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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

João 18.1-40 - A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS... ESCOLHA!

O Evangelho de João é o livro que foi escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 18, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 18
Ali no Jardim do Gtsêmani Jesus e seus discípulos tinham costume de ir para orarem e meditarem nas coisas de Deus. Judas conhecia aquele lugar porque participava com eles. O que adianta participar, ir, orar, frequentar, mas ter o coração distante? Judas era um traidor e traiu... tropeçou na pedra de tropeço! (ver: http://www.jamaisdesista.com.br/2011/01/faltam-8391000-dias-meu-proposito.html )
É incrível quando Pedro tenta, corajosamente, defender a Jesus, mas Jesus o interrompe e declara: “não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?”. Jesus para mim é o exemplo que temos de aceitar o governo de Deus e saber que ele está no controle de tudo. Ele poderia ter reagido, mas não reagiu. Aceitou ser preso, inda que injustamente.
Tendo sido preso, começa seu julgamento injusto e a triste trajetória de Pedro. Também ele está traindo o seu mestre, negando-o com todas as suas forças. A história é narrada em paralelo até quando Jesus é levado à presença de Caifás, sumo Sacerdote, e, depois para o pretório, onde é interrogado por Pilatos.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O MINISTÉRIO ALCANÇA O CLÍMAX (18.1-20.31).
A morte e ressurreição de Jesus foram acontecimentos extraordinários e comprovaram que ele é o Messias e o Filho de Deus.
Dos versos primeiro ao último do capítulo 20, veremos esse ministério alcançando o seu clímax.
Os quatro Evangelhos relatam os principais acontecimentos da prisão, do julgamento, da crucificação e da ressurreição de Jesus.
A correlação dos detalhes gera algumas dificuldades, apesar de os elementos principais estarem em perfeita harmonia: Jesus foi preso durante a noite; seu julgamento diante das autoridades judaicas aconteceu em pelo menos duas fases, e foi durante o julgamento que Pedro negou o Senhor três vezes.
O julgamento diante das autoridades seculares aconteceu em três fases, e Jesus foi executado pelos soldados de Pilatos. Ele foi sepultado no túmulo de José de Arimateia e, no inicio da semana, ressuscitou de entre os mortos e foi visto com vida em vários aparecimentos aos seus discípulos.
Nenhuma das dificuldades de correlação dos detalhes é insuperável, mas em vários casos, mais de uma explicação é possível e, diante da falta de informações mais detalhadas, é difícil escolher uma delas.
Dividiremos essa 4ª parte em três seções principais: A. A prisão e julgamento de Jesus (18.1-19.16) – começaremos a ver agora; B. A crucificação, a morte e o sepultamento de Jesus (19.17-42); e, C. A ressurreição e os aparecimentos de Jesus (20.1-31).
A. A prisão e julgamento de Jesus (18.1-19.16).
Essa seção é constituída de três subseções principais: a. A prisão de Jesus (18.1-18) – veremos agora; b. O julgamento perante Anás (18.19-27) – veremos agora; e c. O julgamento perante Pilatos (18.28-19.16) – iniciaremos agora.
a. A prisão de Jesus (18.1-18).
Jesus tinha acabado de orar e saiu com seus discípulos para atravessarem o ribeiro Cedrom, localizado a leste de Jerusalém. Era ali que ficava um olival, onde entrou com eles – vs. 1. Era este um lugar comum deles e Judas conhecia bem aquele local.
Judas sabia que estariam ali orando e levou toda a escolta e alguns guardas dos fariseus e sacerdotes, provavelmente os mesmos guardas do templo mencionados em 7.32,45.
Com certeza esperavam resistência à prisão, tanto da parte de Jesus quanto dos discípulos,
Sabendo Jesus todas as coisas adiantou-se e perguntou-lhes a quem eles estariam procurando. Observe aqui, e nos vs. 7,11, que Jesus tinha a intenção de se sujeitar à prisão e ao julgamento. Ele não tentou fugir de sua missão.
