O Evangelho de João é o livro escrito por
João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a
ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e
o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central
desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do
Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo.
Estamos vendo o capítulo 7, da parte II.
Breve síntese do capítulo 7
João continua a sua narrativa sobre Jesus
onde os seus irmãos não criam nele e, portanto estavam tentando “ajudá-lo”.
Havia um clima de disputa entre todos sobre
Jesus procurando saber quem ele era e se de fato era o Messias. As opiniões
eram contraditórias e Jesus respondia a eles, mas não da forma como alguém
normal, mas como aquele que tem autoridade.
Ele estava com eles, mas não se misturava a
eles na tentativa do convencimento sobre a sua pessoa. Jesus sempre exigiu que
cressem nele quando ele falava ou fazia algo extraordinário.
Ambiente de discussões, grupos prós e
grupos contras e lá vai ele no último dia da festa, o dia mais importante da
festa e se levanta e diz: SE ALGUÉM TEM SEDE VENHA A MIM E BEBA!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior
parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas
festas judaicas.
Estamos seguindo, conforme já falamos a
proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram
durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – já vimos; C. Uma breve visita a
Jerusalém (5.1-47) – já vimos; D. O
seu ministério na Galileia (6.1-71) – já
vimos; e, E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante
várias festas (7.1-12.50) – começaremos a
ver agora.
E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias
festas (7.1-12.50).
Esses
vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas
começa no capítulo 7 e termina no 12.
Assim,
dividiremos essa alínea “E” em três seções: E1. Em Jerusalém, perto da festa
dos tabernáculos (7.1-10.21) – começaremos
agora; E2. Em Jerusalém, perto da festa da dedicação (10.22-42); e, E3. Em
Jerusalém e vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
E1. Em Jerusalém, perto da festa
dos tabernáculos (7.1-10.21).
Jesus
realizou milagres e ensinou em Jerusalém, perto da Festa dos Tabernáculos. Muitos
ainda o rejeitaram. Em Jerusalém, perto da Festa dos Tabernáculos. João passa a
registrar uma série de acontecimentos do ministério de Jesus dentro e ao redor
de Jerusalém que ocorreram próximo à Festa dos Tabernáculos.
João
divide essas atividades de Jesus em três partes principais: 1. Partindo para
Jerusalém (7.1-13) – veremos agora; 2.
Ensinando os judeus (7.14-8.59) –
começaremos a ver agora; e, 3. Curando e ensinando (9.1-10.21).
1. Partindo para Jerusalém
(7.1-13).
João
prepara a cena para as discussões a seguir. A descrença dos irmãos de Cristo (vs.
5) e o presságio de Jesus quanto à necessidade de comparecer oculto à festa,
com o objetivo de evitar a sua prisão (vs. 10), combinam-se para alertar o
leitor sobre a crescente hostilidade em relação a Jesus.
Jesus
estava percorrendo a Galileia, mas longe da Judéia por causa dos que queria
tirar-lhe a vida e estava se aproximando a Festa dos Tabernáculos.
Essa
festa era a mais prolongada do ano judaico (durava sete dias), ocorrendo antes
do ano-novo judaico e do Dia da Expiação. (Yom Kippur; veja Lv 23; Dt 16), e
celebrava a provisão graciosa de Deus para os israelitas no deserto e o
encerramento de cada colheita anual.
Nessas
festividades, dois rituais eram muito importantes: o cerimonial da água
corrente (que comemorava a provisão de água no deserto, Nm 20.2-13) e o
cerimonial de acender lâmpadas.
O
primeiro ritual serviu de contexto para o sermão de Jesus em 7.37-38; o
segundo; para as suas afirmações em 8.12.
Reparem
nos versos 3,5 e 10 e compare com 2.12 e também Mt 12.46, como os seus irmãos
não criam nele e se sentiam “empresários” dele querendo cuidar de seus negócios
e apresentações ao mundo.
