sexta-feira, 27 de novembro de 2015
sexta-feira, novembro 27, 2015
Jamais Desista
Atos 26 1-32 - O TESTEMUNHO DE PAULO DIANTE DAS AUTORIDADES.
Como já dissemos, Atos foi escrito para
orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o
Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao
mundo gentio. Estamos no capítulo 26, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 26
Paulo então diante daqueles que ali estavam
e que eram os grandes da sociedade fala em sua defesa e lhes expõe seu
testemunho contando um pouco de sua vida antes de conhecer a Jesus e como
perseguia, na ignorância a igreja do Senhor. Chegou, em seu zelo, à prática de tortura
para obrigar os cristãos a blasfemarem de Jesus.
Mas de repente se encontra com Cristo, ou
melhor, Cristo lhe aparece e lhe deixa cego porque vira um resplendor no Senhor
maior do que a luz do sol tanto que o cegou completamente. Assim é quando nos
encontramos com Cristo, a verdade, ela brilha tão intensamente e mais
fortemente que tudo o que víamos antes, são agora trevas.
De perseguidor feroz e zeloso dos cristãos,
agora passa a ser pregador e defensor do evangelho. Festo não suportando sua
fala que começa a invadir o seu mundo revelando Cristo, resisti-lhe e diz que
ele está louco por causa das muitas letras. O rei Agripa chega a confessar que
quase ia se convertendo.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha
apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam
sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo
levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo
Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios
à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A
primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem
missionária de Paulo (15.36-18.22) – já
vimos; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14) – já vimos; E. A detenção, o julgamento e
a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32) – estamos vendo; F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os
dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
E. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém
(21.15-26.32) - continuação.
Como dissemos, veremos até o capítulo 26, a
detenção, o julgamento e a prisão de Paulo na Palestina. Lucas registra como os
judeus incrédulos fizeram falsas acusações contra Paulo quando este retornou a
Jerusalém para celebrar a festa de Pentecostes. Essa série de acontecimentos
mostra que Paulo não foi responsável pela discórdia que ocorreu entre ele e os
judeus incrédulos.
O rei Agripa se dirige a Paulo e lhe
concede permissão para falar diante daquelas autoridades. Paulo faz sinal com a
mão e começa seu discurso, sua fala, sua pregação.
Em sua introdução, ele se julga feliz de
estar tendo aquela oportunidade, primeiramente de se defender das falsas
acusações dos judeus e, em segundo lugar, estava mais tranquilo porque o rei
era conhecedor dos costumes e das controvérsias dos judeus.
Herodes Agripa II (27-c.100 d.C.), neto de
Herodes, o Grande, e filho de Herodes Agripa I (que perseguiu a igreja;
12.1-23), tinha bastante conhecimento sobre as questões judaicas.
Embora tivesse muita influência em assuntos
religiosos, por causa da sua autoridade política para nomear sumos sacerdotes,
Agripa II não era um governante popular entre os judeus por causa de seu
relacionamento incestuoso com Berenice.
Ele declara que todos os judeus estavam
cientes de como ele vivera entre eles, pois era fariseu, conforme a seita mais
severa. Paulo, que conhecia os fundamentos intelectuais de Agripa II, salientou
a sua dependência do Deus de seus pais (24.14) e a sua ligação com o farisaísmo
(Fp 3.5-6) para demonstrar a legitimidade do seu judaísmo, enfatizando que o
Deus de seus pais havia prometido ressuscitar o corpo, algo que os judeus (em
sua maioria) e os fariseus (particularmente) acreditavam e que era a base das
acusações contra de.
Dos versos 6 ao 11, Paulo fala da sua
esperança, das promessas de Deus relacionadas à ressurreição e do nome de Jesus
Cristo que agora ele pregava e falava. Ele também explica que em seu zelo,
perseguiu e feriu muitos cristãos ao ponto de concordar com toda as mortes
deles das quais teve a oportunidade de votar.
Em seguida, fala de sua experiência pessoal
com Cristo Jesus – vs. 12-14. A experiência de Paulo na estrada para Damasco
(9.1-19) foi tão importante para ele que ele a relatou duas vezes: uma vez
perante a multidão de judeus em Jerusalém (22.6-16) e novamente, dessa vez
perante um público de maioria pagã em Cesareia.
Nesse relato, Paulo falou sobre "uma
luz no céu, mais resplandecente que o sol, que brilhou ao redor de mim e dos
que iam comigo" (vs. 13) e da voz que falou com ele em
"hebraico" (vs. 14; ou, talvez, em aramaico, que era o dialeto semita
da Terra Santa, e não em grego, que era a língua que esse público pagão estava acostumado
a ouvir).
Ele também comentou o que a voz lhe disse:
"Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões" (vs. 14). Essa era
uma expressão bastante significativa para uma cultura que dependia da criação
de gado.
