.13) é aplicada também a outras nações;
por exemplo, a Babilônia ("virgem filha da Babilônia"; Is 47.1) e o
Egito ("virgem filha do Egito", Jr 46.11).
A julgar pela mitologia ugarítica, a frase
pode ter a conotação de que a nação em questão era a esposa de um deus, como
Israel era a noiva de Jeová e a igreja era a noiva de Cristo (Ap 19.7; 21.2,9;
22.17).
As drásticas derrotas militares descritas –
90% morrem - aqui ecoam a profecia de tais desastres na aliança (Dt 32.28-30).
O Senhor alertou que essas calamidades viriam devido à idolatria (Dt 32.1518).
2.
Um chamado à reação (vs. 4-6).
O versículo 4 dá início ao chamado à
reação. Buscai-me e vivei era o apelo do Senhor para eles. Compare com os vs. 6,14.
O Senhor havia prometido estar disponível para aqueles que o procurassem, mesmo
quando no exílio (Dt 4.29; cf. Lm 3.25), tragicamente, o povo do Senhor
normalmente não o procurava (Is 9.13; Jr 10.21).
Os israelitas estavam acostumados a irem
aos locais de cultos sincréticos para buscar ajuda em tempos de dificuldades,
ao invés de buscar o livramento do Senhor.
Eles não deveriam entrar nem em Betel, nem
em Gilgal – sobre Betel e Gilgal veja 4.4 -, nem em Berseba - esse antigo lugar
sagrado (Gn 21.31-33; 26.23-25; 46.1-5) estava localizado cerca de 75 km ao sudeste
de Jerusalém.
Evidentemente, o povo do norte viajava em
peregrinação a esse santuário do sul (cf. 8.14). Em sua reforma, Josias havia desconsagrado
os lugares altos "de Geba até Berseba" (2Rs 23.8). Deus ameaçou
retirar o povo e devastar esses lugares caso não houvesse arrependimento.
A orientação de Deus era clara de que
deveriam buscá-lo e viverem. Considerando que essa série de oráculos aparece em
ordem cronológica, Deus já havia prometido punir as mulheres de Samaria (4.2) e
estava a ponto de prometer destruir Samaria (6.8).
Aqui ele ameaçou fazer o mesmo com outras
partes do Reino do Norte, a menos que o povo se arrependesse e o procurasse
(veja o vs. 15).
Eles deveriam buscar a Deus de todo o seu
coração para evitar que o Senhor irrompesse contra a casa de José, ou seja, o
termo indica as tribos de Efraim e Manassés e assim cobre as áreas tribais que
continham Betel (Efraim) e Gilgal (Manassés).
Conforme a BEG, esses santuários ao norte
seriam destruídos; Berseba, no sul, não seria destruída pelo fogo do julgamento
que varreria o Reino do Norte. O fogo do julgamento do Senhor não pode ser
extinto (cf. Is 1.31; ir 4.4; Mt 3.12).
3.
Um discurso direto aos caídos (vs. 7-13).
Aqui, agora, se tem início ao discurso
direto aos caídos. Eles estavam convertendo o juízo em alosna e deitando por
terra toda a justiça. Esse epíteto segue o costume do epíteto divino ou real.
Assim como em 4.1, ele é novamente irônico
- veja 4.13. A mesma frase ocorre em 6.12, e isso pesa contra a alteração feita
por alguns, "Vocês que colocam a justiça de cabeça para baixo".
Juízo e justiça geralmente estão juntos no
Antigo Testamento como qualidades da vida que o Senhor deseja (cf. 5.24; Is
5.7). Aqui o profeta repreendeu os líderes de Israel pela sua falha em
estabelecer o juízo e a justiça.
Essa série majestosa de títulos – vs. 8 e 9
- para o Senhor contrasta fortemente com o versículo anterior, o qual descreve
um povo pecador. O Senhor é aquele que é:
·
O
que fez as Plêiades e o Oriom.
Esse é um grupo de estrelas
(conhecido como M45) na constelação de touro que inclui sete estrelas proeminentes
visíveis a olho nu. Já Órion é o nome hebraico que possivelmente significa
"o Tolo", embora na literatura clássica fale-se em "o
Caçador". Sete-estrelo e Órion ocorrem juntos em outro lugar no contexto
do poder e sabedoria incomparáveis de Deus (Jó 9.9; 38.31).