No
entanto, Jesus respondeu que o seu tempo ainda não tinha chegado. (Veja 2.4;
7.8,30; 8.20; 12.23; 13.1; 17.1; Mt 26.18; Mc 14.41.) Essas passagens
demonstram a preocupação de Jesus em sujeitar-se ao planejamento de Deus; as
ações de Jesus em momentos específicos estavam carregadas de importância salvadora
para todos os tempos.
João
dizia que o mundo não poderia ainda odiá-los, mas a ele sim por causa de seu
testemunho contra o que faziam nas trevas. Isso se refere à sua humanidade em
sua oposição ao propósito de Deus.
Nesse
momento, os irmãos de Jesus representavam o mundo e sua incredulidade; mais
tarde, alguns deles se tornaram cristãos (At 1.14).
As
pessoas que praticam o mal não gostam de ser desmascaradas pelo bem (3.19-20),
antes preferem inventar todo tipo de desculpa, filosofias e religiões para se
manterem longe desse Deus que requer compromissos com ele.
Essas
palavras dirigidas a seus irmãos de que não subiria ainda não contradizem o vs.10,
pois Jesus de fato compareceu à festa. Antes, indica que seus irmãos pediram
que ele comparecesse de maneira pública e se apresentasse abertamente à
multidão. Jesus diz que não irá dessa maneira.
As
pessoas já perguntavam por ele, mas não em público por medo dos judeus (líderes
e oficiais dos judeus, particularmente àqueles que aram hostis a Jesus), e
muitos boatos se falavam dele, entre eles de que Jesus era bom. Um testemunho digno
de pessoas imparciais; disseram algo que era muito mais verdadeiro do que
imaginavam (cf. Mc 10.18).
2. Ensinando os judeus
(7.14-8.59).
Doravante,
até ao capítulo 8, veremos Jesus ensinado aos judeus. Jesus ensinou as
multidões em diversos contextos e sobre uma variedade de tópicos.
O
primeiro discurso e a primeira interação de Jesus com a multidão se deu dos
versos 14 ao 24, conforme veremos a seguir.
Jesus
não havia sido discípulo de nenhum rabino conhecido; no entanto, o conhecimento
e a sabedoria que demonstrava maravilhavam aqueles que o ouviam (cf. 3.2; Mt
7.28; Lc 2.47).
Jesus
respondeu aos judeus que seu ensino não vinha dele, mas de quem o enviou. Jesus
revelou a fonte do seu ensino. Ele não era um inovador, e nem a sua mensagem
era originária dele mesmo, mas procedia do seu Pai.
Isso
é um importante corretivo às pessoas (dessa época e de hoje) que procuram
atribuir os ensinos de Jesus a fontes humanas: Deus o Pai era a única fonte dos
ensinamentos do Filho. Essa verdade também confirma a origem divina das
Escrituras do Antigo Testamento às quais Jesus se referia com frequência.
Deus
concede um discernimento correto sobre a natureza divina dos ensinamentos de
Cristo àqueles que desejam, com sinceridade, fazer a vontade dele (isto é, aos
cristãos verdadeiros, em contraste com aqueles que apenas professam buscar a
Deus). Veja o SI 25.14.
Jesus
faz um contraste entre os que falam por si mesmos e os que dão glórias a Deus.
Um contraste é estabelecido entra aqueles que querem promover a si mesmos e
aqueles que estão preocupados unicamente com o cumprimento de sua missão
(12.49); Jesus pertence ao último grupo. Ao que é verdadeiro por buscar não a
sua própria glória, mas a glória de Deus. Ou "de verdade" (quanto a
passagens em que Cristo e sua mensagem são identificados com a verdade, veja
1.14,17; 14.6; 18.37; 2Co 11.10; Ap 3.7,14; 19.11).
É
notável que esse termo “verdadeiro” se aplique:
·A
Deus o Pai (SI 31.5; Is 65.16; Jo 7.28; 8.26; 17.3; Rm 3.4; 1Ts 1.9; 1Jo 5.20;
Ap 6.10; 15.3; 16.7).
·Bem
como às Escrituras e à pregação apostólica (51119.30,43,138,142,151,160: Jo
17.17; Ef 1.13; Cl 1.5; 2Tm 2.15; Tg 1.18).