Ele lhes explica os detalhes da sua visão
especial com ênfase em sua missão.
Jesus, explica Paulo, tinha aparecido a ele
e dado ordens para se levantar, ficar de pé, pois que estaria sendo constituído
servo e testemunha do que veria a respeito de Cristo e também do que ainda
ser-lhe-ia mostrado por ele. Paulo seria livrado do seu próprio povo e dos
gentios, aos quais estaria sendo enviado para abrir-lhes os olhos e
convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de receberem
o perdão dos pecados e a herança entre os que seriam santificados pela fé nele,
em Jesus Cristo.
Continua Paulo dizendo ao rei que não tinha
sido infiel à visão e que, portanto, tinha pregado primeiro em Damasco, depois
em Jerusalém, depois em toda a Judéia e ainda aos gentios. Sua pregação
consistia em lhes anunciar a necessidade urgente de se arrependerem, de se
voltarem para Deus e ainda de praticarem obras que provassem esse
arrependimento para não ficar apenas nas palavras.
Ele continua explicando que por causa de
sua pregação, os judeus estavam tentando matá-lo, mas ele tinha sempre contado
com a ajuda de Deus e por isso estava dando seu testemunho a pequenos e
grandes, gente simples e importantes, não anunciando nada mais além do que já
fora prometido pelos profetas e por Moisés, ou seja, que Cristo devia padecer –
vs. 23 – e depois ressuscitar. Sendo ele o primeiro, indicava, com isso, que
haveria, depois, a ressurreição dos mortos para todos os seus seguidores.
Os judeus tinham dificuldade para aceitar a
doutrina de que o Messias teria de sofrer e morrer. Jesus e seus apóstolos
ensinaram essa doutrina a partir das Escrituras (Lc 24.27; At 17.2-3; 1Co
15.3-4), mas mesmo assim os judeus rejeitaram esse ensino, prenderam Paulo e
queriam matá-lo.
Cristo depois de sofrer, foi o primeiro a
ressuscitar dentre os mortos, proclamando, em seguida, a luz para o seu próprio
povo e para os gentios.
Festo o tinha ouvido até aquele momento,
mas o interrompe e lhe fala que as suas muitas letras o estavam fazendo
delirar. Paulo se defende afirmando não estar louco, mas que sua fala refletia
o que era verdadeiro e de bom senso, portanto deveria ser considerado.
Paulo, aproveitando a oportunidade, instiga
o rei a confessar sua crença nos profetas. Com essa pergunta, Paulo colocou
Agripa II num dilema: se respondesse que não, atrairia a fúria dos judeus; se
respondesse que sim, ficaria em apuros porque Paulo lhe pediria para crer no evangelho.
O rei lhe responde ou que faltou pouco para
que fosse persuadido a se fazer cristão; ou "Achas que podes persuadir-me
a me tornar um cristão?" O rei usou a tática da procrastinação, querendo
com isso dizer que um sermão de meia hora não era tempo suficiente para que
alguém se tornasse cristão.
No século 1, a palavra "cristão"
tinha um sentido depreciativo e até de zombaria (1 Pe 4.16; cf. At 11.26). As
palavras de Agripa demonstraram a sua falta de sinceridade.
Paulo ainda retruca dizendo que não
importava se em pouco ou se em muito, fosse ele, o rei, e todos os que o ouvem
convertidos. Sua oração era que todos os que o ouviam se tornassem como ele, exceto
as algemas – vs. 29.
Encerrada a sessão, se levantaram o rei e
sua esposa, o governador Festo e todos os que os acompanhavam e falaram entre
si sobre a situação de Paulo que poderia estar livre se não tivesse apelado
para César.
É
permitido que uses da palavra em tua defesa.
Então, Paulo, estendendo a mão, passou a
defender-se nestes termos:
At
26:2 Tenho-me por feliz, ó rei Agripa, pelo privilégio de, hoje,
na
tua presença, poder produzir a minha defesa
de
todas as acusações feitas contra mim
pelos
judeus;
At
26:3 mormente porque és versado em todos os costumes
e
questões que há entre os judeus;
por
isso, eu te peço que me ouças com paciência.
At
26:4 Quanto à minha vida,
desde
a mocidade, como decorreu desde o princípio
entre
o meu povo e em Jerusalém,
todos
os judeus a conhecem;
At
26:5 pois, na verdade, eu era conhecido deles desde o princípio,
se
assim o quiserem testemunhar,
porque
vivi fariseu conforme a seita mais severa da nossa religião.
At
26:6 E, agora, estou sendo julgado
por
causa da esperança da promessa
que
por Deus foi feita a nossos pais,
At
26:7 a qual as nossas doze tribos,
servindo
a Deus fervorosamente de noite e de dia,
almejam
alcançar;
é
no tocante a esta esperança, ó rei,
que eu sou acusado pelos judeus.
