sexta-feira, 11 de setembro de 2015
sexta-feira, setembro 11, 2015
Jamais Desista
Marcos 10 1-52 - JESUS SEMPRE PAROU DIANTE DE UM PEDIDO INSISTENTE...
Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi
escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente
gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos
notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na última parte,
a III, no capítulo 10.
III. O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA (10.1-16.20).
O clímax do ministério de Jesus aconteceu
na Judeia, mais especificamente em Jerusalém, o lugar de sua morte e
ressurreição. Jesus desafiou as autoridades religiosas e as instituições de
Jerusalém. Ele se revelou com maior particularidade aos doze discípulos, os
quais o abandonaram enquanto Jesus sofria e morria; porém, Jesus comprovou aos
discípulos a sua veracidade quando ressuscitou da morte.
Embora Marcos considerasse muito importante
o ministério de Jesus no norte, ele apresenta o ministério de Jesus na Judeia
como o clímax da vida terrena de nosso Senhor. Nesse ponto, Jesus caminha em
direção à sua morte e ressurreição, corno ele havia predito.
Didaticamente, para melhor entendermos o
assunto, dividiremos esta parte, conforme a BEG, em dez subpartes: A. Os ensinos
durante a jornada (10.1-45) – veremos
agora; B. A cura em Jericó (10.46-52)
– veremos agora; C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11); D. A purificação
do templo (11.12-26); E. Controvérsias no templo (11.27--12.44); F Profecias no
monte das Oliveiras (13.1-37); G. Unção em Betânia (14.1-11); H. A ceia de Páscoa
em Jerusalém (14.12-31); I. Abandono, julgamento e morte (14.32 15.47); e, J.
Ressurreição e comprovação (16.1-20).
A. Os ensinos durante a jornada (10.1-45).
Era o costume do mestre ensinar, por isso
os quatro evangelhos dão ênfase ao ministério de ensino por parte de Jesus que
ensinou os discípulos e nós no século XXI a darmos continuidade.
Novamente os fariseus querendo pegá-lo em
algo. Agora a questão era o divórcio, mas Jesus, sempre atento e conhecendo-lhe
os desígnios, aproveitava da situação para lhes ensinar e lhes ministrar. Os
que recebiam a palavra, eram curados, mas haviam os que se endureciam. Para
estes, não havia, não houve, nem nunca haverá misericórdia.
De quem é o reino dos céus? É das crianças!
Também é de todos aqueles que se tornarem como elas e jogarem fora suas
malícias. Se você vai ou vem para o reino de Deus querendo usá-lo para seus
fins e propósitos e não para a glória de Deus, o reino dos céus não te
pertence, mas sim o inferno!
O que fazer para herdar a vida eterna? A
resposta de Jesus é precisa e simples e o jovem confessou que tudo aquilo fazia
tanto que Jesus o amou. Foi ai que lhe fez o maior desafio para saber onde
estava o coração daquele jovem e a descoberta foi que não estava em Deus, mas
nas riquezas e ai, tropeçou.
Jesus falando de sua morte e ai aparece
seus discípulos, dois deles, Tiago e João, lhes pedindo assentarem um à
esquerda e outro à direita. Não entendiam nadinha do que ele lhes falava e seu
espírito era bem outro, mas, pacientemente, Jesus os conduziu para si mesmo.
Vejamos agora com maiores detalhes, conforme a BEG:
Nesses próximos 45 versículos, veremos os
ensinos durante a jornada. Marcos registrou a maneira como Jesus ensinou às
multidões e forneceu maior compreensão aos doze quanto à necessidade de humildade
para servir em seu reino.
Ele se levantou de onde estava e foi para
os termos da Judeia, além do Jordão. A região ao sul da Palestina
concentrava-se ao redor de Jerusalém. Essa viagem para a Judeia era na
realidade o início do processo que conduziria Jesus à morte (cf. Lc 9.51). Ele
começou após o retorno do monte da transfiguração (9.2-13) e terminou no
Gólgota (15.22ss.). Jesus foi à região da Pereia (atual Jordânia), onde Herodes
Antipas era tetrarca (6.14).