Isso
contrasta nitidamente com Satanás, que é "mentiroso e pai da mentira"
(Jo 8.44).
Apesar
de a lei ser dada por Moisés, ninguém o obedecia. A grande bênção de receber a
lei como a revelação da vontade de Deus (cf. SI 103.7; Rm 3.2; 9.4) se
transforma em responsabilidade pela desobediência (Rm 7.7-12).
Jesus
toca então num ponto muito delicado quando afirma que eles queriam matá-lo e
eles respondem dizendo que ele tinha demônios por pensar assim. Esse tipo de
acusação era típico de pessoas que não tinham mais argumentos (cf. 8.48-52;
10.19-20; Mt 12.24), e resultou numa das mais terríveis condenações que Jesus
pronunciou (Mt 12.31-32).
Jesus
fez mais de um milagre, mas aqui – vs. 21 - ele estava se referindo a pelo
menos um que essas pessoas tinham presenciado: a cura de um paralítico
(5.1-15).
A
circuncisão estava prescrita na lei de Moisés (Lv 12.3), mas já havia sido
instituída por Deus nos dias de Abraão (Gn 17.10-14).
A
ordem para que a circuncisão fosse realizada no oitavo dia era encarada com
tanta seriedade que tinha prioridade sobre a legislação do descanso no sábado.
Isso
não estava estipulado na Escritura, mas obviamente era prática comum entre os
judeus nos dias de Jesus. Essa é a razão da argumentação que Jesus apresentou
aqui.
Jesus
apontou para a inconsistência de seus acusadores, pois havia várias atividades
permitidas no sábado, incluindo a circuncisão.
Jesus
ponderava como era possível que fosse correto permitir um ato que envolvia
apenas o prepúcio, e ao mesmo tempo errado negar um que envolvia toda a pessoa?
Jesus
os condenava por julgarem apenas pela aparência e pedia que fossem justos e
fizessem julgamentos justos – vs. 24.
Nessa
passagem bastante irónica – vs. 25 ao 36 -, a multidão discutia sobre a procedência
de Jesus (6.42). As pessoas pensavam que Jesus tinha vindo da Galileia (vs.
41.52), e isso estava em conflito com duas opiniões difundidas pelos judeus
nessa época:
·Um
a dizia que o Messias viria de Belém (v. 42; Mt 2.5-6).
·Outra,
que a sua origem seria desconhecida.
Replicando
essas opiniões, Jesus indicou a sua origem divina e não o seu nascimento
geográfico. Ao negarem a missão divina de Jesus, seus ouvintes demonstraram
ignorância quanto ao plano de Deus, apesar dos milagres que evidenciaram o
endosso divino (vs.. 31).
Alguns
deles tentaram e procuravam prendê-1º, mas como não era ainda a sua hora, não o
puderam fazê-lo. A conspiração contra a vida de Jesus não teria sucesso até que
o plano de Deus o permitisse. E quanto à nossa vida, não seria o mesmo?
Deveríamos confiar mais em Deus.
Alguns
creram nele, mas outros permaneciam incrédulos e isso se tornou a questão do
momento. Ele dizia que eles haveriam de procurar por ele, mas não iriam achá-lo.
Isso não está em contradição com Mt 7.7. A diferença está no
"buscai". Em Mt 7.7, Jesus estava falando sobre um desejo genuíno por
Deus (cf. vs. 37) que somente o Espírito Santo pode produzir no pecador; porém,
em Jo 7.34, Cristo estava se referindo aos esforços para localizá-lo, que
seriam inúteis uma vez que os fariseus e lideres religiosos não podiam enviar
os guardas do templo ao céu. Observe o contraste entre os incrédulos (vs. 34) e
os que criam (14.3).
Os
judeus ficaram confusos com a procedência de Cristo e isso refletiu no fato de
que não compreenderam o seu destino, que era o céu. Eles entendiam esse
conceito apenas em termos geográficos e não ficaram contentes com a ideia de
Jesus ir ministrar entre os gregos pagãos a quem eles desprezavam.
