segunda-feira, 3 de agosto de 2015
segunda-feira, agosto 03, 2015
Jamais Desista
Malaquias 3 1-18 - SER DIZIMISTA É UMA BENÇÃO DE DEUS!
Estamos vendo o último livro do Antigo Testamento. Malaquias estava se dirigindo a um povo desiludido, desanimado e
cheio de dúvidas, cuja experiência era incompatível com a compreensão que eles
tinham da era messiânica após o exílio.
Estamos na parte III – O justo julgamento
de Deus, no penúltimo capítulo do livro.
III. O JUSTO JULGAMENTO DE DEUS (2.17-4.6) - continuação.
Como já falamos, estamos vendo o justo
julgamento de Deus que faz parte da segunda parte das profecias de Malaquias,
na terceira parte do livro, que se concentra na questão da justiça divina. Deus
irá realmente ser justo? Irá ele realmente punir o ímpio e premiar o justo?
Como ele fará isso? Quem será julgado? Quem será premiado?
Esses capítulos foram divididos em três
seções: A. A certeza da justiça de Deus (2.17-3.5) – concluiremos agora; B. A oferta divina da bênção (3.6-12) – veremos agora; e, C. A importância de
servir a Deus (3.13-4.6) – veremos agora.
A. A certeza da justiça de Deus (2.17-3.5) - continuação.
Até o verso 5, do presente capítulo
estaremos vendo essa certeza da justiça de Deus.
Ele começa o capítulo falando do mensageiro
do Senhor. Compare com 4.5 e Is 40.3
(onde a frase "preparar o caminho" também é usada).
No Oriente Próximo, conforme a BEG, era
costume enviar mensageiros antes da visita de um rei para anunciar a sua vinda
e remover todos os impedimentos e obstáculos.
É possível que o profeta (cujo nome
significa "meu mensageiro”) falasse de si mesmo como aquele que prepara o
caminho do Senhor, mas ele também poderia estar se referindo a alguém que viria
mais tarde no espírito do seu ministério.
O Novo testamento identifica João Batista
como desempenhando esse papel preparatório (veja Mt 11.10-11; Mc 1.2,4: Lc
1.63,67,76).
E em seguida, de repente, ou seja,
inesperadamente. A palavra hebraica traduzida por esse advérbio de
circunstância é quase universalmente associada a uma circunstancia infeliz e
calamitosa (p. ex., Nm 12.4: Is 47.11; 2Pe 3.10).
Aqui, essa palavra “de repente” sugere que
quando o Messias viesse ele traria julgamento contra aqueles que o aguardavam.
Seria aquele que eles buscavam e que
desejavam os seus corações. Os membros da comunidade pós-exílio não buscavam o
mensageiro de Deus com verdadeira piedade, mas o faziam porque criam que a
vinda do mensageiro levaria ao julgamento das nações ao seu redor. Eles
descobririam, no entanto, que o mensageiro também traria julgamento contra
eles. Para uma inversão de expectativas semelhante, veja Am 5.18-27.
Ele seria identificado como o Anjo ou
Mensageiro (NVI) da Aliança. Esse mensageiro possivelmente não é o mesmo
identificado, anteriormente no versículo, como "meu mensageiro".
Ele não apenas prepararia, mas também seria
Aquele que purificaria e julgaria a nação. Ele faria uma reforma total não
apenas nas práticas sacrificais impuras, mas também na própria nação de
sacerdotes (vs. 2-5).
Por essa razão, é apropriado identificar
esse 'Anjo da Aliança' como o grande filho de Davi, o Messias esperado e
desejado das nações.
Quando ele viesse, quem poderia suportar o
dia de sua vinda? Ou quem ficaria de pé diante dele – vs. 2 - A nação havia se
tomado tão corrupta que virtualmente todos seriam condenados quando Deus
proferisse o seu julgamento e como o fogo do ourives e como o sabão do
lavandeiro purificasse a nação.
Assim, como um refinador e purificador da
prata ele – vs. 3 - purificaria os filhos de Levi. O mensageiro da aliança
teria a tarefa de purificar Israel, especialmente o sacerdócio.
Os sacerdotes haviam se tornado um instrumento
para o desvio do povo. O trabalho de purificação começaria com eles e dai se
espalharia para toda a nação.
Os levitas representavam o padrão para toda
a nação, que deveria se constituir num 'reino de sacerdotes' (Ex 19.6). Como
resultado do trabalho do mensageiro da aliança, um culto apropriado seria
novamente oferecido, uma vez que o coração e a vida dos doadores seriam
purificados (cf. 9. 43; Sf 3.9).
