Como dissemos, o propósito de Apocalipse, conforme a BEG, é estimular a
fidelidade a Cristo em meio ao sofrimento pela afirmação de que Deus governa a
História e certamente a levará a uma gloriosa consumação de julgamento e bênção
em Cristo. Estamos vendo o capítulo 12/22.
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 12, explicado
pelo Rev. Leandro Lima - https://youtu.be/wI3BsUVtDpo.
Breve
síntese do capítulo 12.
Aqui no capítulo 12 dois sinais foram vistos no céu. Um deles grande que
narra a história da mulher e o outro que vai descrever o dragão e sua queda do
céu.
A veste da mulher é de sol com a lua debaixo de seus pés e com uma coroa
de 12 estrelas na cabeça que se acha grávida, em dores de parto e já sofrendo
para dar à luz a um filho varão que está previsto. Ele irá reger nações com
cetro de ferro, mas foi arrebatado por Deus até o seu trono.
Já o dragão é vermelho, com sete cabeças e dez chifres, sete diademas
que se posiciona para apanhar o filho quando este nascer, mas seus planos são
frustrados. Ele perde a criança e fica irado. Desistindo da criança, agora vai
atrás da mulher que dera luz à criança. No entanto a mulher é também salva. Quem
salva a mulher é a terra que traga o rio enviado pelo dragão.
O dragão somente perseguiu a mulher e não mais a criança porque ela fora
tomada por Deus. Depois, ocorre a peleja no céu e, finalmente, ele é expulso,
juntamente com os seus anjos, para a terra.
O dragão que tinha perdido o filho, agora também perde a mulher e, por
isso, sai atrás, agora, dos restantes da sua descendência.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
C. Visões celestiais (4.1-22.5) - continuação.
Como já falamos, dos vs. 4.1 ao 22.5,
estamos vendo essas visões celestiais de João. Por meio de Cristo e seus anjos
(22 8-9,16) João recebeu uma série de sete ciclos de visões:
(1)Sete
selos do rolo (4.1-8.1) – já vimos.
(2)Sete
anjos e trombetas (8.2-11.19) – Estamos
vendo agora.
(3)Sete
histórias simbólicas (12.1-14.20).
(4)Sete
taças de ira (15.1-16.21).
(5)Babilônia
e a igreja (17.1-19.10).
(6)A
batalha final (19.11-21).
(7)O
reino dos santos e o julgamento final (20.1-21.8), seguidos por uma visão da
nova Jerusalém.
Essas visões tinham a intenção de advertir
e encorajar as igrejas ao abrir seus olhos para a realeza e majestade de Deus,
para a natureza da guerra espiritual, o julgamento de Deus sobre o mal e o
resultado do conflito.
3. O terceiro ciclo: sete histórias simbólicas (12.1-14.20).
Começamos aqui no 12.1 e iremos até ao 14.20
com o terceiro ciclo: sete histórias simbólicas.
Esse terceiro ciclo de visões consiste,
primariamente, de histórias sobre personagens-chave que são simbólicas: o
dragão, a mulher, a besta, o falso profeta, os cento e quarenta e quatro mil,
arautos ou mensageiros angélicos e o Filho do Homem.
Diferentemente dos ciclos de sete selos
(5.1-8.1) e das sete trombetas (8.2-11.19), essas visões não apresentam números
explícitos.
Porém, como os ciclos precedentes, esses
personagens somam sete e conduzem à visão da volta de Cristo (14.14-20).
Os dois ciclos precedentes focalizavam os
julgamentos que procediam do trono de Deus. Esse ciclo retrata em profundidade
a natureza do conflito espiritual.
Os personagens aparecem em forma simbólica
para representar as forças presentes nos dois lados de uma guerra espiritual e
cósmica, lembrando sempre que no reino de Deus não há disputa de forças, não se
trata de uma visão maniqueísta das coisas, mas todos estamos sob o domínio do
governante supremo do universo, o soberano Senhor dos céus e da terra. Não há
ninguém igual a ele ou perto disso para se opor a ele, nem ninguém acima dele. O
que acontece, de verdade, são os retos e justos juízos de Deus que ele está
aplicando na humanidade.
a. Personagens principais: O povo de Deus versus Satanás (12.1-6).
Personagens principais: o povo de Deus
versus Satanás. O próprio Deus já foi revelado em 4.1-5.14. Satanás é retratado
aqui como um dragão, enquanto mais tarde, nesse ciclo, seus agentes — a besta
(13.1-10) e o falso profeta (13.11-18, 16.13) — apoiam sua oposição a Deus.
Aqui, e nos vs. 13-17 o povo de Deus é
retratado como uma mulher portadora de luz em conflito com Satanás. Mais tarde
são imaginados como urna multidão casta, numerada e protegida (14.1-5).
Essas duas figuras complementares mostram o
povo de Deus em sua condição de testemunhas da luz de Deus e como aqueles
separados da corrupção do mundo.