·
O
que torna a sombra da noite em manhã, e transforma o dia em noite.
·
O
que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra.
·
Deus
e o Senhor é o seu nome.
·
O
que faz vir súbita destruição sobre o forte, de sorte que vem a ruína sobre a
fortaleza.
No verso 10, literalmente, "eles
odeiam... e desprezam". Esse versículo contrasta com os versículos
seguintes (vs. 11-12), que estão na segunda pessoa.
No entanto, nenhuma diferença significativa
de tom parece ser pretendida com essa mudança, e tais mudanças de pessoa são
comuns em documentos do antigo Oriente-Próximo, incluindo cartas, tratados e
dedicatórias.
Muitos dos assuntos legais de uma cidade
eram realizados em sua porta, uma larga passagem com salas adjacentes. E eram
nas portas que havia repreensão e o falar sincero, pois essas pessoas
repreendiam a falsidade e davam testemunho verdadeiro num tribunal da lei.
Israel odiava esses indivíduos, pois eles ameaçavam impedir a corrupção e o
ganho desonesto (cf. 2.6-7).
Eles pisavam os pobres e ainda exigiam
tributos de trigo, embora vivessem em casas de pedras. Literalmente, "casas
de pedras lavradas". Essas estruturas eram caras, em contraste às casas de
tijolo de barro nas quais a maioria do povo morava – seria interessante comparar
essa situação com Is 9.10.
Por isso, não haveriam de desfrutarem nem
de suas casas nem de suas plantações.
As maldições de futilidades (p. ex.,
maldições que tornariam fútil qualquer esforço construtivo), que o Senhor já
havia anteriormente infligido aos cananeus, seriam agora dirigidas ao seu
próprio povo (Dt 6.10-12; veja também os vs. 16-17). A maldição aos vinhedos é
extraída da aliança, como estipulada em Dt 28.30,39.
Eram graves e muitas as transgressões
deles. Era importante que os israelitas percebessem que o Senhor tinha
conhecimento do que eles imaginavam que ele não sabia (cf. Jó 22.13-14; SI
73.11; Lc 16.15). A aflição do justo e o aceite de suborno - refere-se ao
pagamento de resgate pela vida de um assassino, o que era contra a lei (Nm
35.31) – os tornavam ainda mais dignos de juízo.
Portanto, o que for prudente guardará
silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau, ou seja, pode ser traduzido –
conforme a BEG - esse “guardar silêncio” como "cessará", uma vez que
a palavra hebraica é usada em outro lugar como correspondendo à morte:
"Portanto, cairão os seus jovens nas suas praças; todos os homens de
guerra serão reduzidos a silencio naquele diz" (Jr 49.26; 50.30).
O Senhor retirou os homens sábios ou prudentes
das posições de liderança como parte de seu julgamento de uma nação; por
exemplo, Judá (Is 3.1-4,12) e Edom (Jr 49.7; Ob 8).
4.
Uma convocação para o lamento (5.16-17).
Novamente o apelo para a busca do bem e não
do mal. Para esse pensamento, veja Is 1.16-17. Compare com 5.4, em que Deus
ordenou que o seu povo o procurasse e vivesse.
Conquanto seja verdade que a obediência ao
Senhor traz segurança e prosperidade (Dt 28.1-14), esse versículo aponta para
uma verdade ainda mais profunda: conhecer Deus é a essência da vida (cf. Jo
17.3).
Em assim procedendo, buscando ao Senhor,
fugindo do mal, o Senhor, o Deus dos Exércitos, seria com eles. Isso expressa a
mais profunda necessidade do povo de Deus, a qual também é antecipada (mas com
palavras hebraicas diferentes) em Is 7.14 - "Emanuel" significa
"Deus conosco" (Mt 1.231).
Os israelitas, com confiança enganosa,
afirmavam que o Senhor estava com eles, apesar de sua rebeldia, simplesmente
porque ele havia feito uma aliança com eles. Para um exemplo semelhante de confiança
sem fundamento, veja Mt 3.9.
Odiando o mal, amando o bem, estabelecendo
o juízo na porta, sim, fazendo tudo isso, talvez o Senhor tivesse piedade do
remanescente de José.