Essas ofertas de Judá e de Jerusalém seriam
agradáveis ao Senhor, como foram nos dias passados, como nos tempos antigos –
vs. 4.
Essa seção começa com os cínicos religiosos
acusando o Senhor de injustiça e termina com um processo pactual no qual o Senhor
apresenta acusações contra o seu povo.
·
Contra
os feiticeiros.
·
Contra
os adúlteros.
·
Contra
os que juram falsamente.
·
Contra
aqueles que exploram os trabalhadores em seus salários.
·
Contra
os que oprimem os órfãos e as viúvas e privam os estrangeiros dos seus direitos.
·
Contra
os que não têm respeito pelo Senhor dos Exércitos.
Malaquias 3:5
Esses pecados específicos mencionados no
cap. 5 eram aqueles claramente assinalados pela lei de Deus. A causa primária
desses pecados era a ausência do temor do Senhor.
B. A oferta divina da bênção (3.6-12).
Até ao verso 12, veremos a oferta divina de
bênção. Tendo indicado que o justo julgamento de Deus era certo, o profeta se
refere ao tópico dos dízimos e ofertas para deixar claro que Deus estava
disposto a perdoar e abençoar o seu povo.
Do ponto de vista de Deus, reter o dízimo
era equivalente a roubá-lo de algo que lhe pertencia. Como consequência, o
Senhor retinha as bênçãos. Assim o Senhor insistiu em que o povo o colocasse em
teste.
Se o fizessem, a consequente provisão seria
tão grande que as nações veriam a diferença e considerariam Israel como uma
nação abençoada.
Por isso que ele diz no verso 6 que ele era
o Senhor que não muda. A imutabilidade da promessa pactual de Deus é vista em
seu propósito de abençoar o seu povo eleito segundo os termos da aliança. Por
isso, eles não foram também destruídos (Ex 34.6-7; Jr 30.11).
Não era daquele momento, mas desde muito
tempo que o povo de Deus, seus antepassados, se desviou dele, dos seus decretos
e não o obedeciam. Deus, no entanto, estava lhes dando uma nova chance pelo que
dizia a eles para tornarem a ele que ele tornaria para eles.
A ordem para que se arrependessem está
interligada a uma oferta de bênção (cf. Zc 1.3; Tg 4.8). O pecado nos separa de
Deus e o leva a esconder a sua face (Is 59.2), mas arrependimento e obediência
frequentemente o levam a abençoar o seu povo (Jl 2.12-14).
Cinicamente, eles perguntavam ao Senhor
como poderiam voltar eles ao Senhor? A partir do verso 8, Deus lhes mostra que
era nos dízimos que eles estavam roubando a Deus.
O dízimo é uma décima parte (Ez 45.11,14).
A prática de dizimar ocorreu nos relatos patriarcais de Abraão (Gn 14.20) e
Jacó (Gn 28.22) e foi codificada na Lei de Moisés (Lv 27.30; Nm 18.28; Dt
12.4-19; 14.22-29; 26.12). Já as ofertas, referem-se às porções dos sacrifícios
animais que eram dadas especificamente aos sacerdotes (Lv 29.27-28; Lv 9.22).
Eram ofertas oferecidas voluntariamente para um propósito específico (Ex
25.1-7; veja Ne 13.10).
Os dízimos eram para serem levados à casa
do tesouro – vs. 10. O termo “casa” se refere a um aposento dentro do templo
designado para estocar as ofertas (2Cr 31.11; Ne 10.38-39; 12.44; 13,12). E o
seu objetivo seria para que houvesse mantimento na sua casa, depois disso, era
para se fazer prova do Senhor. Ele mesmo os desafio a prová-lo nisso.
Essa afirmação é o reverso do uso bíblico
normal que descreve a Deus como aquele que testa os seres humanos (SI 11.5;
26.2; 66.10; Pv 17.3; Jr 11.20; 12.3; 17.10). Há apenas algumas poucas
circunstâncias em que os seres humanos são convidados a testar a Deus; isto é,
provar as suas afirmações e justificar as suas ordens (p. ex., Jz 6.36-40
[Gideão e o novelo de lã]; 1 Rs 18.22-46 [Elias e os profetas de Baal]; Is
7.11-12 [a oferta de um sinal da parte de Deus para Acaz]).