Quando responderam à pergunta de Jesus dizendo que procuravam por Jesus, ele respondeu a eles “sou eu” – essa expressão que identifica Jesus aos guardas também coincide com o nome solene de Deus em Ex 3.14 (há sete dessas ocorrências no Ev. de João) -, uma reposta que parece ter afetado sobrenaturalmente os guardas.
Caíram e se levantaram, e novamente Jesus lhes perguntou a quem buscavam e eles disseram pela segunda vez: “A Jesus de Nazaré”. Jesus responde dizendo que já tinha falado que era ele e como era ele a quem buscavam, que eles deixassem ir os seus discípulos. Mesmo nesse momento critico, Jesus continua a demonstrar preocupação pelos seus discípulos (17.12).
Os discípulos não seriam detidos por causa da palavra de Deus nas Escrituras que dizia que Jesus não tinha perdido nenhum dos que o Pai lhe dera – Jo 6.39; 17.12.
Naquele momento de tensão, Simão Pedro, impulsivamente, feriu o servo do sumo sacerdote, decepando sua orelha num golpe que seria mesmo para cortar-lhe a cabeça.
Esse foi um gesto impensado de resistência que, aliás, não foi executado com muita habilidade, uma vez que Pedro só conseguiu cortar a orelha do servo. Somente Lucas relata que Jesus curou esse homem (Lc 22.51), e apenas João registra que Pedro tinha consigo uma espada e que o nome do servo era Malco.
Jesus mesmo interrompe o que poderia ser ali um massacre e ordena Pedro a meter a espada na bainha. Não se trata de uma negação do direito de defesa própria ou resistência civil. Jesus havia vindo para dar sua vida em resgate por muitos e não seria dissuadido dessa tarefa (cf. Mt 16.21-23).
Jesus redargui: não beberei, porventura, o cálice da ira de Deus? Sem dúvida, o cálice da ira de Deus (Sl 75.8; Is 51.17; Jr 25.15-17,27-38). O "cálice" que Jesus escolheu beber não era apenas da morte, mas também da ira de Deus contra o pecado (cf. Mt 20.22; Mc 10.38). Ah, que dor terrível teve que suportar meu Senhor por mim, pecador.
Ato contínuo, prenderam Jesus, o manietaram e o levaram primeiramente até Anás, sogro de Caifás, sumo sacerdote naquele ano.
Anás era um dos líderes judeus mais influentes da época. Apesar de ter sido deposto do cargo de sumo sacerdote pelos romanos, ainda era conhecido por esse titulo.
E difícil determinar se o vs. 13 e os vs. 19-24 correspondem a uma ou duas fases separadas do julgamento de Jesus diante das autoridades judaicas. Mateus, Marcos e Lucas se referem a uma fase adicional perante o Sinédrio.
As duas fases chamam a atenção por suas irregularidades e violações graves da conduta quanto aos procedimentos judiciais estabelecidas pelos próprios judeus.
Por exemplo:
·         O Sinédrio não deveria se reunir durante a noite.
·         A pena de morte não podia ser declarada no dia do julgamento.
·         Anás e Caifás deveriam ser desqualificados como juízes devido ao seu preconceito (18.14).
·         O processo envolveu depoimentos e testemunhas falsas (Mt 26.59-60).
·         Ao contrário do que foi alegado no julgamento, Jesus não era culpado de blasfêmia, uma vez que as suas declarações não ultrajaram o nome de Deus.
·         Jesus sofreu agressões físicas dos guardas durante o processo (18.22; veja também Mc 14.65).
Além de tudo isso, o Sinédrio não tinha permissão para se reunir e julgar crimes passíveis de morte na véspera do sábado ou dias festivos. Essas inúmeras contravenções deixam claro que a condenação de Jesus pelas autoridades judaicas não passou de uma paródia jurídica grotesca.
Tanto Simão Pedro quanto o outro discípulo acompanhavam de perto o que aconteceria com Jesus. Provavelmente esse outro era o próprio João, uma vez que dentre os três mais próximos de Jesus (Tiago, Pedro e João), apenas ele não é mencionado pelo nome nesse Evangelho.