No tempo de Amós, Israel era relativamente
próspero e forte. A frase antecipa o tempo futuro após a vinda do julgamento de
Deus. Se o povo corrigisse seus hábitos, era possível que Deus fosse mais
brando com relação ao julgamento de toda a nação.
Considerando que os oráculos estão em ordem
cronológica, Deus já havia prometido enviar as mulheres ricas de Samaria para o
exílio (4.2), mas aqui o profeta ofereceu esperança, embora isso não fosse uma
garantia ("talvez") de que o restante do povo fosse poupado caso se
arrependesse. Essa série termina com Deus prometendo destruir Samaria (6.8).
Os versículos 16 e 17, conforme a BEG, compreendem
a intimação ao luto que conclui o lamento.
Em todas as ruas – vs. 17 – e em todas as vinhas
– vs. 18 – haveria pranto, porque o Senhor passaria pelo meio do povo.
Os lamentos sobre Israel continuariam em
toda parte da Terra Prometida, pois todas as partes seriam punidas. Em todas as
ruas dirão: Ai! Ai! Para outros usos proféticos dessa exclamação, veja o vs.
18; 6.1; Is 1.4; Jr 22.18. A mesma frase aparece em Êx 12.12, onde o Senhor
falou sobre o iminente julgamento do Egito, "Porque, naquela noite,
passarei pela terra do Egito".
Ironicamente, pelo fato de seu povo ter-se
tornado tão pagão quanto o povo do Egito, ele agora iria passar por Israel em
julgamento, como uma vez havia passado pela terra de seus opressores.
2. Ai daqueles que desejam o dia do Senhor (5.18-27).
O profeta pronunciou um "ai"
sobre o Reino do Norte, em vista do seu futuro desanimador – vs. 18 ao 27.
O "dia do SENHOR" faz referência
ao tempo em que Deus virá como Rei para julgar os seus inimigos e abençoar o
seu povo fiel (veja Is 2.12; 13.6-13; Ob 15; Sf 1.7,14).
Todo período importante de julgamento no
Antigo Testamento pode ser chamado de "dia do SENHOR", assim como o
Novo Testamento associa o termo com o Pentecostes (At 2.20), mas primeiramente
com a ainda futura vinda de Cristo (1Co 1.8; 5.5; 2Co 1 14; 1Ts 5.2; 2Ts 2.1;
2Pe 3.10).
Para que desejais vós o Dia do SENHOR? Pode
ser traduzido também como, "O que lhe trará de bom o Dia do SENHOR?"
Os israelitas estavam tão confiantes de sua boa reputação com Deus que
acreditavam que o dia do Senhor seria benéfico para eles.
Eles não compreendiam que suas violações
notórias da aliança na verdade os tornavam inimigos de Deus, objetos da ira
dele.
O dia do Senhor seria um dia de trevas e
não de luz. Talvez isso seja uma repercussão do vs. 8. No julgamento, o Senhor
tem poder para transformar o dia em noite, tanto de modo literal quando
figurado.
O mal nos sobrevém por causa de nossas
práticas erradas ou por causa de nossa boca? Adianta eu ficar declarando
palavras boas e repreendendo o mal se minha conduta continua errada? Assim,
eles precisavam de ter atitude, mas confiavam tanto em sua “fé” que se tornaram
ainda mais nojentos.
Amós retratou a futilidade da tentativa de
escapar do julgamento do Senhor - veja Is 24.17-18. Em hebraico, a pergunta “não
será...” espera uma resposta positiva, ou seja, aqui seria de trevas e não luz,
completa escuridade e não claridade. Figurativamente, isso representa bem-estar
e motivo de alegria. Mas a claridade também é associada ao Senhor (SI 18.12; Is
4.5) e aos justos (Pv 4.18, Is 60.3; 62.1). A implicação aqui é de que não
haveria luz da justiça na terra e nem claridade no semblante (favorável) do
Senhor.
O julgamento seria sinistro e total, e
tragaria toda a terra.
Agora o Senhor desabafa e diz não estar
satisfeito com as práticas deles em festas e ajuntamentos solenes – vs. 21-23.
Essa é uma breve crítica às práticas religiosas de Israel.