Quem surge no caminho com questões apenas
para por Jesus à prova? Os fariseus! A questão – ali - sobre o divórcio era
estranha porque Dt 24.1-4 já indicava que a resposta poderia ser sim ou não,
dependendo da circunstância.
Talvez os fariseus quisessem conduzir Jesus
para o debate sobre Herodes Antipas e sua esposa "ilícita" (Lv 18.16;
veja as notas sobre Mc 6.18).
Diante daquela pergunta se seria licito o
homem repudiar a sua mulher, Jesus devolve com uma pergunta, o que ordenou
Moisés? O casamento monogâmico deve ser recebido e apreciado como a intenção de
Deus e seu planejamento autoritativo para a criação, como demonstra o casamento
original entre Adão e Eva.
Como sempre, Jesus não argumentou a partir
da tradição (veja as notas sobre 7.1,2,3,5,8,11), mas procurou descobrir o
verdadeiro sentido da Escritura (Mt 5.20 22,27-28,31-32). Quanto ao casamento,
Jesus mostrou que a atual manifestação terrena da nova aliança, apesar da
continuidade do pecado, tem por objetivo restabelecer as condições ideais da
vida antes da queda.
Sobre o assunto, novamente, em casa,
tornaram os discípulos a interrogarem a Jesus e este os ensinou. Novamente os
discípulos receberam uma instrução particular (9.35).
O verso 11 é claro que não se deve
abandonar a sua esposa. Trata-se apenas de uma generalização quanto à
inviolabilidade do casamento, que a prática judaica com frequência desrespeitava.
Contudo, Jesus especifica um motivo válido para o divórcio (Mt 5.32; 19.9) — a
infidelidade. Paulo especificou o abandono como um tipo particular de
infidelidade (1Co 7.12-16). A BEG recomenda a leitura de seu excelente artigo
teológico "Casamento e divórcio", em Mt 19.
Os versos 11 e 12 são claros: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com
outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com
outro, adultera.
Dos verso de 13 a 16, Jesus defende os
pequeninos trazidos à sua presença, ou as crianças, literalmente,
"criancinhas" (veja 9.36). O fato de os pais terem levado as
crianças, e de Jesus tê-las segurado nos braços (vs. 16), sugere que elas tinham
pouca idade.
Jesus afirmava que seria delas o reino de
Deus. Jesus estava expressando a noção de comunidade pactual característica do
Antigo Testamento, em que as crianças eram parte do povo da aliança e como tal
consideradas herdeiras do reino.
Então ele as abençoava. Ao receberem as
bênçãos de Deus ficou demonstrado que elas eram consideradas herdeiras das
bênçãos da aliança (Gn 22.16-18; Dt 7.13).
Em seguida, um jovem, aparentemente
desesperado com sua condição, pergunta a Jesus como irá fazer para herdar a
vida eterna.
O Evangelho de Lucas diz que esse homem era
importante (Lc 18.18); Mateus afirma que ele era jovem e rico (Mt 19.20,22) e
Marcos observa que ele tinha muitas posses (vs. 22).
Esse homem possuía "tudo", mas
lhe faltava a riqueza mais importante de um ser humano: a vida eterna. Esse
homem colocou juntos na mesma frase dois verbos traduzidos como
"farei" e "herdar" (o que farei para herdar...).
A lista de suas realizações morais e o seu
entendimento da bondade (vs. 18) revelava que a sua confiança estava depositada
nas obras de justiça.
Jesus chamou a atenção dele para a pergunta
que ele fizera – vs. 18. Por que me chamas bom? Jesus não negou que era bom;
antes, quis salientar que "Ninguém é bom senão um, que é Deus". Jesus
falou dessa maneira para que o homem percebesse que não era capaz de obter a
vida eterna.
Então, Jesus o amando, diz ainda que lhe faltava
algo. Só uma coisa te faltava a ele. O amor desse homem pelas riquezas (vs. 22)
e sua recusa em abandoná-las para seguir a Jesus mostra que ele quebrou o
"grande mandamento da Lei" (Mt 22.36): "Amarás, pois, o SENHOR,
teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força"
(Dt 6.5; cf. Mt 22.37).