Assim, os santos são exortados a
permanecerem fiéis a Cristo (em oposição à perseguição da besta) e a
permanecerem puros (em oposição à sedução da prostituta do cap. 17).
As figuras simbólicas mostram os dois lados
despidos de toda inconsistência e confusão, de modo que a natureza da guerra
espiritual dos crentes possa ser mais bem compreendida (Ef 6.10-20).
Os conflitos presentes serão suplantados
pela paz de 21.1-22.5, quando a consumação dos planos de Deus for plenamente
efetuada.
Nas palavras de João, o que aconteceu no
céu foi uma visão extraordinária: - uma mulher vestida do sol, com a lua
debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça – vs. 1.
A simbologia traz à mente o sonho de José
(Gn 37.9-10) e o retrato de Jerusalém trazendo à luz o Messias e seu remanescente
(Is 54.1-4, 66.7-13; Mq 5.3). Os santos do Antigo Testamento estão
coletivamente presentes.
Maria, mãe de Jesus é incluída nesse grupo,
mas apenas como um membro importante do grupo. A história posterior mostra que
os santos do Novo Testamento também estão incluídos (vs. 13-17).
O personagem da mulher portadora de luz
prefigura a glória da nova Jerusalém (21.11,22-27). Em seus privilégios, a
igreja agora já participa das bênçãos que virão. Mas ainda é atacada por
Satanás (12.1-14.20).
A mulher de sua visão estava grávida e
pronta a dar à luz. Foi nesse momento que João viu outro sinal no céu. Um
dragão, grande, vermelho. Identificado como Satanás, o diabo, no vs. 9.
A imagem de um dragão retrata Satanás como
enorme em seu poder e horrendo em sua inimizade contra Deus. Satanás
constantemente se opôs aos planos de Deus e foi repetidamente derrotado pelos
grandes atos do poder salvador de Deus (Gn 3.1,15; SI 74.13-14; Is 27.1;
51.9-10; Lc 10.18; 11.14-23; Jo 12.31; Cl 2 15).
Ele se levanta contra o Messias (vs. 4-5) e
contra os seus servos (v. 17), mas sofrerá destruição final (20.10).
A mulher deu a luz a um menino, um filho,
um homem especial. Àquele que governará todas as nações com cetro de ferro. Assim
que nasceu e o dragão estava esperando esse momento para o devorar, seu filho
foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono.
Frustrou-se o dragão não obtendo êxito em
devorar seu filho. Em cumprimento a Mq 5.3-5, Cristo nasceu, e seu triunfante
governo sobre as nações certamente será estabelecido.
Depois disso a mulher foge para o deserto,
para um lugar preparado por Deus para abrigá-la e ali fica sendo sustentada, no
deserto, por um período de 1260 dias. Deus promete proteção para a igreja
perseguida.
O dragão que não conseguiu capturar o
filho, sai atrás da mulher para a devorar, em lugar do filho.
b. Seis histórias simbólicas (12.7-14.11).
Dos vs. 12.7-14.11, veremos seis histórias
simbólicas. Seis breves relatos metafóricos relacionam vários aspectos do
conflito entre as forças de Deus e de Satanás: (1) o dragão (12.7-12) – veremos agora; (2) a mulher (12.13-17) –
começaremos a ver agora; (3) a besta
do mar (13.1-10); (4) a besta da terra: o falso profeta (13.11-18); (5) os
cento e quarenta e quatro mil (14.1-5); e (6) três mensageiros angélicos
(14.6-11).
(1) O dragão (12.7-12).
A vitória de Cristo resulta em
consequências devastadoras, começando com a expulsão de Satanás por Miguel, que
funciona como um agente de Cristo.
A passagem não fala da queda inicial de
Satanás, mas de sua derrota no tempo da crucificação e ressurreição de Cristo
(vs. 12; Jo 12.31; Cl 2.15).
A peleja no céu parece ter sido muito
acirrada entre esses dois seres angelicais de igual poder e envergadura. João narra
que Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos
revidaram. Somente o fato da luta, mostra que havia realmente uma grande
disputa de forças e, portanto, ameaças, mas estes não foram suficientemente
fortes, e assim perderam o seu lugar no céu.
A consequência foi que o grande dragão foi
lançado fora. João explica claramente quem era o dragão: ele é a antiga
serpente chamada diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos
foram lançados à terra. Eles não estão mais nos céus, mas n a terra.
João ouviu uma forte voz do céu que dizia:
"Agora veio a salvação, o poder e o Reino do nosso Deus, e a autoridade do
seu Cristo, pois foi lançado fora o acusador dos nossos irmãos, que os acusa
diante do nosso Deus, dia e noite. Isso significa que somente depois disso é
que veio a salvação, antes impedida por Satanás, o acusador.
A causa dessa vitória está explicada no
próprio texto. Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do
testemunho que deram; diante da morte, não amaram a própria vida.
Em função disso, agora, portanto, podemos
celebrar junto com os céus e com os que neles habitam! Mas, ai da terra e do
mar, pois o diabo desceu muito furioso, pois sabe que lhe resta pouco tempo.