João era conhecido do sumo sacerdote e pode entrar e seguir Jesus para ver o que lhe aconteceria. João tinha acesso ao palácio a ponto de receber permissão para entrar com um acompanhante (vs. 16). Assim, Pedro também pode entrar.
A moça encarregada da porta que autorizara Pedro entrar, por pedido de João, dirigiu uma pergunta para ele: "Você não é um dos discípulos desse homem?” Ele respondeu: "Não sou".
O relato das negações de Pedro é interrompido nos vs. 19-24 para dar lugar a uma descrição de um aspecto específico do julgamento judaico.
Os outros Evangelhos tratam dessas negações num único parágrafo contínuo.
Ao que parece, trata-se de três conjuntos de negações, e não apenas três frases negativas proferidas por Pedro, algo que se esperaria diante das circunstancias, pois várias pessoas estavam circulando pelo pátio e se aproximando do fogo para se aquecer.
Esses conjuntos podem ser organizados de diferentes formas, todas igualmente válidas, de modo a resultar no número três predito por Jesus (13.38).
Os quatro Evangelhos concordam que a primeira negação foi em resposta à pergunta de uma serva, identificada por João como “a criada, encarregada da porta" (vs. 17), ou seja, uma pessoa de pouca influência nessa casa.
A negação de Pedro ressalta a solidão de Jesus em seu ato sacerdotal de oferecer-se como oferta pelo pecado. Ao suportar sobre si a ira justa de Deus contra o pecado. Ele não recebeu nenhum tipo de alivio, conforto ou consolo. A solidão de Jesus em seu sofrimento está prefigurada em SI 69.20.
b. O julgamento perante Anás (18.19-27).
Do lado de fora fazia muito frio e procuravam se aquentar diante de uma fogueira; dentro o sumo sacerdote interrogava a Jesus. Uma referência a Anás, ou a Caifás na casa de Anás (vs. 24).
Era considerado inapropriado interrogar o acusado até que se determinassem indícios de sua culpa por meio do depoimento de testemunhas. Por esse motivo, há quem considere essa parte do processo uma audiência, e não um julgamento.
Nos vs. 20 e 21, Jesus responde à pergunta e afirma ter falado abertamente, nada em segredo ou em oculto, portanto, que perguntassem aos que ouviram falar. Nisso um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus como medida repressiva e educativa. Aquele soldado entendeu que Jesus estaria sendo grosseiro com aquela autoridade. Algo extremamente irregular, especialmente tendo em vista que o prisioneiro estava de mãos atadas (vs. 24).
Jesus não deixou por menos e pediu ao soldado que explicasse a ele o motivo de sua bofetada uma vez que nada dissera de mal, antes em verdade falara. Anás então enviou Jesus ainda manietado a Caifás, o sumo sacerdote.
A narrativa volta-se para Pedro e ele o nega pela segunda vez. O fato de haver outras pessoas presentes provavelmente indica que houve mais de uma pergunta.
Novamente Pedro é identificado por um dos parentes de Malco. A pergunta desse homem é mais perigosa do que as anteriores, pois é possível que o servo estivesse tentando vingar Malco.
O Evangelho de Marcos observa que esse – vs. 27 - foi o segundo canto do galo (Mc 14.72), como Jesus havia predito (Mc 14.30). Os outros Evangelhos se concentram no canto em si, e não no número de vezes que o galo cantou.
c. O julgamento perante Pilatos (1 8.28-19.16).
O Evangelho de João apresenta um relato do julgamento de Jesus diante das autoridades romanas em três fases distintas:
(1)   Perante Pilatos (18.28-38).
(2)   Perante Herodes (Lc 23.5-12).
(3)   Novamente perante Pilatos (18.39-19.16).
João relata apenas a primeira e a terceira fase, mas o faz de modo bem mais detalhado que os outros Evangelhos.
