quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
quarta-feira, dezembro 24, 2014
Jamais Desista
Isaías 27:1-13 - O TEMPO DE ESPERA E OS GRANDES JULGAMENTOS E BÊNÇÃOS DE DEUS NA TERRA.
Estamos
no capítulo 27/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como
temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se
encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e
Judá.
Parte III
– A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante
internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
2. O
objetivo do levante internacional – 24:1 ao 27:13
Como
havíamos dito, os capítulos 24 ao 27 - "Pequeno Apocalipse" de Isaías
- fornecem um retrato em larga escala de como Deus vai lidar com o mundo
atribulado no qual vive o seu povo.
Esses
capítulos resumem e combinam as descrições dos capítulos anteriores num retrato
de grande significado cósmico do amplo julgamento assírio (13:1 - 23:18).
Nós
também dividimos essa subparte “2” em quatro:
a.
O
profeta prediz que o julgamento é o caminho para a alegria do povo de Deus
(24.1-23) – já vista.
b.
O
profeta oferece o seu próprio cântico de louvor a Deus pela sua fidelidade
(25.1-8) – já vista.
c.
O
profeta fala da intervenção na História (25:9 – 26:8) – já vimos.
d.
O
profeta prediz o tempo de espera e o resultado final dos grandes julgamentos e
bênçãos de Deus na terra (26:9 – 27:13) – concluiremos agora.
d. O profeta prediz o
tempo de espera e o resultado final dos grandes julgamentos e bênçãos de Deus
na terra (26:9 – 27:13) - continuação.
Como
já dissemos, esperar não é nada fácil, mas em Deus devemos esperar pelo futuro
e anunciar isso às nações enquanto ainda é dia e o arrependimento é possível.
Dos versos 9, do capítulo 26, até 27.13, estamos vendo essa espera pelo futuro.
Tendo
descrito as festas que acontecerão depois do julgamento e a salvação terem
finalmente chegado, Isaías se volta para o problema do período de espera que o
povo de Deus terá de suportar.
O
profeta mais uma vez descreve aquilo pelo que ele e o povo de Deus estavam
esperando e que na verdade também é o que estamos esperando em Cristo Jesus,
nós os que já estamos com Cristo por sua pura graça e misericórdia, uma vez que
fomos alcançados pela pregação da palavra de Deus:
·
A
destruição do poder do mal (vs. 1).
Todo
mal será extirpado da face da terra e nunca mais se ouvirá dele em todos os
tempos e tempos. Não nos inclinaremos mais para ele, nem seremos mais tentados.
·
A
renovação do povo de Deus (vs. 2-6).
A
terra geme e aguarda com expectativa a redenção dos filhos de Deus onde tudo
será renovado, não somente as pessoas, mas a própria natureza.
·
A
redenção por meio do julgamento (vs. 7-13).
Os
justos em Cristo Jesus, justificados por ele, receberão a redenção e em
consequência os ímpios, os que não aceitaram a Cristo, a condenação.
O
Antigo Testamento faz uso de imagens para caracterizar as forças demoníacas por
trás dos poderes políticos opressivos (30:6-7; 51:9; Jó 3:8; 41:1; Sl 8:4;
74:14; Ap 12:7-10); aqui representados por leviatã, a serpente veloz e tortuosa
e o dragão que está no mar das nações.
O
cântico da vinha se coloca em forte contraste com a parábola de 5:1-7. Para
outras ilustrações sobre a videira e a vinha, consultar 3:14; 5:1; 61:5,
65:21.
A
parábola da vinha de 5:1-7 é, como já dissemos, uma bela ilustração da vinha do
Senhor na qual Deus desejou e esperou que desse frutos bons, mas que na verdade
produziram frutos maus. Isaías cantou sobre as maneiras como Judá se rebelara
contra Deus, usando as imagens de uma vinha e de um agricultor (veja Mt
21:33-44; Jo 15:1-6).
Tudo
foi feito a favor da vinha para que sarasse e produzisse o esperado. Com grande
atenção, Deus tinha preparado e estabelecido o seu povo para as gerações que se
seguiriam, mas de nada adiantou os esforços e aplicação de recursos. No
entanto, essas imagens – vs. 2 - da torre, de uvas boas, reforçam a expectativa
de que a redenção do povo de Deus resultará em colheita abundante em Cristo
Jesus.
O
que faria, então, o dono da vinha? Então veio a palavra de julgamento de que
ali se tornaria algo terrível e a vinha serviria de pasto, onde seria pisada e
depois tornada em deserto.
Não
mais seria podada, nem sachada, antes nela cresceriam espinheiros e abrolhos,
sementes essas que representam a maldição de Deus (7:23-25; 9:18; 10:17; 27:4;
32:13).
Depois
do julgamento de Deus, o remanescente restaurado responderia à graça de Deus. O
Senhor cuidaria do seu povo e supriria, de dia e de noite, todas as
necessidades da nação restaurada, inclusive protegeria a vinha de intrusos
indesejáveis.
Deus
receberia alegremente todo aquele que desejasse se reconciliar com ele (9:6;
11:1-16; 26:3).
A
renovação do povo de Deus (vs. 2-6).
A
nação restaurada depois da opressão e do exílio produziria o fruto da justiça e
da alegria. Também em Cristo Jesus se espera que a igreja produza frutos para a
glória de Deus. A igreja é constituída de indivíduos que juntos formam a
família de Cristo e individualmente são a igreja representativa do reino de
Deus na terra.