(2) A mulher (12.13-7).
Dos vs. 13 ao 17, veremos a perseguição a mulher.
Tendo falhado na tentativa de destruir Jesus (vs. 4-5), o dragão tenta
aniquilar o povo de Cristo. Ele usa sua boca, representando mentira e fraude
(vs. 9,15; 2Ts 2 9-10). Quando a mentira fracassa, ele emprega o poder de
perseguição (12.17-13.10).
A mulher não seria páreo ao dragão, mas é
ajudada com duas asas de uma grande águia e voa para o deserto, para um lugar
já previamente preparado para isso. Ali ela é sustentada por um tempo, tempos e
metade de um tempo, totalmente fora do alcance da serpente.
A serpente não se dá por vencida e lança
contra ela um rio que saiu de sua boca para alcançá-la e arrastá-la com a
correnteza, mas a mulher é ajudada novamente e dessa vez pela própria terra que
se abriu e engoliu o rio lançado pelo dragão.
Mais uma vez o dragão se irou e se
frustrou, pois não conseguira apanhá-la. Essa foi sua segunda derrota, na
verdade a terceira se contarmos com sua queda dos céus com a morte e a
ressurreição de Cristo.
O dragão não se dá por vencido e continua a
sua perseguição. Agora ele saiu para guerrear contra o restante da sua
descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao
testemunho de Jesus.
O presente capítulo se encerra com o dragão
se pondo em pé na areia do mar, frustrado com seus fracassos, mas ainda
planejando contra o restante da descendência da mulher.
Ap 12:1 Viu-se
grande sinal no céu, a saber,
uma mulher
vestida do sol
com a lua debaixo dos pés
e uma coroa de doze
estrelas na cabeça,
Ap 12:2 que, achando-se
grávida,
grita com as dores de
parto,
sofrendo tormentos para dar
à luz.
Ap 12:3 Viu-se, também,
outro sinal no céu,
e eis um dragão,
grande,
vermelho,
com sete cabeças,
dez chifres
e, nas cabeças,
sete diademas.
Ap 12:4 A sua cauda arrastava a terça parte das
estrelas do céu,
as quais lançou para a
terra;
e o dragão se deteve
em frente da mulher que
estava para dar à luz,
a fim de lhe devorar o
filho quando nascesse.
Ap 12:5 Nasceu-lhe, pois,
um filho varão,
que há de reger todas as
nações com cetro de ferro.
E o seu filho foi
arrebatado para Deus
até ao seu trono.
Ap 12:6 A mulher, porém,
fugiu para o deserto,
onde lhe havia Deus
preparado lugar
para que nele a sustentem
durante mil duzentos e
sessenta dias.
Ap 12:7 Houve peleja no céu.
Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão.
Também pelejaram o dragão
e seus anjos;
Ap 12:8 todavia, não
prevaleceram;
nem mais se achou no céu o
lugar deles.
Ap 12:9 E foi expulso
o grande dragão,
a antiga serpente,
que se chama diabo e
Satanás,
o sedutor de todo o mundo,
sim, foi atirado para a terra,
e, com ele, os seus anjos.
Ap 12:10 Então, ouvi
grande voz do céu, proclamando: Agora, veio
a salvação,
o poder,
o reino do nosso Deus
e a autoridade do seu
Cristo,
pois foi expulso
o acusador de nossos
irmãos,
o mesmo que os acusa de dia
e de noite,
diante do nosso Deus.
Ap 12:11 Eles, pois, o venceram
por causa do sangue do Cordeiro
e por causa da palavra do testemunho que deram
e, mesmo em face da morte,
não amaram a própria vida.
Ap 12:12 Por isso, festejai, ó céus,
e vós, os que neles habitais.
Ai da terra e do mar,
pois o diabo desceu até vós,
cheio de grande cólera,
sabendo que pouco tempo lhe
resta.
Ap 12:13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra,
perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão;
Ap 12:14 e foram dadas à mulher
as duas asas da grande
águia,
para que voasse até ao
deserto,
ao seu lugar,
aí onde é sustentada
durante
um tempo,
tempos
e metade de um tempo,
fora da vista da serpente.
Ap 12:15 Então, a serpente arrojou da sua boca,
atrás da mulher,
água como um rio,
a fim de fazer com que ela
fosse arrebatada pelo rio.
Ap 12:16 A terra, porém, socorreu a mulher;
e a terra abriu a boca
e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua
boca.
Ap 12:17 Irou-se o dragão
contra a mulher
e foi pelejar com os restantes da sua descendência,
os que guardam os
mandamentos de Deus
e têm o testemunho de Jesus;
e se pôs em pé
sobre a areia do mar.
Quem são os descendentes da mulher que agora o dragão vai atrás porque
perdera primeiro o filho e depois a mulher? Os que guardam os mandamentos de
Deus e têm o testemunho de Jesus! Há muito o que falar... muito...
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