Em seguida, de Caifás os judeus levaram Jesus para o Pretório - residência oficial do governador romano, Pôncio Pilatos – vs. 28. Eles o levaram lá para anão se contaminarem, principalmente por causa da Páscoa.
É impressionante que o pretório romano, um lugar de hostilidade entre romanos e judeus, impuro para estes últimos, tenha sido o local onde os judeus colaboraram com a morte de Jesus.
Nisso, Pilatos sai para falar com eles e queria saber das acusações contra Jesus. Um julgamento deve começar com uma acusação formal, mas os judeus não tinham nenhuma que pudesse ser considerada legitima por um tribunal romano, muito menos uma que provasse um crime passível de morte.
Os judeus evitam dar uma resposta objetiva, mas insistiam que ele fosse condenado, pois não o teriam levado a ele se não fosse um criminoso – vs. 30.
Pilatos se zangou e mandou que eles mesmos julgassem o caso – vs. 31. É uma resposta lógica, pois Pilatos considerou que se eles não estavam dispostos a especificar as acusações, então não deveriam esperar que ele realizasse um julgamento.
A nós não nos é licito matar ninguém. Isso era uma restrição regular em lugares ocupados pelos romanos, talvez visando proteger aqueles que apoiavam Roma.
Os métodos de execução empregados pelos judeus eram o apedrejamento, a morte pela fogueira e a decapitação. O enforcamento e a crucificação, termos sugeridos pelo verbo 'levantar", eram métodos de execução romanos. Observa-se aqui o controle divino sobre todo o processo, apesar da injustiça flagrante.
Pilatos volta ao pretório, chama a Jesus e pergunta a ele se ele era de fato o rei dos judeus. Uma pergunta baseada nas acusações registradas em Lc 23.2.
Jesus retruca interrogando ele se aquela pergunta vinha dele mesmo. Era importante fazer essa distinção, pois a resposta seria diferente dependendo do sentido da pergunta.
Jesus não era o rei dos judeus no sentido de que promovia revolta contra Roma, de acordo com as acusações dos líderes judeus (Lc 23.2), mas era, de fato, o Rei dos judeus no sentido messiânico (Mt 2.2; Lc 1.32-33; 19.38; Jo 12.13).
Pilatos responde dizendo que não era judeu. Pilatos demonstra certa irritação diante de uma resposta que lhe parece evasiva. Observe que ele não respondeu à pergunta de Jesus: a acusação não havia sido uma ideia sua.
Então Jesus faz um discurso dizendo que o seu reino não era deste mundo. Jesus é, de fato, Rei, mas nesse momento, não fez nenhum esforço para estabelecer o seu reino mediante uma demonstração de poder físico. Essa inexplicável resposta por parte do acusado era totalmente enigmática para Pilatos.
Pilatos se maravilhou diante de sua proclamação de que ele era rei. A pergunta de Pilatos dá ocasião para a resposta maravilhosa de Jesus, cuja missão e reino estão profundamente relacionados à verdade - por esta razão ele nasceu e para isto veio ao mundo: para testemunhar da verdade e todos os que são da verdade, certamente o ouvirão – logo, Pilatos e seus acusadores não eram da verdade (1.14,17; 8.32; 14.6).
Querendo se justificar, Pilatos faz uma pergunta evasiva: Que é a verdade?
A verdade não importa para aqueles que, como Pilatos, são motivados pela conveniência. Do mesmo modo, a verdade não importa para os céticos que perderam a esperança de obtê-la.
No entanto, a resposta de Jesus deixa claro que ele não era um rebelde político que deveria ser executado pelo poder romano. Eu não acho nele crime algum.
Pilatos constatou que Jesus não havia cometido nenhum crime (veja também 19.4,6). Os atos do governador romano deixam claros a sua relutância em executar Jesus.
Pilatos procurou libertar Jesus (vs. 39; 19.12) e ordenou que ele fosse açoitado (19.1), na esperança de libertá-lo após satisfazer o desejo da multidão de castigá-lo.
Por ironia, a autoridade romana queria libertar Jesus, ao passo que “os seus" (1.11) clamavam para que ele fosse morto.