O ponto não é que as práticas eram erradas,
pois o Senhor as havia ordenado. No entanto, elas estavam sendo praticadas de
maneira não espiritual, tendo a forma religiosa, mas negando o seu poder (1Tm
3.5), ou seja, era tudo de fachada, como para enganar.
No verso 21, ele diz que aborrecia e desprezava
aquelas festas e assembleias. Duas palavras combinadas para expressar mais
fortemente um conceito que nenhuma das duas poderia transmitir sozinha.
Poderia ser traduzido, "Eu rejeito com
absoluto ódio". Deus não tinha nenhum prazer, literalmente, "não
aspirarei". A expressão vem do contexto dos sacrifícios. De modo
semelhante, na aliança original o Senhor havia declarado "não aspirarei o
vosso aroma agradável" (Lv 26.31), caso o seu povo se tornasse
desobediente.
Há bênçãos nos cultos a Deus, nas festas, assembleias
solenes, mas juntas com falsidade, hipocrisia e engano, o Senhor detestava,
odiava. Uma visão deturpada de Deus os levavam a agir assim, como querendo fazer
de Deus um gênio da lâmpada, poderoso, mas escravo do adorador.
Por isso que ainda que lhe oferecessem
sacrifícios, holocaustos e ofertas, ainda assim não se agradaria deles. O
Senhor sempre esteve mais interessado na nossa atitude espiritual em relação a
ele (e aos outros criados à sua imagem) do que nos sacrifícios (cf. Mt 5.23-24;
1Co 13.3).
Até os cantos oferecidos a Deus eram, não
melodias, nem músicas, mas sovam com um estrépito – vs. 23 - literalmente,
"estrondo" e não como canções de adoração. A mesma palavra é usada
para descrever o tumulto de águas no céu quando o Senhor ribomba o trovão (Jr
10 13), assim como o barulho das rodas dos carros do exército (Jr 47.3).
Em lugar daquilo tudo o que Deus queria e
gostaria de ver neles era o juízo e a justiça, fluírem como um rio perene.
No Oriente Médio – nos ensina a BEG -,
ribeiros são vales estreitos através dos quais a água flui na época de chuvas,
mas que podem estar completamente secos em outras épocas. Simbolicamente, o
Senhor, aquele que dá as chuvas, providenciaria chuva perpétua alegremente para
suprir os ribeiros do juízo e da justiça, mas Israel, o ribeiro seco, não a
receberia.
Am 5:1 Ouvi
esta palavra que levanto como lamentação sobre vós,
ó casa de Israel.
Am 5:2 A virgem de Israel caiu;
nunca mais tornará a levantar-se;
desamparada jaz na sua terra;
não há quem a levante.
Am 5:3 Porque
assim diz o Senhor Deus:
A cidade da qual saem mil terá de resto cem,
e aquela da qual saem cem terá dez para a casa de
Israel.
Am 5:4 Pois
assim diz o Senhor à casa de Israel:
Buscai-me, e vivei.
Am 5:5 Mas não busqueis a Betel,
nem entreis em Gilgal,
nem passeis a Berseba;
porque Gilgal certamente irá ao cativeiro,
e Betel será desfeita em nada.
Am 5:6 Buscai ao Senhor, e vivei;
para que ele não irrompa na casa de José como fogo
e a consuma, e não haja em Betel quem o apague.
Am 5:7 Vós que converteis o juízo em alosna,
e deitais por terra a justiça,
Am 5:8 procurai aquele que fez as Plêiades e o Oriom,
e torna a sombra da noite em manhã,
e transforma o dia em noite;
o que chama as águas do mar,
e as derrama sobre a terra;
o Senhor é o seu nome.
Am 5:9 O que faz vir súbita destruição sobre o forte,
de sorte que vem a ruína sobre a fortaleza.
Am 5:10 Eles odeiam ao que na porta os repreende,
e abominam ao que fala a verdade.
Am 5:11 Portanto, visto que pisais o pobre,
e dele exigis tributo de trigo,
embora tenhais edificado casas de pedras lavradas,
não habitareis nelas;
e embora tenhais plantado vinhas desejáveis,
não bebereis do seu vinho.