Por não ter a total retidão que Deus
requer, o homem está condenado. Suas imperfeitas obras de justiça de nada lhe
serviam nessa questão de maior necessidade.
Jesus então exclama o quão dificilmente
entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Isso não é porque a riqueza é má
em si mesma e desqualifica aqueles que a possuem.
Corno todas as demais pessoas decaídas, os
ricos rejeitam a Deus porque amam mais ao dinheiro (Lc 16.13; Tg 4.4). A
riqueza produz uma tentação particularmente forte para rejeitar a Deus, pois
oferece muitos benefícios agradáveis.
Se não fosse pela intervenção graciosa de
Deus em mudar o coração do rico, este continuaria amando o seu dinheiro acima
de todas as coisas e morreria em seu pecado.
Os discípulos ficaram admirados com essas
palavras do Mestre, mas em reforço, Jesus repetiu, enfatizando que seria muito difícil
entrar no Reino de Deus! Seria mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma
agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.
Não há evidências que apoiem a sugestão de
que existiu uma porta pequena chamada de "fundo da agulha", através
da qual os camelos passavam com muita dificuldade. Jesus falou em termos de
impossibilidade, e não de simples dificuldade (vs. 27).
Os discípulos ficaram intrigado e
perguntaram em seguida quem poderia ser salvo? Essa pergunta demonstra que os
discípulos entenderam a afirmação de Jesus como afirmação de que ninguém é bom
o bastante para ser salvo.
Por causa de nossa natureza pecaminosa, a
salvação para os seres humanos é impossível. A salvação procede do Senhor,
mediante a sua iniciativa soberana e divina (Jo 2.9; cf. SI 3.8; 68.19-20). Quando
Jesus disse que para os homens isso seria impossível, mas não para Deus, ele
não estava falando para Deus, mas para os homens. Que isso fique claro para nós
refletirmos em sua frase, muito interessante: PARA DEUS NÃO HÁ IMPOSSÍVEIS!
Como Pedro era muito impulsivo, logo
exclamou, por todos, que tudo deixariam para seguirem a Jesus. Embora a
salvação não possa ser merecida, o recebimento dela resulta num comprometimento
radical.
Jesus os consola fazendo promessas aos fiéis.
Conforme a BEG, a tradição judaica dividia a História nestas duas eras: o
"presente" se refere ao período atual de pecado e morte, enquanto que
o "por vir" se refere à era futura da salvação trazida pelo Messias.
Na teologia do Novo Testamento, essas duas
eras se sobrepõem entre a primeira e a segunda vindas de Cristo. Os seguidores
de Cristo experimentam hoje muitas bênçãos da era futura, mas também sofrem as
tribulações desta era presente.
Assim, na era presente há "o
cêntuplo" de bênçãos, mas também há "perseguições". Para os
discípulos de Cristo, a salvação será totalmente efetuada apenas quando
entrarmos na posse da "vida eterna" no retorno de Cristo.
Jesus fez promessas maravilhosas a eles e
eles entenderam e estavam admirados, já outros que o seguiam estavam com medo.
Mais uma vez, Jesus os chama à parte e
esclarece aos doze o que estaria para acontecer. O Filho do Homem será entregue
aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte e o
entregarão aos gentios, que zombarão dele, cuspirão nele, o açoitarão e o
matarão. Três dias depois ele ressuscitará.
O novo elemento nessa terceira profecia da
morte de Jesus é a menção dos gentios (nesse caso, os romanos) e a predição
implícita da sua morte pela crucificação.
Jesus falava de uma coisa, mas eles
pareciam lerdos em entender e já estavam pensando no futuro, quando iriam
assumir posições de destaque e até suas mães estavam se envolvendo nas suas
astúcias. Em Mt 20.20 foi a mãe quem fez o pedido. Talvez a família inteira
estivesse envolvida.