Em termos teológicos, Pilatos tinha a função irônica de declarar a inocência de Jesus. Assim, Jesus morreu como homem absolutamente inculpável e sem pecado, tendo oferecido a si mesmo corno o Cordeiro Pascal sem mácula ou defeito.
A prática de poupar um criminoso na época da Páscoa é um simbolismo da própria festa, que comemorava o fato de Deus ter poupado os israelitas da morte (o termo hebraico para "Páscoa" provavelmente está relacionado a uma raiz que, por vezes, significa "poupar").
Jesus deveria ter sido poupado, pois era inocente, mas os judeus optaram por libertar Barrabás. Do mesmo modo, é muito importante compreender que os pecadores arrependidos são poupados eternamente da ira justa de Deus porque Jesus sofreu sobre si o castigo dessa ira em nosso lugar.
Ali, diante de Pilatos estavam dois “criminosos” e um deles, por costume local, poderia ser liberto por ocasião da Páscoa e ele deixou esta escolha com o povo.
Qual dos Jesus seria liberto? Qual dos Barrabás? Jesus, o Cristo ou Jesus Barrabás? Barrabás significa “filho do pai". Jesus, o verdadeiro Filho do Pai, morreu no lugar desse criminoso.
Eles escolheram Barrabás, o bandido. E você? Não dá para fugir para sempre. Escolha agora! Essa é a sua hora oportuna. Não tenha medo.
Jo 18:1 Tendo Jesus dito estas palavras,
saiu juntamente com seus discípulos
para o outro lado do ribeiro Cedrom,
onde havia um jardim;
e aí entrou com eles.
Jo 18:2 E Judas, o traidor,
também conhecia aquele lugar,
porque Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos.
Jo 18:3 Tendo, pois, Judas recebido a escolta
e, dos principais sacerdotes
e dos fariseus, alguns guardas,
chegou a este lugar com lanternas, tochas e armas.
Jo 18:4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir,
adiantou-se e perguntou-lhes:
A quem buscais?
Jo 18:5 Responderam-lhe:
A Jesus, o Nazareno.
Então, Jesus lhes disse:
Sou eu.
Ora, Judas, o traidor, estava também com eles.
Jo 18:6 Quando, pois, Jesus lhes disse:
Sou eu,
recuaram
e caíram por terra.
Jo 18:7 Jesus, de novo, lhes perguntou:
A quem buscais?
Responderam:
A Jesus, o Nazareno.
Jo 18:8 Então, lhes disse Jesus:
Já vos declarei que sou eu;
se é a mim, pois, que buscais,
deixai ir estes;
Jo 18:9 para se cumprir a palavra que dissera:
Não perdi nenhum dos que me deste.
Jo 18:10 Então, Simão Pedro
puxou da espada que trazia
e feriu o servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita;
e o nome do servo era Malco.
Jo 18:11 Mas Jesus disse a Pedro:
Mete a espada na bainha;
não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?
Jo 18:12 Assim,
 a escolta,
o comandante
e os guardas dos judeus
prenderam Jesus,
manietaram-no
Jo 18:13 e o conduziram primeiramente a Anás;
pois era sogro de Caifás,
sumo sacerdote naquele ano.
Jo 18:14 Ora, Caifás era quem havia declarado aos judeus
ser conveniente morrer um homem pelo povo.
Jo 18:15 Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus.
Sendo este discípulo conhecido do sumo sacerdote,
entrou para o pátio deste com Jesus.
Jo 18:16 Pedro, porém, ficou de fora,
junto à porta.
Saindo, pois, o outro discípulo,
que era conhecido do sumo sacerdote,
falou com a encarregada da porta
e levou a Pedro para dentro.
Jo 18:17 Então, a criada,
encarregada da porta, perguntou a Pedro:
Não és tu também um dos
discípulos deste homem?
Não sou, respondeu ele.
Jo 18:18 Ora, os servos e os guardas estavam ali,
tendo acendido um braseiro, por causa do frio,
e aquentavam-se.