A promessa de Deus seria que ele abriria as
janelas dos céus a favor deles - Veja Gn 7.11 – e derramaria sobre eles tanta
bênção que dela adviria a eles a maior abastança. Como se isso não bastasse,
ainda por amor deles reprovaria o devorador e não destruiria os frutos da terra,
nem mesmo a sua vide no campo lançaria fora o seu fruto antes do tempo – vs.11.
E têm mais, todas as nações iriam chamá-los
de bem-aventurados por causa de seu grande favor e graça proporcionando a eles
uma terra deleitosa – vs. 12.
Sobre o dízimo e sua validade ou não nos
dias atuais por causa de algumas opiniões contrárias a essa prática,
recomendamos a leitura e reflexão em um texto de Solano Portela, publicado em
cópia, com citação da fonte, aqui no Jamais Desista: http://www.jamaisdesista.com.br/2015/07/reflexoes-sobre-o-dizimo.html.
Apenas testemunho que eu e minha casa,
filhos e filha, somos todos dizimistas e ofertantes para a glória de Deus.
Recomendamos a todos que assim procedam por causa das bênçãos decorrentes em
sua própria vida, na vida da igreja e pela causa do reino de Deus e de sua
justiça e também por causa da própria promessa de Deus que desafia o dizimista
e ofertante a prová-lo nisso. Deus é fiel!
C. A importância de servir a Deus (3.13-4.6).
Dividiremos essa parte “C” em duas para
melhor expormos nossas reflexões: 1. A honra de Deus no meio do seu povo
(3.13-18) – veremos agora e 2. O
julgamento final por vir (4.1-6).
Essa última seção retorna à profecia em
3.1-5, referente ao precursor e à vinda de Deus.
De várias maneiras, o início dessa seção é
uma reminiscência de um salmo de lamento.
Como está comentado na BEG, aqui,
entretanto, as queixas foram interpretadas como palavras duras contra o Senhor.
Havia outros que sentiam as mesmas injustiças, mas não concluíam que era fútil
servir ao Senhor.
O primeiro grupo expressou-se com palavras
duras e recebeu a resposta do Senhor; o último temia ao Senhor o que o levou a
escrever um memorial a seu respeito.
Deus prometeu que esse último grupo seria a
sua possessão especial naquele grande dia. A referência ao "dia" (vs.
17) introduz novamente o dia do julgamento final, um dia de destruição para os
ímpios, mas de cura para os justos.
Os versículos finais retornam ao prometido
precursor e exortam o povo a guardar a Lei de Moisés. Aquele período antes do
terrível dia do Senhor dividirá o seu povo entre aqueles cujos relacionamentos
familiares eram símbolos de amor e aqueles cujos relacionamentos não
apresentavam essa característica.
Se o povo como um todo não respondesse à
missão desse novo Elias, o Senhor o amaldiçoaria.
1. A honra de Deus no meio do seu povo (3.13-18).
Dos versos 13 ao 18, veremos a honra de
Deus no meio do seu povo. Deus julgaria o seu povo, trazendo maldição sobre
aqueles que criam ser inútil servi-lo, e derramando bênçãos sobre aqueles que
permanecessem fiéis a ele.
Eles tinham sido agressivos e
desrespeitosos quanto ao Senhor ao duvidarem dele. Diziam até que era inútil
servir a esse Deus e que isso não tinha proveito algum – vs. 14.
Proveito aqui era uma palavra
frequentemente usada para se referir a uma pessoa gananciosa ou a alguém que
luta por um ganho injusto (Ex 18.21; Is 56.11; Jr 8.10). A aspiração por um
ganho pessoal pelo serviço é o oposto exato de anelar pela verdade de Deus (SI
119.36). Ou seja, o interesse em Deus estava apenas no que ele poderia fazer por
eles e não em amor e verdade, justiça e juízo.
A conversação e a conduta daqueles que
temiam ao Senhor contrastava com a murmuração e a desobediência dos que falavam
contra ele (vs. 13-15). O Senhor ouviu aqueles que o temiam e um memorial foi
escrito. Essa frase é encontrada apenas aqui, mas a referência a um livro
especial aparece em outros lugares do Antigo Testamento (p. ex., Êx 32.32; SI
69.28; 139.16; Is 4.3; 65.6; cf. Ap 20.12).
Ml 3:1 Eis
que eu envio o meu mensageiro,
e ele há de preparar o caminho diante de mim;
e de repente virá ao seu templo o Senhor,
a quem vós buscais,
e o anjo do pacto,
a quem vós
desejais;
eis que ele vem,
diz o Senhor dos exércitos.