Tiago e João não haviam compreendido o
ensinamento de Jesus quanto à grandeza (9.34,35). Até concordaram em beber o
cálice, sem ao menos saber o que era. Beber o cálice era um símbolo do Antigo
Testamento para expressar sofrimento e ira (SI 75.8; Is 51.17-22; Jr 25.15; Ez
23.31-34; cf. Mc 14.36). Já o batismo, esse sacramento está associado tanto com
julgamento como com salvação (Rm 6.3ss.; 1Co 10.2; C1 2.11-13).
O que eles pediam estava fora do alcance
dele, mas era decidido pelo seu Pai. Jesus revelou que há áreas sobre as quais
somente o Pai tem autoridade (veja também 13.32). Esses "assentos"
são decididos de acordo com o plano divino da redenção e em conformidade com os
princípios para o serviço, que Jesus ensinou (9.35).
Ouvindo os outros dez isso, ficaram
indignados com Tiago e João, mas Jesus interviu e lhes deu uma grande lição.
Provavelmente os outros dez discípulos ficaram indignados não porque Tiago e
João falharam em aplicar o ensinamento de Jesus, mas porque eles também queriam
os mesmos assentos de honra.
O ensino anterior (veja 9.35), que Jesus
repetiu aqui, teve por objetivo eliminar essas noções mundanas de poder e
autoridade.
Jesus ensina para eles – vs. 45 - que o
próprio Filho do Homem não veio para ser servido. Mais do que a afirmação desse
princípio, o que finalmente quebrou o coração duro dos discípulos foi o exemplo
que o próprio Jesus deu.
O Filho do Homem, a quem foi dado "domínio,
e glória, e o reino" (Dn 7.14), na verdade veio como um servo, cumprindo a
profecia de Is 52.13-53.12 para dar a sua vida "em resgate por
muitos".
O resgate era o preço pago para perdoar o
culpado e livrá-lo de uma sentença (Êx 21.30), ou absolver um devedor de sua dívida
(Ex 30.12; cf. Is 53.10). Já o termo “muitos” (Veja Is 53.12), nos manuscritos
de Qumran (encontrados no Mar Morto), se refere a toda a comunidade (Rm
5.15,19).
Depois disso, chegaram a Jericó. Veremos dos
versos de 46 a 52 a cura em Jericó. Marcos recorda-se de uma parte anterior do
seu Evangelho (5.34) ao focalizar outro milagre que revelou a importância da
fé.
Ele fez isso com o objetivo de instruir seus
leitores sobre o significado da fé em Cristo em seus dias.
Jericó era uma cidade situada a cerca de
240 m abaixo do nível do mar e distante cerca de 25 km a nordeste de Jerusalém.
O primeiro povoamento do local ocorreu em
6000 a.C. Uma nova cidade, localizada mais ao sul, foi construída por Herodes,
o Grande, no século 1 a.C.
Foi quando Jesus estava saindo que o filho
de Timeu, Bartimeu, que era cego, começou a clamar ao Filho de Davi que tivesse
misericórdias dele. A explicação para esse nome semítico, Bartimeu, que
significa "filho de Timeu", demonstra que Marcos escrevia, ao menos
em parte, para um público gentio (veja 7.34).
Filho de Davi era um título messiânico
popular (11.10; 12.35) retirado do Antigo Testamento (Is 11.1-3; Jr 23 5-6; Ez
34.23-24). Jesus não o rejeitou, mas mandou chamá-lo. Uma das características
mais marcantes do ministério de Jesus é que ele sempre encontrava tempo para
aqueles que sofriam (vejam 5.30-34). E você, eu, nós, estamos encontrando tempo
para o nosso próximo?
Mc 10:1 Levantando-se Jesus,
foi dali para
o território da Judéia,
além
do Jordão.
E outra vez
as
multidões se reuniram junto a ele,
e,
de novo,
ele
as ensinava,
segundo
o seu costume.
Mc 10:2 E,
aproximando-se
alguns fariseus, o experimentaram, perguntando-lhe:
É
lícito ao marido repudiar sua mulher?
Mc 10:3 Ele
lhes respondeu:
Que
vos ordenou Moisés?
Mc 10:4 Tornaram
eles:
Moisés
permitiu lavrar carta de divórcio e repudiar.