Jesus
esperou por esse momento e bem no auge da festa, Jesus comunicou uma mensagem
enfática por meio da sua postura (de pé) e da sua voz (exclamou). Aqui, a
mensagem que havia sido dada à mulher samaritana (4.10-14) foi repetida e
explicada pela identificação de “vir a mim” com “crer em mim”.
Quando
Jesus disse que creriam nele como diz as Escrituras, ele não estava sendo
específico, lembrando de alguma passagem precisa. Não era uma citação exata do
Antigo Testamento, mas poderia estar se referindo a fontes do Antigo Testamento
que associam a água com o dom escatológico do Espírito (p. ex., Is 44.3; Ez
36.25-27), bem como passagens que empregam a metáfora da água para descrever as
bênçãos da era messiânica (p. ex., Is 12.3; 58.11; Ez 47).
O
ímpeto da proclamação de Jesus é claro: nele se cumpre a tipologia da Festa dos
Tabernáculos (vs. 2). Os rios representam a abundância que beneficia não apenas
os cristãos, mas todos os que estão ao redor deles.
Ali,
naquele momento, ele estava se referindo ao Espírito Santo. O Espírito até
aquele momento não fora dado. A interpretação inspirada de João a respeito da
afirmação de Jesus deixa claro que isso é unia referência à bênção do
Pentecostes.
Embora
o Espirito Santo já operasse no período do Antigo Testamento, no Pentecostes,
ele entraria num relacionamento ainda mais íntimo com os cristãos (14.17; 1Co
6.19).
O
Espírito Santo é o presente do Messias para o seu povo (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc
3.16; Jo 16.7; At 2.1-21; cf. Ef 4.8).
Ouvindo-o
falar dessa forma, alguns exclamaram que ele era o profeta (6.14). Testemunhos divergentes
foram dados por aqueles que não estavam cegos pelo preconceito:
(1)O Messias não teria feito mais
sinais do que Jesus fez (vs. 31);
(2)Jesus pode ser "o
profeta" prometido por Moisés (vs. 40).
(3)Jesus era “o Cristo", o
Messias (vs. 41);
(4)Ninguém nunca havia falado da
maneira como Jesus falou (vs. 46).
Um
estudo interessante poderia ser feito a partir do testemunho dado pelos
inimigos de Jesus.
A
discussão sobre a identidade de Jesus continuou focalizada na sua procedência (cf.
vs. 25-36; 6.42; 7.27). Equívocos semelhantes ocorreram durante a conversa de
Jesus com Nicodemos (3.1-15) e com a mulher samaritana (4.1-26).
O
preconceito dos principais sacerdotes e dos fariseus fica evidente na
reprovação que fizeram aos guardas do templo (vs. 47.48), à multidão (vs. 49),
e até mesmo a Nicodemos, que fazia parte do grupo deles (vs. 52).
Os
guardas enviados a prenderem a Jesus, voltaram dizendo que ninguém tinha falado
antes como ele. Quão impressionante não seria ouvi-lo? Nicodemos era mais
prudente e tentava defende-lo, mas eles não o ouviram e ainda diziam zombando
que nada de bom poderia vir da Galileia.
A
Galileia era desprezada pelo Sinédrio, por ser uma região de população
miscigenada onde a lei não era observada com zelo. Um antigo manuscrito traz
"o profeta”; logo, essa negação não significa que nenhum profeta poderia
vir da Galileia (o profeta Jonas era dessa região; 2Rs 14.25), mas que "o
profeta" certamente não viria de uma região tão desonrosa. Aqui,
novamente, aparece a discussão sobre a questão da procedência de Jesus (6.42;
7.27).
O
trecho a seguir, dos vs. 53 ao 8.11, não ocorrem na maioria dos melhores manuscritos
gregos desse Evangelho.