Ml 3:2 Mas quem suportará o dia da sua vinda?
e quem subsistirá, quando ele aparecer?
Pois ele será como o fogo de fundidor
e como o sabão de lavandeiros;
Ml 3:3 assentar-se-á como fundidor e purificador de
prata;
e purificará os filhos de Levi,
e os refinará como ouro e como prata,
até que tragam ao Senhor ofertas em justiça.
Ml 3:4 Então a oferta de Judá e de Jerusalém
será agradável ao Senhor,
como nos dias antigos,
e como nos primeiros anos.
Ml 3:5 E chegar-me-ei a vós para juízo;
e serei uma testemunha veloz
contra os feiticeiros,
contra os adúlteros,
contra os que juram falsamente,
contra os que defraudam
o trabalhador em seu salário,
a viúva, e o órfão,
e que pervertem o direito do estrangeiro,
e não me temem,
diz o Senhor dos exércitos.
Ml 3:6 Pois eu, o Senhor, não mudo;
por isso vós, ó filhos de Jacó,
não sois consumidos.
Ml 3:7 Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos
meus estatutos,
e não os guardastes.
Tornai vós para mim,
e eu tornarei para vós diz o Senhor dos exércitos.
Mas vós dizeis:
Em que havemos de tornar?
Ml 3:8 Roubará o homem a Deus?
Todavia vós me roubais, e dizeis:
Em que te roubamos?
Nos dízimos e nas ofertas alçadas.
Ml 3:9 Vós sois amaldiçoados com a maldição;
porque a mim me roubais, sim, vós, esta nação toda.
Ml 3:10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,
para que haja mantimento na minha casa,
e depois fazei prova de mim,
diz o Senhor dos exércitos,
se eu não vos abrir as janelas do céu,
e não derramar sobre vós tal bênção,
que dela vos advenha a maior abastança.
Ml 3:11 Também por amor de vós reprovarei o devorador,
e ele não destruirá os frutos da vossa terra;
nem a vossa vide no campo lançará o seu fruto
antes do tempo, diz o Senhor dos exércitos.
Ml 3:12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados;
porque vós sereis uma terra deleitosa,
diz o Senhor dos Exércitos.
Ml 3:13 As vossas palavras foram agressivas para mim,
diz o Senhor.
Mas vós dizeis:
Que temos falado contra ti?
Ml 3:14 Vós tendes dito:
inútil é servir a Deus.
Que nos aproveita termos cuidado em guardar
os seus preceitos, e em andar de luto
diante do Senhor dos exércitos?
Ml 3:15 Ora pois, nós reputamos
por bem-aventurados os soberbos;
também os que cometem impiedade prosperam;
sim, eles tentam a Deus, e escapam.
Ml 3:16 Então aqueles que temiam ao Senhor falaram uns
aos outros;
e o Senhor atentou e ouviu, e um memorial foi escrito
diante dele,
para os que temiam ao Senhor,
e para os que se lembravam do seu nome.
Ml 3:17 E eles serão meus,
diz o Senhor dos exércitos,
minha possessão particular naquele dia
que prepararei;
poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho,
que o serve.
Ml 3:18 Então vereis outra vez a diferença
entre o justo e o ímpio;
entre o que serve a Deus, e o que o não serve.
Por isso que esses seriam especiais para
ele, o Senhor. Essa frase “eles serão para mim” se refere ao remanescente
descrito no v. 16. Eles seriam um particular tesouro. Nos primeiros estágios da
revelação do Antigo Testamento, a nação de Israel é chamada de
"propriedade peculiar” de Deus (Êx 19.5; Dt 7.6; 14.2; 26.18).
E ai, sim todos iriam ver qual a diferença
entre o justo e o ímpio, entre o que serve e o que não serve a Deus. Há seis
características distintivas da 'propriedade particular' de Deus, em contraste
com aqueles que se afastaram dele (v. 17). Aqueles a quem Deus abençoará:
·
Honram
e temem a Deus (2.2,5; 3.16).
·
Guardam
a aliança (2.8; 3.14).
·
Obedecem-no
em seus compromissos conjugais (2. 11-15).
·
Discernem
e discriminam entre o bem e o mal (3.5).
·
Honram
a Deus com a doação de ofertas (3.9-12).
·
Servem
a Deus (3.18).
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.