Mc 10:5 Mas
Jesus lhes disse:
Por
causa da dureza do vosso coração,
ele
vos deixou escrito esse mandamento;
Mc 10:6
porém,
desde
o princípio da criação,
Deus
os fez
homem
e mulher.
Mc 10:7 Por
isso,
deixará
o homem a seu pai
e
mãe
[e
unir-se-á a sua mulher],
Mc
10:8 e, com sua mulher,
serão os dois
uma só carne.
De
modo que já não são dois,
mas uma só
carne.
Mc
10:9 Portanto,
o
que Deus ajuntou
não
separe o homem.
Mc 10:10 Em casa,
voltaram os
discípulos a interrogá-lo sobre este assunto.
Mc
10:11 E ele lhes disse:
Quem
repudiar sua mulher
e
casar com outra
comete
adultério contra aquela.
Mc 10:12 E,
se
ela repudiar seu marido
e
casar com outro,
comete
adultério.
Mc 10:13 Então,
lhe trouxeram
algumas crianças para que as tocasse,
mas
os discípulos os repreendiam.
Mc 10:14
Jesus, porém, vendo isto,
indignou-se
e disse-lhes:
Deixai
vir a mim os pequeninos,
não
os embaraceis,
porque
dos tais é o reino de Deus.
Mc
10:15 Em verdade vos digo:
Quem
não receber o reino de Deus
como
uma criança
de
maneira nenhuma entrará nele.
Mc
10:16 Então,
tomando-as
nos braços e impondo-lhes as mãos,
as
abençoava.
Mc 10:17 E,
pondo-se
Jesus a caminho,
correu
um homem ao seu encontro
e,
ajoelhando-se, perguntou-lhe:
Bom
Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
Mc 10:18
Respondeu-lhe Jesus:
Por
que me chamas bom?
Ninguém
é bom senão um, que é Deus.
Mc 10:19
Sabes os mandamentos:
Não
matarás,
não
adulterarás,
não furtarás,
não
dirás falso testemunho,
não
defraudarás ninguém,
honra a teu
pai e tua mãe.
Mc
10:20 Então, ele respondeu:
Mestre,
tudo isso tenho observado
desde
a minha juventude.
Mc 10:21 E
Jesus,
fitando-o,
o amou e disse:
Só
uma coisa te falta:
Vai,
vende tudo o que tens,
dá-o
aos pobres
e
terás um tesouro no céu;
então,
vem
e
segue-me.
Mc
10:22 Ele, porém,
contrariado
com esta palavra,
retirou-se
triste,
porque era
dono de muitas propriedades.
Mc
10:23 Então,
Jesus,
olhando ao redor,
disse
aos seus discípulos:
Quão
dificilmente entrarão no reino de Deus
os
que têm riquezas!
Mc
10:24 Os discípulos estranharam estas palavras;
mas
Jesus insistiu em dizer-lhes:
Filhos,
quão difícil é
[para
os que confiam nas riquezas]
entrar
no reino de Deus!
Mc
10:25 É mais fácil passar um camelo
pelo
fundo de uma agulha
do
que entrar um rico no reino de Deus.
Mc 10:26 Eles
ficaram sobremodo maravilhados,
dizendo
entre si:
Então, quem
pode ser salvo?
Mc
10:27 Jesus, porém,
fitando
neles o olhar, disse:
Para
os homens é impossível;
contudo,
não para Deus,
porque
para Deus
tudo
é possível.
Mc
10:28 Então, Pedro começou a dizer-lhe:
Eis
que nós tudo deixamos e te seguimos.
Mc 10:29
Tornou Jesus:
Em
verdade vos digo que ninguém há
que tenha
deixado casa, ou irmãos, ou irmãs,
ou
mãe, ou pai, ou filhos, ou campos
por
amor de mim
e
por amor do evangelho,
Mc
10:30 que não receba,
já
no presente,
o
cêntuplo de casas, irmãos, irmãs,
mães,
filhos e campos,
com
perseguições;
e, no mundo
por vir,
a
vida eterna.
Mc
10:31 Porém muitos primeiros
serão
últimos;
e os últimos,
primeiros.
Mc 10:32 Estavam de caminho,
subindo para
Jerusalém,
e
Jesus ia adiante dos seus discípulos.