Conforme
nos explica a BEG, os manuscritos antigos em que esses versículos ocorrem o
colocam em lugares diferentes (aqui; após 7.36; após 21.25; após Lc 21.38; e após
Lc 24.53). A partir de 7.53 e 8.1, fica claro que a localização dessa narrativa
não é a original, pois Jesus não estava presente na reunião descrita em
7.45-52. Essa evidência sugere que esses versículos não faziam parte do
original desse Evangelho, mas que provavelmente têm origem apostólica e
reproduzem um incidente que, de fato, ocorreu durante o ministério de Jesus.
Jo 7:1 Passadas estas coisas,
Jesus andava
pela Galiléia,
porque
não desejava percorrer a Judéia,
visto
que os judeus procuravam matá-lo.
Jo 7:2 Ora, a festa dos judeus,
chamada de
Festa dos Tabernáculos,
estava
próxima.
Jo 7:3 Dirigiram-se, pois, a ele os seus
irmãos e lhe disseram:
Deixa este
lugar e vai para a Judéia,
para
que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.
Jo 7:4 Porque
ninguém há que procure ser conhecido em público
e,
contudo, realize os seus feitos em oculto.
Se
fazes estas coisas,
manifesta-te
ao mundo.
Jo
7:5 Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele.
Jo 7:6 Disse-lhes, pois, Jesus:
O meu tempo ainda
não chegou,
mas
o vosso sempre está presente.
Jo 7:7 Não
pode o mundo odiar-vos,
mas
a mim me odeia,
porque
eu dou testemunho a seu respeito
de
que as suas obras são más.
Jo 7:8 Subi
vós outros à festa;
eu,
por enquanto, não subo,
porque
o meu tempo ainda não está cumprido.
Jo
7:9 Disse-lhes Jesus estas coisas
e
continuou na Galiléia.
Jo 7:10 Mas, depois que seus irmãos
subiram para a festa,
então, subiu
ele também,
não
publicamente, mas em oculto.
Jo 7:11 Ora, os judeus o procuravam na festa
e perguntavam:
Onde estará
ele?
Jo 7:12 E havia grande murmuração a seu
respeito entre as multidões.
Uns diziam:
Ele
é bom.
E outros:
Não,
antes, engana o povo.
Jo 7:13 Entretanto,
ninguém
falava dele abertamente, por ter medo dos judeus.
Jo 7:14 Corria já em meio a festa,
e Jesus subiu ao templo
e ensinava.
Jo 7:15 Então, os judeus se maravilhavam
e diziam:
Como sabe
este letras, sem ter estudado?
Jo 7:16 Respondeu-lhes Jesus:
O meu ensino
não é meu,
e sim daquele
que me enviou.
Jo 7:17 Se
alguém quiser fazer a vontade dele,
conhecerá
a respeito da doutrina,
se
ela é de Deus
ou
se eu falo por mim mesmo.
Jo 7:18 Quem
fala por si mesmo está procurando
a
sua própria glória;
mas
o que procura a glória de quem o enviou,
esse
é verdadeiro,
e
nele não há injustiça.
Jo 7:19 Não
vos deu Moisés a lei?
Contudo,
ninguém dentre vós a observa.
Por que
procurais matar-me?
Jo 7:20 Respondeu a multidão:
Tens demônio.
Quem
é que procura matar-te?
Jo 7:21 Replicou-lhes Jesus:
Um só feito realizei,
e todos vos
admirais.
Jo 7:22 Pelo
motivo de que Moisés vos deu a circuncisão
(se
bem que ela não vem dele, mas dos patriarcas),
no
sábado circuncidais um homem.
Jo 7:23 E, se
o homem pode ser circuncidado em dia de sábado,
para
que a lei de Moisés não seja violada,
por
que vos indignais contra mim,
pelo
fato de eu ter curado, num sábado,
ao
todo, um homem?
Jo 7:24 Não
julgueis segundo a aparência,
e
sim pela reta justiça.
Jo 7:25 Diziam alguns de Jerusalém:
Não é este
aquele a quem procuram matar?
Jo 7:26 Eis
que ele fala abertamente, e nada lhe dizem.
Porventura,
reconhecem verdadeiramente as autoridades
que
este é, de fato, o Cristo?