Somos
como embaixadores de Cristo, pertencentes a uma nação celestial cujo território
é fincado aqui na terra, em toda a sua extensão.
O
povo de Deus cumpriria o seu propósito: espalhar o reino de Deus por todas as
nações (26:17-19). Assim também a igreja deve levar a palavra da salvação para
todos os povos. Obviamente que será salvação para aqueles que Deus irá salvar e
juízo para aqueles que escolheram a rejeição do Senhor.
A redenção por meio
do julgamento (vs. 7-13).
Isaías
explica que a opressão e o exílio do povo de Deus não eram simplesmente para
julgamento, mas também para renovação e salvação.
Embora
externamente parecesse que Deus tratava o seu povo da mesma maneira como fazia
com as outras nações, sujeitando-as ao julgamento assírio, o seu propósito para
o seu povo era bastante diferente do propósito que tinha para as outras nações.
Não
porque a nação fosse especial, mas por pura escolha soberana de sua vontade que
coincidia justamente com a escolha das nações a favor ou contra Deus.
O
vento oriental que carregava o pó e o grande calor do deserto representava a
severidade do julgamento decretado sobre o povo de Deus por meio de desterro e
do exílio.
Os
severos julgamentos contra o povo de Deus eram os meios pelos quais a nação
poderia ser restaurada (40.2). Esse processo temporário de expiação antecipava
a expiação eterna realizada quando Deus castigou Jesus em favor do seu povo.
Seja
grãos por agitação (Rt 2,17) ou azeitonas ao se bater os ramos (Dt 24.20). O
território de Canaã concedido por promessa a Abraão (Gn 15.18) está aqui
profundamente associado com o jardim primevo do Éden (veja Gn 2.10-14).
O
cumprimento dessa expectativa começou no Antigo Testamento com a reunião das
tribos depois do exílio (I Cr 9:1-34).
O
estágio final dessa reunião:
·
Começou
no dia de Pentecostes (At 2).
·
Continua
por meio do ministério do evangelho hoje.
·
Será
por fim completado na volta de Cristo.
O
chamado do santo exército de Deus para o ataque contra os inimigos, os assírios
(13:1 – 14:32) se dando por trombetas. No momento oportuno, essa promessa será
por fim cumprida quando Cristo voltar em glória (veja I Co 15:42; I Ts 4:16).
Essa
referência, aos que andavam perdidos pela terra da Assíria, demonstra que o
profeta tinha em mente em primeiro lugar o julgamento assírio.
A
lista completa de julgamentos e bênçãos mencionada aqui, porém, não acontecerá
até que Cristo volte.
Essa
promessa de adoração revivida em Jerusalém foi cumprida em parte quando
Zorobabel completou o templo (Ed 6.13-18).
Is 27:1 Naquele dia o SENHOR castigará
com a sua dura espada,
grande
e forte, o leviatã, serpente veloz, e o leviatã,
a
serpente tortuosa, e matará o dragão, que está no mar.
Is
27:2 Naquele dia haverá uma vinha de vinho tinto;
cantai-lhe.
Is
27:3 Eu, o SENHOR, a guardo, e cada momento a regarei;
para
que ninguém lhe faça dano,
de
noite e de dia a guardarei.
Is
27:4 Não há indignação em mim. Quem me poria sarças
e
espinheiros diante de mim na guerra?
Eu
iria contra eles e juntamente os queimaria.
Is
27:5 Ou que se apodere da minha força, e faça paz comigo;
sim,
que faça paz comigo.
Is
27:6 Dias virão em que Jacó lançará raízes, e florescerá e brotará
Israel,
e encherão de fruto a face do mundo.
Is
27:7 Feriu-o como feriu aos que o feriram?
Ou
matou-o, assim como matou aos que foram mortos
por
ele?
Is
27:8 Com medida contendeste com ela, quando a rejeitaste,
quando
a tirou com o seu vento forte, no tempo do vento leste.
Is
27:9 Por isso se expiará a iniquidade de Jacó,
e
este será todo o fruto de se haver tirado seu pecado;
quando
ele fizer a todas as pedras do altar como
pedras
de cal feitas em pedaços,
então
os bosques e as imagens não poderão ficar em pé.
Is
27:10 Porque a cidade fortificada ficará solitária,
será
uma habitação rejeitada e abandonada
como
um deserto; ali pastarão os bezerros,
e
ali se deitarão, e devorarão os seus ramos.
Is
27:11 Quando os seus ramos se secarem, serão quebrados,
e
vindo as mulheres, os acenderão,
porque
este povo não é povo de entendimento,
assim
aquele que o fez não se compadecerá dele,
e
aquele que o formou não lhe mostrará nenhum favor.
Is
27:12 E será naquele dia que o SENHOR debulhará seus cereais
desde
as correntes do rio, até ao rio do Egito; e vós,
ó
filhos de Israel, sereis colhidos um a um.
Is
27:13 E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta,
e
os que andavam perdidos pela terra da Assíria,
e
os que foram desterrados para a terra do Egito,
tornarão
a vir, e adorarão ao SENHOR
no
monte santo em Jerusalém.
Conclui a BEG,
nos mostrando que o ministério terreno de Jesus em Jerusalém:
·
Começou a levar o cumprimento aos seus estágios finais (Jo
2.13-22; Jo 1.14).
·
Continua hoje em Cristo, que está na Jerusalém que é lá de cima
(GI 4.26).
·
Alcançará a plena realização na segunda volta de Cristo (Ap
21.2-3).
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.