Estes se
admiravam
e
o seguiam tomados de apreensões.
E Jesus,
tornando a levar à parte os doze, passou a revelar-lhes
as
coisas que lhe deviam sobrevir, dizendo:
Mc
10:33 Eis que subimos para Jerusalém,
e
o Filho do Homem será entregue
aos
principais sacerdotes e aos escribas;
condená-lo-ão
à morte
e
o entregarão aos gentios;
Mc
10:34 hão de escarnecê-lo,
cuspir
nele,
açoitá-lo
e
matá-lo;
mas,
depois de três dias,
ressuscitará.
Mc
10:35 Então,
se
aproximaram dele Tiago e João,
filhos
de Zebedeu, dizendo-lhe:
Mestre,
queremos que nos concedas o que te vamos pedir.
Mc
10:36 E ele lhes perguntou:
Que
quereis que vos faça?
Mc
10:37 Responderam-lhe:
Permite-nos
que, na tua glória,
nos
assentemos um à tua direita
e
o outro à tua esquerda.
Mc
10:38 Mas Jesus lhes disse:
Não
sabeis o que pedis.
Podeis
vós beber o cálice que eu bebo
ou receber o
batismo com que eu sou batizado?
Mc
10:39 Disseram-lhe:
Podemos.
Tornou-lhes
Jesus:
Bebereis
o cálice que eu bebo
e
recebereis o batismo
com
que eu sou batizado;
Mc
10:40 quanto, porém, ao assentar-se
à minha
direita ou à minha esquerda,
não
me compete concedê-lo;
porque
é para aqueles
a
quem está preparado.
Mc
10:41 Ouvindo isto,
indignaram-se
os dez contra Tiago e João.
Mc
10:42 Mas Jesus,
chamando-os
para junto de si, disse-lhes:
Sabeis que os
que são considerados governadores
dos
povos têm-nos sob seu domínio,
e
sobre eles os seus maiorais exercem autoridade.
Mc
10:43 Mas entre vós não é assim;
pelo
contrário,
quem
quiser tornar-se grande entre vós,
será
esse o que vos sirva;
Mc
10:44 e quem quiser ser o primeiro entre vós
será servo de
todos.
Mc
10:45 Pois o próprio Filho do Homem
não
veio para ser servido, mas para servir
e dar a sua
vida em resgate por muitos.
Mc 10:46 E foram para Jericó.
Quando ele
saía de Jericó,
juntamente
com os discípulos e numerosa multidão,
Bartimeu,
cego mendigo, filho de Timeu,
estava
assentado à beira do caminho
Mc 10:47 e,
ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar:
Jesus, Filho
de Davi, tem compaixão de mim!
Mc 10:48 E
muitos o repreendiam,
para
que se calasse;
mas ele cada
vez gritava mais:
Filho
de Davi, tem misericórdia de mim!
Mc 10:49
Parou Jesus e disse:
Chamai-o.
Chamaram,
então, o cego, dizendo-lhe:
Tem
bom ânimo;
levanta-te,
ele te chama.
Mc 10:50
Lançando de si a capa,
levantou-se
de um salto
e
foi ter com Jesus.
Mc 10:51
Perguntou-lhe Jesus:
Que
queres que eu te faça?
Respondeu
o cego:
Mestre,
que eu torne a ver.
Mc 10:52
Então, Jesus lhe disse:
Vai,
a
tua fé te salvou.
E imediatamente
tornou
a ver
e
seguia a Jesus estrada fora.
A cura do cego
Bartimeu é muito interessante. Primeiro, ele sabia quem era Jesus e do que ele
era capaz. A partir disso, buscou seu objetivo de ter contato com ele, custasse
o que custasse e estava disposto a enfrentar desafios, como aquela multidão que
o repreendia. Segundo, usou o que tinha para atrair seu Mestre: a sua voz e seu
pedido insistente. Isso atraiu a Jesus que logo com ele manteve um diálogo
sobre o que ele queria e sem vacilar disse que queria algo impossível, a sua
visão. Jesus o atendeu e lhe elogiou a sua fé.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.