Jo 7:27 Nós,
todavia, sabemos donde este é;
quando,
porém, vier o Cristo, ninguém saberá donde ele é.
Jo 7:28 Jesus, pois, enquanto ensinava
no templo, clamou, dizendo:
Vós não
somente me conheceis,
mas
também sabeis donde eu sou;
e
não vim porque eu, de mim mesmo, o quisesse,
mas
aquele que me enviou é verdadeiro,
aquele
a quem vós não conheceis.
Jo 7:29 Eu o
conheço,
porque
venho da parte dele
e
fui por ele enviado.
Jo 7:30 Então, procuravam prendê-lo;
mas ninguém
lhe pôs a mão,
porque
ainda não era chegada a sua hora.
Jo 7:31 E, contudo, muitos de entre a
multidão creram nele e diziam:
Quando vier o
Cristo, fará, porventura,
maiores
sinais do que este homem tem feito?
Jo 7:32 Os fariseus,
ouvindo a
multidão murmurar estas coisas a respeito dele,
juntamente
com os principais sacerdotes
enviaram
guardas para o prenderem.
Jo 7:33 Disse-lhes Jesus:
Ainda por um
pouco de tempo estou convosco
e
depois irei para junto daquele que me enviou.
Jo 7:34
Haveis de procurar-me
e não me
achareis;
também
aonde eu estou,
vós
não podeis ir.
Jo 7:35 Disseram, pois, os judeus uns
aos outros:
Para onde irá
este que não o possamos achar?
Irá,
porventura, para a Dispersão entre os gregos,
com
o fim de os ensinar?
Jo 7:36 Que
significa, de fato, o que ele diz:
Haveis
de procurar-me e não me achareis;
também
aonde eu estou, vós não podeis ir?
Jo 7:37 No último dia, o grande dia da
festa, levantou-se Jesus e exclamou:
Se alguém tem
sede,
venha
a mim e beba.
Jo 7:38 Quem
crer em mim, como diz a Escritura,
do
seu interior fluirão rios de água viva.
Jo
7:39 Isto ele disse com respeito ao Espírito
que
haviam de receber os que nele cressem;
pois
o Espírito até aquele momento não fora dado,
porque Jesus
não havia sido ainda glorificado.
Jo 7:40 Então, os que dentre o povo
tinham ouvido estas palavras diziam:
Este é
verdadeiramente o profeta;
Jo 7:41 outros diziam:
Ele é o
Cristo;
outros, porém, perguntavam:
Porventura, o
Cristo virá da Galiléia?
Jo
7:42 Não diz a Escritura que o Cristo vem
da
descendência de Davi
e
da aldeia de Belém, donde era Davi?
Jo 7:43 Assim, houve uma dissensão entre
o povo por causa dele;
Jo 7:44
alguns dentre eles queriam prendê-lo,
mas
ninguém lhe pôs as mãos.
Jo 7:45 Voltaram, pois, os guardas à
presença
dos
principais sacerdotes e fariseus,
e estes lhes
perguntaram:
Por
que não o trouxestes?
Jo 7:46 Responderam eles:
Jamais alguém
falou como este homem.
Jo 7:47 Replicaram-lhes, pois, os
fariseus:
Será que
também vós fostes enganados?
Jo
7:48 Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades
ou
algum dos fariseus?
Jo 7:49
Quanto a esta plebe que nada sabe da lei, é maldita.
Jo 7:50 Nicodemos, um deles, que antes
fora ter com Jesus, perguntou-lhes:
Jo 7:51
Acaso, a nossa lei julga um homem,
sem
primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez?
Jo 7:52 Responderam eles:
Dar-se-á o
caso de que também tu és da Galiléia?
Examina
e verás
que
da Galiléia não se levanta profeta.
Jo
7:53 [E cada um foi para sua casa.
A discussão
continua até hoje e continuará até a sua parousia. Quando ele voltar, como
prometeu, as discussões cessarão. O tema hoje de nossas discussões é Jesus! Ou
você crê nele e o segue e recebe a vida ou continuará nas trevas.
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