Pedro estava no meio deles,
aquentando-se também.
Jo 18:19 Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus
acerca dos seus discípulos
e da sua doutrina.
Jo 18:20 Declarou-lhe Jesus:
Eu tenho falado francamente ao mundo;
ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo,
 onde todos os judeus se reúnem,
e nada disse em oculto.
Jo 18:21 Por que me interrogas?
Pergunta aos que ouviram o que lhes falei;
bem sabem eles o que eu disse.
Jo 18:22 Dizendo ele isto,
um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo:
É assim que falas ao sumo sacerdote?
Jo 18:23 Replicou-lhe Jesus:
Se falei mal,
dá testemunho do mal;
mas, se falei bem,
por que me feres?
Jo 18:24 Então, Anás o enviou,
manietado,
à presença de Caifás,
o sumo sacerdote.
Jo 18:25 Lá estava Simão Pedro,
aquentando-se.
Perguntaram-lhe, pois:
És tu, porventura, um dos discípulos dele?
Ele negou e disse:
Não sou.
Jo 18:26 Um dos servos do sumo sacerdote,
parente daquele a quem Pedro tinha decepado a orelha, perguntou:
Não te vi eu no jardim com ele?
Jo 18:27 De novo,
Pedro o negou,
e, no mesmo instante,
cantou o galo.
Jo 18:28 Depois, levaram Jesus
da casa de Caifás
para o pretório.
Era cedo de manhã.
Eles não entraram no pretório
para não se contaminarem,
mas poderem comer a Páscoa.
Jo 18:29 Então, Pilatos saiu para lhes falar e lhes disse:
Que acusação trazeis contra este homem?
Jo 18:30 Responderam-lhe:
Se este não fosse malfeitor,
não to entregaríamos.
Jo 18:31 Replicou-lhes, pois, Pilatos:
Tomai-o vós outros
e julgai-o segundo a vossa lei.
Responderam-lhe os judeus:
A nós não nos é lícito matar ninguém;
Jo 18:32 para que se cumprisse a palavra de Jesus,
significando o modo por que havia de morrer.
Jo 18:33 Tornou Pilatos a entrar no pretório,
chamou Jesus e perguntou-lhe:
És tu o rei dos judeus?
Jo 18:34 Respondeu Jesus:
Vem de ti mesmo esta pergunta
ou to disseram outros a meu respeito?
Jo 18:35 Replicou Pilatos:
Porventura, sou judeu?
A tua própria gente e os principais sacerdotes
é que te entregaram a mim.
Que fizeste?
Jo 18:36 Respondeu Jesus:
O meu reino não é deste mundo.
Se o meu reino fosse deste mundo,
os meus ministros se empenhariam por mim,
para que não fosse eu entregue aos judeus;
mas agora o meu reino não é daqui.
Jo 18:37 Então, lhe disse Pilatos:
Logo, tu és rei?
Respondeu Jesus:
Tu dizes que sou rei.
Eu para isso nasci
e para isso vim ao mundo,
a fim de dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade
ouve a minha voz.
Jo 18:38 Perguntou-lhe Pilatos:
Que é a verdade?
Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse:
Eu não acho nele crime algum.
Jo 18:39 É costume entre vós que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa;
quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?
Jo 18:40 Então, gritaram todos, novamente:
Não este,
mas Barrabás!
Ora, Barrabás era salteador.
Num só dia, numa sexta-feira, Jesus foi traído, preso, manietado, insultado e maltratado, julgado, condenado, ferido e morto por crucificação. Em seu ministério terrestre ele havia andado com seus discípulos, em glórias, por 1260 dias.
A Deus toda glória! 
p/ pr. Daniel Deusdete.
...


1 comentários:

Já estava escrito. JESUS CRISTO, veio para nós. Agora, no verso 40 ( todos gritaram),muitos para soltar JESUS e muitos para barrabás. Será que todos ali, eram contra JESUS? Na minha opinião, não.

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Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.