Am 5:12 Pois sei que são muitas as vossas
transgressões,
e graves os vossos pecados;
afligis o justo, aceitais peitas,
e na porta negais o direito aos necessitados.
Am 5:13 Portanto, o que for prudente
guardará silêncio naquele tempo,
porque o tempo será mau.
Am 5:14 Buscai o bem, e não o mal,
para que vivais; e assim o Senhor,
o Deus dos exércitos, estará convosco, como dizeis.
Am 5:15 Aborrecei o mal, e amai o bem,
e estabelecei o juízo na porta.
Talvez o Senhor, o Deus dos exércitos,
tenha piedade do resto de José.
Am 5:16
Portanto, assim diz o Senhor Deus dos exércitos, o Senhor:
Em todas as praças haverá pranto, e em todas as ruas
dirão: Ai! ai!
E ao lavrador chamarão para choro,
e para pranto os que souberem prantear.
Am 5:17 E em todas as vinhas haverá pranto;
porque passarei pelo meio de ti, diz o Senhor.
Am 5:18 Ai de vós que desejais o dia do Senhor!
Para que quereis vós este dia do Senhor?
Ele é trevas e não luz.
Am 5:19 E como se um homem fugisse de diante do leão,
e se encontrasse com ele o urso;
ou como se, entrando em casa,
encostasse a mão à parede, e o mordesse uma cobra.
Am 5:20 Não será, pois, o dia do Senhor trevas e não
luz?
não será completa escuridade, sem nenhum resplendor?
21 Aborreço, desprezo as vossas festas,
e não me deleito nas vossas assembléias solenes.
Am 5:22 Ainda que me ofereçais holocaustos,
juntamente com as vossas ofertas de cereais,
não me agradarei deles;
nem atentarei para as ofertas pacíficas
de vossos animais cevados.
Am 5:23 Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos,
porque não ouvirei as melodias das tuas liras.
Am 5:24 Corra, porém, a justiça como as águas,
e a retidão como o ribeiro perene.
Am 5:25 Oferecestes-me vós sacrifícios e oblações
no deserto por quarenta anos, ó casa de Israel?
Am 5:26 Sim, levastes Sicute, vosso rei,
e Quium, vosso deus-estrela,
imagens que fizestes para vos mesmos.
Am 5:27 Portanto vos levarei cativos para além de
Damasco,
diz o Senhor, cujo nome é o Deus dos Exércitos.
No vs. 25, uma pergunta retórica
relacionada à oferta de sacrifícios e oblações no deserto por quarenta anos. Tais
ofertas haviam sido, de fato, apresentadas ao Senhor (cf. Ex 18.12; Lv 9.8-24).
Mas o ponto da pergunta retórica era enfatizar que tais sacrifícios não eram de
importância primordial para Deus. Antes, ele queria (e ainda quer) adoração
oferecida em espírito e em verdade.
Ao invés da adoração em espírito e em
verdade, levaram a tenda de Moloque e a estátua das suas imagens, a estrela do
deus deles que fizeram para eles mesmos.
De fato, a consoante hebraica indica essa
interpretação. A BEG nos diz que Sicute era um deus assírio da guerra e da
caça, e o nome significa "rei da decisão" (ou seja, o "rei"
divino que decidia a vitória ou a derrota na guerra).
Os tradutores da Septuaginta (a tradução
grega do AT) não sabiam disso e então traduziram como
"tenda/tabernáculo". Eles também traduziram "vosso rei"
como "Moloque" (cf. At 7.42-43).
O deus-estrela deles ou a estrela do deus
deles (NVI), também pode ser traduzido como "Kais,van", um nome atestado
em outras línguas semíticas (acadiana, siríaca e árabe) para o planeta Saturno,
que é a seguir citado como "a estrela do seu deus".
Polêmicas do Antigo Testamento contra a
idolatria geralmente enfatizavam que essas produções eram feitas por seres
humanos (cf. Is 44.9-20; Jr 10.1-16; Mq 5.10-16).
O fato era que por causa disso seriam
levados cativos para além de Damasco. Exílio para além de Damasco implicaria
deportação para a Assíria, como o público de Amós teria compreendido muito bem ser
expulso para longe de casa era uma das maldições da aliança original (Dt
28.36,49,64-68).
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.