At
26:8 Por que se julga incrível entre vós
que
Deus ressuscite os mortos?
At
26:9 Na verdade, a mim me parecia que muitas coisas
devia
eu praticar
contra
o nome de Jesus, o Nazareno;
At
26:10 e assim procedi em Jerusalém.
Havendo
eu recebido autorização dos principais sacerdotes,
encerrei
muitos dos santos nas prisões;
e
contra estes dava o meu voto, quando os matavam.
At
26:11 Muitas vezes, os castiguei por todas as sinagogas,
obrigando-os
até a blasfemar.
E,
demasiadamente enfurecido contra eles,
mesmo
por cidades estranhas os perseguia.
At
26:12 Com estes intuitos, parti para Damasco,
levando
autorização dos principais sacerdotes
e
por eles comissionado.
At
26:13 Ao meio-dia, ó rei,
indo
eu caminho fora,
vi
uma luz no céu,
mais
resplandecente que o sol,
que
brilhou ao redor de mim
e
dos que iam comigo.
At
26:14 E, caindo todos nós por terra,
ouvi
uma voz que me falava em língua hebraica:
Saulo,
Saulo, por que me persegues?
Dura
coisa é recalcitrares contra os aguilhões.
At
26:15 Então, eu perguntei:
Quem
és tu, Senhor?
Ao
que o Senhor respondeu:
Eu
sou Jesus, a quem tu persegues.
At
26:16 Mas levanta-te
e
firma-te sobre teus pés,
porque por isto te apareci,
para
te constituir ministro e testemunha,
tanto
das coisas em que me viste
como
daquelas pelas quais
te
aparecerei ainda,
At
26:17 livrando-te do povo e dos gentios,
para
os quais eu te envio,
At
26:18 para lhes abrires os olhos
e
os converteres
das
trevas para a luz
e
da potestade de Satanás para Deus,
a
fim de que recebam eles remissão de pecados
e
herança entre os que são santificados
pela
fé em mim.
At
26:19 Pelo que, ó rei Agripa,
não
fui desobediente à visão celestial,
At
26:20 mas anunciei primeiramente
aos
de Damasco e em Jerusalém,
por
toda a região da Judéia, e aos gentios,
que
se arrependessem
e
se convertessem a Deus,
praticando
obras
dignas
de arrependimento.
At
26:21 Por causa disto, alguns judeus me prenderam,
estando
eu no templo,
e
tentaram matar-me.
At
26:22 Mas, alcançando socorro de Deus,
permaneço
até ao dia de hoje, dando testemunho,
tanto
a pequenos como a grandes,
nada dizendo,
senão o que os profetas e Moisés
disseram
haver de acontecer,
At
26:23 isto é,
que
o Cristo devia padecer
e,
sendo o primeiro da ressurreição dos mortos,
anunciaria
a luz ao povo e aos gentios.
At 26:24 Dizendo ele estas coisas em sua
defesa,
Festo
o interrompeu em alta voz:
Estás
louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!
At 26:25 Paulo, porém, respondeu:
Não
estou louco, ó excelentíssimo Festo!
Pelo
contrário, digo palavras de verdade e de bom senso.
At
26:26 Porque tudo isto é do conhecimento do rei,
a
quem me dirijo com franqueza,
pois
estou persuadido de que nenhuma destas coisas
lhe
é oculta;
porquanto
nada se passou
em
algum lugar escondido.
At
26:27 Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas?
Bem
sei que acreditas.
At 26:28 Então, Agripa se dirigiu a
Paulo e disse:
Por
pouco me persuades a me fazer cristão.
At 26:29 Paulo respondeu:
Assim
Deus permitisse que,
por
pouco ou por muito,
não
apenas tu, ó rei,
porém
todos os que hoje me ouvem
se
tornassem tais qual eu sou,
exceto
estas cadeias.
At 26:30 A essa altura,
levantou-se
o rei,
e
também o governador,
e
Berenice,
bem
como os que estavam assentados com eles;
At
26:31 e, havendo-se retirado,
falavam
uns com os outros, dizendo:
Este
homem nada tem feito passível de morte ou de prisão.
At 26:32 Então, Agripa se dirigiu a
Festo e disse:
Este
homem bem podia ser solto,
se
não tivesse apelado para César.
Todos chegam a conclusão de que Paulo
deveria ser solto porque nada viram nele que fosse digno de prisão, mas este
tinha apelado para César porque era plano de Deus levá-lo à Roma.
A verdade estava com Paulo. A salvação de
suas almas estava ali com ele e eles resistem à verdade e permanecem no erro
para sua própria ruína. E nós, continuaremos a rejeitar o conhecimento de Deus
que nos move por meio da pregação de sua palavra?
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.